À antiga, quando o Belenenses entrava em qualquer campo e assumia as despesas do jogo em busca da vitória!
Domingos Paciência surpreendeu tudo e todos e num dos campos
mais difíceis da primeira Liga, encostou o Feirense às cordas remetendo-o para
o seu meio campo sem apelo nem agravo! Foram três golos e até podiam ter sido
mais! E estou a lembrar-me daquele cabeceamento de Caeiro ao qual o
guarda-redes da casa respondeu com uma defesa impossível! Voltando ao princípio,
não é fácil surpreender Nuno Manta um dos mais esperançosos treinadores da nova
vaga, e é muito difícil interromper aquela correria permanente dos jogadores
treinados por ele! Mas a verdade é que o Belenenses interrompeu e mandou em
absoluto no terreno durante quarenta e cinco minutos! Uma defesa intransponível
onde está encontrada a dupla de centrais – Gonçalo Silva e Nuno Tomás – um meio
campo musculado e com a lição bem estudada – Saré, Tandjigora, Yebda (desta vez
sem fantasias!) e Sousa – e um ataque com dois pontas de lança que prendiam
muita gente do Feirense lá atrás! Gente que cometia faltas que se revelaram
fatais. E chegamos também a uma conclusão eterna no futebol – a sorte do jogo
existe, é factor importante, mas há que merecê-la! E o Belenenses mereceu.
A segunda parte teria que ser diferente, pois a ganhar por
três bolas a zero a nossa equipa recuou um pouco e ao recuar a mais valia de Caeiro
foi-se perdendo, abriram-se espaços e os homens da Feira carregaram. Foi a vez
de mostrarmos solidez defensiva! Mas ainda houve um ligeiro estremeção quando
na sequência de um canto o Feirense reduziu. Porém aquele era o dia do
Belenenses e logo a seguir Benny faz o quarto golo. A discussão do resultado acabou
aí.
Ora bem, hoje é muito difícil emitir opinião desfavorável
sobre as opções de Domingos. Mas ainda assim eu teria feito as substituições
pelo livro, ou seja, teria tirado Caeiro fazendo entrar um ponta de lança
fresco e com velocidade. Seria a oportunidade para Jesus Hernandez mostrar o
que vale. E Benny teria entrado naturalmente para render um Sousa esgotado. Mas
ainda bem que não sou eu o treinador.
Saudações azuis
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