Começo
pela Champions e por corrigir o que escrevi sobre o crepúsculo dos
deuses. Neymar, vagabundo por todo o campo, jogou como nunca o vi
jogar! É certo que os alemães cometeram alguns erros de palmatória
mas com aquele Neymar as coisas seriam sempre muito difíceis. De
qualquer modo e fazendo já agulha para o Belenenses confirma-se que
a tendência geral é tornar o campo numa estreita faixa de combate e
onde os médios se tornam fundamentais. Outra lição é o
pragmatismo. Quando não dá para jogar como estamos habituados é
preciso ter um plano B. Luís Castro no jogo com o Inter pagou muito
caro aquela teimosia.
Mas
voltando ao Belenenses verifico que há uma preocupação em
apetrechar o meio campo com jogadores experientes e fisicamente
fortes. Cauê lembro-me dele numa célebre Taça da Liga que o
Moreirense ganhou. Era o elemento mais recuado de um trio de meio
campo que foi decisivo - Cauê, Francisco Geraldes e Podence.
Do
Taira gosto do nome e penso que já o vi actuar pelo Estoril. Tem
perfil de armador de jogo mas se é o criativo para substituir o
André Santos ainda não tenho a certeza. Bruno Ramires não conheço
mas confio em Petit. Finalmente Miguel Cardoso, se não perdeu
qualidades, é um médio extremo de categoria.
Mas
ainda faltam jogadores. Nomeadamente um goleador emérito, como agora
se diz. Quanto aos centrais estou a partir do princípio que Ricardo
Ferreira está de pedra e cal e que Chima Akas está recuperado.
Porque a questão do guarda-redes também depende de termos ou não
um naipe de centrais fortes no jogo aéreo. E assim ficarmos
sossegados com o André Moreira na baliza. Que é bom entre os postes
mas menos bom a sair deles.
Aguardemos.
Nota
final: O futebol português não tem emenda. No fim de cada época
surgem inevitávelmente as confusões e os problemas que ninguém
teve coragem de prevenir ou resolver atempadamente. E nunca se sabe
com o que se pode contar. Não é assim que conseguiremos valorizar
a nossa Liga, dar-lhe alguma projecção internacional e o necessário
retorno financeiro. Uma das causas tem a ver com a ditadura dos
grandes e a consequente satelização (leia-se dependência) de
alguns clubes da primeira Liga. E que sem essa muleta (empréstimos
de jogadores e outras negociatas) não teriam condições de
inscrever uma equipa profissional. Toda a gente sabe disso mas
ninguém quer saber disso.
Saudações
azuis
PS: Destaquei o Francisco Geraldes por se tratar de um jogador que poderia resolver quase tudo no Belenenses. O Sporting não o aproveita, ele não se move só por dinheiro, é um dos tais casos em que admito um empréstimo.
PS: Destaquei o Francisco Geraldes por se tratar de um jogador que poderia resolver quase tudo no Belenenses. O Sporting não o aproveita, ele não se move só por dinheiro, é um dos tais casos em que admito um empréstimo.
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