Penso em Sócrates e vem-me à
ideia o nacional-benfiquismo! Penso de novo em Sócrates e lembro-me dos tempos
do ‘apito dourado’, um belo exercício de ataque selectivo ao poder futebolístico
do norte! Penso ainda em Sócrates e a PT não me sai do pensamento. A guerra
para domesticar a comunicação social, os altos patrocínios aos três ‘clubes do
estado’ são ideias que fervilham na minha cabeça. Uma pergunta sobressalta-me:
- donde vem, onde nasce o dinheiro para pagar isto tudo?! Afasto os maus
pensamentos, desvio a minha atenção para o camarote da Luz. O que vejo?! A
classe política e empresarial a desfilar, desde o Louçã, sentado à esquerda, ao
pesporrente Sílvio Cervan do CDS… aos gritos, de pé! No meio está a virtude –
lado a lado, Vieira e Ricardo Salgado. E começo a perceber. O BES a sustentar
um plantel de luxo, recheado de internacionais argentinos e brasileiros!
Ocorre-me então que os clubes dos países ricos, como a Holanda (estou a pensar
no Ajax) não têm, nem de perto nem de longe, uma folha salarial que se compare à
do Benfica. Mas são precisamente esses países que sustentam a vaidade daquele
camarote lusitano! E fica explicada, em parte, a falência do BES, do BESA, do Benfica…
e do resto. Raciocínio simplista, dirão muitos, mas não adiantam outra pista! Apenas
balbuciam desculpas. Por isso insisto, é na vaidade, no nepotismo, na ganância,
(em suma, na falta de educação) que poderemos encontrar as explicações para o
descalabro. E Sócrates regressa, infelizmente, ao meu pensamento!
Saudações azuis