Anda tanta gente preocupada com a verdade desportiva que não seria elegante da minha parte ausentar-me de tão notável questão. Nesse sentido tenho uma série de propostas a apresentar em meu nome, e se quiserem, em nome de um conjunto de clubes que de tanto comer e calar já se habituaram ao silêncio. O silêncio dos inocentes. Ou será o silêncio dos cúmplices?!
A proposta mais óbvia, e que ainda não consta do caderno de inovações do Platini nem da lista tecnológica do Rui da brilhantina, é desde logo um chip no apito do árbitro. Seria colocado como uma espécie de adesivo que impediria o juiz de soprar ao primeiro impulso, o chamado impulso do coração. Impulso que alguns especialistas sociais deslocalizam do coração para o situar ao nível da falta de personalidade, subserviência, medo, e outras necessidades da vida corrente, como por exemplo o dinheiro e o instinto carreirista.
De facto de nada serve instalar sensores nas balizas, nas botas dos jogadores, no pau das bandeirolas de canto, se não existir o conveniente adesivo no apito do árbitro. Mas isto não fica por aqui. Outra das inovações que proponho seriam televisões sem som, ou em alternativa, tampões para os ouvidos, para os espectadores de sofá serem poupados às alarvidades dos comentadores 'desportivos' na nossa TV. Esta medida deveria ser implementada com urgência, digamos, a partir da próxima jornada.
E aqui fica o meu contributo, modesto, a favor da verdade desportiva.
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.Saudações desportivas
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.Nota importante: - No entusiasmo da proposta não reparei que as televisões actuais já são dotadas de equipamento para baixar o volume de som ao ponto de não incomodarem. Mas mesmo assim, aconselho, porque é mais seguro, não vá entrar alguém na sala e perguntar - mas porque é que isto está sem som?! E voltamos ao ponto de partida, enervamo-nos outra vez... sem necessidade.
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