Hoje é um dia triste para os
belenenses e são tantas as razões…
Hoje só se há-de falar no Benfica
e no Porto, intervalado com o Sporting, mas os verdadeiros belenenses não deixarão
de pensar no jogo de ontem com um misto de consolação e raiva.
Consolação porque Lito conseguiu
erguer uma equipa competitiva práticamente com os mesmos jogadores da época
passada! Competitividade a todos os níveis, competitividade que merecia ter
outra Direcção e outra SAD. E se calhar outros adeptos. Não me refiro à lenga-lenga
do costume, daqueles que por irem ao estádio (e passarem lá a vida!), por
frequentarem as assembleias (Meu Deus e quantas! Cada uma pior que a outra!) se
acham donos do clube! Coveiros talvez, se formos pelo lado presencial.
Mas consolação ainda por saber
que ontem muitos corações azuis pulsaram por esse mundo fora e ainda esperam o
milagre da ressurreição!
A raiva chega-nos de todos os
lados, da idiotice da anterior Direcção ao eliminar, sem precaver a
substituição, o único campo de treinos de relva natural que possuíamos! Único
desde a construção do estádio do Restelo em meados do século passado! Isto para
vermos o grau de desinvestimento na equipa principal de futebol que as
sucessivas direcções prosseguiram! Não será agora, numa época de vacas magras, que
iremos seduzir alguma autarquia para conseguirmos um centro de formação.
Raiva da SAD e dos seus ‘negócios’
ocultos, das notícias pouco simpáticas que sistemáticamente atordoam os ouvidos
belenenses, nomeadamente as ligações ao polvo em prisão preventiva. Só espero
que o badalado Carlos Martins não se veja impedido de defrontar a sua antiga
equipa. E já agora a outra, mais antiga ainda, sediada em Alcochete!
E falemos finalmente do jogo com
o Braga. Resumidamente já se vê. Em termos globais gostei da capacidade
competitiva como já acima referi, na primeira parte com mais dificuldade uma
vez que o adversário era muito forte, na segunda, em busca do empate, mais
empolgante, e não fora a grande penalidade falhada, bem poderia ter acontecido
uma vitória.
Não gostei tanto dos lances que
cruzaram a nossa baliza, especialmente de bola parada, onde sofremos um golo
por mau posicionamento, além das sabidas dificuldades de Matt Jones em sair aos
cruzamentos. Também não gostei, e já tinha falado nisto, das faltas ou pseudo
faltas, o chamado empurrãozinho com o braço que os adversários aproveitam logo
para exagerar o contacto. Lances, ainda por cima, em que o avançado já não tem
hipóteses de êxito tal a proximidade da linha de fundo! Aconteceu com João
Afonso na Luz, aconteceu agora com Palmeira frente ao Braga. Há que corrigir
estes aspectos. O movimento dos braços é sempre muito visível e alguns árbitros
acabam por marcar falta.
Em termos individuais as substituições
foram acertadas. Em jogo directo Tiago Caeiro foi útil e Pelé trouxe mais força
ao meio campo. A excepção foi Camará, completamente fora de forma. Quanto aos
que alinharam de início a desilusão foi Freddy, mentalmente ausente, e como já
vi escrito parece ter regredido em termos de crescimento futebolístico. Não
consegue concluir satisfatoriamente nenhuma jogada por mais promissora que
seja! É fácil falar depois, mas a forma como bateu a grande penalidade foi
sintomática.
E fico-me por aqui.
Saudações azuis