Com o regresso de Cafu era natural continuar com o sistema de três centrais e diga-se desde já que tudo funcionou quase na perfeição. A perfeição não existe mas o Belenenses vulgarizou o Rio Ave, tapou-lhe todos os caminhos para o ataque e na primeira parte teve até mais posse de bola! Se isto é verdade também é verdade que eu não deixei de sofrer. Na verdade a incapacidade para transformar ataques promissores em golo era evidente. E a possibilidade de um minimo deslize, sabendo que do outro lado havia jogadores que o saberiam aproveitar, não me saía da cabeça.
Veio o segundo tempo, a energia e a velocidade de Sousa continuavam a perturbar a defensiva vilacondense. Era uma esperança que o penalty transformado em livre desvaneceu. Foi á barra! Grande pequeno jogador que ali está! Cassierra sabe receber a bola e entregá-la em condições mas não tem (por enquanto) a espontaneidade do goleador. Silvestre Varela, esforçado, já não tem pedal para fazer aquilo que antigamente fazia. Agora ou tenta fazer um drible e perde a bola... ou não a perde, mas trava invariávelmente uma transição que se pedia rápida e fulminante. É um problema que Petit terá que resolver.
O que é certo é que o Rio Ave foi começando pressionar lançando para o efeito os seus suplentes de luxo. Petit respondeu com a juventude que estava no banco. O jogo aproximava-se do fim e já se notavam sinais de grande cansaço nalguns jogadores. Cafu teve que sair e passámos para uma defesa a quatro. Houve uma oportunidade para cada lado (Ruben Lima não pode ser batido daquela maneira) e foi com um certo alívio que ouvi o apito final. Um ponto é melhor que nada.
Nos destaques individuais tenho que referir novamente a grande calma e segurança que o keeper Krichiuk transmite; Bruno Ramires esteve em todo o lado, e Afonso Sousa tem uma energia inesgotável! Mas acima de tudo há que salientar que todos deram o máximo e que funcionámos como uma verdadeira equipa!
Resultado final: Belenenses 0 - Rio Ave 0
Saudações azuis
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