As reticências são o prenúncio da dúvida. Uma dúvida que se acrescenta às muitas dúvidas que pairam sobre o universo azul. Desta vez a dúvida maior prende-se com a fragilização do plantel num jogo decisivo. Tomás Ribeiro é um dos indiscutíveis e pensar que o sistema defensivo é tão sólido que aguenta qualquer substituição é um erro. Cometemos esse erro no jogo da Taça contra o Benfica e ontem voltámos a fazer o mesmo num jogo decisivo. Naturalmente que as finanças são importantes mas quando se arrisca o rendimento desportivo todo o projecto é posto em causa.
No fim das contas a hipotética transacção de Tomás Ribeiro terá corrido mal e ele fez falta nos Açores.
Outra coisa que correu mal foi a deslocação de Cafu Phete para a linha média. Aqui me penitencio de uma sugestão que tenho feito. A ideia era aproveitar alguma verticalidade que possui mas principalmente o poder de elevação nos cruzamentos sobre a área adversária. Afinal nem a linha média beneficiou com isso (há uma notória dificuldade em segurar a bola), nem houve cruzamentos suficientes que testassem a sua utilidade (este é um problema dos alas que raramente cruzam bem e no tempo certo) e finalmente nas dobras defensivas acabou por borrar a pintura numa entrada precipitada que deu penalty. E já se sabe, quando ficamos a perder e temos que ir atrás do prejuízo, o resultado está praticamente feito. Enfim, correu mal o que não quer dizer que (sem o penalty) as coisas não pudessem correr melhor.
Por fim, terminado o jogo as declarações de Petit batem na mesma tecla – o covid explica muitas coisas mas não explica a toada morna da equipa, a falta de concentração de alguns jogadores, o receio de avançar no terreno e arriscar. O que num campeonato tão equilibrado acaba por fazer a diferença nos pontos ganhos e perdidos.
Falta um jogo para terminar a primeira volta, é no Jamor contra o FC Porto, e logo se verá a pontuação que conseguimos. Uma coisa é certa para ficarmos a salvo da descida teremos de fazer mais pontos na segunda volta.
Saudações azuis
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