“Não podemos entrar já em desespero”, disse Jaime Pacheco no fim do jogo, pois não, mas para quem já anda desesperado há uma data de tempo, a frase não faz sentido. E escusam de seleccionar responsáveis ou bodes expiatórios – incluindo Fernando Sequeira e Casimiro Mior que têm lugar cativo nos comentários das derrotas (!) – deixem essa tarefa de seleccionador ao Queiroz, concentrem-se no jogo propriamente dito e reparem no seguinte:
1. A equipa que iniciou o jogo contra o Marítimo não era formada pelo famoso ‘contentor’ de brasileiros da era Sequeira/Mior. Apenas Carciano e Arroz alinharam à partida, uma vez que Alex foi contratado para, segundo os entendidos, ‘salvar’ a defesa dos ‘pernas de pau’ que por lá andavam!
2. Mas não eram decorridos três minutos de jogo e já o nosso Alex tinha deixado passar o Baba (que rematou ao poste) e logo a seguir, por falta de pernas, o Djalma, o que lhe valeu um justo cartão amarelo.
3. Aliás a falta de pernas (e de ritmo) é uma doença azul e sem querer ser injusto para ninguém acrescento que nestas condições físicas (ou psico-físicas) não temos quaisquer hipóteses de permanecer na primeira Liga. E volto ao mesmo, dos jogadores que iniciaram o encontro, apenas Mano e Carciano revelaram andamento para acompanhar os jogadores insulares. Isto não tem a ver com entrega ou espírito de luta, tem a ver com disponibilidade física e mental. Por exemplo: Wender não consegue fazer um pique; Zé Pedro demora uma eternidade a controlar a bola e virar-se; Cândido Costa e China não têm velocidade de pernas para acompanhar um ‘ciclista’ que lhes apareça pela frente; com a agravante de China ter dificuldades em recuperar posição; e lá na frente não existe um único jogador com velocidade para desequilibrar uma defesa.
4. Mas voltando ao jogo, e ainda na primeira parte, a inclusão de Arroz terá sido um erro de casting, mas a verdade é que não temos verdadeiros trincos no plantel, para além do Gabriel Gomez, castigado!
5. Porém a grande pecha deste Belenenses 2008/2009 acaba por ser o ataque, basta olhar para o goal-average para termos a certeza que o nosso futuro é sombrio. É certo que sofremos muitos golos mas a verdade é que não marcamos. E sem golos não há pontos e sem pontos estamos condenados aos últimos lugares.
6. E a aritmética é simples: quantos golos por época valem os actuais avançados? Roncatto, o melhor tecnicamente, é uma espécie de segundo ponta lança mas já sabemos que não é um goleador. Falha muito e não há-de marcar mais que três ou quatro golos no campeonato; Porta é uma incógnita; JPO é imaturo, passa a vida a cair, talvez marque dois ou três golos de cabeça; resta Marcelo, o que é curto. Quando sabemos também que são os golos que transformam jogos maus em jogos bons. Por exemplo: se no princípio da segunda parte o Marcelo tem tido a arte de empatar era bem possível que tudo se alterasse, e animados com esse golo a história deste jogo fosse outra. Só que o chamado ‘killer instinct’ não abunda em Belém.
Por isso finalizo esta análise com pouco optimismo. Precisamos de marcar golos, e ainda por cima os lances de bola parada são por nós desperdiçados uns atrás dos outros, enquanto os adversários, pelo contrário, os aproveitam! Aquele segundo golo então é de bradar aos céus! Recomendo que o analisem e revejam antes de se atirarem, como é costume, ao ‘contentor de brasileiros’!
Resultado final: Belenenses 0 – Marítimo 2
Saudações azuis.
1. A equipa que iniciou o jogo contra o Marítimo não era formada pelo famoso ‘contentor’ de brasileiros da era Sequeira/Mior. Apenas Carciano e Arroz alinharam à partida, uma vez que Alex foi contratado para, segundo os entendidos, ‘salvar’ a defesa dos ‘pernas de pau’ que por lá andavam!
2. Mas não eram decorridos três minutos de jogo e já o nosso Alex tinha deixado passar o Baba (que rematou ao poste) e logo a seguir, por falta de pernas, o Djalma, o que lhe valeu um justo cartão amarelo.
3. Aliás a falta de pernas (e de ritmo) é uma doença azul e sem querer ser injusto para ninguém acrescento que nestas condições físicas (ou psico-físicas) não temos quaisquer hipóteses de permanecer na primeira Liga. E volto ao mesmo, dos jogadores que iniciaram o encontro, apenas Mano e Carciano revelaram andamento para acompanhar os jogadores insulares. Isto não tem a ver com entrega ou espírito de luta, tem a ver com disponibilidade física e mental. Por exemplo: Wender não consegue fazer um pique; Zé Pedro demora uma eternidade a controlar a bola e virar-se; Cândido Costa e China não têm velocidade de pernas para acompanhar um ‘ciclista’ que lhes apareça pela frente; com a agravante de China ter dificuldades em recuperar posição; e lá na frente não existe um único jogador com velocidade para desequilibrar uma defesa.
4. Mas voltando ao jogo, e ainda na primeira parte, a inclusão de Arroz terá sido um erro de casting, mas a verdade é que não temos verdadeiros trincos no plantel, para além do Gabriel Gomez, castigado!
5. Porém a grande pecha deste Belenenses 2008/2009 acaba por ser o ataque, basta olhar para o goal-average para termos a certeza que o nosso futuro é sombrio. É certo que sofremos muitos golos mas a verdade é que não marcamos. E sem golos não há pontos e sem pontos estamos condenados aos últimos lugares.
6. E a aritmética é simples: quantos golos por época valem os actuais avançados? Roncatto, o melhor tecnicamente, é uma espécie de segundo ponta lança mas já sabemos que não é um goleador. Falha muito e não há-de marcar mais que três ou quatro golos no campeonato; Porta é uma incógnita; JPO é imaturo, passa a vida a cair, talvez marque dois ou três golos de cabeça; resta Marcelo, o que é curto. Quando sabemos também que são os golos que transformam jogos maus em jogos bons. Por exemplo: se no princípio da segunda parte o Marcelo tem tido a arte de empatar era bem possível que tudo se alterasse, e animados com esse golo a história deste jogo fosse outra. Só que o chamado ‘killer instinct’ não abunda em Belém.
Por isso finalizo esta análise com pouco optimismo. Precisamos de marcar golos, e ainda por cima os lances de bola parada são por nós desperdiçados uns atrás dos outros, enquanto os adversários, pelo contrário, os aproveitam! Aquele segundo golo então é de bradar aos céus! Recomendo que o analisem e revejam antes de se atirarem, como é costume, ao ‘contentor de brasileiros’!
Resultado final: Belenenses 0 – Marítimo 2
Saudações azuis.
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