segunda-feira, dezembro 28, 2009

Um campeonato tranquilo!

Ora aqui está uma expressão a evitar, podemos pensar nisso mas nunca dizê-lo em voz alta. Sabemos do comodismo e de outras tendências próprias do género humano, por isso não devemos facilitar. Não existem campeonatos tranquilos e se esperamos pelo próximo jogo para corrermos a sério, para jogarmos no limite, estamos perdidos, pois tal como reza o ditado – ‘não deixes para amanhã o que podes fazer hoje’.
A talhe de foice vem o diagnóstico da crise segundo li num jornal:

- Um plantel pensado para a divisão de Honra;
- Juniores (estreantes na Liga) como reforços;
- Praga de lesões;
- Atraso no pagamento dos salários;
- Excesso de pressão nos jogos realizados no Restelo;

Podemos aceitar, discutir ou discordar de todas ou algumas destas razões, mas sempre teremos que acrescentar mais uma, quanto a mim essencial, a saber:
- Uma direcção que se candidatou (e foi eleita) sem os meios necessários para enfrentar as dificuldades mais do que esperadas, nomeadamente em termos de tesouraria. A ‘cena’ da inscrição na Liga Sagres é algo de caricato e trágico ao mesmo tempo. Nem que fosse preciso fechar o Restelo, o Belenenses tem que ter (sempre) condições para se inscrever no campeonato de futebol. Começa aqui a diferença de prioridades e a diferença entre o ser ou não ser… belenense.
Ah, as dificuldades dos outros clubes, etc., são as dificuldades dos outros clubes.

Mas olhemos em frente, temos um novo treinador, a quem desejamos boa sorte, porque vai precisar dela, e já se fala num defesa central. Muito bem, mas não se esqueçam de um jogador que saiba (e não se importe de) ter a bola, e já agora um extremo rápido, com pés de extremo – drible curto em pouco espaço, ou então excesso de velocidade em drible largo.

Saudações azuis

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Boas Festas

O Belém Integral deseja a todos os belenenses um Bom Natal e renova os votos de melhores dias para o Clube.
Saudações azuis.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Perfil

Despedido o treinador entramos agora numa nova (velha) aventura – encontrar alguém (capaz) que queira pegar no Belenenses Não vai ser fácil, porque treinar o Belenenses não é tarefa fácil, daí a recusa (inexplicável em qualquer parte do mundo) do actual treinador dos juniores! Sim, quem é que não gostaria de ascender na carreira, trocando os juniores pelos seniores?! A resposta a esta questão encerra toda a problemática do Clube. Por isso os treinadores com alguma ambição ou que querem preservar a sua imagem evitam correr riscos num Clube como o Belenenses. E o que se passa com os treinadores passa-se também com os jogadores – vêm para aqui sem ilusões ou se as têm perdem-nas rápidamente e acomodam-se à rotina.
Jorge Jesus foi excepção a esta regra. E a explicação é simples – Jesus, para além de ser um trabalhador incansável, desempenhava no Belenenses todas as funções do departamento de futebol, e não só.
Pelos vistos, este é o único perfil que serve ao actual Belenenses. Alguém que mande, que se imponha aos jogadores, que os obrigue a trabalhar no duro, que se sobreponha à direcção, que reduza as modalidades à sua verdadeira expressão, garantindo assim o império do futebol. No fundo o que precisamos é de um presidente-treinador. Ora esta figura não consta dos estatutos e ainda que constasse sempre se indagaria para que serve afinal o resto da direcção! Mas é uma figura destas que precisamos de contratar. O preço não interessa, porque sai sempre mais barato que qualquer outra solução.

Saudações azuis.

Olhem para o futebol

“Só se o Sporting quer ser o novo Belenenses… mas isso é um problema dos sócios…”, palavras de Rui Santos no ‘Tempo Extra’ referindo-se à presente situação do Sporting, resignado, tal como nós já nos resignámos, primeiro ao meio da tabela e últimamente ao grande objectivo de não descer de divisão.

Perdemos em Leiria, talvez por falta de sorte talvez por falta de ousadia, mas temos que ser sérios, ainda que tivéssemos ganho, não temos uma equipa competitiva, uma equipa à altura dos nossos pergaminhos. Para que uma equipa seja competitiva é necessário em primeiro lugar que esse espírito exista, já não digo nos associados, mas na direcção. E esse espírito não existe, os adeptos sentem-no, e vão abandonando o clube, vão deixando as bancadas desertas.
Volto a repetir, o Belenenses precisa desse espírito e precisa de se reforçar. Se não há sabedoria para com pouco dinheiro fazer as omeletas, então tem que haver mais dinheiro para compensar a falta de sabedoria. Se a direcção (está visto que não tem sabedoria) não consegue inventá-lo, então deve dizer isso aos sócios e apresentar a sua demissão. Porque cada dia que passa é um adiar do destino, é mais um passo no abismo.

Dizem-me que foi um jogo equilibrado, que sofremos um golo em condições similares ao golo sofrido frente ao Guimarães, ou seja, quando o adversário passou a jogar com dois pontas de lança. Coincidência?! Incapacidade do treinador em reagir à substituição?! Incapacidade da defesa (ou do sistema defensivo) em acertar agulhas?! Não sei.
Mas sei que os jogos equilibrados se resolvem nos detalhes e esses detalhes não constam do plantel: - mais experiência, um meio campo mais produtivo, um ataque mais eficaz. E o tal espírito vencedor.

E aí estamos, nos lugares de descida, quando falta apenas uma jornada para que se cumpra a primeira volta. E que diz a direcção sobre isto? Sobre reforços?! Diz que estão no plantel, mas lesionados!
Não pode ser verdade, ou então andam a brincar com o Clube.
O Belenenses precisa urgentemente de um playmaker efectivo, daqueles que criam desequilíbrios, que unem a equipa; precisa de um flanqueador, um ciclista veloz e com capacidade de drible; e precisa de um goleador efectivo. Lá atrás não precisa de grevistas mas de jogadores concentrados e disponíveis.
Três a quatro aquisições, jogadores experientes, certezas para entrarem directamente na equipa, porque promessas já lá existem.
E podem ser comprados, emprestados, dados, em leasing, não interessa, têm que vir, quanto antes, porque as outras equipas (concorrentes) também se irão reforçar em Janeiro.
Isto se queremos ficar na Liga Sagres.
Quanto ao treinador não me alongo, é assunto sério de mais para dar palpites, uma coisa é certa, seja este ou outro, sem reforços é Vitalis pela certa.

União de Leiria 1 – Belenenses 0

terça-feira, dezembro 15, 2009

Ponto de ordem

Disciplina e algumas rectificações:

Se é verdade que o Diakité andou a ensaiar greves de balneário, seja qual for o motivo, deve ser-lhe instaurado um processo disciplinar (sumaríssimo), e no caso de se confirmar a infracção, terá de ser punido de forma exemplar. Como é costume no Restelo já se ouvem vozes a defender o jogador com o argumento dos salários em atraso, e como é costume no Restelo a Direcção opta pelo silêncio expondo ainda mais o treinador. Mas repito, se é verdade o apelo à greve, se é verdade o motivo invocado, então é preciso explicar ao Diakité que o seu contrato é individual e por isso, no caso de estar descontente, só deve gerar uma reacção individual. E é bom não esquecer que o seu contrato é tão individual que até incluiu a possibilidade de faltar a um jogo importante para casar!
O Diakité também pode queixar-se ao sindicato, não pode é liderar rebeliões colectivas contra a sua entidade patronal, que afinal apenas se atrasou alguns dias no pagamento do que era devido. Não sou a favor destes atrasos, e já sabem o que penso desta direcção (e de quem votou nela) mas não embarco em movimentos ou atitudes que só prejudicam o Belenenses. Aliás, este espírito esquerdote que anima o Restelo, contribuiu largamente para a decadência e desaparecimento de muitos clubes do sul, no qual se inclui, infelizmente, o nosso. As características destes associados não enganam – sempre a favor dos culpados em desfavor das vítimas (no melhor estilo do processo da Casa Pia), sempre com panos quentes, sempre a favor da indisciplina. Assim não vamos longe.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Arroz celestino

As últimas imagens são as que ficam e são dois lances capitais. Num deles, no primeiro, a defesa desposiciona-se, Arroz é batido pelo recém entrado Roberto que cabeceia para um companheiro fazer o golo. Estava aberto o activo, a meio da segunda parte, o Vitória de Guimarães tinha o jogo na mão. Para piorar as coisas André Almeida é expulso na sequência de uma disputa de bola pelo ar, talvez uma cotovelada, no local onde estava não me apercebi da ocorrência. Ainda assim, fazendo das fraquezas forças, carregámos na procura do empate, correndo o risco de sofrer o segundo golo (que esteve à vista por duas vezes) até que a poucos minutos do fim Celestino tem a baliza aberta para uma recarga aparentemente fácil, mas falha rotundamente. As hipóteses de empate terminaram aí.

Voltando atrás, à primeira parte, pode dizer-se que o sistema táctico para parar o Guimarães até funcionou, o pior é o resto, ou seja, exercermos algum domínio, empurrarmos o adversário para o seu reduto, isso não funcionou. Aliás, essa parte do jogo, aquela que conduz às vitórias não faz parte do actual Belenenses. Aqui e ali, fabricam-se umas jogadas com interesse, Yontcha vê-se que é um bom jogador, Lima, apesar de algumas dificuldades de recepção, é um avançado perigoso e rematador, mas isto não chega. Como já se tem dito, o meio campo não tem meio-termo, ou é tecnicista mas excessivamente macio, caso de Ivan (mas que apesar da má vontade dos sócios é o melhor centro campista que temos) ou é excessivamente rude e trapalhão, caso de Gabriel Gomez, ou então está demasiado verde, casos de André Almeida, Celestino e Pelé. Por isso não conseguimos a necessária consistência, quer na posse de bola, quer no seu destino.
Se somarmos todas estas insuficiências e subtrairmos as qualidades, que também existem, ficamos com um saldo muito curto, que não resiste, por exemplo, a ausências de alguns jogadores nucleares. Estou a referir-me a Diakité.
Resumindo e concluindo: - a continuarmos assim, e tal como já escrevi, os nossos adversários para a descida de divisão, são o Olhanense, o Vitória de Setúbal e talvez o Leixões.

Saudações azuis (cada vez mais pessimistas)
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.Errata: O autor do golo foi afinal Roberto que recebeu a bola cabeceada por Douglas. Fica a correcção embora não tenha qualquer influência na croniqueta que elaborei. O marcador foi uma questão secundária. O importante, o que não podia ter acontecido, tem a ver com a desconcentracção defensiva face à entrada de um segundo ponta de lança na equipa do Guimarães. Isso e o indispensável acertar de agulhas é que falhou. Portanto, a responsabilidade não é só do Arroz mas de todo o sistema defensivo.

