Sem motivo para grandes alardes cumpriu-se no passado dia 23 mais um ano de vida do Clube de Futebol 'Os Belenenses'! E não é coisa pouca, são cento e dois anos, embora os últimos cinquenta deixem muito a desejar.
E também como vem sendo hábito recordámos essa lenda viva que é Vicente Lucas! Aliás na cançoneta que ilustra este espaço ele é o último a quem dei nome próprio e percebe-se porquê: - só conheceu a camisola azul com a Cruz de Cristo e em certo sentido o seu tempo de jogador corresponde ao período em que ainda lutávamos olhos nos olhos com os nossos rivais lisboetas. Por isso e sem querer instrumentalizar nem a data nem a figura parece-me justo pensar que a melhor homenagem que podemos prestar ao Vicente, para além do apoio material que a sua actual condição justifica, será mantermo-nos entre os maiores do nosso futebol.
Esta é a minha opinião e se calhar seria a dos fundadores se hoje pudessem alvitrar.
Com efeito nunca foi o estádio onde jogar que definiu a vontade de Artur José Pereira e dos seus companheiros. Se assim fosse o Belenenses nunca teria existido. A ideia inicial era representar a autarquia de Belém conceito que se foi alargando, juntamente com as vitórias, a todas as zonas ribeirinhas do nosso Portugal. Havia belenenses em Aveiro, em Sines ou em Olhão. É este conceito, que nos tornou diferentes e únicos, que continua definir a alma belenense. Historicamente o Restelo sempre foi uma escolha. Ou é local de unidade e partida em busca de grandeza ou não serve para nada. Para dividir ainda mais a família belenense não precisamos do Restelo. E os que confundem o estádio com o Belenenses, ainda não sabem, mas já não são belenenses.
É para pensar...
Saudações azuis
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