domingo, dezembro 14, 2014

Consolação e raiva...

Hoje é um dia triste para os belenenses e são tantas as razões…
Hoje só se há-de falar no Benfica e no Porto, intervalado com o Sporting, mas os verdadeiros belenenses não deixarão de pensar no jogo de ontem com um misto de consolação e raiva.

Consolação porque Lito conseguiu erguer uma equipa competitiva práticamente com os mesmos jogadores da época passada! Competitividade a todos os níveis, competitividade que merecia ter outra Direcção e outra SAD. E se calhar outros adeptos. Não me refiro à lenga-lenga do costume, daqueles que por irem ao estádio (e passarem lá a vida!), por frequentarem as assembleias (Meu Deus e quantas! Cada uma pior que a outra!) se acham donos do clube! Coveiros talvez, se formos pelo lado presencial.
Mas consolação ainda por saber que ontem muitos corações azuis pulsaram por esse mundo fora e ainda esperam o milagre da ressurreição!

A raiva chega-nos de todos os lados, da idiotice da anterior Direcção ao eliminar, sem precaver a substituição, o único campo de treinos de relva natural que possuíamos! Único desde a construção do estádio do Restelo em meados do século passado! Isto para vermos o grau de desinvestimento na equipa principal de futebol que as sucessivas direcções prosseguiram! Não será agora, numa época de vacas magras, que iremos seduzir alguma autarquia para conseguirmos um centro de formação.

Raiva da SAD e dos seus ‘negócios’ ocultos, das notícias pouco simpáticas que sistemáticamente atordoam os ouvidos belenenses, nomeadamente as ligações ao polvo em prisão preventiva. Só espero que o badalado Carlos Martins não se veja impedido de defrontar a sua antiga equipa. E já agora a outra, mais antiga ainda, sediada em Alcochete!

E falemos finalmente do jogo com o Braga. Resumidamente já se vê. Em termos globais gostei da capacidade competitiva como já acima referi, na primeira parte com mais dificuldade uma vez que o adversário era muito forte, na segunda, em busca do empate, mais empolgante, e não fora a grande penalidade falhada, bem poderia ter acontecido uma vitória.

Não gostei tanto dos lances que cruzaram a nossa baliza, especialmente de bola parada, onde sofremos um golo por mau posicionamento, além das sabidas dificuldades de Matt Jones em sair aos cruzamentos. Também não gostei, e já tinha falado nisto, das faltas ou pseudo faltas, o chamado empurrãozinho com o braço que os adversários aproveitam logo para exagerar o contacto. Lances, ainda por cima, em que o avançado já não tem hipóteses de êxito tal a proximidade da linha de fundo! Aconteceu com João Afonso na Luz, aconteceu agora com Palmeira frente ao Braga. Há que corrigir estes aspectos. O movimento dos braços é sempre muito visível e alguns árbitros acabam por marcar falta.

Em termos individuais as substituições foram acertadas. Em jogo directo Tiago Caeiro foi útil e Pelé trouxe mais força ao meio campo. A excepção foi Camará, completamente fora de forma. Quanto aos que alinharam de início a desilusão foi Freddy, mentalmente ausente, e como já vi escrito parece ter regredido em termos de crescimento futebolístico. Não consegue concluir satisfatoriamente nenhuma jogada por mais promissora que seja! É fácil falar depois, mas a forma como bateu a grande penalidade foi sintomática.

E fico-me por aqui.


Saudações azuis