Previsão

Muito frio, menos capacidade nas alturas, possível queda ou tropeção, ainda não é desta que caímos na linha de água. Só uma certeza, vou lá estar, mais uma aventura para o espírito, mais um desarranjo na vesícula, mais um desafio à gripe suína, afinal benigna para a terceira idade!
Tradicionalmente vencemos os conquistadores, o berço dá-se mal com o azul da descoberta… mas onde é que isso já vai!
Uma pergunta: cadê o Diakité? Sumiu! Foi vendido para tapar buracos? Vai casar outra vez?! Ou será salário que ficou por pagar?
De qualquer modo e quaisquer que sejam as explicações, cito Variações – a equipa é que paga. E depois não me venham com a história da incompetência do treinador, porque ficar sem o pilar defensivo e pelos vistos (presumo) sem o activo mais valioso (aquele que tem procura) o único central que usa o pé esquerdo… num jogo vital… não me digam que é problema fácil de resolver.
Está bem, jogam onze na mesma, e todos esperamos que lutem pela vitória contra o Vitória.
Já agora, publica-se este postal? Vale a pena?

Saudações azuis

terça-feira, dezembro 08, 2009

A poeira dos dias

O autor do ‘Canto Azul ao Sul’ remata certeiramente quando se refere ao dinamismo da SAD benfiquista e à recente criação de um fundo de investimento de jogadores (Benfica Stars Fund), comparando esse dinamismo com a habitual inércia azul. É bem certo que a comparação não é linear pois não é possível comparar a cobertura e apoios que o Estado dá (e empresta) ao Benfica com aquilo que estaria disposto a garantir ao Belenenses. E quando falo de Estado incluo naturalmente os bancos nacionalizados ou semi-nacionalizados. Mas mesmo com todas as reticências, os bons negócios são sempre bons negócios e os bons investimentos podem ser maiores ou menores mas são sempre investimentos rentáveis. Portanto nesta matéria desde que haja uma boa ideia, bem estruturada, suficientemente inovadora, alguma capacidade de risco, e sendo bem conduzida, poderá tornar-se um êxito. A pessoa ou clube que a conseguir levar à prática beneficiará por certo.
E isto não é novidade para o Belenenses porque o Belenenses foi sempre um ‘expert’ em matéria de inovação. Aliás foi esse sentido de inovação (ou descoberta) que nos fez crescer e ombrear com os grandes. Senão vejamos: - construímos o primeiro campo relvado; o primeiro estádio iluminado; fomos pioneiros na implementação de novas tácticas e técnicas de marcação; quando foi necessário descobrimos outros mercados como o argentino e africano; contratámos treinadores de renome internacional e até no Bingo conseguimos ser melhores do que os rivais.
E a pergunta impõe-se: - o que aconteceu entretanto?! Os dirigentes perderam qualidade?! Os sócios tornaram-se menos exigentes?!
Alguma coisa aconteceu para vegetarmos nesta pasmaceira, vermos os outros a subirem, sermos ultrapassados por toda a gente! Sem mexer uma palha!
Por este caminho temos os dias contados, é preciso reagir, não é daqui a três ou quatro anos, já nada funciona assim, o dinamismo é a regra do jogo, no campo e fora do campo, é preciso acelerar o passo, em Dezembro temos que reforçar a equipa, é preciso inventar dinheiro, porque quem não tem dinheiro (ou crédito) não consegue uma boa equipa de futebol, uma equipa que chame o público (isto não vai lá com sócios), uma equipa para ganhar, para se manter na primeira Liga. Para discutir os lugares de cima da tabela. Antigamente teria escrito ‘para discutir o título’.
Não há alternativa porque a alternativa é acabar.

Saudações azuis.

domingo, dezembro 06, 2009

Rio Ave 0 - Belenenses 0

Em jogo disputado sob forte temporal, num campo quase impraticável, o Belenenses conseguiu sair de Vila do Conde com um ponto na bagagem. E fez por isso, lutou, correu, adaptou-se às condições do terreno, que só permitiam o chutão para a frente, e dividiu com o adversário, de acordo com o vento, a preponderância nos noventa minutos. Pena que na segunda parte, quando a ventania soprava a nosso favor, tivéssemos estragado algumas jogadas com foras de jogo desnecessários, como também foi pena termos desperdiçado alguns cantos. Pois como se sabe, nas condições climatéricas verificadas os lances de bola parada são sempre muito perigosos.
Em termos colectivos continua a notar-se alguma distância entre sectores, especialmente o ataque que viveu muito isolado. E viveu isolado porque a equipa tem medo de subir no terreno!
Em termos individuais é justo salientar a boa exibição de André Almeida, e de uma maneira geral todo o sector defensivo. A excepção foi Mano, algo displicente e com muitas dificuldades para travar Bruno Gama.
Em resumo e atendendo às condicionantes descritas não foi mau.
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Saudações azuis

segunda-feira, novembro 30, 2009

A ideia de um clube simpático

Um clube governado por gente mentalmente vencida, que no fundo já não acredita no ressurgimento, cujos filhos e netos são do Benfica ou do Sporting mas que passam por grandes belenenses nas festas e colunas dos jornais, um clube entretido entre o pavilhão e o campo de futebol, num sistema de compensação freudiana, um clube onde os atletas são escolhidos a dedo, mentalmente parecidos com quem os contrata, vencidos ou em pré-reforma, um clube que está sempre a invocar o passado, sinal certo de impotência quanto ao futuro, é neste clube em abandono… que uns poucos ainda resistem! Ainda sofrem, ainda procuram soluções, algumas risíveis, outras absurdas, mas ainda assim gestos de esperança que acabam por ruir em cada eleição. Porque em cada eleição surgem sempre os mesmos personagens, candidatos a dirigirem um clube simpático mas sem ambições. O programa também é sempre o mesmo – a evolução na continuidade, um clube privado que não fuja ao seu controle, portanto, igualzinho a ontem. No meio disto tudo existem por certo pessoas bem intencionadas mas que imaginam que o mundo parou!
Este diagnóstico já o tenho feito aqui neste espaço e só volto a ele porque me parece que o Belenenses entrou definitivamente num processo auto destrutivo. E os sintomas não enganam, os melhores afastam-se e deixam o campo livre aos ineptos e oportunistas.
Ontem, mesmo que tivéssemos ganho o diagnóstico seria o mesmo.
O Belenenses com ambições está a desaparecer e não damos por isso.

domingo, novembro 29, 2009

Treinados para empatar

O Belenenses jogou até aos quarenta minutos da primeira parte como se estivesse a defrontar o Barcelona. Encolhido no seu meio campo, sem bola, correu quilómetros atrás dela e quando eventualmente a recuperava, perdia-a de imediato.
Mas pode dizer-se que foi relativamente eficiente uma vez que o Barcelona, perdão, o Marítimo, não criou neste período verdadeiras ocasiões de golo.
Fosse porque fosse, nos últimos cinco minutos antes do intervalo, o Belém adiantou-se um bocadinho no terreno, rematou pela primeira vez à baliza de Peçanha, ganhou um canto, depois outro, e neste outro marcou um golo regular que o árbitro resolveu invalidar. Mas não se descortina qualquer falta no cabeceamento de Diakité.
Veio o segundo tempo e com ele um azul mais forte, mais afoito. Finalmente na posse da bola, gizámos alguns lances interessantes e num desses lances, correspondendo a um grande passe de Gavilan, Lima isola-se mas é derrubado por Peçanha. Penalty e expulsão do guarda-redes do Marítimo.
Lima encarregue do castigo máximo, remata denunciado (ou o guarda-redes adivinhou) mas é golo.
Seguiram-se minutos prometedores e a vitória ficou mais próxima quando o mesmo Lima faz o segundo golo! Aproveitando uma recepção deficiente de Alonso, isola-se e remata pela certa.
A ganhar por 2-0 tudo parecia resolvido… mas o Belenenses não sabe ganhar. Recuou inexplicávelmente, encostou-se a Nelson, enquanto Van der Gaag apostava tudo no ataque.
Outra vez sem bola, com Cléber a ganhar o jogo aéreo a Diakité, começámos a correr muitos riscos. E o Marítimo insistiu, reduziu, e acabou por empatar com mérito.
Eu sei que a nossa equipa é demasiado jovem, que há muita gente lesionada, mas o campeonato não pára, nem tem contemplações. Uma lacuna gritante é a falta de um patrão na equipa, alguém que transmita raça e querer (e organização) especialmente em situações como a que vivemos esta noite. Estou convencido que se tivéssemos um ‘Bruno’, depois de estarmos a vencer por dois golos de diferença, não perdíamos o jogo.
E atenção, porque só com empates não vamos lá.

Saudações azuis.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Salésias

As Salésias devolvidas ao Belenenses, uma notícia que me obrigou a comprar o jornal que não compraria, notícia que poderia ter lido na internet, mas assim, em papel, tem outro sabor. Já aqui o referi, ainda tenho essa memória, nascido na Junqueira e filho de belenense, lembro-me de ir às Salésias e ver o Belenenses jogar. Olhos de criança, olhos que vêem outras coisas, que fixam outros pormenores, como a careca do Serafim, ou a velocidade do Dimas, mas lembro-me e não posso deixar de me emocionar.
As Salésias significam o Belenenses grande, aquele que metia respeito aos adversários, que partia para o ataque, que só pensava em vencer. Com a passagem forçada para o Restelo, ganhámos um estádio bonito e grandioso mas fomos, infelizmente, perdendo a nossa grandeza. Estou a referir-me à grandeza que conta, aquela que se mede em títulos e campeonatos de futebol.
As causas?!
São diversas e só valeria a pena esmiuçá-las se isso servisse para não darmos os mesmos passos nem cairmos nos mesmos erros. Assunto para outra oportunidade. Hoje o que interessa mesmo é festejar essa promessa que com toda a probabilidade vai ser cumprida pela Câmara Municipal de Lisboa. A mesma que nos retirou aquele espaço para fazer aquilo que afinal não fez. A mesma que, por coincidência, aprovou ontem um protocolo com o Sporting no valor de 18 milhões de euros. Mas deixemos isso agora, contentemo-nos sem inveja com a parte que nos cabe, e façamos bom uso dela.
E bom uso é no futebol, evidentemente.

Saudações azuis

segunda-feira, novembro 23, 2009

Face azul

Entretido com os desenvolvimentos da face oculta, espelho e companheira deste país de Abril, descurei um tanto o azul integral, mas não o futebol. O futebol jogado nas quatro linhas é a nesga de céu que ainda vamos tendo, porque o outro, o que também se ouve nas escutas, é a sua face oculta.
'Peanuts’ (amendoins) comparado com o que está em jogo, mas suficiente para lançar enormes suspeitas sobre o financiamento dos clubes, sobre a promiscuidade entre política e futebol, sobre a verdade desportiva.
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Não aquela ‘verdade desportiva’ que o ‘brilhantinas’ quer peticionar, decompondo imagens até à exaustão quando se trata de golos contra os grandes! Quando se trata de só ver empurrões contra os verdes ou encarnados! Essa verdade desportiva não me interessa, até porque imagino quem serão os decisores em última análise – algum procurador-geral ou presidente do supremo, pela certa.
Pois, a mão do Henry, é verdade, é importante, mas não vai acabar o mundo por causa disso. A mão de Maradona também não acabou com o futebol. O pior é o resto.

Com que então é preciso ajudar o ‘amigo Joaquim’?!
Trezentos milhões de passivo… e eu a imaginar as contra partidas em termos de liberdade de imprensa… mas não só. Joaquim Oliveira, que eu saiba, é o manda chuva dos direitos televisivos, tem posição accionista nas SAd’s de vários clubes da primeira Liga, e que eu saiba também, quer o Vara, quer o Sócrates são indefectíveis benfiquistas, portanto, não posso deixar de me inquietar.
Eu sei que o Sócrates privado não é o mesmo que o Sócrates público, e pela mesma ordem de ideias será diferente do Sócrates benfiquista, três pessoas numa só, pelo menos. Mas mesmo assim desconfio. Tenho esse direito.

