domingo, novembro 01, 2020

A história de um empate caído do céu!

 

Não quis fazer esta crónica sem ver o jogo outra vez, com mais calma, e fiz bem. Ontem a minha primeira reacção foi de desespero. Hoje já estou mais positivo. É verdade que na primeira parte houve mais Farense, uma equipa com um maestro acima da média (Ryan Gould) e que a partir daí criou algumas jogadas perigosas. No entanto tirando um lance muito bem construído e que atravessou toda a nossa grande área, a nossa defesa foi chegando para as encomendas. Recorde-se que o Farense ainda não ganhou mas sabe marcar golos aos seus adversários.


O lado negativo (durante todo o jogo) foi a nossa impotência ofensiva. Há mérito dos algarvios que secaram completamente as saídas pelos flancos e demérito nosso porque não soubemos dar a volta ao texto. Nem penso que as ausências por Covid possam servir de justificação. Na verdade ou passávamos para uma defesa clássica (a quatro) muito mais cedo e assim criávamos outros problemas à lição bem estudada do Farense ou então precisamos de outros argumentos no meio campo, jogadores tipo Ryan Gould. Rápidos a pensar e certeiros a executar.


Vendo as substituições á posteriori, o que é sempre mais fácil, eu diria que a entrada de Sousa ao intervalo para o lugar de Richard não surtiu grande efeito. Teria sido mais útil aproveitar a sua velocidade e intensidade no miolo. Aos 60 minutos Petit faz sair Cauê e Semedo, entrando para os seus lugares Robinho e Cassierra. Foi então que sofremos dois penalties (um deles não convertido) e ambos sobre Hugo Seco, extremo direito muito vertical que entrara entretanto.


Aos 81 minutos entrou o médio de cobertura Bruno Ramires, saiu Danny Henriques passando a defender com quatro. Taira também saiu sendo substituído pelo extremo Francisco Teixeira. Consentido ou não remetemos o Farense à sua grande área e conseguimos chegar ao golo que nos deu o empate. Isto aconteceu no último segundo do jogo.


Notas individuais: - Num jogo não conseguido os destaques individuais são poucos. Estreia positiva do guarda redes Krichiuk que transmite segurança naturalmente; os três centrais cumpriram com Henrique num patamar superior; Bruno Ramires entrou com genica.


Saudações azuis


Nota arbitral - Manuel Mota tão lesto a assinalar grandes penalidades contra o Belenenses (que o foram) esqueceu-se de assinalar uma a nosso favor no final da primeira parte. Quanto ao tempo concedido (seis minutos), e que tanta celeuma gerou, recordo que o golo do empate foi marcado aos 97 minutos e zero segundos. Um minuto de compensação extra que é prática generalizada em todos os jogos.


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