A comunicação social branqueou o assunto,
diz que foi um penalty claro, normal, embora tivesse passado despercebido a muita
gente! Sobre o jogo diz que o Sporting fez uma das piores exibições da época
mas não relaciona esse facto com o mérito do Belenenses! Enfim, a nossa comunicação
social no seu melhor.
Tenho outra visão do lance e do
jogo.
Sobre o lance fatal há que dizer
que a grande penalidade foi indiscutível, mas não foi um lance normal.
Comecemos pelo árbitro, demasiado
lesto a assinalar a marca dos onze metros! Olho de lince sem dúvida num árbitro
que sempre me suscitou muitas dúvidas.
Passemos a Tonel caído no chão,
agarrado a um dos pés, e sem esboçar qualquer reacção! O normal nestes casos é
o jogador faltoso protestar com o árbitro mas nada disso aconteceu!
Da parte do Belenenses, quer nos
restantes jogadores, quer no banco, não senti a revolta habitual, mas uma
grande compreensão pelo sucedido! Não é normal.
Sobre o jogo reafirmo algumas das
ideias que ontem aqui alinhavei com os nervos à flor da pele. Foi excelente o
comportamento táctico e estratégico da equipa num esquema muito bem montado por
Sá Pinto. Um 4-4-2 utilizando os jogadores apropriados e pena foi que mais uma
vez Sturgeon não tenha tido o golpe de asa que poderia fazer a diferença.
Continua timorato, pouco intenso, e sem conseguir impor o seu futebol. A
transição ofensiva, viu-se, é o nosso calcanhar de Aquiles. Luís Leal e Kuca
correram e lutaram muito mas falta sempre alguém no apoio vindo de trás.
O sistema defensivo esteve quase
perfeito com Dias a destacar-se nas alturas. Em terra firme é mais problemático.
Atenção às faltas escusadas quando o adversário está de costas para a baliza.
Os centrais (Tonel e Gonçalo
Brandão) exibiram-se bem até ao minuto fatal.
Os laterais fecharam caminhos e
tentaram sempre subir no terreno. Neste aspecto é justo destacar o labor de
Filipe Ferreira que juntamente com Ventura foram as exibições mais conseguidas.
Mas a equipa valeu pelo seu todo, pelo espírito solidário!
Quanto ao resultado foi pena.
Poderíamos estar hoje mais fortes em termos psicológicos afastando de vez o fantasma
dos pontos (e dos jogos) perdidos nos últimos minutos.
Saudações azuis
Sem comentários:
Enviar um comentário