Igual a esta, só a declaração de Bettencourt – ‘o treinador do Sporting depende da banca’!
Qual?
A nacionalizada ou aquela em que o estado injectou dinheiro dos contribuintes para não ir à falência?!

Saudações azuis

domingo, novembro 22, 2009

Valenciano 0 - Belenenses 1

O Belenenses segue em frente na Taça de Portugal depois de eliminar o Valenciano por uma bola a zero, golo obtido por Beto, íam decorridos 8 minutos, e na sequência de um cruzamento de Ivan.
Jogo de Taça, sempre difícil, com muitos jogadores lesionados, o Belenenses cumpriu os seus objectivos.
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Saudações azuis

terça-feira, novembro 10, 2009

Um terço do campeonato

Concluída uma terça parte da prova já podemos tirar algumas ilações: - entre os candidatos, Porto e Sporting fraquejam, enquanto o Benfica mostra argumentos. O Braga, a correr por fora, vai resistindo, mas a não ser que Domingos reinvente a veia goleadora bracarense, será difícil manter a posição.
No grupo seguinte, para além da estabilidade do Nacional, começam a ascender Marítimo e Guimarães, e a fazer fé nas últimas exibições, frente a Porto e Braga, respectivamente, tudo indica que continuarão a crescer. O Rio Ave, intratável no seu reduto, e o Paços de Ferreira, ainda embalado pela excelente prestação na época passada, completam este meio da tabela.
Para baixo temos as equipas que teoricamente lutarão para não descer. Porém, os sinais que emitem não são idênticos: - alguns aparentam franca saúde, enquanto outros parecem ter estacionado, quando não regredido. No primeiro grupo temos a União de Leiria, que tem vindo a acumular pontos (14 em 10 jogos), a Académica (pese a lanterna vermelha) que se reforçou com um treinador surpreendente, e a própria Naval.
As quatro equipas sobrantes, na qual se inclui o Belenenses, atravessam uma crise indisfarçável, a necessitar de cuidados intensivos.
Bem sabemos que o futebol não é uma ciência exacta, e que tudo pode mudar amanhã.
Mas hoje, a situação é esta.

Saudações azuis.

sábado, novembro 07, 2009

Os clubes também se abatem

Sem liderança, desde o cume até à base, a anarquia propaga-se, instala-se, e transforma-se na única regra. É assim desde que o homem é homem. É assim no Belenenses. Neste ambiente florescem apenas as minorias organizadas, com nomes diversos consoante a imaginação, eu chamo-lhes quintas, e que à vez, vão reclamando louros e glórias enquanto o clube definha. Quem aprecia muito este 'estado de sítio' são os oportunistas que assim aproveitam a confusão para continuarem a servir-se do clube.
Neste quadro é muito difícil ter a cabeça fria para analisar seja o que for, e nem um simples adepto como eu escapa a essa sina. Pois bem, ou melhor, pois mal, perdemos com o Paços de Ferreira em casa, uma derrota pesada, com sinais de desorientação na segunda parte, e como sempre acontece, o treinador, elogiado na semana passada, senta-se de novo no banco dos réus. É assim a vida de treinador.
Vi apenas a primeira meia hora na televisão, práticamente até ao golo do Paços, um golo fortuito e contra a corrente que desde os primeiros minutos pertenceu ao Belenenses. Mas era um domínio inócuo com os dois avançados muito isolados na frente e a única solução encontrada foram algumas tentativas de longe com poucas probabilidades de êxito.
Nesse período de tempo contabilizei o seguinte: - Celestino esteve mais empreendedor mas quase comprometeu num passe displicente que abriu o corredor central ao contra ataque pacence. Mano, pareceu-me alheado do jogo, infeliz no 'desvio' que deu o golo, e anulou com dois centros disparatados duas jogadas promissoras. E digo promissoras porque incluiam mais gente no ataque, desde logo, o defesa lateral! Filipe Bastos francamente mal - a querer fazer tudo sozinho, foi ele que fez a falta (marcada ao contrário) que ía originando um pequeno sururu. Que valeu um cartão amarelo ao Mano. E veio o golo do Paços, na sequência de um livre a castigar mão de Diakité.
O que pensei de imediato é que nunca conseguiríamos dar a volta ao jogo. Alcançar o empate seria o cabo dos trabalhos. E ainda faltavam dois terços do tempo de jogo! É a partir daqui, deste estado de espírito, que vou tentar raciocinar, sabendo que na segunda parte as coisas não melhoraram e que a seguir ao segundo golo do Paços foi o descalabro. Descalabro inclusivé em termos de disciplina interna, de anarquia. E o primeiro raciocínio é este: - terá JCP condições para continuar?! Não tenho a mínima dúvida que a simples substituição de treinador nada resolve, já experimentámos a receita o ano passado, e nessa altura, escolhemos inclusivamente um treinador com fama de duro e disciplinador, que também não resultou. Estou aliás convencido que poucos treinadores se mostram disponíveis para treinar este Belenenses, e refiro-me ao clube, não ao plantel, porque em termos de plantel espero que ninguém se atreva a repetir que os nossos brasileiros são 'pernas de pau' e que os brasileiros dos outros é que são bons! Basta olharmos para o Paços de Ferreira, que alinhou com jogadores que não serviam para o Belenenses, mas que servem para jogar (e bem) contra nós. Uma realidade que dá que pensar!!!
Mas se não é do treinador nem dos jogadores, de quem será a responsabilidade por este estado de coisas?! Dos sócios é concerteza. Da Direcção que escolheram também. E as 'quintas' que florescem, que recebem prémios e louvores?! Não têm culpas no cartório?! Afinal quantos e quem são os sócios que decidem pelo Belenenses há mais de trinta anos?! Não são muitos, digo mais, são uma ínfima minoria. E é esta minoria que vai com acabar com o Belenenses.

terça-feira, novembro 03, 2009

'Bíblia Saramaica'

Raivosa, patética, está visto que não desistes, perdeste no campo e queres ganhar no túnel! E gritas, publicas, sem pingo de vergonha - SIC (outra que tal) trabalha imagens para incriminar jogadores do Braga! E se a SIC fosse trabalhar... imagens das cuspidelas e outras provocações encarnadas! Imagens do túnel em que se esconde Rui Costa (ídolo do portugal obrigatório), ou da furna que abriga o Vieira (mais conhecido por padrinho do Mantorras)?! Finalmente adquirido! Terá o Alverca recebido o milhão de contos em dívida?!
Pois é, o investimento de risco (com o dinheiro de todos os portugueses) não pode falhar, não pode haver riscos! A falência técnica também não assusta, eles sabem que não podem falir, o governo não deixa, o nosso primeiro tem acções do Benfica e o nosso gatinho fedorento (segunda figura do estado a que chegámos) há-de inventar uma piadinha para sairmos da crise.
Ódio ao Benfica? Quem? Eu! Nem por sombras - quarenta e oito anos de nacional-benfiquismo, mais trinta e tal do mesmo, não geram ódio, apenas cansaço.
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Saudações azuis.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Análise de imprensa

É sempre com alguma curiosidade que leio as grandes linhas de força que comandam a propaganda nacional. Propaganda que conta obviamente com a acefalia dos destinatários. Destinatários que depois repetem nos locais de emprego e nos cafés (ainda há cafés?!) as mesmas ‘notícias’! Como se os jornais ou a televisão fossem a verdade neste mundo! Normalmente não são, e de tão previsíveis não percebo como ainda há gente que acredita naquelas atoardas!

Por exemplo, já se sabia que a ‘bíblia saramaica’ iria tentar dar uma ajudinha à águia depenada – invocada a legislação para que Aimar continue a desfrutar do esplendor na relva, ficámos agora cientes que a ‘Taça pode salvar Cardozo’. Pouca sorte para o Ney (suplente do Braga) pois tem participação a caminho! Nem uma palavra sobre Saviola (nova simulação e leve cotovelada) ou Di Maria (pequena cuspidela e pequena provocação) explicando aos argentinos que os portugueses não são (todos) otários. E na primeira página – confusão no túnel chega ao ministério público; águias apresentam queixa contra incertos! E querem imagens do túnel de Braga e nós queremos que se faça luz sobre o túnel da Luz!

Passemos ao Sporting - Marítimo e confesso-vos que me predispus a ver esse jogo com… tranquilidade. Até com uma certa imparcialidade! Porém, o facciosismo doentio do locutor da SportTv, levou-me rápidamente para a ilha da Madeira – repetiram o lance entre o Postiga e o Fernando até à saciedade! Na análise das faltas assinaladas contra o Sporting, só à segunda repetição é que o homenzinho se convencia. Quando era ao contrário, não eram precisas repetições! E vejam lá bem, passou-lhe em claro, não viu a falta de Liedson que precedeu o golo leonino. Não viu ele nem o Chaínho, seu convidado. Mas neste caso percebe-se – quando o rapaz jogava à bola… era tudo bola, desde a bola às caneleiras do adversário! Quanto ao Liedson, useiro e vezeiro no jogo sujo, beneficia sempre de uma enorme compreensão dos media. Então agora que é português… Adiante, porque no fim, só se comentava o azar leonino, a bola ao poste do Caicedo, quando a verdade é que o Marítimo fez uma excelente exibição em Alvalade e só não ganhou porque também falhou um golo certo já perto do final.
Assim é impossível, assim escusa o ‘brilhantinas’ de falar nas novas tecnologias e na verdade desportiva, porque não adianta. O mais certo seria passarmos a semana num laboratório de pesquisas a ver se Benfica, Sporting e Porto (e por esta ordem) tinham razão!

Saudações azuis.

domingo, novembro 01, 2009

Fim-de-semana quase perfeito

Um conceito de felicidade que já (aqui) desenvolvi e volto a recordar – o Belenenses a ganhar e os três clubes do estado a perder. Dir-me-ão – pequena felicidade! E concordo, mas é a possível neste quintal à beira mar plantado, é a que está ao meu alcance, espécie em extinção que devia ser mais protegida.
Mas eu disse ‘quase’ – quase porque o Belenenses não ganhou, e o Sporting ainda não jogou. Mas o Sporting debate-se com os problemas da banca nacionalizada (BES incluído): - o dinheiro dos contribuintes só chega para dois e há cada vez menos contribuintes.
O resto do ‘quase’ tem a ver com o Belenenses. Com a dificuldade em ligar três passes na transição ofensiva. A falta de um jogador que assegure a posse de bola, que temporize o jogo, é gritante. Para que os outros defesas e médios percam o medo de avançar no terreno. Só assim se criam linhas de passe.
Eu sei que é fácil falar, o próprio Braga viveu ontem (especialmente na segunda parte) momentos de grande aperto, incapaz de segurar a bola e o jogo, pese a categoria de Hugo Viana (já desgastado) e a lucidez de Vandinho. Claro que existe uma ‘justificação’ chamada Alan – um jogador que explicou a toda a gente porque é que não é um grande jogador! Tem tudo o que têm os grandes jogadores menos a classe. Na hora da verdade, quando era crucial manter a bola lá na frente, nunca conseguiu, perdendo-a com a facilidade de um principiante. Quando já não era preciso, quando a vitória estava praticamente assegurada, apareceu então a fazer as suas habilidades. Há jogadores assim.
Mas tenho que dar os parabéns ao Braga! Nem imagino o que seria este Domingo (não este Domingos!) se o Benfica tem ganho! Era caso para emigrar.

