Um meio campo inexistente, que joga a trote, que não recupera defensivamente, que nas transições ofensivas não sabe segurar a bola para permitir que o resto da equipa suba no terreno, com um meio campo assim, perante equipas rápidas e acutilantes, a goleada é uma questão de tempo. Foi o que aconteceu. Aliás, contam-se por uma mão os jogadores do Belenenses que jogaram ao mesmo ritmo do adversário! Não estou a falar de perfomance técnica, estou a falar de velocidade, de ginástica!
Atentemos no primeiro golo, que ocorreu logo aos cinco minutos de jogo: - aquilo parecia a brigada do reumático a correr atrás do Saviola!
A perder, sem argumentos para pressionar o Benfica no seu meio campo, limitámo-nos aos lançamentos compridos para os desamparados Freddy e Yontcha, jogadas naturalmente condenadas ao insucesso.
Mas a verdade é que o score não se alterou até ao intervalo, pese as investidas encarnadas pelo flanco direito, que iam dando muito trabalho ao jovem André Pires, quase sempre apanhado entre dois adversários, uma vez que Zé Pedro não recuperava defensivamente.
Para a segunda parte, João Carlos Pereira fez a primeira alteração e deu-se mal - saiu André Pires (dos poucos que apesar de tudo corria) para dar entrada a Lima, que foi encostar-se ao flanco esquerdo na tentativa de alargar a nossa frente de ataque. Porém, isto obrigou ao recuo de Barge para defesa esquerdo, Barge que dava alguma luta ao meio campo encarnado e ainda auxiliava Mano na marcação a Di Maria. Desfez-se assim um equilíbrio que ía aguentando a nau azul pelo menos a boiar.
Saíram depois Celestino (lento e sem ideias) e Gomez (pesadíssimo e a ficar ligado ao lance do primeiro golo) para entrarem Pelé (muito desinspirado) e Filipe Bastos (que tirando um remate, não se deu por ele). Substituições que também não resultaram. A equipa baralhou-se e perdeu-se em individualismos inúteis. As recuperações defensivas continuavam a falhar e a darem golos ao Benfica. Foi assim no segundo e quarto golos, que apesar de terem sido obtidos em fora de jogo, ilustram o completo desnorte de todo o sistema defensivo, com o adversário a aparecer em superioridade numérica e em condições de alvejar facilmente a baliza de Nelson.
O terceiro golo, marcado por Javi Garcia (com o ombro) a saltar entre Diakité e Pelé, resultou de um livre mal assinalado por Olegário Benquerença, já que se tratou de um lance dividido e em que Mano toca primeiro na bola. Mas independentemente da irregularidade destes lances, a sensação que fica é triste – o Belenenses nunca revelou argumentos para discutir a partida. Se quisermos sintetizar tudo numa frase, podemos dizer que o Benfica passeou no Restelo.
Isto é que me preocupa.
E a bancada dos sócios nunca se há-de encher enquanto o Belenenses não tiver uma equipa digna dos seus pergaminhos.
Saudações azuis.
Atentemos no primeiro golo, que ocorreu logo aos cinco minutos de jogo: - aquilo parecia a brigada do reumático a correr atrás do Saviola!
A perder, sem argumentos para pressionar o Benfica no seu meio campo, limitámo-nos aos lançamentos compridos para os desamparados Freddy e Yontcha, jogadas naturalmente condenadas ao insucesso.
Mas a verdade é que o score não se alterou até ao intervalo, pese as investidas encarnadas pelo flanco direito, que iam dando muito trabalho ao jovem André Pires, quase sempre apanhado entre dois adversários, uma vez que Zé Pedro não recuperava defensivamente.
Para a segunda parte, João Carlos Pereira fez a primeira alteração e deu-se mal - saiu André Pires (dos poucos que apesar de tudo corria) para dar entrada a Lima, que foi encostar-se ao flanco esquerdo na tentativa de alargar a nossa frente de ataque. Porém, isto obrigou ao recuo de Barge para defesa esquerdo, Barge que dava alguma luta ao meio campo encarnado e ainda auxiliava Mano na marcação a Di Maria. Desfez-se assim um equilíbrio que ía aguentando a nau azul pelo menos a boiar.
Saíram depois Celestino (lento e sem ideias) e Gomez (pesadíssimo e a ficar ligado ao lance do primeiro golo) para entrarem Pelé (muito desinspirado) e Filipe Bastos (que tirando um remate, não se deu por ele). Substituições que também não resultaram. A equipa baralhou-se e perdeu-se em individualismos inúteis. As recuperações defensivas continuavam a falhar e a darem golos ao Benfica. Foi assim no segundo e quarto golos, que apesar de terem sido obtidos em fora de jogo, ilustram o completo desnorte de todo o sistema defensivo, com o adversário a aparecer em superioridade numérica e em condições de alvejar facilmente a baliza de Nelson.
O terceiro golo, marcado por Javi Garcia (com o ombro) a saltar entre Diakité e Pelé, resultou de um livre mal assinalado por Olegário Benquerença, já que se tratou de um lance dividido e em que Mano toca primeiro na bola. Mas independentemente da irregularidade destes lances, a sensação que fica é triste – o Belenenses nunca revelou argumentos para discutir a partida. Se quisermos sintetizar tudo numa frase, podemos dizer que o Benfica passeou no Restelo.
Isto é que me preocupa.
E a bancada dos sócios nunca se há-de encher enquanto o Belenenses não tiver uma equipa digna dos seus pergaminhos.
Saudações azuis.
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