A equipa é muito justa, depende, para ganhar, de uma série de factores que são de observação geral:
- Que a defesa não se comprometa na circulação de bola, especialmente pelo centro;
- Que não haja atrasos de alto risco (ou perdas de bola) por parte da linha intermediária;
- Nem faltas imprudentes (desnecessárias) junto á nossa grande área sabidas as dificuldades de Matt Jones em sair dos postes;
- Que Miguel Rosa levante a cabeça e sirva os companheiros melhor colocados;
- Que Sturgeon caia menos;
- E que Deyverson esteja em dia sim, concentrado e sem fantasias.
Para além disto precisamos de um ‘ciclista’ (que não temos) numa das alas (talvez Fábio Nunes) que saiba centrar ou entrar pela defesa.
Como se vê são muitas as condições para podermos ganhar, nomeadamente em casa onde temos que assumir as despesas do jogo. E a boa notícia é que já por diversas vezes conseguimos esse desiderato. Portanto, é possível, desde que, evidentemente, o adversário o consinta. Estamos no domínio do futebol, não da ciência exacta.
Nesta linha de raciocínio vejamos o que aconteceu frente à Académica:
Aparentemente todos os itens se cumpriram, não houve falhas comprometedoras e ainda assim não ganhámos! Podíamos inclusivé ter perdido, já que existiram dois lances, um deles da nossa inteira responsabilidade uma vez que não atirámos a bola para fora quando Sturgeon estava caído no relvado.
Temos assim que procurar outras explicações e a primeira que enunciei – a equipa é muita justa – será uma delas. Mas existe outra, não menos importante e que tendemos a esquecer face ao modelo de jogo que praticamos. Modelo esse onde a circulação a meio campo é menos intensa. Mas foi precisamente o que se notou, especialmente na segunda parte, que faltava ali um maestro para descobrir uma aberta por onde meter a bola. Os esquemas mudam, podem aligeirar-se mas o meio campo ainda é o que era, o centro do sucesso ou insucesso. E nessa posição não somos fortes… há muito tempo!
Saudações azuis
Nota:
Continuam as especulações sobre o detentor da SAD do Belenenses e a fazer fé naquilo que se lê não me admira que nos próximos capítulos sejamos confrontados com duas realidades ao mesmo tempo irónicas e preocupantes: - a primeira é que afinal o dono real dos passes dos nossos jogadores pode muito bem ser o ex-primeiro ministro José Sócrates! A segunda hipótese, também preocupante, será uma visitinha do presidente da SAD azul à prisão de Évora! Mais uma, por pura amizade, dirão alguns, mas não foi isto que eu sonhei para o Belenenses.