segunda-feira, maio 11, 2020

Afinal eles lêem o Integral


Vocês devem perdoar-me alguma vaidade mas bastaram algumas horas para aparecer o primeiro caso positivo no Benfica. E hoje, naturalmente, já há suspeitos (plural) no FC Porto. Cai assim por terra o meu vaticínio epidemiológico que livrava os grandes da pandemia. Não é que a progressão do vírus me agrade, mas do que não gosto mesmo é da progressão da mentira. Quanto ao Sporting disseram-me na farmácia que eu estava enganado pois já tinha sido noticiado um caso. Fica a correcção mas onde eu não me enganei foi no caso de Alcochete e na montagem que fizeram (quem seria?! e ao serviço de quem?!) para linchar o Bruno de Carvalho. Caso para dizer que a montanha pariu um rato embora os ratos desta história tenham mais penas que pêlo.

Continuando com a pandemia, assisti ontem na RTP a um programa sobre o regresso do futebol. Os intervenientes do costume, cada qual ao serviço da sua dama, onde até houve espaço e tempo para ouvir um oportunista a elogiar o Quaresma, e um portista a afirmar 'je suis cigano'!

E gostava de voltar novamente à reunião entre o primeiro ministro e a federação, onde também estiveram os presidentes dos chamados três grandes, mais o presidente da Liga! Este último, segundo consta, convidado de última hora! Sobre o tema os comentários afinaram pelo diapasão democrático que já conhecemos - o futebol em Portugal são os três grandes e o resto é paisagem. 

E a minha sugestão é que para a próxima nem sequer será preciso haver reunião, bastando para todos os efeitos que o primeiro ministro decida. Explico: - a federação não faz lá falta nenhuma pois quem a tutela é o governo. Os três grandes também não fazem falta, são clubes do estado e por isso quem os representa é novamente o governo em nome do estado. Quanto aos outros clubes já vimos que fazem parte da paisagem. Nunca fizeram falta.

Saudações azuis


Nota: No que diz respeito ao 'Código de Conduta' negociado com a DGS como condição para que o campeonato se conclua há jogadores que já reagiram recusando assumir algumas das responsabilidades que nele constam. E parece-me que lhes assiste razão. Aquilo é um termo de responsabilidade colectiva nunca visto.

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