Não
é sobre o Jorge Jesus tardia tábua de salvação do Vieira nem
sobre os 'vistos gold' dos grandes craques internacionais desejosos
de comprarem casa no Seixal! É sobre um assunto sério e que ninguém
quer falar a sério. Refiro-me às relações entre os Clubes e as
respectivas SAD.
Podíamos
começar pelo Aves, onde as coisas correm mal, ir até Famalicão
onde as coisas correm bem, ou olhar de novo para o Belenenses onde as
coisas não correm e estão bloqueadas. Mas não, vou comentar aquilo
que ouvi de um tal André Geraldes ex-dirigente do Sporting, e que
depois de uma experiência bem sucedida no recém promovido Farense,
rumou até à Reboleira onde é actualmente sócio maioritário de
uma SAD que segundo consta comprou os restos mortais do Estrela da
Amadora! A operação de reanimação do cadáver terá utilizado
como barriga de aluguer um clube de Sintra, que entretanto, ao que
percebi, desaparece na fusão e entra no esquecimento.
Eu
estava a ouvir aquela conversa toda na Sport TV e pensei para os meus
botões, mas onde é que que eu já ouvi isto?!
Dizia
ele: - há clubes que precisam de investimento privado e por isso têm
que ceder a maioria do capital da SAD ao investidor e há os que não
precisam (Benfica, Sporting e Porto) porque conseguem ter proventos
que os outros não conseguem. E deu o exemplo dos contratos
televisivos. Esqueceu-se de outros maus exemplos, como por exemplo o
BES ter sido accionista da SAD do Benfica, ou o Sporting ter
beneficiado de uma estranha comutação bancária, quem sabe, em nome
do interesse nacional! Assim, de facto, não são precisos
investidores privados. Basta o Estado intervir quando for preciso.
E
eu pergunto: - São estes os jovens dirigentes que vão mudar o
futebol português?! Não, não são. A última questão foi aliás
reveladora: - o sonho é ser um dia presidente do Sporting! E a
conversa da treta torna-se finalmente compreensível. Só não se
comprende o que foi fazer para a Amadora!
Saudações
azuis
Nota:
Em próximo postal abordarei então o problema da SAD do Belenenses.
E a necessidade de encontrar um verdadeiro equilibrio entre os
legítimos interesses das partes envolvidas.
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