quinta-feira, agosto 13, 2020

A revolução inevitável


Por todas as razões e mais uma o Belenenses teria que mudar. E mudar para melhor. Única chance para prosseguir com êxito uma penosa travessia do deserto cujo fim ainda não se vislumbra. Porém, uma grande equipa do Belenenses estará sempre mais perto de congregar os adeptos e quem sabe, reabrir a porta do futuro!

Descendo à realidade todos verificámos que a espinha dorsal (por onde se mede o potencial de uma equipa) já não cumpria os requisitos que nos permitissem obter uma classificação desafogada. Esta época mal deu para nos mantermos na primeira Liga. Na verdade, o futebol poderá ter evoluído muito mas um guarda-redes experiente, um central que comande a defesa, um médio organizador de jogo e um avançado que marque golos, continuam a ser os pilares de qualquer equipa com ambições. Ora bem, olhando ao que temos, só Ricardo Ferreira tem categoria para integrar aquele grupo restrito. Faltam os outros três.

Que nem serão muito difíceis de recrutar. O futebol mudou com a pandemia e vai continuar a mudar. E as leis do mercado mudaram também. Menor mobilidade, menos receitas, é sinal de arrefecimento geral e mais jogadores disponíveis. Se há mais jogadores os preços descem. O senhor de da La Palice diria o mesmo. Se acrescentarmos que a segurança contratual se vai sobrepor ao risco, dizemos o resto.

Assim, quem souber conjugar esta equação há-de por certo encontrar soluções. Peça fundamental nesta história é sempre o treinador. E o Belenenses tem um dos melhores. Em todos os sentidos. Por isso, haja esperança.

Saudações azuis


Nota: Li entretanto que Show terá sido emprestado ao Boavista no âmbito do protocolo que os axadrezados têm agora com o Lille. Nada a opor, desejando-lhe a melhor sorte pois foi um jogador que sempre deu tudo em campo com a gloriosa camisola azul.

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