Os clubes sempre foram propriedade de poucos, de um pequeno grupo que frequenta as assembleias, com motivações várias, umas melhores, outras piores. Em tempos de decadência os ‘proprietários’ reduzem-se, as assembleias tornam-se mais tumultuosas, os interesses tornam-se menos claros, e as decisões menos acertadas. Acontece em toda a parte.
Portanto, a ideia simplória de que o clube é de todos, que pertence à massa associativa, é isso mesmo, uma ideia simplória. No que respeita à minha pessoa o Belenenses só é meu porque gosto dele. Para além disso sinto-me ‘público’. Público que assiste aos jogos um pouco melhor acomodado, graças ao lugar cativo que a minha condição de sócio (pagante) permite.
É claro que existem as eleições, mas como vemos pela amostra do país, as eleições (infelizmente) não têm uma varinha de condão! Os candidatos são sempre os mesmos e logicamente as soluções também pouco mudam.
Nestas circunstâncias, e tal como estão as coisas do futebol em geral, e dentro do Belenenses em particular, não me custa admitir que surja alguém de fora com a intenção de tomar conta do Belenenses. São os sinais do tempo. Pior não há-de ser.
Saudações azuis