Já tinha acontecido no Restelo
contra o Rio Ave, voltou a acontecer agora em Arouca – alcançada uma vantagem
de dois golos o Belenenses deixa-se empatar e as causas não devem ser
diferentes. Já lá iremos.
O jogo, desde o início
equilibrado, começou a pender para os homens de Lito Vidigal uma vez que o meio
campo azul, em desvantagem numérica não funcionava. O ataque vivia nessa altura
de lançamentos compridos a solicitar a velocidade de Luís Leal e pouco mais.
Kuca mudou então para o flanco esquerdo, onde facto rende muito mais, Miguel Rosa
fechou no meio e pode dizer-se que a partir daí o Belenenses tomou conta do
jogo. Um primeiro aviso de Miguel Rosa a cabecear isolado para boa defesa do guarda-redes
do Arouca e logo a seguir o golo de Sousa em pontapé de ressaca na sequência de
um canto.
Na segunda parte mais se acentuou
a superioridade azul, Luís Leal teve duas perdidas escandalosas até que chegou
o inevitável segundo golo numa boa jogada entre Miguel Rosa e Luís Leal e que
este concretizou superiormente. Ainda faltava algum tempo para o fim (cerca de vinte minutos) mas ficámos,
fiquei convencido que o jogo estava práticamente decidido. Puro engano. Uma falta
desnecessária de Rúben Pinto, um livre perto da área, em posição frontal, a
bola desvia na barreira e trai Ventura. O Arouca reduzia, ganhava nova alma e fazia jogo directo, começando a martelar a defensiva azul. E nós recuámos. Não conseguíamos ter bola. Por outro lado, as substituições entretanto operadas, revelaram-se completamente infrutíferas. Já perto do fim, um remate
feliz, sem a devida oposição, resultou num grande golo e no inacreditável
empate. E se o jogo não acabasse tão depressa ainda perdíamos…
Percebo a frustração de Sá Pinto
porque percebo a minha, mas o que interessa, e volto ao princípio da crónica, é
perceber porque é que isto nos está a acontecer!
Sem dúvida que o Arouca, à semelhança
do seu treinador, é uma equipa raçuda, que nunca desiste, além de que teve alguma felicidade
nos dois golos que marcou. Mas isso não explica tudo. Não podemos sofrer tantos
golos, e em vantagem, não podemos recuar tanto no terreno. Quanto às
substituições há que rever o assunto uma vez que não funcionaram.
Quinta-feira é outro jogo, mas
estou mais preocupado com o campeonato.
Saudações azuis
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