Saudações azuis.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Empate no Dragão

Através de uma exibição tácticamente irrepreensível o Belenenses foi esta noite arrancar um empate ao estádio do Dragão! Mérito do treinador, que só não conseguiu aquilo que nenhum treinador consegue - dar maturidade ao futebol juvenil do Freddy, meter duas velocidades no Celestino, ensinar as vedetas da equipa a não errarem passes a dois metros de distância, ou dar tranquilidade a alguns jogadores que os sócios gostam de escarnecer. Isso de facto é mais difícil.
Mas mesmo assim... a equipa nunca se desuniu, tentou algumas vezes sair a jogar, marcou um bom golo, e para quem dizia que íamos ser goleados... não foi nada mau. Acresce que nunca estivemos perto disso, nem pouco mais ou menos.
Hoje não há destaques individuais, e mesmo aqueles jogadores que referi no início da crónica (Freddy e Celestino) estiveram diligentes e cumpriram.
Não é fácil pontuar no Dragão... mesmo com sorte. Que a houve também.
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Saudações azuis.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Capitão precisa-se

Anúncio de página inteira, urgente, precisa ter espírito ganhador, que anime os fracos, levante os caídos, e nas horas difíceis carregue a equipa para a frente, para a vitória. E ponho este anúncio em vésperas de jogo importante, jogo onde se define a têmpera, não dos que ganham, mas dos que querem ganhar.
A verdadeira liderança é sempre uma escola de obediência, porque só sabe mandar quem sabe obedecer. Não quero que o Belenenses continue este monte de destroços onde todos botam sentença mas afinal ninguém manda. Não quero reprises de filmes passados, golpes de balneário, apoiados por aduladores e arruaceiros. Disso, o Belenenses está farto e não aguenta muito mais. Aliás, se os golpes de balneário frutificassem, há muito que éramos uma árvore carregada de títulos. E não somos.
Estou farto do ar triste e vencido de certos artistas do Restelo. Com eles, nunca ganharemos a guerra.
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Saudações azuis... só para azuis.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Pegar no jogo ou pegar no Clube?

Parece ser esse o dilema de muitos belenenses, insatisfeitos com a fraca prestação da equipa, e como é habitual nestes casos já pedem a cabeça do treinador. Ora bem, aquele dilema leva-me ao encontro de Luís Freitas Lobo que discorre hoje no jornal 'A Bola' sobre essas mesmas expectativas e frustrações. Diz ele em síntese que 'o problema da equipa está no corredor central'... 'na falta de capacidade para alguém pegar na bola na segunda linha e assumir essa segunda fase de construção...', em suma, assumir o jogo. É a opinião de um estudioso do futebol que sem sacrifício subscrevo. Aliás o que se nota mais é o medo de assumir tais funções! E daqui podemos estabelecer algum paralelo com o que se passa no clube.
As notícias de hoje não são animadoras, falam de incumprimentos com consequências judiciais! E quem sabe, consequências desportivas! As desculpas de hoje também não são animadoras, remetem-nos para o 'prejuizo brutal da SAD'!
Em que ficamos?! A Direcção tem, ou não tem, remédio para o problema?
Isto é que interessa saber, porque os prejuizos da SAD já conhecemos. E interessa, porque é a viabilidade do Belenenses (como clube de futebol) que está em causa. Por isso, andar nesta altura a pedir a cabeça do treinador é um disparate. Disparate que só serve os interesses dos irresponsáveis. Neste momento o treinador precisa é ser apoiado pela Direcção. E os jogadores precisam de trabalhar (jogar) mais. Porque substituir treinadores tem sido uma boa maneira de não pegar no Clube.
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Saudações azuis.

terça-feira, outubro 27, 2009

Exibição incompreensível

Ou me engano muito ou temos o caldo entornado. E não vou fazer de treinador, não sou, mas aquilo a que assisti não tem explicação possível: - um futebol liceal, jogadores parados ou semi-parados, lances inexplicáveis, passes e mais passes transviados, duas jogadas com princípio meio e fim... em noventa minutos! E mesmo assim chegámos ao intervalo a vencer! Valeu na circunstância o esquema defensivo, sempre muito recuado, o mesmo que impossibilita que a equipa tenha algum apoio ofensivo. Mas na segunda parte, nem isso! O golo do empate é um testemunho – Cesinha teve tempo para tudo, isolou-se, evitou a intervenção do nosso guarda-redes, flectiu para a linha de fundo, voltou-se, sem ser importunado passou a bola a um companheiro, que por sua vez a meteu no coração da área. Rui Pedro (sem marcação!) esticou-se e o Belenenses foi eliminado da Taça da Liga. Depois do golo houve um leve estremecimento, os jogadores acordaram, mas era tarde.
No ‘flash interview’ o treinador do Belenenses queixou-se da atitude da equipa e quando isto acontece é sinal de que a direcção tem que intervir. Depressa e em força.
É preciso prestar mais atenção ao futebol do clube e deixarmo-nos de comparações com o que se passa nas outras modalidades. O negócio do futebol é para quem percebe do negócio do futebol. Não se improvisa. Nem se compara.

O semeador de relva

O provincianismo é uma doença do espírito, e como dizia o poeta, ataca sobretudo os que se acham civilizados – ‘precisamente pelas razões que o não são’ – e nós, portugueses, sofremos desse mal periférico, vá lá, para não dizer desde sempre, desde que uma comitiva trajada à francesa, peruca incluída, foi receber e dar as boas vindas ao invasor Junot! Invadidos e agradecidos.
Aimar é um argentino, que acrescenta aos seus (reconhecidos) dotes futebolísticos, uma enorme propensão pela relva, especialmente aquela que foi semeada nas imediações da baliza adversária! Os brasileiros dizem que estes jogadores ‘cavam penalties’, e os nossos árbitros, embalados pelo seu virtuosismo, vão (ou gostam de ir) na conversa.
Foi assim em Leiria, lance decisivo, foi agora contra o Nacional, lance que matou o jogo.
Fica a pergunta: - quando será a próxima sementeira?!

A jornada ainda não acabou mas vale a pena registar a excelente perfomance da Académica no estádio do Dragão! Sem provincianismos bacocos, Vilas Boas, um jovem treinador, armou os estudantes com uma estratégia de jogo (defensivo e ofensivo) que pôs Jesualdo a coçar a cabeça!
E não fora um feliz golpe de cabeça do mal amado Mariano (e alguém a atrapalhar o guarda-redes de Coimbra) e não sei não…

O meu Belém recebe hoje o Gil Vicente para a Taça da Liga e recebe também o incontornável Fiúza. Seria bom que aproveitássemos a oportunidade para um gesto conciliatório. Não é bom para o futebol português que dois emblemas que não são beneficiários do sistema se mantenham de relações cortadas.
Dividir para reinar não é o nosso lema. Essa é a estratégia dos ‘donos da bola’.

Saudações azuis

segunda-feira, outubro 26, 2009

Encomendas nacionais

Embrulhadas em papel verde e encarnado, remetente desconhecido, aparecem de acordo com as necessidades da república. Foi assim com o ‘e-mail’ surripiado e publicado por altura das últimas eleições legislativas, e no que toca ao futebol indígena, estas encomendas são prática corrente, e resolvem normalmente o problema. E um dos problemas era o primeiro lugar do Braga, situação que de certo modo obscurecia (e entristecia) a nação encarnada. E eis que surge a encomenda, a dez metros do lance, apito calado, e um golo de avanço, num terreno difícil perante um adversário difícil. Mas o Braga empatou e o apito entupiu-se de novo quando Mossoró levou um pontapé nas costas já dentro da área do Rio Ave.
O Salvador de Braga bem pode barafustar, cortar ligações e telefones, que as encomendas não param. Nada as assusta e basta olhar (nem é preciso ler, tal o tamanho do apelo!) num ‘jornal de referência’ – “Venham ajudar-nos a ganhar” clama Jesus!
Deduzo que algo está em perigo e todos somos poucos para conseguir tão importante vitória! Vitória, que a não acontecer, será má para Portugal porque corresponde aos interesses do Nacional (e do Braga), tudo gente que pertence a outro país!
E não contente, esta bola que conhecemos, ainda tem espaço, no espaço reservado ao Braga para ‘noticiar’ – ‘Rodriguez pode ser multado’! Imaginem porquê! Diz a encomenda – quer ir (já) para um ‘grande europeu’, está no 'site oficial' do jogador, mesmo a calhar na semana que antecede um jogo decisivo.
Entretanto as encomendas de sentido contrário sucedem-se para os lados da Luz – nenhum jogador do Benfica tem ‘site oficial’ e nenhum quer sair do Benfica… nem a ganhar dez vezes mais. Minto, o Di Maria não quer sair, mas era bom que saísse porque interessa ao Benfica.
Este é o futebol a que temos direito – o futebol das encomendas.

sábado, outubro 24, 2009

Empatas

Mais um jogo no Restelo, mais um empate, a zeros, e se o adversário tem o ‘azar’ de marcar um golo, perdíamos naturalmente por um a zero. Adversário que chegou a introduzir a bola na nossa baliza, porém, um fiscal de linha, no mínimo, minucioso, assinalou um fora de jogo. Terá considerado que o jogador do Olhanense (Paulo Sérgio, lembram-se dele?! – aquele que só jogava bem contra nós!) tinha apenas um adversário entre si e a baliza.
O lance não é de fácil julgamento, estão três jogadores praticamente em linha – Paulo Sérgio, Nelson e outro defesa azul – e ainda bem que foi decidido a nosso favor. A favor do Belenenses, uma raridade!
Mas aconteceram outros lances, pelo menos dois, que não podem acontecer – duas perdas de bola em zona proibida, uma de Gavilan e outra de Mano, que só não deram golo (ou penalty) por mero acaso. No caso do Mano, o ‘acaso’ vestia de preto!
Mas nem só de casos viveu este jogo – faltou pressão inicial, o que implica subir linhas, sem medo, pois não sendo assim, a equipa visitante joga à vontade, toma a iniciativa, moraliza-se, pode até marcar um golo. Isto, em nossa casa, não pode acontecer. Por outro lado, afogueados, e sem bola, os nossos laterais – base do futebol moderno – não entram no jogo.
E que faz o nosso meio campo entretanto? Corre atrás da bola e quando por sorte a recupera, está tudo lá atrás, é por isso obrigado a fazer passes de risco. E perdemos a bola outra vez. Parece um destino, mas não é. Porque podemos mudar.
Apesar de tudo, houve coisas positivas – Lima, está mais solto, e interventivo. Podia até ter resolvido o jogo. Podia mas não pôde.
E agora?
Agora, existem uma série de equipas muito semelhantes, mas enquanto no Belenenses se investe muito pouco no futebol, os clubes concorrentes funcionam como satélites dos três eucaliptos (com as inerentes vantagens em termos de jovens craques, e sem ter que os pagar) e, muito importante, dedicam-se exclusivamente ao futebol.
Por tudo isto a nossa situação é perigosa e tem tendência a agravar-se.
Lamento ter que me repetir, mas assim não vejo grandes horizontes para o Belenenses.

