Bem andou o Belém Integral em
desconfiar dos ‘leaks’. Dos ‘leaks’ e do resto. Bastou um frente a frente, um Benfica
– Sporting um bocadinho mais renhido e lá ficámos a saber o que já sabíamos –
que o futebol português é um pântano, onde os grandes manobram, fazem
falcatruas, arruínam bancos, incentivam à violência, fazem o que lhes apetece
perante o olhar complacente da comunicação social, da federação e dos poderes
públicos. Dir-me-ão que foi sempre assim, claro, mas agora as coisas pioraram!
E pioraram por duas razões – em primeiro lugar o bolo, por causa da crise, é
cada vez mais pequeno; em segundo o Sporting apareceu mais reivindicativo, quer
tratamento igual à dos outros dois concorrentes. E nessa lógica tem razão.
Costuma dizer-se – ‘zangam-se as
comadres, descobrem-se as verdades’! Foi o que Bruno de Carvalho fez ontem no
programa da TVI 24. E goste-se ou não da figura, do estilo, temos que
reconhecer que o presidente do Sporting deu um baile ao opinador que ali estava
a defender os interesses do Benfica! Deu um baile e revelou aquilo que o Belém
Integral também tem vindo a revelar, infelizmente com menos audiência.
A procissão ainda vai no adro mas
desta vez será mais difícil abafá-la. A não ser que os restantes clubes, Belenenses
incluído, continuem a prestar vassalagem aos três eucaliptos. Não ganham nada
com isso.
Um exemplo: a centralização dos
direitos televisivos num operador independente, e a distribuição equitativa das
respectivas receitas é o caminho que está ser seguido nos países que têm um
futebol competitivo e por consequência, rentável. É por isso que qualquer clube
inglês ou espanhol do meio da tabela pode comprar jogadores que não estão ao
alcance dos clubes portugueses. Incluindo os grandes. Se isto é assim,
pergunto: - Para quando a adopção daquele modelo no futebol português?! Ou queremos
continuar com a ditadura dos grandes?!
Saudações azuis
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