segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Mais um comunicado…

O actual presidente do Belenenses foi eleito porque defendeu na campanha eleitoral um projecto de diálogo com a SAD, diálogo que na altura não existia. É claro que este diálogo, que será sempre difícil atendendo ao contexto criado, não pode significar transigência com os interesses vitais do Belenenses. Mas quais são os interesses vitais do Belenenses?! Se calhar é aqui que lavra o equívoco! Declarou há tempos o Sr. Patrick que o ‘Belenenses não é só futebol’! Ora bem, este é o tipo de frase ou de discurso que tenho ouvido a todas os presidentes de todas as direcções que arruinaram o clube e o atiraram para um estatuto menor. Mais, que o atiraram para a situação infame de uma venda compulsiva, porque senão acabava. Acabava o futebol, a sua razão de ser. Mas era possível que lá continuassem a vegetar uma série de entidades importantíssimas, tão importantes que davam para fazer outro museu! Com isto não quero desrespeitar os atletas das modalidades que envergam a camisola azul com a Cruz de Cristo. Eles não têm culpa da incompetência nem da megalomania dos dirigentes, mas isso não me impede de ver onde está o caminho. O interesse vital do Belenenses é o futebol. Mas o futebol de acordo com a grandeza do seu passado. É nisto que o presidente do clube deve estar focado e não noutros temas. Se tem uma solução melhor do que a SAD para colocar o Belenenses a discutir os primeiros lugares da Liga NOS então que a comunique aos sócios e adeptos. E digo adeptos porque felizmente o Belenenses tem muitos adeptos por esse mundo fora. Adeptos que seguem e vibram com as vitórias do clube. Que gostavam muito de ser campeões de hóquei em campo, de salão, andebol, natação, etc., mas que trocavam todos esses títulos por um apenas – campeão nacional de futebol! Já lhes chegava se discutíssemos sempre os primeiros lugares! O caminho é este e este último comunicado não vai nesse caminho.


Saudações azuis

domingo, fevereiro 14, 2016

O Belenenses confirma!

Em Moreira de Cónegos, e perante um adversário muito perigoso, o Belenenses jogou como antigamente, como um grande que procura sempre a vitória. Tudo em movimento, numa dinâmica fantástica, nem o temporal nem o árbitro conseguiram parar a armada azul!
Foi o nosso melhor desempenho!

Já na análise do último jogo me tinha referido ao árbitro, o que não é muito usual da minha parte, mas vou ter que voltar ao tema porque o homem que veio de Braga interferiu claramente com a marcha do marcador! Não fez de propósito concerteza, mas viu coisas que ninguém viu! Viu um penalty madrugador que surpreendeu toda a gente, inclusivé a suposta vítima! E no início da segunda parte viu também uma falta (um contacto!) à entrada da nossa área que nem um árbitro de basquetebol marcaria! Curiosamente fazemos muito menos faltas que os adversários, neste caso 7 contra 25 do Moreirense, mas acabamos por ser mais penalizados do que eles! Contra o Benfica foi o mesmo. E fico na dúvida… Será que o André Geraldes se devia chamar Renato?!

Voltando ao jogo, que é o que interessa, quero apenas salientar mais uma vez a grande crença e humildade do colectivo, que se traduz naturalmente na subida de forma de todos! Quanto a referências individuais, vou apenas fazer duas. Uma boa, outra assim, assim:

- Porque tenho criticado Carlos Martins pelo seu egoísmo, por prender a bola demasiado tempo, perdendo-a muitas vezes, reclamando faltas que os árbitros nem sempre atendem, por isso tudo, é justo referir que ontem Carlos Martins esteve em excelente nível, trabalhou muito para a equipa e até me surpreendeu com um segundo fôlego, já na parte final! Muito bem.

- A outra observação tem a ver com Ventura e as suas defesas incompletas. O Belenenses é a defesa mais batida do campeonato e a esse facto não é alheia, porque faz parte da defesa, a prestação do guarda-redes. E temos sofrido alguns golos por causa das defesas incompletas de Ventura. Por acaso o segundo golo do Moreirense nem é grande exemplo uma vez que o livre é batido com muita violência e Ventura defendeu como pôde. Mas se calhar com treino específico poderia ser que a bola ressaltasse mais vezes, ou para canto, ou para longe da baliza. À atenção do nosso treinador de guarda-redes.

Mas estou contente e está tudo de parabéns.

Resultado final: - Moreirense 2 - Belenenses 3


Saudações azuis  

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

É preciso ter calma...

