domingo, setembro 02, 2018

O último terço...


Silas explicou que já sabia que isto ía acontecer no último terço e na verdade aconteceu. Jogadas laboriosamente construídas, posse de bola superior, desta vez sem ofertas, várias aproximações à linha de fundo, alguns cruzamentos interessantes, mas muito pouco perigo. O nulo teria que ser o resultado. Retivemos um remate de Licá, Keita ainda ameaçou de cabeça, mas temos sempre pouca gente na área para acorrer aos cruzamentos. E assim a defesa sadina foi resolvendo os problemas. Lembro-me apenas de uma recarga de Dálcio ao travessão com o jogo já interrompido pelo árbitro. O resto é pólvora seca com os nossos rematadores a precisar de vitaminas. Talvez que o segredo esteja nos médios, que não entram. Talvez que o segredo esteja nas tabelas que não funcionam. Neste sentido a entrada de Chaby trouxe um pouco de ar fresco embora o ar estivesse tudo menos fresco. E custa a entender tanto jogo a horas impróprias! Enfim, necessidades.

Numa breve análise à prestação dos jogadores diria o seguinte:

Muriel – esteve bem e já percebeu (ele e Silas) que a saída de bola, às vezes, tem que ser à moda antiga. Bola no meio campo adversário.
Diogo Viana – jogo sobre o fraco. A defender menos mal, embora tenha sido batido num lance perigoso em que lhe faltaram centímetros. Um lance de cabeça. A atacar, no um para um, nunca conseguiu impor-se ao jovem defesa esquerdo setubalense.
Gonçalo Silva – uma boa exibição!
Sasso – foi considerado o homem do jogo e o prémio assenta-lhe bem.
Reinildo – voluntarioso, chegou à linha de fundo algumas vezes, e centrou para a floresta de pernas dos vitorianos. Acabou com dificuldades físicas.
Nuno Coelho – é um homem invisível e cabia-lhe fechar caminhos ao contra ataque dos forasteiros. Cumpriu.
Lucca – Nunca parou mas na hora de subir no terreno mostra alguma lentidão. Quer a executar quer a decidir. A meia distância não funcionou.
Dálcio – mais expedito que o habitual, tentou aproximar-se da área adversária. O seu ponto forte é a visão de jogo e o sentido de passe. Cumpriu.
Fredy – o seu ponto fraco é a visão de jogo e o sentido de passe. No resto é como sabemos um excelente executante. Mais um reparo – não pode ser o único marcador de livres. Em especial em zonas que pedem um pé esquerdo. As bolas paradas não podem desperdiçar-se.
Licá – movimenta-se bem mas não está em forma. Nota-se no poder do remate.
Keita – é o mais perigoso avançado que temos. Emparedado entre a defesa sadina ainda criou perigo.
Chaby – entrou bem no jogo.
André Santos – substituiu Lucca e mostrou energia.
Kikas – algo precipitado podia ter resolvido o jogo.

Notas:
  1. A equipa do Vitória de Setúbal está recheada de nomes sonantes e sendo treinada por Lito pode sobrepor-se a qualquer adversário. O que de certo modo valoriza a consistência da nossa exibição.
  2. A Liga tem que começar a pensar num campeonato dos emprestados ou dos clubes satélite porque assim manter um clube independente é como manter uma loja aberta ao público e fazer face à concorrência dos vendedores ambulantes! Em frente à Loja!

Saudações azuis

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