sábado, julho 23, 2016

Porque hoje é sábado...

Era este o tema repetitivo de Vinicius de Moraes para anunciar a um sábado a criação do mundo! Hoje, sábado, o Belenenses vai fazer mais um jogo de preparação, bem perto daqui, na Sobreda, contra o Cova da Piedade, e depois marcha para estágio em Fornos de Algodres, terra de onde veio o ministro mais poderoso do liberalismo - Costa Cabral. 

E porque hoje é sábado posso discorrer um pouco sobre a iniciativa da Direcção de garantir a possibilidade de recompra da SAD! Uma iniciativa e uma possibilidade com a qual concordo. Não tenho, nunca tive dúvidas que deve ser o espírito clubista a dirigir os destinos do futebol profissional. Futebol que para mim (e para quem sabe ler) é a razão de ser do Clube de Futebol 'Os Belenenses'. Aliás, a venda da SAD nas condições em que foi efectuada, e por mais inevitável que fosse, será sempre um marco terrível na história quase centenária do C.F. Os Belenenses. Isto não envolve qualquer juízo sobre o comprador que, para o comum dos belenenses, terá correspondido ou até superado as expectativas iniciais. E nesta matéria, para sermos justos, convém recuar ao ponto de partida! Na altura, na segunda divisão, desmoralizado e falido, a verdade é que o Belenenses se reergueu, subiu à primeira divisão e por lá se tem mantido, com altos e baixos naturais, mas numa trajectória que me parece ascendente. Isto, apesar das querelas permanentes, e previsíveis, entre a direcção do Clube e a  respectiva SAD! 

É também porque não vejo solução na actual estrutura bicéfala que penso ser indispensável clarificar de vez a situação. O Belenenses tem que actuar como um todo, no mesmo sentido, com todos a fazer força para o mesmo lado. Mas para isso não pode repetir-se o Belenenses das quintinhas, das mil e uma modalidades, dos bingos, das rendas. Terá de ser um Belenenses decididamente dedicado ao futebol, porque só assim voltaremos a ser grandes. Um Belenenses pequenino igual ao que nos levou a vender o futebol... não quero. Para isso não vale a pena recomprar nada. 


Saudações azuis

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