Saudações azuis.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Domingo à tarde no Restelo

Azul poente, estádio deserto de sócios, uma mancha encarniçada no lado nascente (são os adeptos do velho clube de Marvila) e calma, muita calma dentro do meio campo azul. Celestino só tem uma velocidade, os jogadores do Oriental vistos da bancada, são secos, geniquentos, e correm quilómetros! O speaker não se cala – ‘quem foi que marcou o golo do Belenenses, quem foi?! Foi o Li…ma’!
Cândido embrulha-se no ataque e fica caído a pedir falta. Foi azelhice, o árbitro tem a mesma opinião, manda seguir, os orientais não se fazem rogados e empatam. A equipa azul enerva-se, perde bolas infantis, não pressiona, e eu começo a enervar-me.
Na segunda parte, a ingenuidade dos forasteiros ajuda o Belenenses – um agarranço dá segundo amarelo e o Oriental fica reduzido a dez. Mas continua bater-se com arreganho.
Em superioridade numérica, JCP resolve-se pela primeira substituição – sai Ivan (bons pés a merecer mais oportunidades) e entra Igor que vai fazer companhia a Lima no ataque. Freddy recua. E numa das suas arrancadas é ceifado por trás, falta indiscutível, e Marvila passa jogar com nove.
Agora é que é – pensei. Mas os avançados azuis cabeceiam mal, são pouco acutilantes e foi preciso esperar para ouvir de novo – ‘quem foi que marcou o golo do Belenenses, quem foi?!’ Pois, não foi um avançado, foi o Dia…kité! Com o pé, em recarga a uma bola rematada pelo recém-entrado André Almeida.
Até ao fim ainda houve tempo para assistir a três situações notáveis: - com o resultado em dois um, e nove jogadores, o Oriental consegue ganhar um canto! E perante a admiração geral o seu guarda-redes corre para a área do Belenenses a tentar o golo do empate! A segunda situação diz respeito à saída (desta vez, por lesão) de mais um jogador do Oriental, que assim acabou a jogar com apenas oito elementos! A última situação tem a ver com o golpe de misericórdia desferido por Lima, um belo remate e um belo golo!
Resultado final: O Belenenses vence o Oriental por (3-1) e segue em frente na Taça de Portugal.

Terminado o futebol dei um salto ao Pavilhão para assistir ao Belenenses/ABC em Andebol. Um grande jogo, com o ABC a superiorizar-se na primeira parte, e o Belenenses (tapadas as entradas dos bracarenses pelas pontas) a conseguir igualar, chegando já perto do fim a uma vantagem de três golos. Vantagem que não logrou manter, fruto de alguma precipitação que a juventude da equipa explica e justifica. Pina teve nas mãos e no último segundo a hipótese de vitória.
O empate (23-23) foi um mal menor. Parabéns ao treinador e à jovem mas destemida equipa azul!

Saudações azuis.

terça-feira, outubro 13, 2009

Derrota em casa com o Nacional (0-1)

Levei algum tempo a digerir a derrota, vi a primeira parte, não vi a segunda (a habitual correria atrás do prejuizo) mas dizem-me que jogámos bem, acredito, no resumo disponível dá a ideia de termos tentado tudo para chegar ao golo. Também dá para ver que o Nacional passou por sérias dificuldades, que teve sorte nalguns lances, que o guarda-redes Bracali fez uma grande exibição, e que ficou um penalty por marcar, a nosso favor, já perto do fim… No entanto, há uma ideia que me martela o juízo – se o jogo voltasse ao princípio o Nacional acabaria por se adiantar outra vez no marcador!
Machado tinha a lição estudada - sabendo que os centrais azuis se adiantam nas bolas paradas, sabendo das dificuldades de recuperação do nosso sistema defensivo, e das hesitações em relação ao adversário que transporta a bola (deve ter visto muitas vezes o vídeo do golo do Saviola), ensaiou rápidos contra ataques, a partir precisamente dos lances em que apostávamos tudo para sermos nós a fazer golo!
Houve uma primeira vez… e Diakité ainda chegou a tempo de cortar, correndo o risco do auto-golo! E beneficiámos de outra bola parada… mas Diakité já não chegou a tempo de cobrir o adversário pelo lado de dentro, ficou de fora, o irrequieto Salino (belo jogador!) rematou ao poste, mas estava lá o Anselmo (que nos difíceis tempos do Estrela sugeri que contratássemos) e fez o golo com toda a calma.
A imagem que tenho do início deste mortífero contra ataque é pouco abonatória para Adu – saltou encolhido à bola que sobrou do primeiro corte defensivo. Se tivesse estorvado esse segundo cabeceamento, o contra ataque não sairia com aquela fluidez.
Também me assustei, ainda na primeira parte, com duas bolas paradas, dois livres que favoreceram o Nacional – bolas bombeadas para o coração da área onde apareceram relativamente à vontade dois ou três nacionalistas na tentativa de cabeceamento. Outro ponto a rever… nesta equipa em construção.
Não estou a ironizar, estou apenas preocupado.
E a crónica fica hoje por aqui.

Saudações azuis

domingo, outubro 11, 2009

Selecção com sorte

Confesso que não sou um apaixonado pela selecção do Madaíl, uma selecção do regime, cheia de emigrantes (de luxo) e de imigrantes (oportunistas), como também não alinho no histerismo das bandeiras, excessivamente verdes e encarnadas para o meu gosto. Nesta matéria gosto mais das cores de Portugal. E detesto obviamente a paranóia destes ‘cristãos novos’ da bola, que engravidam os estádios onde joga a selecção, com mulheres, filhos e enteados, mais as beldades da moda, primas e namoradas dos jogadores! É muita coisa para não gostar!
Depois, penso que há um excesso de selecções (e de competições internacionais) fenómeno crescente que transfere para o exterior os centros de decisão da bola indígena. Com todos os malefícios que se conhecem – desvalorização das competições internas, enormes pausas nos campeonatos, enormes prejuízos financeiros para a esmagadora maioria dos clubes, e pior do que tudo, gera o desinteresse nos verdadeiros adeptos do futebol. Aqueles que frequentam o futebol todo o ano e não apenas os jogos da selecção.
Eu até compreendo o ‘fenómeno selecção’, já escrevi sobre isto, trata-se de uma deslocação de interesses, um grito de orfandade política, num povo que sente que não tem mais nada em comum, a não ser a selecção… do Madaíl!
Antigamente sempre tínhamos um Rei, um Rei que nos fez companhia desde os primórdios, um Rei que nos unia, e tínhamos a empresa colectiva da nacionalidade que entretanto mandámos às urtigas. Pode dizer-se que estamos mais divididos do que nunca, e eu, que não uso preservativos para o sentimento, também não uso a selecção para fingir que somos Pátria.
Dito isto, e antes que me digam que isto das selecções é muito bom para o país, para sermos conhecidos lá fora, informo desde já que tenho os meus amigos cá dentro e não tenho esse tipo de necessidades – ser conhecido lá fora!
Quanto a ser bom para o país, não digo que não, porém ainda não senti nada no meu bolso! Nem consta que o nível de vida vá aumentar por causa das vitórias da selecção. Se assim fosse o Brasil teria o melhor rendimento per capita do mundo. E sabemos que não tem.
Claro que deve haver muita gente que vive à conta disto, deste internacionalismo democrático, mas não me parece que sejam os mais necessitados.
Meu Deus, agora reparo que me desviei tanto da selecção que só me resta acabar com a selecção – teve sorte com a derrota da Suécia, fez o trabalho de casa contra a Hungria, e espero que esteja na África do Sul, sempre é uma terra onde deixámos raízes. Num continente onde deixámos a alma.

Saudações azuis.

sábado, outubro 10, 2009

Limitações ofensivas

O goal-average não engana, e se nos queixávamos das fraquezas defensivas, entretanto em vias de afinação, a verdade é que o ataque não é um ponto forte. Já não era o ano passado, porque desde que Weldon se foi embora, o seu lugar ficou vago, sem sucessor à altura.
Este ano Yontcha prometia, e nos primeiros jogos mostrou qualidades de goleador. Porém e segundo rezam as crónicas padece de um problema físico, e já se fala em operação ao menisco!
São más notícias tanto mais que no próximo jogo, a realizar segunda-feira contra o Nacional, também não podemos contar com Freddy, pois está ao serviço das selecções.
Eu bem sei que a capacidade ofensiva de uma equipa (tal como o seu sistema defensivo) é uma tarefa colectiva, que envolve todos os jogadores que entram em campo. Mas se isto é verdade, é também indiscutível que um avançado que aproveita as (escassas) oportunidades que lhe surgem, acaba por fazer a diferença – marca golos e golos equivalem a pontos. E os pontos são aquilo que precisamos!
Não foi impunemente que me referi à inconveniência de certos adiamentos pois corríamos o risco de acertar o calendário com a equipa posicionada nos últimos lugares da tabela. E sabe-se o efeito, e a pressão psicológica, que essa situação provoca nos jogadores. Já nem falo no coração dos adeptos.
Mas enfim, tenhamos esperança que o problema ofensivo se resolva, e juro que não me importo se for um dos centrais a marcar o golo da vitória.
O que é preciso é ganhar.

Saudações azuis.

quinta-feira, outubro 08, 2009

As autárquicas e o Belenenses

O Belenenses nasceu num banco de jardim, banco de jardim que ainda existe, mesmo defronte do Palácio de Belém. E fosse pela modéstia do nascimento, fosse pelo facto de já ter dois irmãos mais velhos, a verdade é que foi sempre tratado com menoridade. Discriminado, como agora de usa.
Os adeptos mais antigos descobrem outras razões: - a cor azul, num país que em 1910 adoptou o verde e encarnado; e a Cruz de Cristo, num país de incréus. Num país descrente.
A situação piora quando a Câmara se confunde com o Governo, como é notoriamente o caso de Lisboa, e assim se duplica a discriminação.
Mas hão-de perguntar leitores (e eleitores): - o que tem isto a ver com as autárquicas?!
Respondo - tudo e nada.
Tudo, se pensarmos na lógica das eleições locais (à portuguesa): - um carnaval partidário; ocasião de empreitadas e rotundas; e grande promiscuidade com os clubes de futebol.
Nada, se o governo da república conseguir manter a isenção depois do expresso apoio eleitoral do presidente do Benfica! E nada também se a Câmara não alterar o PDM para viabilizar negócios particulares de alguns clubes de futebol. Ver sobre o assunto os contratos entre a Euroárea e o Benfica, em que este clube se compromete a 'conseguir' alterações no PDM de Lisboa! Alterações entretanto 'conseguidas' e aprovadas, desenhando-se idêntico cenário junto da Câmara do Seixal!
Ora bem, entre o tudo e o nada fica o Belenenses! E das duas uma: - ou o Belenenses passa a fazer parte desta lógica autárquica, e é tratado em pé de igualdade em relação a Benfica e Sporting; ou teremos que ressuscitar o antigo ‘Município de Belém’, independente do governo central, e que naturalmente há-de apoiar o clube da terra – neste caso o Belenenses.
Afinal tem tudo a ver com as eleições autárquicas.

