terça-feira, setembro 25, 2012

Passos perdidos…

Portugal só sairá do estado de menoridade em que se encontra há muitas, muitas décadas, quando se libertar da síndroma dos vários socialismos que lhe intoxicaram a mente. Para já não falar do resto. Socialismos de direita e de esquerda, que lhe retiraram, e retiram, quer a liberdade quer a ideia de responsabilidade individual. Ora é precisamente a responsabilidade individual que nos define como adultos. Pelo contrário, a procura da culpa nos outros é o maior sintoma de menoridade mental. É clássica a expressão dos bancos da escola: - não fui eu, senhor professor, foi aquele menino! Nós estamos ainda nesta fase. Aliás, já nem damos por isso, já nem damos que a propósito de tudo e de nada, clamamos pelo estado, que consideramos responsável por tudo o que de mal nos acontece. Por exemplo, cai uma arriba na (extensíssima) costa portuguesa, bate na cabeça de alguém, e todos pedem responsabilidades ao estado, ao governo, porque não fez nada para o evitar! Com os incêndios é a mesma coisa. Com os partidos que escolhemos para governar e que depois já não queremos porque nos retiram direitos que achamos inalienáveis, é o mesmo. Haja ou não dinheiro para os sustentar. Tal como os miúdos que choram e berram se o ‘papá’ não lhes dá o brinquedo que eles querem.

Ora bem, nestas circunstâncias, só alguém de fora, com força, nem que seja a força do cheque, será capaz de impor alguma ordem e racionalidade, duas condições indispensáveis ao crescimento, primeiro das mentalidades, e só depois da economia. O problema é que não há ninguém de fora disposto a isso. Somos nós que nos temos que educar. Como?! Em primeiro lugar tomando consciência da nossa menoridade cultural.

Dou outro exemplo: - não é possível continuar a alimentar o pão e circo, próprio de um povo alienado, que se chama futebol! Não é possível continuar a alimentar o nacional-benfiquismo (que inclui o Sporting) como o fez durante quarenta anos o estado novo! Isto não ajuda nada ao crescimento. Porque são os mesmos que infantilmente se entretêm no ‘fora o árbitro’ que governam ou estão posicionados em altos cargos neste país! Um péssimo exemplo para a população que naturalmente segue e imita aqueles disparates.

Querem maior prova de infantilidade que aqueles programas de segunda-feira, nos três canais de televisão, um deles dito de serviço público, onde não se discutem os problemas de fundo do nosso caricato campeonato nacional mas apenas os problemas causados pelos árbitros ao Benfica, Sporting e Porto!

E ninguém acaba com isto?! E ninguém se revolta com isto?!

Claro que não. Esta é a droga indispensável para manter a população no estado de embrutecimento que convém à nomenclatura que assaltou e despojou o país. Com a bandeira do socialismo!

Eu sei que poucos aceitam ouvir isto. Porque são sempre poucos os que gostam de ouvir a verdade, principalmente quando ela lhes toca de perto.



Saudações azuis