Sem liderança, desde o cume até à base, a anarquia propaga-se, instala-se, e transforma-se na única regra. É assim desde que o homem é homem. É assim no Belenenses. Neste ambiente florescem apenas as minorias organizadas, com nomes diversos consoante a imaginação, eu chamo-lhes quintas, e que à vez, vão reclamando louros e glórias enquanto o clube definha. Quem aprecia muito este 'estado de sítio' são os oportunistas que assim aproveitam a confusão para continuarem a servir-se do clube.
Neste quadro é muito difícil ter a cabeça fria para analisar seja o que for, e nem um simples adepto como eu escapa a essa sina. Pois bem, ou melhor, pois mal, perdemos com o Paços de Ferreira em casa, uma derrota pesada, com sinais de desorientação na segunda parte, e como sempre acontece, o treinador, elogiado na semana passada, senta-se de novo no banco dos réus. É assim a vida de treinador.
Vi apenas a primeira meia hora na televisão, práticamente até ao golo do Paços, um golo fortuito e contra a corrente que desde os primeiros minutos pertenceu ao Belenenses. Mas era um domínio inócuo com os dois avançados muito isolados na frente e a única solução encontrada foram algumas tentativas de longe com poucas probabilidades de êxito.
Nesse período de tempo contabilizei o seguinte: - Celestino esteve mais empreendedor mas quase comprometeu num passe displicente que abriu o corredor central ao contra ataque pacence. Mano, pareceu-me alheado do jogo, infeliz no 'desvio' que deu o golo, e anulou com dois centros disparatados duas jogadas promissoras. E digo promissoras porque incluiam mais gente no ataque, desde logo, o defesa lateral! Filipe Bastos francamente mal - a querer fazer tudo sozinho, foi ele que fez a falta (marcada ao contrário) que ía originando um pequeno sururu. Que valeu um cartão amarelo ao Mano. E veio o golo do Paços, na sequência de um livre a castigar mão de Diakité.
O que pensei de imediato é que nunca conseguiríamos dar a volta ao jogo. Alcançar o empate seria o cabo dos trabalhos. E ainda faltavam dois terços do tempo de jogo! É a partir daqui, deste estado de espírito, que vou tentar raciocinar, sabendo que na segunda parte as coisas não melhoraram e que a seguir ao segundo golo do Paços foi o descalabro. Descalabro inclusivé em termos de disciplina interna, de anarquia. E o primeiro raciocínio é este: - terá JCP condições para continuar?! Não tenho a mínima dúvida que a simples substituição de treinador nada resolve, já experimentámos a receita o ano passado, e nessa altura, escolhemos inclusivamente um treinador com fama de duro e disciplinador, que também não resultou. Estou aliás convencido que poucos treinadores se mostram disponíveis para treinar este Belenenses, e refiro-me ao clube, não ao plantel, porque em termos de plantel espero que ninguém se atreva a repetir que os nossos brasileiros são 'pernas de pau' e que os brasileiros dos outros é que são bons! Basta olharmos para o Paços de Ferreira, que alinhou com jogadores que não serviam para o Belenenses, mas que servem para jogar (e bem) contra nós. Uma realidade que dá que pensar!!!
Mas se não é do treinador nem dos jogadores, de quem será a responsabilidade por este estado de coisas?! Dos sócios é concerteza. Da Direcção que escolheram também. E as 'quintas' que florescem, que recebem prémios e louvores?! Não têm culpas no cartório?! Afinal quantos e quem são os sócios que decidem pelo Belenenses há mais de trinta anos?! Não são muitos, digo mais, são uma ínfima minoria. E é esta minoria que vai com acabar com o Belenenses.
Neste quadro é muito difícil ter a cabeça fria para analisar seja o que for, e nem um simples adepto como eu escapa a essa sina. Pois bem, ou melhor, pois mal, perdemos com o Paços de Ferreira em casa, uma derrota pesada, com sinais de desorientação na segunda parte, e como sempre acontece, o treinador, elogiado na semana passada, senta-se de novo no banco dos réus. É assim a vida de treinador.
Vi apenas a primeira meia hora na televisão, práticamente até ao golo do Paços, um golo fortuito e contra a corrente que desde os primeiros minutos pertenceu ao Belenenses. Mas era um domínio inócuo com os dois avançados muito isolados na frente e a única solução encontrada foram algumas tentativas de longe com poucas probabilidades de êxito.
Nesse período de tempo contabilizei o seguinte: - Celestino esteve mais empreendedor mas quase comprometeu num passe displicente que abriu o corredor central ao contra ataque pacence. Mano, pareceu-me alheado do jogo, infeliz no 'desvio' que deu o golo, e anulou com dois centros disparatados duas jogadas promissoras. E digo promissoras porque incluiam mais gente no ataque, desde logo, o defesa lateral! Filipe Bastos francamente mal - a querer fazer tudo sozinho, foi ele que fez a falta (marcada ao contrário) que ía originando um pequeno sururu. Que valeu um cartão amarelo ao Mano. E veio o golo do Paços, na sequência de um livre a castigar mão de Diakité.
O que pensei de imediato é que nunca conseguiríamos dar a volta ao jogo. Alcançar o empate seria o cabo dos trabalhos. E ainda faltavam dois terços do tempo de jogo! É a partir daqui, deste estado de espírito, que vou tentar raciocinar, sabendo que na segunda parte as coisas não melhoraram e que a seguir ao segundo golo do Paços foi o descalabro. Descalabro inclusivé em termos de disciplina interna, de anarquia. E o primeiro raciocínio é este: - terá JCP condições para continuar?! Não tenho a mínima dúvida que a simples substituição de treinador nada resolve, já experimentámos a receita o ano passado, e nessa altura, escolhemos inclusivamente um treinador com fama de duro e disciplinador, que também não resultou. Estou aliás convencido que poucos treinadores se mostram disponíveis para treinar este Belenenses, e refiro-me ao clube, não ao plantel, porque em termos de plantel espero que ninguém se atreva a repetir que os nossos brasileiros são 'pernas de pau' e que os brasileiros dos outros é que são bons! Basta olharmos para o Paços de Ferreira, que alinhou com jogadores que não serviam para o Belenenses, mas que servem para jogar (e bem) contra nós. Uma realidade que dá que pensar!!!
Mas se não é do treinador nem dos jogadores, de quem será a responsabilidade por este estado de coisas?! Dos sócios é concerteza. Da Direcção que escolheram também. E as 'quintas' que florescem, que recebem prémios e louvores?! Não têm culpas no cartório?! Afinal quantos e quem são os sócios que decidem pelo Belenenses há mais de trinta anos?! Não são muitos, digo mais, são uma ínfima minoria. E é esta minoria que vai com acabar com o Belenenses.
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