E de facto não há. Foi mais uma derrota inglória e com o seu quê de injustiça. Pelo menos até ao início das substituições que temos que admitir não nos correram nada bem. Mas já lá vamos. Antes é preciso salientar que tal como temos feito contra outras equipas inegávelmente melhor apetrechadas, conseguimos impor o nosso jogo remetendo o Paços para a sua grande área. Faltou como tem faltado sempre a capacidade para traduzir em golos esse ascendente. E assim chegámos ao intervalo a perder por um zero fruto de um penalty caído do céu e que se calhar o VAR reverteria se estivesse em causa outro emblema. Veio o segundo tempo e o cenário de domínio do Belenenses manteve-se até que aos 55 minutos Petit resolve jogar a cartada das substituições. É fácil criticar quem tem que decidir em cima do acontecimento mas tenho a certeza que Petit se pudesse voltar atrás nunca teria retirado Cassierra e Cafu Phete de campo. São altos, e nós precisávamos de gente alta para discutir os cruzamentos com a defensiva do Paços. Substituí-los por dois jogadores sem essas características (Calila e Francisco Ferreira) foi um erro.
Aliás eu sempre esperei que à semelhança do que tinha feito nos últimos minutos em Barcelos que Petit optasse por uma defesa a quatro adiantando simplesmente Cafu para a linha média, um lugar que conhece bem. Mas não. E o que aconteceu é que a partir das substituições que fomos fazendo o Paços foi tendo cada vez mais bola e nós fomos cada vez menos perigosos.
Um último parágrafo para comentar a frase de Petit - 'não há muito a dizer'. Mas há muito a fazer. Em especial reforçar a equipa com jogadores que tenham nível para jogar na primeira Liga. E entre esses terá que haver avançados com curriculum de goleador. Nem que seja na Pérsia. Esperar que os jovens oriundos dos sub 23 se transformem em craques, todos e ao mesmo tempo, é uma quimera perigosa.
Saudações azuis
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