Silas
explicou que já sabia que isto ía acontecer no último terço e na verdade aconteceu.
Jogadas laboriosamente construídas, posse de bola superior, desta
vez sem ofertas, várias aproximações à linha de fundo, alguns
cruzamentos interessantes, mas muito pouco perigo. O nulo teria que
ser o resultado. Retivemos um remate de Licá, Keita ainda ameaçou
de cabeça, mas temos sempre pouca gente na área para acorrer aos
cruzamentos. E assim a defesa sadina foi resolvendo os problemas.
Lembro-me apenas de uma recarga de Dálcio ao travessão com o jogo
já interrompido pelo árbitro. O resto é pólvora seca com os
nossos rematadores a precisar de vitaminas. Talvez que o segredo
esteja nos médios, que não entram. Talvez que o segredo esteja nas
tabelas que não funcionam. Neste sentido a entrada de Chaby trouxe
um pouco de ar fresco embora o ar estivesse tudo menos fresco. E
custa a entender tanto jogo a horas impróprias! Enfim, necessidades.
Numa
breve análise à prestação dos jogadores diria o seguinte:
Muriel
– esteve bem e já percebeu (ele e Silas) que a saída de bola, às
vezes, tem que ser à moda antiga. Bola no meio campo adversário.
Diogo
Viana – jogo sobre o fraco. A defender menos mal, embora tenha
sido batido num lance perigoso em que lhe faltaram centímetros. Um
lance de cabeça. A atacar, no um para um, nunca conseguiu impor-se
ao jovem defesa esquerdo setubalense.
Gonçalo
Silva – uma boa exibição!
Sasso
– foi considerado o homem do jogo e o prémio assenta-lhe bem.
Reinildo
– voluntarioso, chegou à linha de fundo algumas vezes, e
centrou para a floresta de pernas dos vitorianos. Acabou com
dificuldades físicas.
Nuno
Coelho – é um homem invisível e cabia-lhe fechar caminhos ao
contra ataque dos forasteiros. Cumpriu.
Lucca
– Nunca parou mas na hora de subir no terreno mostra alguma
lentidão. Quer a executar quer a decidir. A meia distância não
funcionou.
Dálcio
– mais expedito que o habitual, tentou aproximar-se da área
adversária. O seu ponto forte é a visão de jogo e o sentido de
passe. Cumpriu.
Fredy
– o seu ponto fraco é a visão de jogo e o sentido de passe.
No resto é como sabemos um excelente executante. Mais um reparo –
não pode ser o único marcador de livres. Em especial em zonas que
pedem um pé esquerdo. As bolas paradas não podem desperdiçar-se.
Licá
– movimenta-se bem mas não está em forma. Nota-se no poder do
remate.
Keita
– é o mais perigoso avançado que temos. Emparedado entre a
defesa sadina ainda criou perigo.
Chaby
– entrou bem no jogo.
André
Santos – substituiu Lucca e mostrou energia.
Kikas
– algo precipitado podia ter resolvido o jogo.
Notas:
- A equipa do Vitória de Setúbal está recheada de nomes sonantes e sendo treinada por Lito pode sobrepor-se a qualquer adversário. O que de certo modo valoriza a consistência da nossa exibição.
- A Liga tem que começar a pensar num campeonato dos emprestados ou dos clubes satélite porque assim manter um clube independente é como manter uma loja aberta ao público e fazer face à concorrência dos vendedores ambulantes! Em frente à Loja!
Saudações
azuis
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