(Sporting-Belenenses)
Um
brilharete táctico que não conseguiu os resultados pretendidos.
Assim saímos de Alvalade com mais uma derrota, talvez injusta, mas
que até poderia ter sido pior dadas as facilidades que a partir da
primeira substituição (saída de Benny e entrada de Marco Matias)
começaram a ser concedidas ao ataque leonino. Aliás o nosso
treinador, fruto da sua verdura, já não é a primeira vez que
ensaia substituições fatais. Isto não tem nada a ver com a
prestação deste ou daquele jogador mas com a regra básica de que
face a um adversário com mais argumentos, e que estava a lançar
avançados, não é boa política fazer o mesmo. Enfraquecer a linha
média numa altura daquelas até podia ter dado em goleada.
E
por falar em verduras, elas também existem e têm consequências
quando se lançam uma série de jogadores jovens (ao mesmo tempo) na
equipa principal. Mas é o que temos e nesse sentido penso que
Robinho é uma aposta ganha. E não devia ter saído apesar do cartão
amarelo por uma falta infantil que não pode acontecer. Agarrar a
camisola do adversário dá sempre cartão. Digo que não devia ter
saído porque corre o campo todo com enorme generosidade não dando
descanso aos defesas do Sporting. E também sabe defender quando é
preciso.
Show
por sua vez ficou a partir de certa altura demasiado entregue a si
próprio naquele meio campo. E voltou a revelar alguma imaturidade
num lance em que escapou à expulsão por um triz. É preciso
corrigir este tipo de atitudes.
Uma
palavra também para a actuação do jovem Nilton Varela que a
continuar assim pode aspirar à titularidade no exigente lugar de
defesa esquerdo.
Termino
este comentário sobre o jogo de Alvalade voltando ao assunto da
arbitragem e do VAR que a sustenta. Não foi por causa da arbitragem
que o Belenenses perdeu, mas sim porque quando estava na mó de cima
não conseguiu marcar qualquer golo. E quando estava na mó de baixo
não soube fechar-se como devia. No entanto ficou mais uma vez
demonstrado que em Portugal, a tecnologia por melhor que seja, deixa
sempre suspeitas. Toda a gente viu, a olho nu, que o segundo golo do
Sporting é precedido de um fora de jogo claro. E era essa a decisão
que 'toda a gente' esperava que o VAR confirmasse. Mas não foi assim
e para surpresa geral o golo foi validado. Ficámos convencidos?!
Não.
Mais
tarde, os habituais árbitros comentadores, deram razão ao VAR nesse
e em todos os lances que acabaram por favorecer o Sporting. Mais
palavras para quê?!
Saudações
azuis
(Nota
final):
Está
em curso (mais) uma campanha contra a designação 'Belenenses SAD',
campanha essa baseada numa providência cautelar e que ignora
propositadamente a acção principal que entretanto decorre e cuja
decisão estabelecerá os direitos e deveres de ambas as partes –
Clube e SAD. Por isso não se entende esta pressa por parte da actual
direcção do Clube em resolver um assunto que nunca ficará
resolvido através de uma providência cautelar. Tenha ela os
recursos que tiver. Porque a verdade cristalina é esta - enquanto a
lei não mudar, o CFB, no que diz respeito ao futebol profissional,
já tem uma SAD cuja designação é precisamente Belenenses SAD! E
no caso de vender a sua posição na SAD, hipótese que tem vindo a
ser ventilada, isso significa que o CFB abdica do futebol
profissional. Face à lei vigente não existe outra leitura.
É
claro que não é isso que a actual direcção do clube diz aos seus
seguidores. No entanto chamo a atenção que a ideia de reaver a
maioria do capital da SAD, a grande bandeira que mobilizou as
assembleias de outrora, é hoje uma ideia retrógrada e sem qualquer
suporte na realidade. Depois do Sporting terão de ser Porto e
Benfica a venderem a maioria do capital das respectivas SAD a quem lá queira investir. Até agora têm sido os bancos do estado e os
contribuintes que pagam a conta mas isso acabou ou está a acabar.
Portanto mesmo que a Codecity aceitasse vender as suas acções ao
CFB este teria de arranjar outro investidor que ficasse com elas.
Porque ninguém investe se não mandar no seu investimento.
Outro
aspecto do problema e esse sim aberto a discussão é a 'defesa da
marca'. E aqui cabe aos clubes através das suas direcções
estabelecerem um protocolo que salvaguarde esse aspecto. Protocolo
que pode ser denunciado pelos clubes se estiver em causa o prestígio
da marca, nomeadamente em termos desportivos. Ora bem convenhamos
que neste contexto a Codecity pode ser acusada de tudo, inclusivé de
não investir o suficiente na equipa de futebol. O suficiente em
termos da nossa ambição azul. Mas a verdade é que tem garantido
aquilo que o clube através das várias direcções já não garantia
há muito tempo – a presença entre os maiores do nosso futebol. E
enquanto assim for, o melhor é preparar o tal protocolo. Protocolo
que entretanto deverá ter o apoio legal da tutela. Acabando-se assim
com a maior parte dos conflitos entre clubes e sads.
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