segunda-feira, março 06, 2017

Do inferno ao paraíso!

A vitória de ontem no Restelo sobre o Desportivo de Chaves não tem uma explicação puramente futebolística! Precisamos de descer às profundezas psicológicas para compreender porque é que duas ou três arrancadas pelo lado direito do recém-entrado Fábio Nunes alteraram completamente a fisionomia do encontro?! Faz lembrar aquelas batalhas perdidas que, por obra e graça de um acontecimento menor, se transformam em vitórias inesperadas! É também um desafio à humildade dos treinadores de bancada, e falo por mim, que depois daquele massacre que foi a primeira parte teriam retirado um avançado e preenchido melhor o meio campo. Isto porque não era possível substituir metade da equipa, pelo menos! Mas não, Quim Machado retirou de facto um avançado, no caso um desastrado Juanto, mas manteve a aposta inicial em dois pontas de lança! Camará foi fazer companhia a Maurides e Fábio Nunes ocupou o flanco direito. O que é certo é que a história do jogo mudou. Os flavienses, logo no início da segunda parte, ainda tiveram uma oportunidade soberana para fazer o segundo golo mas ficaram-se por aí. E o que aconteceu a seguir já é matéria da psicologia colectiva. O Chaves, face às ameaças provocadas pelas tais arrancadas de Fábio Nunes, temeu-se, e começou a pensar em resguardar a vantagem. O Belenenses pelos motivos opostos empolgou-se e acreditou na reviravolta! Do nosso lado, a velocidade aumentou, a intensidade também, e o empate chegou. Foi a altura de reforçar a aposta ofensiva e Quim Machado fez entrar Tiago Caeiro. E ganhou o jogo.
No final subsistem duas perguntas: - Onde se perdeu o Chaves avassalador da primeira parte?! Onde estava o Belenenses que reapareceu na segunda parte?! E voltamos ao princípio e à inesgotável caixinha de surpresas que é o futebol!

Análises individuais?! Mas como e para quê se não é possível comparar a noite com o dia?! O inferno com o paraíso?! Ainda assim e para ser justo devo realçar que o naufrágio da primeira parte só não foi maior porque o guarda-redes Cristiano e a extrema defesa azul, nomeadamente os dois centrais, nunca perderam a cabeça. Na segunda parte, no outro Belenenses, há que destacar o incontornável Fábio Nunes, a confirmação de Maurides, e o sentido de oportunidade de Caeiro. Mas repito, a força psicológica do colectivo é que fez a diferença.

Resultado final: Belenenses 2 - Chaves 1


Saudações azuis

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