Não há vitórias sem sacrifício mas aquilo que se pede (agora) aos sócios do Belenenses parece-me um pouco exagerado: – existe uma única entrada, entrada estreita por um único torniquete que nem está a trabalhar, seguindo-se a ‘apalpação securitária' (tão excessiva quão inútil) e em resultado de todas estas dificuldades (e formalidades) formam-se longas filas, que ontem, começavam nas escadarias de acesso ao estádio! Por acaso não estava a chover… Em resumo, uma experiência desagradável, que afasta os adeptos do espectáculo ao vivo e que os remete cada vez mais para a televisão.
Sobre o jogo própriamente dito, e pese a pertinácia do Leixões (que jogava a sua candidatura à primeira Liga) podemos dizer que o Belém realizou uma exibição segura, autoritária, e com aquela dose de frieza a que o futebol de Van Der Gaag já nos habituou. Um sistema defensivo muito pressionante, a todo o campo, recuperação rápida da bola, lançando de imediato o contra ataque venenoso. Foi num desses lances que inaugurámos o marcador por intermédio de Desmarets. Um bom golo!
Quanto às bolas paradas, outro dos pontos fortes da nossa equipa, e na falta de Tiago Silva (por castigo) a tarefa foi entregue a Freddy que realizou a melhor exibição que lhe vi esta época. Portanto, a toada de jogo manteve-se até ao fim da primeira parte - o Leixões atacava mais mas era o Belenenses que falhava algumas oportunidades de golo.
Veio a segunda parte e com ela uma das antigas pechas do lado direito da defesa azul – Duarte Machado demora a desembaraçar-se da bola, é desarmado (talvez em falta) aproveitando o Leixões para chegar ao empate. Van Der Gaag não espera mais, tira Caeiro, coloca Diawara no seu lugar, um avançado mais móvel, e é o mesmo Diawara que aponta o golo da vitória do Belenenses.
Uma vitória justa e que põe um ponto final na subida de divisão.
Saudações azuis
Nota: Devem os leitores (os que ainda procuram o Belém Integral) achar estranho que só venha a terreiro quando se trata de criticar, mas não é bem assim. O Belenenses tem neste momento uma Direcção capaz, uma SAD (ao que tudo indica) capaz, mas nada neste mundo é imune à crítica. E a questão das entradas tem que ser resolvida.