E ao contrário do que diz a letra da canção... dar o corpo pela alma! Se a alma é azul e não de outras cores. Não é altura para diferendos, os interesses do Belenenses, vistos como um todo,têm que estar acima das questiúnculas permanentes entre o Clube e a SAD. Questiúnculas previsíveis tratando-se de um sistema bicéfalo, sistema completamente inadequado para gerir clubes de futebol profissional. Denunciámos esse absurdo em devido tempo. É um assunto que um dia terá que ser resolvido, bem resolvido, mas repito, não é agora.O que os adeptos e sócios do Belenenses querem é ganhar ao Moreirense para chegarmos rápidamente a um patamar que nos livre da descida de divisão. Mais nada. Portanto, nada de confusões, mantenham-se calmos, até porque me parece que o incidente em concreto não deve ser difícil de resolver. Entendam-se em nome do Belenenses.


Saudações azuis

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Quando o Belenenses ganhar o campeonato…

Quando isso acontecer significa que o país mudou, mudou para melhor, e significa que no Belenenses já não existem rabos-de-palha. Significa que não há jogadores dos rivais a envergarem a camisola com a Cruz de Cristo e que todos os que jogam no Belenenses querem lá estar e querem ser campeões. Significa também que o clube é uma só entidade quando se trata de defender os seus interesses.

Nessa altura, as declarações de Sturgeon seriam encaradas apenas como um gesto de desportivismo. Mas não vivemos ainda nesse tempo, não chegámos lá, e não chegaremos enquanto o nacional-benfiquismo continuar e enquanto continuarmos a pactuar com ele.

O que é que isto quer dizer?! O que é afinal o nacional-benfiquismo?! Pois é esta unicidade provinciana e bacoca que me faz lembrar a união soviética em que os clubes do regime tinham todo o poder e os outros serviam de cenário.
Ora é isto que me incomoda nesta história do Sturgeon. Está ou não comprometido com o Benfica?! É que se está, devia estar calado. O facto é que ficou estatelado no relvado e se foi apenas um pequeno ‘chega para lá’ (que não foi) não havia necessidade de estarmos a jogar com dez até sofrermos o golo. Entretanto podíamos ter atirado a bola para fora, é verdade, mas o árbitro também podia (e devia) ter apitado falta, não é?!
   
Como já aqui referi mais que uma vez, é por estas e por outras que o melhor é jogarmos com jogadores do Cazaquistão ou da Polinésia, jogadores que ainda não sofram do tremendo síndroma de inferioridade que é gostarem todos do mesmo! Gostarem dos grandes por serem grandes, desvalorizar os pequenos por serem pequenos, no fundo, serem incapazes de sonhar! Competição?! Só na playstation!



Saudações azuis

domingo, fevereiro 07, 2016

Calvário ou redenção!

Se tivesse durado só a primeira parte teríamos que admitir que dividimos o jogo com o Benfica! Basta ver a posse de bola. Ao fim ao cabo fomos para o intervalo a perder por uma bola a zero, um golo aos quarenta e um minutos que Ventura poderia ter evitado. É certo que houve alguma aflição com as temerárias mexidas do treinador – Rúben Pinto a central, Fábio Nunes a lateral esquerdo, Aguilar a jogar (de inicio) a trinco – aflição que aumentava (eu bem ouvi os ais!) com as saídas de bola em posse, algumas no limite! Vamos ter que nos habituar. É a única maneira de não a perdermos quando jogamos contra grandes equipas. A verdade é que a bancada serenou, Rúben Pinto aguentou Mitroglu (excepto naquele último lance), Abel Aguilar, embora jogando apenas num pequeno círculo, não cometeu erros e Fábio Nunes calou os desesperados invadindo com muito a propósito o último reduto encarnado!

Nessa primeira parte, o problema esteve no ataque, nomeadamente no trio mais ofensivo, Sturgeon, Juanto e Miguel Rosa, que nunca tiveram engenho e arte para esburacar a improvisada defesa do Benfica! E não se podem queixar de isolamento, pois tínhamos sempre muita gente projectada no ataque!

Velasquez mudou ao intervalo. Tirou Rúben Pinto por estar amarelado, e quis ser mais ofensivo. Mas não refrescou o meio campo cujos índices físicos estavam no limite. A equipa ameaçava partir-se e partiu-se mesmo com as arrancadas de Renato Sanches! E começaram a surgir os espaços… e os erros. Erros que esta linha avançada do Benfica não perdoa.

Nos primeiros dez minutos da segunda parte ainda houve hipóteses de empatar, mas acabámos por sofrer o segundo golo. Uma jogada irregular de Renato Sanches que agrediu Sturgeon deixando-o estatelado no relvado. Tivemos ainda possibilidades de reduzir para 1-2, mas não conseguimos concretizar. A partir do terceiro golo o Benfica, cheio de confiança, dominou o jogo a seu belo prazer e foi aproveitando todos os nossos erros. Carlos Martins já não corria, marcava Renato com os olhos, Abel Aguilar cada vez mais limitado no seu círculo, fazia jogo posicional, o único que continuava a correr e a alimentar o ataque era Bakic, em minha opinião o melhor entre os azuis.