Saudações azuis.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Contra análise

Mais sossegado, revi o filme do jogo, e posso rectificar algumas coisas: - rectificar pormenores, não a impressão geral com que fiquei, e que transmiti no postal anterior.
Houve um bom posicionamento táctico, que funcionou em termos defensivos, mas o nervosismo de uns e a inexperiência de outros não permitiu explorar as actuais fragilidades leoninas. Assim, como o óbice teve natureza eminentemente individual, passo a analisar as exibições de cada um dos jogadores utilizados pelo Belenenses:

Nelson – uma excelente exibição! Com uma consistente organização defensiva à sua frente, acabou por ser decisivo em dois ou três lances, evitando que o Sporting abrisse o activo.

Mano – muito bem a defender, menos bem a atacar. Exige-se mais precisão no passe defensivo, naquele que assegura uma transição viável. Ainda assim apoiou sempre as movimentações ofensivas da equipa.

Diakité – Exibição impecável. Sem um erro, sem uma falha! Rei e senhor nas alturas, cortou tudo o que havia para cortar.

Beto – Assumiu o papel de patrão da defesa e fez um bom jogo. Dispensável o alarde exibicionista, numa ‘brincadeira’ que poderia ter deitado tudo a perder.

Tiago Gomes – teve de ser substituído antes do primeiro quarto de hora de jogo. Lesionado num lance de que resultou uma falta contra o Belenenses.

Celestino – entrou a jogar na posição de trinco mas foi como médio ofensivo que se salientou. Ainda falha muitos passes, mas pareceu mais solto e com mais presença física. É um jogador construtivo e que ajudou a equilibrar as contas (deficitárias) no nosso meio campo.

Barge – o bombeiro da equipa, que deve ter treinado toda a semana para executar determinada tarefa, e foi logo no início do jogo deslocado para defesa esquerdo. Cumpriu. E perante a onda final do ataque leonino manteve a calma e a firmeza. Alguns erros legítimos, não desvirtuam a sua actuação.

Zé Pedro – está em melhor forma física (e mental) e isso permite-lhe ser mais útil à equipa. Falhou menos passes, perdeu a bola menos vezes, marcou melhor, cantos e livres. E continua a ser perigoso quando se aproxima da área adversária.

Gavilan – Entrado aos quinze minutos de jogo, na sequência da substituição forçada de Tiago Gomes, trouxe mais solidez ao meio campo defensivo. E reanalisando agora a sua exibição, tenho que concluir que teve uma actuação positiva. Quer a defender, quer nas transições ofensivas, esteve mais seguro e menos hesitante que o habitual, assumindo-se como uma referência no meio campo.
Dois ou três lances perdidos, daqueles que um jogador com as suas funções não pode perder, foram a causa do meu desespero quando via o jogo em directo. Só isso.

Yontcha – fui um pouco severo na primeira apreciação mas na realidade Yontcha cumpriu tacticamente o plano traçado, ajudou a defender, e entalado entre os centrais leoninos pouco mais poderia fazer. De qualquer modo não foi uma exibição conseguida, e a substituição impunha-se para criar outro tipo de problemas à defensiva do Sporting.

Lima – talvez prejudicado pelo mau estado do relvado, muito ansioso, Lima não convenceu durante a primeira parte. No segundo tempo, e aproveitando o adiantamento dos laterais do Sporting teve alguns ensejos para criar perigo.

Freddy – um jogo que não lhe correu bem. Tendência para o individualismo e alguns erros próprios da sua idade futebolística. Precisa de jogar mais concentrado. E mais adiantado no terreno.

Adu – falta de jogos e de confiança.

Filipe Bastos – pouco tempo em campo.


Saudações azuis.

Empate em Alvalade (0-0)

Vi na televisão e sofri. Na primeira parte o ataque não existiu. Yontcha, muito lento, nunca conseguiu recepcionar em condições. E deveria ter saído mais cedo, avançando Freddy para uma das pontas. Porque Freddy ainda não tem maturidade para jogar tão recuado – perde-se em individualismos e perde a bola. E o Belenenses perde acutilância.
Continua a faltar gente no meio campo muito embora Celestino me tenha surpreendido pela positiva! Não a jogar a trinco mas a filtrar o jogo.
A lesão do nosso defesa esquerdo, logo nos minutos iniciais, obrigou JCP a fazer alterações. Gavilan entrou para trinco, indo Barge ocupar a posição de Tiago Gomes. E a equipa ficou menos exposta na zona central, digamos que ficou mais sólida. Mas Gavilan tem de pensar e executar mais rápido. As suas hesitações e demoras enervam um santo! E continua pesado.
Lima, que só na segunda parte revelou alguma utilidade, também me pareceu pesado e com pouca frescura física! Mais visível face às dificuldades que o relvado apresentava.
Mas o ponto conquistado assentou no rigor táctico e no desempenho defensivo. Especialmente no jogo aéreo, onde Diakité e Beto estiveram à altura das circunstâncias! Só por uma vez deram espaço a Postiga para cabecear com perigo.
Nelson também esteve seguro salvando inclusive… um deslize de Beto. Fruto de uma jogada individual temerária, que todos esperamos não se repita.
Na segunda parte o Sporting, mais intranquilo, concedeu espaços que poderíamos ter aproveitado melhor. Lembro-me de três situações – numa delas Zé Pedro arranca para a área e com Lima desmarcado prefere rematar ainda longe da baliza. Um bom remate, é certo, mas o passe isolava Lima.
Noutra ocasião, é Adu que escorrega desastradamente num lance promissor. Lima, já perto do fim, também teve uma boa iniciativa mas precipitou-se no remate.
Do mal, o menos, e face ao histórico, um ponto em Alvalade é sempre um ponto ganho.

Saudações azuis

sábado, outubro 03, 2009

Um certo desconsolo

Reina um certo desconsolo na blogosfera azul. Uma rápida busca permite constatar que a maioria dos blogues fechou, outros estão há muito tempo sem actualização, e os sobreviventes reflectem esse clima de pouco entusiasmo. Não me refiro aos comentários, nem podia, porque o Belém Integral há muito que os inviabilizou – desde a triste cena do ‘tapume’.
Mas não foram as restrições aos comentários, que outros blogues se viram (também) na contingência de adoptar, que esmoreceram os adeptos. O clube esmoreceu mesmo.
A redução sistemática de ambições, o nivelamento por baixo, reduziu a esperança. E sem esperança não há Belenenses.
Este esmorecimento é perigoso porque se transmite, e não me parece que existam vacinas para o evitar. Está talvez na altura de sacudir o clube com um novo élan, um novo projecto, um projecto que mobilize. O discurso do – vamos com calma, estamos a construir uma grande equipa, daqui a uns anos, quando consolidarmos as contas, então sim, discutiremos os primeiros lugares! Este discurso já não funciona, já ninguém acredita nele.
E se nós, sócios e adeptos, não acreditamos, mais difícil será passar a mensagem de ambição aos atletas.
Amanhã, em Alvalade, é disso que se trata. Mais do que os atributos técnicos, o que conta é a cabeça, a ambição de ganhar. Ao Sporting, mesmo desfalcado como sabemos que jogará, pode faltar-lhe o talento, mas não lhe há-de faltar a ambição. É uma atitude genética. Nós também a tinhamos. Enquanto ela existiu (essa atitude, esse espírito global de conquista), muito embora fosse um campo onde raramente pontuávamos, a força mental para discutir o resultado estava sempre presente. Por isso, os adeptos azuis gostavam de ir ver o Belenenses a Alvalade. E a toda a parte.
Agora não vão. Não é só o comodismo, não vão porque não gostam de ver um Belenenses menor. É a velha história - quem já comeu faisão, não se contenta com frango. Pode até aguentar uma longa dieta de arroz, sem frango nem faisão, mas para isso tem que vislumbrar uma luz ao fundo do túnel. Neste caso, um faisão no fundo da panela. Caso contrário, é difícil, afasta-se, vai desistindo. Desiste do frango.

Saudações azuis… desconsoladas

sexta-feira, outubro 02, 2009

Uma folgazinha!

Hoje o dia acordou mais desanuviado, mais suportável. Não houve notícias de goleadas gregas, Jesus não é afinal infalível, engana-se como os outros – de dedo no ar diz que não houve falta e nós a vermos o Maxi Pereira a pisar os calos ao jogador do AEK. Também por isto o ar ficou mais puro, e os jornais menos encarnados. Mas dia sem elogios ao Benfica não é dia! Do norte, com amor, os olheiros da águia são enaltecidos por causa de um falcão! A natural solidariedade entre pássaros.

Em Alvalade há sofrimento! O problema das arbitragens (e dos penalties) mantém-se! Desta vez foi a equipa alemã que se queixou.
Não quero asfixiar o assunto mas tenho algum receio que a ‘verdade desportiva’ seja reposta já este Domingo. À custa de quem, não sei, mas desconfio.

De Belém as notícias do costume: - ‘Nelson é sócio do Sporting mas promete que no Domingo só pensa nos azuis’! Esta ‘não notícia’ deve fazer parte do pacote das ‘escutas’ e foi certamente encomendada por algum submarino.
Assim se ganham jogos e eleições.

Saudações azuis

domingo, setembro 27, 2009

Xutos e pontapés

Sem chutos nem pontapés ficaram os belenenses este fim-de-semana! E por este andar, quando a equipa voltar ao Restelo já nem a conheço! Espero entretanto que os jogadores estejam mais crescidos, adultos, e era bom não estarmos em último lugar… ainda que com um jogo a menos. Candeia que vai à frente… e não atrás.
Espero também que a viagem a Alvalade contrarie a infeliz tradição.
Mas vai ser muito difícil. A ‘lagartagem’ chora por tudo o que é canto, exige penalties iguais aos do Benfica, mete ex-bastonários ao barulho, temo que o Belém volte a servir para aplacar o mau perder dos leõezinhos.
Do outro lado da segunda circular aquilo está ao rubro! E o Jesus já disse – tenham calma que eles estão amarelados. Temos treinado muito as bolas paradas!
Confirmo pelas imagens - o Pablo atira-se para a frente, esbarra nas defesas, cai, e pronto O resto do filme já conhecemos: - quatorze contra nove, igual a goleada.
Mas parem de falar nos árbitros - novo slogan da comunicação social, enquanto isso servir o Benfica.
Ah e tal, porque é que não falas no Belenenses?!
Por várias razões. Em primeiro lugar não jogámos e além do mais, falar de quê?
Olha, o Maykon garantiu os três pontos ao Paços de Ferreira.
O Beto está em dúvida para Alvalade.
Já falei. Foram só dois pontapés.

Saudações azuis.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Noventa anos!

