Se
há alguns anos me perguntassem se os clubes deveriam ser
maioritários nas respectivas SAD, eu diria que sim embora a minha
opção não tivesse qualquer base lógica a suportá-la. De facto as
SAD nasceram porque as receitas dos clubes não conseguiam acompanhar
as exigências colocadas pela crescente indústria do futebol. Tornava-se assim necessário recorrer ao investimento externo para manter
a competitividade das equipas de futebol profissional. O problema é
que ninguém investe se não mandar no investimento que faz. E isso
exige ter a maioria no capital da SAD. Branco é galinha, o põe!
Nestas
circunstâncias a questão que se põe é saber como funcionam as SAD
onde isto não acontece, ou seja, aquelas onde clube detém a maioria
na SAD, os investidores aceitam ser minoritários, e quem põe e
dispõe sobre o seu dinheiro acabam por ser os sócios que elegem os
órgãos sociais do mesmo clube! Isto é uma anomalia, acontece em
Portugal, pelo menos nos três clubes chamados grandes, e talvez por
isso ninguém questiona a situação! E aqui levanta-se uma montanha
de perguntas e ao mesmo tempo de suspeições, perguntas que não têm
resposta, suspeições que nos levam à teoria do 'biombo' que
esconde 'negócios' que não são devidamente escrutinados.
No
entanto a fórmula que rege as relações entre os clubes e as
respectivas SAD já foi inventada. Ela é aliás praticada nos países
civilizados e nos clubes normais. Veja-se o caso de Inglaterra que
inventou o futebol. Porque os interesses entre clube e SAD não podem
deixar de ser coincidentes. O clube e os seus adeptos querem ganhar
campeonatos para honra e glória da respectiva colectividade. O
investidor também quer ganhar campeonatos para valorizar o seu
investimento. O resto é atraso de vida. Ou outra coisa pior.
Saudações
azuis
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