terça-feira, dezembro 13, 2005

Estaca zero

Só me decidi a cumprir esta tarefa, escrever sobre o jogo, depois de ver na televisão o golo do Vitória de Setúbal, e mais uma vez comprovar duas coisas: em cada três cantos seguidos é muito provável que o Belenenses sofra um golo; e que Marco Aurélio não sai do lance isento de culpas.
E vão 7 pontos à conta do ‘imperador’! É caso para dizer, imagine-se se o homem era um simples súbdito...
Na cabeceira do Bonfim, onde estava, não dá para ver nada do que se passa na outra área, (é mais um daqueles estádios construídos na perspectiva das medalhas de ouro olímpicas!), mas confirmei, que ao fim do terceiro canto consecutivo, ainda houve tempo para Auri surgir solto na grande área belenense, e cabecear para o golo!
No resto, voltámos ao mesmo: contenção, espartilho, enorme falta de confiança para arrancar em direcção à baliza ou à linha de fundo (Amaral precisa de um psicólogo, com urgência – ou então sou eu que vou precisar!), Januário com a tarefa prioritária (!) de marcar o defesa esquerdo do Vitória (pensava que devia ser ao contrário!?) e nestas condições o lado direito do ataque (!) azul não funcionou.
Toda a gente a falhar passes, Vitória incluído, uma primeira parte em ritmo de treino! Para quem viu a velocidade, a energia e a confiança, da equipa ‘holandesa’ do Benfica, estávamos ali na presença de ‘múmias’.
Ao intervalo pedia-se um pontinho, por favor, porque isto é tudo gente muito pobrezinha!
Segunda parte, entrámos pior, é costume, e lá sofremos o tal golo.
A partir daí, também o costume – em vez de devagarinho, metemos a mudança para ‘devagar’ e fingimos que íamos atacar. Já se sabe que é impossível, sem qualidade de passe, sem cruzamentos venenosos, sem ganhar segundas bolas. Ao invés, cérebros parados, infantilidades várias, e diga-se, alguns jogadores que, pese a melhor das boas vontades, não têm nível para a 1ª Liga.
Estamos outra vez na estaca zero e vai ser muito difícil dar a volta ao assunto, até porque a equipa está sem confiança nenhuma.
Não vale a pena acrescentar mais nada. A não ser o frio, muito frio.
Saudações azuis.

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