Uma idade respeitável, sinónimo de conhecimento, de vida vivida, muitas alegrias, muitas desilusões, nascidos mais tarde, quando os rivais de sempre já tinham alguns anos de tarimba, nem por isso deixámos de nos impor. Arrancámos de trás para a frente, temos essa experiência, temos hoje esse dever, chegarmo-nos ao nosso lugar, que ainda está vago, à nossa espera.
Que esperamos então?!
Com humildade, porque nos perdemos entretanto, há que olhar o passado com olhos de futuro, e redescobrir o caminho. Porque ele existe. Memória, liderança e união, receita simples para o que pretendemos.
Parabéns ao Clube de Futebol "Os Belenenses".
Viva o Belenenses.
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E porque a vida não pára, daqui a pouco entramos em campo, jogamos em Vila do Conde onde nos espera um aguerrido Rio Ave. Rio Ave que entrou muito bem neste campeonato. A competição é outra, trata-se da Taça da Liga, mas as dificuldades serão semelhantes. Nos primórdios tinhamos jeito para este tipo de competições, parecidas com os antigos campeonatos de Portugal. Que ganhámos várias vezes.
É o nosso destino, o Belenenses nasceu para ganhar.
Estarei a trabalhar e não vou ver o jogo, mas a blogosfera azul há-de dar-me as informações que preciso. Crónica minha, é que será mais difícil.
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.Saudações azuis.

terça-feira, setembro 22, 2009

Um chip no apito

Anda tanta gente preocupada com a verdade desportiva que não seria elegante da minha parte ausentar-me de tão notável questão. Nesse sentido tenho uma série de propostas a apresentar em meu nome, e se quiserem, em nome de um conjunto de clubes que de tanto comer e calar já se habituaram ao silêncio. O silêncio dos inocentes. Ou será o silêncio dos cúmplices?!
A proposta mais óbvia, e que ainda não consta do caderno de inovações do Platini nem da lista tecnológica do Rui da brilhantina, é desde logo um chip no apito do árbitro. Seria colocado como uma espécie de adesivo que impediria o juiz de soprar ao primeiro impulso, o chamado impulso do coração. Impulso que alguns especialistas sociais deslocalizam do coração para o situar ao nível da falta de personalidade, subserviência, medo, e outras necessidades da vida corrente, como por exemplo o dinheiro e o instinto carreirista.
De facto de nada serve instalar sensores nas balizas, nas botas dos jogadores, no pau das bandeirolas de canto, se não existir o conveniente adesivo no apito do árbitro. Mas isto não fica por aqui. Outra das inovações que proponho seriam televisões sem som, ou em alternativa, tampões para os ouvidos, para os espectadores de sofá serem poupados às alarvidades dos comentadores 'desportivos' na nossa TV. Esta medida deveria ser implementada com urgência, digamos, a partir da próxima jornada.
E aqui fica o meu contributo, modesto, a favor da verdade desportiva.
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.Saudações desportivas
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.Nota importante: - No entusiasmo da proposta não reparei que as televisões actuais já são dotadas de equipamento para baixar o volume de som ao ponto de não incomodarem. Mas mesmo assim, aconselho, porque é mais seguro, não vá entrar alguém na sala e perguntar - mas porque é que isto está sem som?! E voltamos ao ponto de partida, enervamo-nos outra vez... sem necessidade.

segunda-feira, setembro 21, 2009

O empate em Coimbra... e o resto

Só vi os golos, e pelo que vi, o golo madrugador da Académica é um clássico – Sougou ganha a linha e cruza para trás como mandam as regras. Saltam Mano e Miguel, e este, beneficiando da vantagem de estar de frente para a bola, cabeceia e marca um bom golo. Ao contrário do que já vi escrito, não descortino qualquer falha do Diakité, nem tão pouco do nosso defesa esquerdo, porque Sougou é rápido a desmarcar-se (um dos jogadores mais rápidos da Liga Sagres) e para além disso centra ‘à antiga’, bem junto à bandeirola de canto, sem necessidade de driblar para dentro. Se quiserem, Mano poderia ter feito melhor, desviando o cruzamento... mas era difícil.
O golo do empate também é bem marcado – livre de Zé Pedro ao segundo poste e cabeceamento certeiro de Diakité. Estava feito o empate.
Dizem depois as crónicas que o Belenenses espevitou e se fosse mais afoito poderia ter chegado à vitória. Mas não chegou e o empate sempre é melhor que nada.

Não jogamos sozinhos e interesso-me pelo que se passa à nossa volta. Assim, gostei de ver a decisão de Pouga num dos golos do Leixões. O Braga revelou estatura e impressionou-me o seu pressing a todo o campo! Não deixando o Porto jogar à vontade. Porto que a jogar assim não vai longe Pelo contrário quem deve ir longe esta época serão Benfica e Sporting. E a receita é simples – quando não vai a bem... vai com penalties! O que favoreceu o Benfica e lhe deu a vitória foi falso como Judas. E introduziu um novo conceito de jogador – o chamado jogador imprudente, ou seja aquele que despacha a bola sem fazer cerimónia com jogadores de águia ao peito! Eu já tinha avisado – na dúvida a favor do Benfica. Enfim, para aqueles que enchem a boca com a verdade desportiva, convido-os a fazerem a seguinte reflexão: - acham que o àrbitro marcaria penalty se o ‘imprudente’ fosse um daqueles defesas do Benfica?!
Bem, em Alvalade, a história é a mesma, e a choradeira também . E pode dizer-se que o descaramento não tem limites – o Bento diz que o falso penalty foi trocado pelo verdadeiro! Preparemo-nos então para uma nova temporada leonina cheia de penalties... a crédito!

Este é o campeonato onde estamos inseridos, nós belenenses, pobres tristes, que achamos que isto não tem nada a ver connosco. Mas tem. Colaboramos na farsa e contentamo-nos com as migalhas.
Até um dia...

Saudações azuis.

terça-feira, setembro 15, 2009

Ninguém defende o Belenenses

Uma derrota merecida não é a mesma coisa que uma derrota indiscutível. O que se discute não é o mérito da vitória encarnada mas a irregularidade de alguns lances transformados em golos também eles irregulares. E pergunta-se: - que necessidade tinha Benquerença de favorecer o Benfica, ou posta a questão de outra maneira, será que os erros do árbitro perdem importância face à superioridade de uma das equipas sobre a outra?!
Na crónica que escrevi, levado pela frustração da derrota (mais uma), desvalorizei esses aspectos, preferindo focar a minha atenção naquilo que temos que corrigir, sob pena de continuarmos a vegetar nos últimos lugares da tabela. Hoje, porém, e face ao silêncio geral perante falhas inadmissíveis da equipa de arbitragem, é tempo de alguém vir a terreiro defender o Belenenses. Melhor dito, defender a verdade desportiva, defender o nosso campeonato.
Assim, analisando os lances dos segundo, terceiro e quarto golos do Benfica, constatamos em todos eles irregularidades que passaram em claro, e temos a certeza que se fossem ao contrário seriam devidamente penalizadas.
No segundo golo, visto na televisão, e com várias repetições, subsiste sempre a ideia que Cardoso está adiantado quando a bola lhe é endossada. Facto curioso, que não me passou despercebido, tem a ver com a linha 'tecnológica' imaginária, também ela adiantada em relação ao momento do passe! Haverá aqui manipulação?! Não vou afirmar, mas que me pareceu esquisito, pareceu.
No terceiro golo, onde o faccioso Delgado da 'Bola' fala em 'arrancar pela raiz', a verdade é outra, e basta ter óculos razoáveis - Mano despacha a bola contra os pés do 'fiteiro' Peixoto, e até duvido que haja qualquer espécie de contacto para além do forte impacto da bola contra o mesmo Peixoto. Seria pontapé de baliza, mas como Benquerença teve dúvidas, seguiu a regra do campeonato português - na dúvida, a favor dos grandes!
Finalmente no quarto golo, o fora de jogo (persistente) de Ramires é tão evidente, que não merece a pena argumentar sobre esse facto.
E termino com outra pergunta: - será mesmo verdade que o Benfica tem de ser campeão de qualquer maneira?! Será que vamos todos ser felizes para sempre?!
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Saudações azuis.
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.Adenda:
Já depois de ter escrito a croniqueta acima, fui ao café, li os jornais, levei com os lampiões, expliquei-lhes (tarefa árdua) que não estava em causa a vitória, mas também referi que não havia necessidade de favorecer o Benfica.
Tenho no entanto que acrescentar mais qualquer coisinha sobre o assunto - diz o Querido Manha no Record que avaliar foras de jogo é uma tarefa simples, bastando para tanto conhecer a regra do 1,2,3 - posição, interferência e não sei mais o quê! Concluindo assim pela legalidade dos golos de Cardoso e Ramires! Neste último, a posição (segundo Manha) foi legalizada pela tentativa de corte do Pelé. E eu que pensava que um jogador que estava em fora de jogo antes do cruzamento não podia tirar partido dessa posição! Aliás, noutro jornal, outro indefectível lampião, contraria a tese do Querido e afirma que o golo é irregular. Mas não deixa de salientar que são jogadas 'dificílimas' de analisar! Quando o réu é o Benfica, digo eu. O Cruz dos Santos também acha que houve falta do Mano e que este devia ter sido expulso duas vezes! Para doirar a pílula, uma leve repreensão ao David Luiz.
Mas voltando ao Querido Manha, este insurge-se contra a polémica (!) entretanto gerada pela (falsa) goleada e pôe em causa a linha virtual tecnológica do fora de jogo! Levanta inclusivé a suspeita de manipulação! Também eu, mas pelas razões inversas.
Tudo dito sobre a falsa goleada, despedi-me do café com a seguinte pergunta: - o que é que vocês vão fazer quando já não houver belenenses?! Vão jogar contra quem?! Vão ganhar a quem?! Ou estão a pensar num torneio triangular para substituir o campeonato?!
E fui-me embora sem resposta.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Assim não dá

Um meio campo inexistente, que joga a trote, que não recupera defensivamente, que nas transições ofensivas não sabe segurar a bola para permitir que o resto da equipa suba no terreno, com um meio campo assim, perante equipas rápidas e acutilantes, a goleada é uma questão de tempo. Foi o que aconteceu. Aliás, contam-se por uma mão os jogadores do Belenenses que jogaram ao mesmo ritmo do adversário! Não estou a falar de perfomance técnica, estou a falar de velocidade, de ginástica!
Atentemos no primeiro golo, que ocorreu logo aos cinco minutos de jogo: - aquilo parecia a brigada do reumático a correr atrás do Saviola!
A perder, sem argumentos para pressionar o Benfica no seu meio campo, limitámo-nos aos lançamentos compridos para os desamparados Freddy e Yontcha, jogadas naturalmente condenadas ao insucesso.
Mas a verdade é que o score não se alterou até ao intervalo, pese as investidas encarnadas pelo flanco direito, que iam dando muito trabalho ao jovem André Pires, quase sempre apanhado entre dois adversários, uma vez que Zé Pedro não recuperava defensivamente.
Para a segunda parte, João Carlos Pereira fez a primeira alteração e deu-se mal - saiu André Pires (dos poucos que apesar de tudo corria) para dar entrada a Lima, que foi encostar-se ao flanco esquerdo na tentativa de alargar a nossa frente de ataque. Porém, isto obrigou ao recuo de Barge para defesa esquerdo, Barge que dava alguma luta ao meio campo encarnado e ainda auxiliava Mano na marcação a Di Maria. Desfez-se assim um equilíbrio que ía aguentando a nau azul pelo menos a boiar.
Saíram depois Celestino (lento e sem ideias) e Gomez (pesadíssimo e a ficar ligado ao lance do primeiro golo) para entrarem Pelé (muito desinspirado) e Filipe Bastos (que tirando um remate, não se deu por ele). Substituições que também não resultaram. A equipa baralhou-se e perdeu-se em individualismos inúteis. As recuperações defensivas continuavam a falhar e a darem golos ao Benfica. Foi assim no segundo e quarto golos, que apesar de terem sido obtidos em fora de jogo, ilustram o completo desnorte de todo o sistema defensivo, com o adversário a aparecer em superioridade numérica e em condições de alvejar facilmente a baliza de Nelson.
O terceiro golo, marcado por Javi Garcia (com o ombro) a saltar entre Diakité e Pelé, resultou de um livre mal assinalado por Olegário Benquerença, já que se tratou de um lance dividido e em que Mano toca primeiro na bola. Mas independentemente da irregularidade destes lances, a sensação que fica é triste – o Belenenses nunca revelou argumentos para discutir a partida. Se quisermos sintetizar tudo numa frase, podemos dizer que o Benfica passeou no Restelo.
Isto é que me preocupa.
E a bancada dos sócios nunca se há-de encher enquanto o Belenenses não tiver uma equipa digna dos seus pergaminhos.

