quarta-feira, novembro 04, 2020

Sexta-feira difícil...

 Vamos lá escalpelizar isto.

Factor Covid – Bem sei que o vírus não escolhe a cor das camisolas mas faz diferença para quem tem um plantel menos vasto e menos rico. Não conheço as dificuldades do Rio Ave em matéria de Covid, espero que não as tenha, mas no Belenenses já existem três titulares infectados! Todo o cuidado é pouco, até porque isto está mais para piorar que para melhorar.


Factor casa – O Belenenses, em princípio, joga sempre fora de casa. E embora esteja mais habituado ao Jamor eu preferia que este jogo fosse em Vila do Conde. Há várias razões para isso sendo que a principal é de natureza psicológica. Uma derrota ou mesmo um novo empate no estádio nacional serão sempre mais penalizadores que qualquer resultado 'fora de casa'. Além de que o Rio Ave tem jogadores rapidíssimos para explorar as perdas de bola no nosso processo ofensivo.


Factor intensidade/surpresa – inspirando-me no jogo realizado ontem pelo Porto contra o Marselha* penso que o Belenenses para ganhar ao Rio Ave tem que jogar da mesma maneira. Uma defesa a quatro – Esgaio, Henrique, Tomás Ribeiro, Ruben Lima; uma linha média a quatro muito intensa e directa (sem perder a bola e sem perdas de tempo com a bola) – Cauê, Bruno Ramires, Taira e Sousa; e lá na frente dois falsos pontas de lança a descairem para as faixas – Cassierra e Richard.


O que é que eu procurava com isto?! Surpreender o adversário e chegar ao golo. Note-se que o futebol de onze é cada vez mais futebol de salão e o que define o vencedor é a intensidade. Intensidade que se mede na rapidez do raciocínio e do passe. Passe certeiro e seguro. Jogadores que correm com a bola em vez de ser a bola a correr ou que demoram o passe sem qualquer sentido não têm lugar no futebol actual.


Saudações azuis


* O Porto ontem jogou à defesa, na raça, espreitando todas as oportunidades de fazer mossa a um adversário que em condições normais lhe é superior. Com alguma estrelinha conseguiu ganhar. E com o passar do tempo justificou a vitória. É neste paralelismo que me apoio para sugerir que o Belenenses adopte a mesma receita na próxima sexta-feira.

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