Calem-se
agora os arautos da desgraça, façam tréguas olímpicas a Direcção e a SAD,
imaginemos por uns tempos que somos um clube normal, desencantem das brumas
da memória alguns restos da antiga grandeza, e preparemos com confiança essa final
decisiva contra o Paços de Ferreira!
Lito é
belenense, vê-se logo, e não é parvo. Quando jogador era um pouco quezilento,
às vezes exagerava, mas nunca lhe faltou a fibra. Lutava sempre. Como treinador
todos esses defeitos e qualidades ajudam.
Não digo
isto para diminuir Marco Paulo, também ele foi jogador combativo. E continuo convencido que é bom treinador. Mas no Belenenses actual só vingam aqueles (muito poucos!) que conseguem impor-se a tudo e a todos e esse não é o perfil
de Marco Paulo. Lito tem esse perfil.
Sobre o que
aconteceu no campo não há muito a dizer. Com Luís Castro o Porto voltou à sua
forma de jogar e sendo assim, mesmo com alguns pernas de pau que por lá andam,
seria difícil roubar pontos no Dragão. Estivesse lá ainda Paulo Fonseca, e os
seus equívocos, e talvez fizéssemos uma gracinha. Mas Lito bem tentou! E na
minha opinião tentou bem. Pôs o Miguel Rosa onde ele deve estar, perto da área,
e terá repetido vezes sem conta que a bola tem de circular rápidamente. Quando
não há espaço nem tempo o melhor é colocá-la no flanco contrário, e criando essa rotina, pode ser que lá apareça algum dos nossos, desmarcado, para então criar
verdadeiro perigo. E íamos marcando!
Mas veio a
expulsão de João Afonso. Estávamos no fim da primeira parte! A meu ver, houve excesso de zelo na cor da cartolina. Pareceu-me que o avançado do Porto não
estava completamente isolado quando sofre a falta. Enfim, critérios. Depois, com dez, fizemos o que
foi possível. E foi bastante!
Saudações
azuis