Forçadas
a investigar, face ás revelações de Rui Pinto e ao escândalo que
a respectiva inércia já suscitava, as autoridades portuguesas
levantaram-se hoje mais cedo e dirigiram-se às instalações dos
principais clubes do futebol português. Como se sabe o país tem
sido até á data um pacífico centro de lavandaria e branqueamento
de capitais, de corrupção nacional e internacional, onde o futebol,
cujo poder ninguém se atreve a contestar, acaba por ser o biombo
ideal para todas as trafulhices possíveis e imaginárias. É por
isso que vemos tanta mosca à roda do mesmo.
A
estragar o arranjinho apareceu este Rui Pinto, que como era
previsível, foi logo metido atrás das grades, mas, porque a pegada
informática é difícil de apagar, não pode ser simplesmente calado
como antigamente. Mas nada de grandes expectativas, já estamos
habituados a estas mega operações, os factos dizem respeito ao ano
de 2015 (!), e quando se trata de bola a clubite vence sempre. Admito
no entanto que alguma coisa irá mudar quer no comportamento dos
clubes, quer dos agentes desportivos, quer inclusivé no
comportamento do próprio regime face ao crime organizado. Porque é
fundamentalmente disso que estamos a falar. Não sendo assim, se for
só para inglês ver, ou para entreter o pagode alimentando o monstro
televisivo, então não vale a pena tanto estardalhaço. E já agora
condecorem o Rui Pinto.
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