segunda-feira, outubro 02, 2017

Ganhar a sofrer também vale!

Visto e revisto, o jogo mostrou que enquanto estamos frescos de pernas e mentalmente focados podemos defrontar qualquer equipa em vantagem e é isso que tem acontecido. Desta vez calhou ser o Guimarães um conjunto preparado para a Liga Europa e que alcançou o quarto lugar na época transacta. Não é uma equipa qualquer. Portanto os nossos problemas começam com a falta de pernas e discernimento de alguns jogadores fundamentais. Esses jogadores fundamentais e em quebra têm nome e ou são substituídos na altura certa ou vamos sofrer mais vezes. Domingos Paciência e sem individualizar disse o mesmo no final.

Quem foram então os jogadores em quebra?! São maioritáriamente do meio campo pois é aí que tudo começa e acaba.

Começo pelo trinco Saré que desde que chegou trouxe equilíbrio à equipa mas que nas segundas partes vai perdendo discernimento, erra passes, tem algumas hesitações, ou esquece-se de saltar como aconteceu em Vila da Feira no golo do Feirense. Ontem também ia comprometendo deixando saltar Moreno nas suas costas.
O substituto natural tem que ser um trinco para jogar a trinco e não para jogar como terceiro central numa estratégia de aflitos.

O outro jogador do meio campo que ontem ficou abaixo das expectativas foi Yebda. Estamos a falar num contexto de sair do sufoco. Não discuto a sua capacidade técnica mas discuto o seu andamento, sempre igual, sem explosão, discuto a sua leitura de jogo, a forma como prende sistemáticamente a bola quando a devia soltar, e também discuto alguns pequenos disparastes, desnecessários, que nos custam faltas ou oportunidades perdidas. Estou a lembrar-me de duas oportunidades, uma em cada parte, em que podia ter rematado e feito golo e optou por mais um rodriguinho. Um médio de ataque tem que marcar golos de vez em quando. Eu sei que substituir Yebda não é fácil mas às vezes temos que dar um safanão no jogo.

Finalmente o caso de Caeiro! Dura apenas uma parte e só é útil desde que a equipa esteja suficientemente subida. Isso aconteceu na primeira parte e embora desacompanhado (Maurides esteve ontem mais cometido a tarefas defensivas) esteve perto de marcar num oportuno cabeceamento! Caeiro de facto viria a ser substituído por Benny mas essa substituição, tal como a entrada de Miguel Rosa pouco alteraram o figurino do jogo. O Belenenses continuou lá atrás.

E está feita a análise a uma partida que revelou um Belenenses coriáceo, e onde saber defender é tão importante como saber atacar.


Saudações azuis

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