Revisitar um jogo em que fomos
vencidos sem apelo nem agravo não é fácil. Em especial depois de tudo o que
rodeou a inconcebível derrota de Alvalade. Mas é por aqui que devo começar. O
empate em casa do líder, empate que esteve à vista, daria outro conforto e
outro estímulo para o resto do campeonato. Não aconteceu e a verdade é que o
jogo do Restelo contra o Vitória de Setúbal teve sempre essa sombra, essa
necessidade de reabilitação, e isso normalmente pesa na cabeça e nas pernas dos
jogadores. Que estavam nervosos, trapalhões, lentos a reagir, e assim abriram-se
espaços inexplicáveis, vidé segundo golo dos setubalenses. Aliás só no último quarto de hora da
primeira parte é que demos algum sinal de perigo.
Naturalmente que o treinador não
escapou a esta onda de desacerto. Em lugar de adoptar o mesmo sistema (4-4-2) e
colocar em campo o mesmo onze que tão boa conta deu em Alvalade, não, fez
alterações e curiosamente todas elas foram um fiasco. A começar em Geraldes e a
acabar em Carlos Martins. E como nestas coisas um azar nunca vem só, a entrada
de Traquina coincidiu com o terceiro golo do Vitória, que arrumou
definitivamente a questão.
Este jogo já faz parte da história
e por isso há que olhar em frente. Mas olhar em frente com os números em frente
dos olhos. Refiro-me naturalmente ao sistema defensivo que não pode continuar a
sofrer golos como vem sofrendo! Somos a pior defesa do campeonato (mesmo sem
contar com a goleada da Luz) e esta média de golos sofridos costuma dar descida
de divisão. É preciso alterar isto e depressa.
Saudações azuis
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