Por
todas as razões e mais uma o Belenenses teria que mudar. E mudar
para melhor. Única chance para prosseguir com êxito uma penosa
travessia do deserto cujo fim ainda não se vislumbra. Porém, uma
grande equipa do Belenenses estará sempre mais perto de congregar os
adeptos e quem sabe, reabrir a porta do futuro!
Descendo
à realidade todos verificámos que a espinha dorsal (por onde se
mede o potencial de uma equipa) já não cumpria os requisitos que
nos permitissem obter uma classificação desafogada. Esta época mal
deu para nos mantermos na primeira Liga. Na verdade, o futebol poderá
ter evoluído muito mas um guarda-redes experiente, um central que
comande a defesa, um médio organizador de jogo e um avançado que
marque golos, continuam a ser os pilares de qualquer equipa com
ambições. Ora bem, olhando ao que temos, só Ricardo Ferreira tem
categoria para integrar aquele grupo restrito. Faltam os outros três.
Que
nem serão muito difíceis de recrutar. O futebol mudou com a
pandemia e vai continuar a mudar. E as leis do mercado mudaram
também. Menor mobilidade, menos receitas, é sinal de arrefecimento
geral e mais jogadores disponíveis. Se há mais jogadores os preços
descem. O senhor de da La Palice diria o mesmo. Se acrescentarmos que
a segurança contratual se vai sobrepor ao risco, dizemos o resto.
Assim,
quem souber conjugar esta equação há-de por certo encontrar
soluções. Peça fundamental nesta história é sempre o treinador.
E o Belenenses tem um dos melhores. Em todos os sentidos. Por isso,
haja esperança.
Saudações
azuis
Nota: Li entretanto que Show terá sido emprestado ao Boavista no âmbito do protocolo que os axadrezados têm agora com o Lille. Nada a opor, desejando-lhe a melhor sorte pois foi um jogador que sempre deu tudo em campo com a gloriosa camisola azul.
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