Mas um passo, porque a centralização da negociação dos direitos televisivos é efectivamente um passo importante! Aliás, se bem se lembram, foi aqui defendida bastas vezes, assim como defendi que a redistribuição deveria basear-se na classificação do campeonato imediatamente anterior. Quanto ao leque distributivo deveria ser o mais equilibrado (apertado) possível, como acontece nos campeonatos mais competitivos e por consequência mais rentáveis.
Dito isto, duas reticências relativamente ao andar da carruagem. Primeira reticência no que toca às palavras do presidente da federação: - ‘não podemos tirar do bolo aos grandes para dar aos clubes ditos mais pequenos, terá de existir valor acrescentado para todos os participantes’.
Sem dúvida, pois todos devem beneficiar com a centralização, mas estas declarações afastam-se daquilo que, em minha opinião, deveria ser o discurso de um presidente da federação! Com efeito espera-se dele que corrija os actuais desequilíbrios orçamentais, que reduza o fosso, e não que deixe tudo na mesma! Penso eu.
A segunda reticência vai direita para o presidente da Liga, ressalvando que foi ele o grande entusiasta da medida. E que oportunamente aplaudi. A verdade é que o facto de já ter avançado com queixas para a Autoridade da Concorrência relativamente aos contratos em vigor, coloca-o na órbita dos interesses do Benfica e na sua particular guerra contra a Olivedesportos! E isso gera desconfiança na minha pessoa.
Mas vamos ter esperança que, por uma vez, neste país, os mais pequenos não irão servir de banquete à fome insaciável dos grandes! Esperemos.
Saudações azuis