Grão a grão e vamos imaginar que
daqui até ao fim do campeonato vamos empatando uns jogos e conseguimos ganhar
uma vez! Não vai ser fácil atendendo a que não conseguimos ganhar aos dois últimos!
Houve hipóteses de ganhar?! Contra o Tondela houve poucas, contra o Nacional houve
mais até porque jogámos com um avançado digno desse nome – Juanto! É certo que
falhou golos mas teve o mérito de aparecer em boas condições para marcar. Não é
para todos. Tirando esse aspecto demos uma parte de avanço a uma equipa que é
realmente muito fraquinha pese o facto de jogar em sua casa, com grande apoio,
e com a corda na garganta. Mas não era razão para tantos receios. Jogar com um
defesa a extremo direito, caso de João Diogo, esperar que Edgar Ié suba no
corredor quando ele não está rotinado para isso, e manter Camará como ponta de
lança é jogar sem ponta de lança. Se acrescentarmos os erros clássicos de Vítor
Gomes (vejam-se as percas de bola no primeiro e no último minuto de jogo) mais
a morosidade de Yebda a soltar a bola e temos o quadro perfeito de um
Belenenses equivocado!
Na segunda parte (a perder) Quim
Machado corrigiu e fez entrar Caeiro deslocando Camará para o flanco direito e
a equipa ganhou outra dimensão. Passámos a controlar melhor a partida e o
Nacional teve que recuar no terreno. Marcámos finalmente um golo, um bom golo
por sinal, e nos últimos minutos podíamos ter chegado à vitória não fora a indecisão
e azelhice do Sousa. Mais indecisão que azelhice. Este é o filme do jogo na
Madeira, um filme gasto, que urge mudar.
Sobre a actuação dos jogadores já
fui dizendo alguma coisa: - o melhor foi Juanto, Miguel Rosa teve alguns
apontamentos – passe a isolar Juanto e o centro que deu o golo – Yebda esteve
lento e complicativo, de Vítor Gomes já falei mas posso aconselhá-lo a ser mais
rápido a pensar e a executar. E esqueça os lançamentos compridos que não são a
sua praia. Os centrais estiveram bem embora tenham dado uma fífia cada um –
Domingos Duarte num corte defeituoso ía traindo Cristiano e Gonçalo Silva
facilitou ao não ceder canto dando assim uma hipótese ao venezuelano do
Nacional. João Diogo é mais útil a defesa direito do que a ala direito e Hanin
cruza muito mas com conta peso e medida apenas me lembro de um centro rasteiro
que Juanto tentou aproveitar. Bolas que Caeiro pudesse cabecear foram poucas ou
nenhumas. Um aspecto a treinar quer do lado direito quer do lado esquerdo.
Cristiano foi dando para as encomendas. No golo sofrido não teve hipóteses.
Quanto aos jogadores que entraram
a Caeiro faltaram-lhe centros em condições, a Sousa faltou-lhe arte e engenho
para meter a bola na baliza adversária e o sueco Person, um trinco, jogou
apenas alguns minutos. Foi uma substituição estranha na medida em que estávamos
por cima no jogo mas até posso compreender que dadas as incidências da partida…
um ponto é um ponto.
Resultado final: Nacional 1 –
Belenenses 1
Saudações azuis
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