Ano após ano vou mantendo estas crónicas que o único mérito que têm é falar do Belenenses. De quem pouco gente fala a não ser pelos piores motivos. Mas esta tarefa torna-se cada vez mais difícil. Difícil por causa da divisão interna, mas sobretudo por causa da equipa de futebol cuja qualidade não corresponde à expectativa dos adeptos. Uma dupla circunstância que vai minando a sua fidelidade a um projecto a que se agarraram em desespero de causa. Mas as causas para se manterem têm que ser alimentadas, têm que sentir que há uma luz ao fundo do túnel. E já não sentem.
Não sentem porque vêem os jogos e rápidamente se apercebem que dificilmente conseguiremos ficar na primeira Liga. Mas é precisamente esse o único motivo que justifica a existência desta SAD e o apoio que ainda vai recebendo. Direitos televisivos incluídos.
Não adianta invocar que a competitividade é muita e que estamos a seis pontos (duas vitórias) do sétimo lugar. Estamos de facto em penúltimo, em zona de descida, e em 14 jogos marcámos apenas seis golos. Isto são números alarmantes. E mais alarmantes se tornam quando temos um treinador que tem conseguido mascarar as insuficiências do plantel com razoáveis desempenhos colectivos. Mas não chega. Na hora da verdade é o passe que não sai, é o remate que falha ou a inexperiência que deita tudo a perder. E Petit não pode saltar para dentro do campo e ir ele marcar os golos.
Faltam duas semanas para o fecho da janela de transferências e as insuficiências estão à vista de todos. Um ponta de lança, um médio e um extremo puro é o mínimo exigível. E mantendo os jogadores nucleares do plantel. Ontem deu para ver quem são.
Saudações azuis
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