Concluindo: - O caminho é este e Velasquez tinha que fazer este teste. Mas também tem que compreender que o Belenenses não é o Vila Real nem o Múrcia. As derrotas com o Benfica doem muito. Quanto à SAD, pese o esforço que fez no mercado de inverno, tem que concluir que falhou na construção do plantel, nomeadamente nos aspectos defensivos. Não há consolidação possível quando se sofrem tantos golos. E o Belenenses é um grande clube e que provoca sempre grande entusiasmo… se for competitivo.  O que eu quero dizer é que só vale a pena investir no Belenenses se for a sério.


Saudações azuis

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

‘Venho para um clube histórico’!

São os outros que nos fazem justiça. Foi com aquelas palavras que Abel Aguilar definiu o Belenenses e foi isso que o determinou a vir para o Restelo. Não quero desmerecer a habilidade de Rui Pedro Soares e muito menos a influência do novo treinador Julio Velasquez, que não é demais repetir, está a surpreender tudo e todos!
Mas a hierarquia de prioridades que o internacional colombiano estabeleceu tocaram profundamente no coração de todos os belenenses. Um exemplo também para dentro!

No mesmo sentido gostei de ver as Salésias de novo arrelvadas. O primeiro relvado do país, quando ainda não havia estádio do Jamor! Foi ali, num peão de difícil visibilidade para uma criança, que vi os grandes craques do passado azul, um passado que, se quisermos, pode voltar. Dou os parabéns à direcção pela teimosia em manter vivo um grande símbolo do clube. Pois como diria o poeta – ‘o símbolo é o nada que é tudo’!


Saudações azuis


Nota: Amanhã defrontamos o Benfica naquele que é, para os belenenses de sempre, o jogo do campeonato. Rivalidade antiga, talvez doentia, em relação àqueles que também nasceram em Belém mas emigraram para Benfica, rivalidade que nenhuma promiscuidade (recente) conseguirá apagar. Esperamos uma vitória. Abel Aguilar disse que estava disponível para ajudar.


Post scriptum: Já depois de publicado o postal, tomei conhecimento das declarações de Velasquez sobre a antevisão do jogo. Com as quais concordo. Resta-me acrescentar que mais importante que os milhões que diferenciam as equipas, é o estado anímico e o estado físico. Se formos mentalmente mais fortes e corrermos mais que o adversário, os milhões contam menos. 

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Mais confiança e uma vitória decisiva!

Não vale a pena desconfiar mais, o teste do Marítimo foi uma prova irrefutável. Não tanto pelo resultado, que podia ser outro, um empate ou uma vitória mais folgada da nossa parte, o importante continua a ser o aumento da confiança individual e colectiva. Todos os jogadores estão um patamar acima do que estavam antes de chegar Julio Velasquez! Esse é o maior elogio ao treinador. É evidente que não desapareceram as falhas individuais, que os treinos poderão corrigir, e é também evidente que o colectivo ainda precisa de muita afinação, mas o que é inédito é esta vontade de jogar em todo o campo, de procurar a vitória, seja nos jogos em casa, seja nos jogos fora!

Do que gostei mais: - a excelente desenvoltura do colectivo, com linhas de passe verticais na saída de bola, e onde já se consegue (de vez em quando) uma rápida circulação ao primeiro toque! O que é próprio das grandes equipas. Gostei também das movimentações de Sturgeon e Juanto, mais tarde de Miguel Rosa, e claro, da grande exibição de Ventura!

Do que gostei menos – do flanco esquerdo defensivo com Fábio Nunes quase sempre desapoiado. Dos espaços na cabeça da área onde os jogadores do Marítimo rematavam com grande à vontade. Felizmente que a pontaria estava desafinada. E também não gostei de ver Diego Sousa superiorizar-se aos nossos centrais no jogo aéreo. É verdade que os cruzamentos tinham alguma qualidade mas de frente para a bola a vantagem é dos defesas.

Do que gostei e não gostei – Carlos Martins, muito elogiado pela crítica, esteve no melhor e no pior. É certo que é dele o cruzamento (canto) para o primeiro golo, e é também verdade que esteve nalgumas jogadas vistosas. Mas continua a falhar passes por usar de alguma displicência, passes de transição que não se podem falhar. E também é verdade que falhou dois golos. Dos melhores jogadores espera-se o melhor para a equipa e nesse aspecto, Carlos Martins que está bem melhor, ainda não está bem.

Resultado final: - Marítimo 1 – Belenenses 2



Saudações azuis



Nota básica: o grau de exigência define a ambição de cada um. Eu continuo a ambicionar um Belenenses grande, o que é diferente de belenensão ou belenensinho.