Um minuto de silêncio por um grande jogador e por um grande belenense!
Vi-o jogar tantas vezes, tenho uma imagem na retina que deve ser a síntese do jogador que era – cheio de raça, num dia de chuva e lama, a arrancar pelo corredor central do meio campo, empurrando a equipa para a frente, em direcção à baliza adversária. No seu tempo de jogador, décadas de cinquenta e sessenta, o futebol era mais compartimentado, Carlos Silva seria aquilo a que hoje chamamos um médio todo o terreno, a desarmar e a progredir, mas mais dado a tarefas defensivas. Um trinco implacável, mas que sabia jogar à bola!
O jogo do Bonfim começou praticamente com o golo do Belenenses e que ditaria o resultado da partida, ainda não tinham passado uma dezena de minutos!
Costinha pontapeou por alto para a frente do ataque, Garcês de costas, ganhou nas alturas encaminhando a bola pelo corredor central, onde apareceu Dady a impor-se no corpo a corpo a Hugo, a isolar-se e a bater o desamparado keeper setubalense.
Descrevi o golo tal como o vi, de longe, no outro lado do estádio, bem acompanhado por mais de mil belenenses!
Mas não vou a esta hora fazer uma crónica do que se passou, vou apenas deixar alguns apontamentos que em minha opinião merecem realce:
Assistência – cerca de cinco mil espectadores, o que pode considerar-se muito bom nos tempos que correm, já que o futebol português parece organizado e destinado não ao público, mas a outros interesses! Registe-se até a curiosidade de sermos um caso único na Europa a que gostamos de pertencer – em Portugal o futebol consegue subsistir sem público! Um verdadeiro milagre económico… a pedir investigação.
Mas como disse, em Setúbal, o estádio do Bonfim estava composto, muitos belenenses acorreram entusiasmados com a capacidade da equipa – quatro vitórias fora e um empate, em oito jogos, é obra a que não estávamos habituados há muito tempo! O jogo ao Domingo à tarde também convenceu muitos, e para além disso, porque não dizê-lo, o sistema de convites também ajudou. Porque a malta anda ‘tesa’, e o futebol está muito caro.
Jogadores jovens – Ora aí está um treinador que não tem medo de arriscar, de dar oportunidade aos jovens jogadores da ‘cantera’, no caso Mano e Gonçalo Brandão, surpreendendo tudo e todos! Diga-se que estiveram bem, cumpriram, e Mano mostrou até algumas virtudes que me entusiasmaram: bons pés, indispensáveis no miolo, ligeireza de movimentos e espontaneidade no passe, um armador ‘à maneira’! O bom desempenho da equipa durante a primeira parte, também a ele se deve.
Sistema defensivo – Mais uma vez a superar as dificuldades, com os centrais em grande plano, com destaque neste jogo para Rolando!
Algum desespero – Os ‘pés rotos’ de Silas na recepção de algumas bolas, em lances que prometiam o segundo golo e o descanso geral nas hostes azuis. Vamos ter que nos habituar a Silas, capaz de um lance de génio e a seguir…deixa escapar a bola de forma infantil!
Vi-o jogar tantas vezes, tenho uma imagem na retina que deve ser a síntese do jogador que era – cheio de raça, num dia de chuva e lama, a arrancar pelo corredor central do meio campo, empurrando a equipa para a frente, em direcção à baliza adversária. No seu tempo de jogador, décadas de cinquenta e sessenta, o futebol era mais compartimentado, Carlos Silva seria aquilo a que hoje chamamos um médio todo o terreno, a desarmar e a progredir, mas mais dado a tarefas defensivas. Um trinco implacável, mas que sabia jogar à bola!
O jogo do Bonfim começou praticamente com o golo do Belenenses e que ditaria o resultado da partida, ainda não tinham passado uma dezena de minutos!
Costinha pontapeou por alto para a frente do ataque, Garcês de costas, ganhou nas alturas encaminhando a bola pelo corredor central, onde apareceu Dady a impor-se no corpo a corpo a Hugo, a isolar-se e a bater o desamparado keeper setubalense.
Descrevi o golo tal como o vi, de longe, no outro lado do estádio, bem acompanhado por mais de mil belenenses!
Mas não vou a esta hora fazer uma crónica do que se passou, vou apenas deixar alguns apontamentos que em minha opinião merecem realce:
Assistência – cerca de cinco mil espectadores, o que pode considerar-se muito bom nos tempos que correm, já que o futebol português parece organizado e destinado não ao público, mas a outros interesses! Registe-se até a curiosidade de sermos um caso único na Europa a que gostamos de pertencer – em Portugal o futebol consegue subsistir sem público! Um verdadeiro milagre económico… a pedir investigação.
Mas como disse, em Setúbal, o estádio do Bonfim estava composto, muitos belenenses acorreram entusiasmados com a capacidade da equipa – quatro vitórias fora e um empate, em oito jogos, é obra a que não estávamos habituados há muito tempo! O jogo ao Domingo à tarde também convenceu muitos, e para além disso, porque não dizê-lo, o sistema de convites também ajudou. Porque a malta anda ‘tesa’, e o futebol está muito caro.
Jogadores jovens – Ora aí está um treinador que não tem medo de arriscar, de dar oportunidade aos jovens jogadores da ‘cantera’, no caso Mano e Gonçalo Brandão, surpreendendo tudo e todos! Diga-se que estiveram bem, cumpriram, e Mano mostrou até algumas virtudes que me entusiasmaram: bons pés, indispensáveis no miolo, ligeireza de movimentos e espontaneidade no passe, um armador ‘à maneira’! O bom desempenho da equipa durante a primeira parte, também a ele se deve.
Sistema defensivo – Mais uma vez a superar as dificuldades, com os centrais em grande plano, com destaque neste jogo para Rolando!
Algum desespero – Os ‘pés rotos’ de Silas na recepção de algumas bolas, em lances que prometiam o segundo golo e o descanso geral nas hostes azuis. Vamos ter que nos habituar a Silas, capaz de um lance de génio e a seguir…deixa escapar a bola de forma infantil!
Mas estão todos de parabéns.
Resultado final: Vitória de Setúbal 0 – Belenenses 1.
Resultado final: Vitória de Setúbal 0 – Belenenses 1.
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