Não
me interpretem mal mas aqui há golpada! Ou uma sucessão de golpes
ao mesmo tempo! Não me refiro aos pequenos clubes, onde incluo o
meu, que apenas querem retomar a actividade para saldar os
compromissos de uma época abruptamente interrompida. Refiro-me aos
grandes clubes, àqueles que para além das receitas ordinárias,
contam com as receitas extraordinárias para sobreviver. Pior, contam
com elas como se fossem certas e com isso enviesam os campeonatos e a
verdade desportiva. Todos percebem o que quero dizer. E se não
percebem olhem para a vergonha que é termos um campeonato onde ganham
sempre os mesmos há mais de meio século*! Situação que, pelos
vistos, nem uma pandemia vai conseguir mudar!
Senão
vejamos: - invocando a rábula dos estádios anti-vírus, Benfica,
Porto e Sporting não saem de casa na condição de visitados. Os
outros jogam onde os mandarem jogar. O Marítimo entretanto está
renitente, também invoca razões sanitárias, mas há-de ser
convencido por outros meios a abdicar das suas razões. Mas há mais.
Soube-se hoje que o Benfica se recusa a jogar com o Rio Ave no
estádio do Dragão, presume-se que por razões psicológicas! Quanto
ao Porto talvez não se importe de jogar na Luz, onde normalmente
costuma ser feliz, mas fará tudo para que lhe seja reconhecido o
direito de apuramento directo para a Champions. E na verdade tem a
seu favor o precedente interno da segunda Liga e vários precedentes
externos já conhecidos. Enfim, um rol de casos e incoerências cujo
único denominador comum é a desigualdade. E o problema que vai
condicionar tudo o resto, resume-se ao Benfica-Porto que se joga
todos os dias em todos os campos do país. O Sporting, sem Bruno de
Carvalho, não tem hipóteses. Só fiscal de linha.
Saudações
azuis
- Eu sei que neste meio século o Boavista conseguiu furar a muralha por uma vez. Mas isso valeu-lhe o pesado castigo de descida de divisão.
- Post scriptum: Continuam de pé as minhas sugestões. Façam isso antes da impugnação do torneio sanitário. Ou interrupção do mesmo.
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