segunda-feira, janeiro 27, 2014

Bem, escrevo ou não escrevo?!

Já tinha desistido de escrever sobre o Belenenses e não seria a ‘novidade’ de mais uma derrota que me faria mudar de ideias. No entanto, ao reler o penúltimo postal – ‘Bem, começou o campeonato…’ – nomeadamente a coincidência entre os avisos então feitos e o que se passou em Braga, pareceu-me que seria curial republicá-lo, desta vez a bold e letra maiúscula. Mas não vou fazê-lo. Quem se der ao trabalho que o leia. Eu vou limitar-me a assinalar que o tempo urge. E no que toca a mudar de mentalidade: - é agora ou nunca.
Explico mais uma vez: nunca mais podemos fazer faltas como aquelas que aconteceram quer nos últimos minutos em Vila do Conde, quer nos primeiros minutos em Braga; nunca mais podemos dar-nos ao luxo de demorar a despachar a bola da nossa zona perigosa; nunca mais podemos executar passes ridículos para trás e para o lado, passes de enorme risco face à enorme pressão do adversário; e os médios não podem ter medo de se virar para o ataque. Eles também servem para isso. Quanto aos avançados, quase sempre poucos e mal servidos, exige-se inteligência, audácia, e o mínimo de desperdício nas raríssimas oportunidades que têm para ameaçar a baliza contrária. Nada de remates de qualquer maneira, toca a levantar a cabeça e procurar a jogada mais promissora. Isto escreve-se bem melhor do que se executa. Eu sei.
Mas mesmo que façamos tudo bem, com menos erros, há insuficiências estruturais.
Vou elencar algumas:
- A questão da mentalidade é a mais importante. Existem jogadores com medo de jogar prá frente, enquanto outros estão convencidos que são craques por causa do brilharete do ano passado.
- Precisamos de uma solução para o meio campo. Alguém que assuma o jogo e carregue o piano. Aqui não pode haver desplantes, paragens cerebrais e erros infantis. A continuarmos assim será muito difícil construir jogadas de golo. A saída do Diakité foi um erro. Com ele, com o Eggert e com o Filipe Ferreira talvez fosse possível alimentar o ataque em condições. Agora temos que inventar um novo meio campo.
- O serviço das bolas paradas, uma das chaves do êxito da época passada, piorou muito. Tiago Silva era importante nesse aspecto, mas lesionou-se e mesmo antes de se lesionar perdeu a forma. Não esqueçamos que em Vila do Conde dispusemos de dez cantos a nosso favor e deles não resultou qualquer perigo!
- O mesmo se diga dos cruzamentos, que morrem normalmente no primeiro defesa.

Solucionados estes problemas veremos então se os avançados de que dispomos conseguem fazer o respectivo trabalho. Marcar golos! 


Saudações azuis