segunda-feira, setembro 13, 2010

Ena, pá!

Não posso ausentar-me, bastaram uns dias, pouco mais que uma semana, e está instaurado o caos! O Porto disparado na frente, o Benfica a nove pontos de distância, a lampionagem atira-se aos árbitros, dá murros na mesa, ameaça o país com sanções (talvez mais impostos!), eu sei lá o que aí vem! Não havia necessidade.
Quatro lances (avulsos) em Guimarães servem de desculpa a uma derrota em toda a linha, derrota táctica (parabéns Manuel Machado, estava a ver que não), derrota na compostura (aconselha-se uma vacinação contra a raiva a alguns jogadores encarnados) e derrota porque faltou o tal sorriso na derrota. No programa da especialidade (TVI) o parzinho de locutores lá teve que ouvir a verdade – Pedro Henriques explicou que a montanha tinha parido um rato, ou seja, o fora de jogo assinalado a Saviola poderá ter sido mal assinalado, mas quanto aos restantes lances a razão terá estado do lado de Benquerença e dos seus auxiliares. E vou mais longe: - o futebol não se joga em câmara lenta, joga-se à velocidade real, e nesta velocidade qualquer daqueles lances pareceram normais e bem ajuizados. Em conclusão, é muito feio esconder insuficiências próprias com os possíveis erros dos outros. A não ser que este ano o filme dos túneis tenha outra encenação!

Também na minha ausência, mas desta vez sem surpresa, consumou-se a traição de Madaíl. Com plenos poderes para escolher o seleccionador nacional, com plenos poderes para celebrar com ele um contrato que os portugueses ainda hoje desconhecem, o presidente da federação portuguesa de futebol só tinha um caminho: - despedir o seleccionador e demitir-se de seguida. A rábula das próximas eleições, sabendo-se que (por questões burocráticas) não é possível haver eleições tão cedo, é mais uma manobra de corticite aguda. Curiosamente vivemos num ‘país democrático’ onde existem algumas dificuldades para remover, através de eleições, deputados inúteis, governos inúteis e já agora, presidentes de federações inúteis!
E fica um recado para o próximo presidente da federação (no fundo sou um optimista) que vier a suceder a Madaíl – a federação não se resume nem se esgota na selecção nacional, tem mais coisas que fazer, tem mais problemas para solucionar, por exemplo, o futebol português.

Último capítulo para o empate do Belenenses em Penafiel: - não vi o jogo, e portanto faço fé no relato do meu companheiro de regatas – nota-se outra consistência defensiva com Baggio e Célio Santos, Elton é um extremo esquerdo que mexe com a equipa, a pedir um ponta de lança alto e bom cabeceador (Purovic) que acabou por não entrar face às incidências da partida no que toca a lesões. O meio campo ainda não agarra jogo, mas tudo indica que a equipa tem tendência para melhorar. São boas notícias para contrabalançar os esforços desesperados das ‘quintinhas’ (desta vez são as piscinas) para manterem os seus feudos no Restelo, não se importando com isso, que o Belenenses vá ao fundo!


Saudações azuis

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