domingo, dezembro 06, 2015

Uma tarefa penosa

Revisitar um jogo em que fomos vencidos sem apelo nem agravo não é fácil. Em especial depois de tudo o que rodeou a inconcebível derrota de Alvalade. Mas é por aqui que devo começar. O empate em casa do líder, empate que esteve à vista, daria outro conforto e outro estímulo para o resto do campeonato. Não aconteceu e a verdade é que o jogo do Restelo contra o Vitória de Setúbal teve sempre essa sombra, essa necessidade de reabilitação, e isso normalmente pesa na cabeça e nas pernas dos jogadores. Que estavam nervosos, trapalhões, lentos a reagir, e assim abriram-se espaços inexplicáveis, vidé segundo golo dos setubalenses. Aliás só no último quarto de hora da primeira parte é que demos algum sinal de perigo.

Naturalmente que o treinador não escapou a esta onda de desacerto. Em lugar de adoptar o mesmo sistema (4-4-2) e colocar em campo o mesmo onze que tão boa conta deu em Alvalade, não, fez alterações e curiosamente todas elas foram um fiasco. A começar em Geraldes e a acabar em Carlos Martins. E como nestas coisas um azar nunca vem só, a entrada de Traquina coincidiu com o terceiro golo do Vitória, que arrumou definitivamente a questão.

Este jogo já faz parte da história e por isso há que olhar em frente. Mas olhar em frente com os números em frente dos olhos. Refiro-me naturalmente ao sistema defensivo que não pode continuar a sofrer golos como vem sofrendo! Somos a pior defesa do campeonato (mesmo sem contar com a goleada da Luz) e esta média de golos sofridos costuma dar descida de divisão. É preciso alterar isto e depressa.


Saudações azuis

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