Saudações azuis.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Sagres aposta no Benfica!

É o que podemos deduzir de um patrocínio quase perpétuo (doze anos de cerveja é muito cerveja) contrato que permitiu pedir quarenta milhões junto da sempre generosa (para alguns) banca semi-nacionalizada, expressão que inclui quase todas as empresas (e instituições) ditas privadas… mas que só sobrevivem ao colo do estado. Dos impostos de todos nós, entenda-se.
Quarenta milhões de euros para comprar jogadores!
Mas deixando a política de lado, constatamos que a Sagres também patrocina a primeira Liga, que aliás leva o seu nome!
Conflito de interesses?! Nem por sombras. Pensem como eu – à Sagres interessa-lhe que a Liga seja um êxito e a Liga só será um êxito se o Benfica ganhar.

Mudando de agulha, analisemos o grande argumento estatizante da estatizante Santa Casa, que de Santa guarda apenas o nome: - diz ela, que a entrada em cena de (outras) agências de apostas, no caso a Betclick, pode provocar o aumento da criminalidade (argumento genial!) e a possibilidade de manipulação de resultados, pelo facto de patrocinar vários clubes na mesma Liga.
Não digo que não haja este risco, mas não vejo qual a diferença em relação à duplicidade do patrocínio da Sagres!
Nem, noutro plano, à consabida e autorizada presença da Olivedesportos nas várias sad’s!
Só se é por causa do encarnado!

Saudações azuis.

terça-feira, setembro 08, 2009

Um dia como os outros

As Misericórdias, instituídas pela Rainha Dona Leonor no século XV, pertenciam à sociedade civil e regulavam-se pelas 14 normas da caridade cristã. Assim prosseguiam os seus fins de assistência social, fins que justificavam algumas prerrogativas que a comunidade reconhecia e aceitava com naturalidade. A exclusividade da lotaria e outros jogos é uma dessas prerrogativas.
Porém, a justificação começa enviesar-se quando o Estado, socializante e anti-religioso resolve apropriar-se (para seu proveito e glória) daquelas irmandades. Uma primeira tentativa no século XIX e finalmente a consumação do acto em Abril de 1974.
Portanto, hoje, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é uma organização laica, dirigida pelo Estado laico, e duvido que continue a regular-se pelas 14 normas da caridade.
Por isso também, já não fazem sentido as prerrogativas que possui (monopólio do jogo, por exemplo) uma vez que é sempre suspeito, alguém (neste caso o Estado) atribuir prerrogativas a si próprio!
Já bem basta o que basta.

Saudações azuis.

Adenda: As 14 normas da caridade cristã são as seguintes:

(As sete obras corporais)

1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.

(As sete obras espirituais)

1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os tristes.
5. Perdoar as injúrias.
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Já não há matraquilhos azuis…

É o segundo postal reticente em menos de uma semana o que pode querer dizer alguma coisa! Até eu me surpreendo! A verdade é que já não existem matraquilhos azuis, equipados ‘à belenenses’, com um ‘Matateu’ a avançado centro - bonecos pintados de azul celeste, que já no meu tempo contrastavam com a maioria verde e encarnada. Como é longa e inexorável a decadência!
E o que se vê hoje em dia?!
Um clube espartilhado pelas modalidades, com adeptos do museu e de museu, que invectivam o silêncio de velhos associados, silêncio que é a única resposta possível face ao desbarato visível, adeptos singulares, que num dia berram contra a vinda do Adu e no dia seguinte já se propõem visitar os Estados Unidos à conta do Adu!
Não há quem entenda este clube, que cada vez percebe menos de futebol, cujas direcções provêm quase sempre das ditas modalidades (ou das obras!), um clube que se lamenta de não ter gente no estádio, ou nas deslocações fora de casa, depois de anos e anos de derrotas, de desilusões, de descomando e pouca vergonha, um clube, enfim, que não compreende o que lhe está a acontecer.
Um postal pessimista que procura manter alguma esperança, porque os tempos são outros e trazem sempre oportunidades, mas é um postal que sabe que nenhum dos problemas estruturais do Clube foi ainda enfrentado, quanto mais resolvido.
Fica para o fim o pedido mais urgente – que o próximo jogo no Restelo seja uma redenção. A vitória, e não concebo que se jogue para outro resultado, seria uma boa oportunidade para a esperança.

Saudações azuis.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Como ía dizendo…

Assisti à vitória contra a Naval, vi os minutos finais do jogo de Braga, soube das novidades pelos jornais, e tudo junto, misturado e amassado, o que ficou na retina foi a arrancada de Pelé pedreira acima, só travada (em falta) pelo ‘amarelado’ Vandinho.
Na semana passada tinha sido o drible do Freddy (no Restelo) e a peitaça do Yontcha para o golo inaugural! São estas as recordações que me fazem sonhar, como acredito que façam sonhar muitos belenenses.
E a propósito do Pelé, li com atenção um comentário anónimo sobre a ‘posição 6’ – os nomes que eles inventam – e gostei da análise! A leveza e agilidade de Pelé, a rodar, a virar o jogo para a frente, (sempre rodeado de adversários), em contraste com a lentidão e o peso de Gomez (Gavilan)! Lembro-me que me fartei de berrar no Restelo para o homem se despachar, para deixar de atrasar sistematicamente a bola, como se não tivesse outra ideia na cabeça. Este Gavilan, quando chegou, era alto e fininho, agora parece pesar toneladas! Salta à bola com os adversários, e cai. Estica-se na tentativa de desarme, e fica-se. No segundo golo do Braga, perde a posição e demora tempo a reagir. É certo que não vi o jogo, mas estranhei a nota alta que lhe deram! Talvez pelo espírito de luta!
Na minha opinião, precisa de abater alguns quilos e pensar (e agir) mais rápido.
Não estou a embirrar com o Gavilan, estou apenas a preocupar-me com as transições ofensivas e com as recuperações defensivas.
Mas existe outro problema na equipa – o resto do meio campo. Porque continuo convencido que é quase sempre no meio campo que se decidem os jogos. E neste aspecto não estamos especialmente bem servidos.
Escrevi em tempos que era importante conhecer o verdadeiro valor do Ivan, e mantenho. Quando ele entrou, ao fim, no jogo contra a Naval, um adepto que estava à minha frente, ficou fora de si e gritava a plenos pulmões na direcção do treinador – ‘tira o Ivan que ele não joga nada’! Eu fiquei preocupado (nunca o tinha visto jogar) mas tirando alguma lentidão ou falta de ritmo, pareceu-me ter bons pés, sabia segurar a bola e nunca a perdeu para nenhum adversário. Até meteu um golo! Escusado será dizer que o nosso adepto anti-Ivan entrou em confusão, virou-se inclusivamente para trás, na tentativa de explicar o inexplicável… e ouviu a sugestão que merecia - algumas flexões como experiência educativa, ou em alternativa, duas voltas à pista de atletismo.
Mas ainda assim, será Ivan o tal nº 10 (lá estou eu a usar as novas tecnologias) que precisamos?!
Um assunto a rever.

Saudações azuis.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Leixões 0 - Belenenses 0

Terminou empatado o primeiro desafio do campeonato. Não tive oportunidade de ver o jogo, não consegui ouvir qualquer relato, mas segundo alguns comentários que li parece que a rapaziada se portou bem em Matosinhos, prometendo uma época tranquila e com bom futebol.
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Saudações azuis.

terça-feira, agosto 11, 2009

Liedson na selecção – o império do calculismo!

Quem me conhece sabe que aspiro ao quinto império, ou se não for possível, aos seus arredores. Português, para mim, são todos os que se deixaram tocar pela aventura da descoberta, sejam malaios ou abexins, falem ou não a língua de Camões, e se não falarem, mais os valorizo, porque nem do idioma (oficial) precisam para se sentirem portugueses!
Neste sentido, a selecção portuguesa de futebol pode recrutar candidatos no mundo inteiro.
O que não é bonito, porque desmente todos os princípios atrás enunciados, é o calculismo de uns e a segunda escolha de outros!
Calculismo da nossa Federação que não olha a meios para recrutar um goleador, não se importando, com isso, de subverter o espírito da selecção! E a prazo, transformar a competição (entre selecções) numa farsa!
Segunda escolha de outros, porque se Liedson tivesse hipóteses de jogar na selecção brasileira, dificilmente optaria pela selecção portuguesa.
Eu sei que já houve precedentes, mas um erro repetido, não deixa de ser um erro.

Saudações desportivas

domingo, agosto 09, 2009

Apresentação agradável

Uma festa simples mas digna, alguns décibeis a mais, amenizados com o balanço da kizomba, futebol vistoso, jovens cheios de talento, um Belenenses que promete. A equipa angolana do Recreativo de Libolo, convidada de honra, deu boa réplica, mas o jogo terminou com a vitória azul por duas bolas a uma. Freddy marcou os dois golos do Belenenses.
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.Equipa inicial - Nelson; Mano, Arroz, Diakité e André Pires; Pelé, Barge, Zé Pedro e Celestino; Freddy e Igor.
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Resultado ao intervalo: Belenenses 1 - Rec. Libolo 0. Golo de Freddy.
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No início da segunda parte apenas uma substituição - saíu Pelé, entrou Fellipe Bastos, Mano passou a jogar a trinco e Barge recuou para defesa direito.
A partir dos vinte minutos do segundo tempo, já com o resultado em 2-0 (novo golo de Freddy), recomeçaram as substituições e dos jogadores apresentados, só não entraram Yontcha (tocado) Cândido Costa e Adolfo, terceiro guarda-redes.
Jogadores que jogaram os noventa minutos: - Diakité e Barge;
. O Recreativo de Libolo reduziu já perto do fim.
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. Comentário:
.Vamos imaginar que eu era um espectador a léguas das polémicas que entretém as caixas de comentários! Que era a primeira vez que via jogar esta equipa do Belenenses! E a pergunta era - o que achou da equipa! Quais os seus pontos fortes e fracos!
Pois bem, admitindo que o Recreativo de Libolo é um teste fiável, uma vez que se trata de uma equipa bem orientada , posicionada em lugar de destaque no campeonato angolano, eu diria o seguinte:
. que a jovem equipa azul se portou muito bem, com uma boa dinâmica de jogo, desmarcações a propósito, faltando por vezes uma referência no ataque. Em termos defensivos, talvez porque o Libolo tenha canalizado o ataque pelo seu flanco direito, o nosso sistema defensivo revelou-se mais permeável pelo lado esquerdo.
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. Algumas referências individuais:
.Nelson, pela serenidade e confiança que transmite à defesa;
.Pelé, um jogador que não engana;
.Freddy, o melhor em campo;
. Celestino, em melhoria de forma;
. Fellipe Bastos, importante nas transições;
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.E agora, que venha o Leixões.
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.Saudações azuis.

sábado, agosto 08, 2009

Evolução na continuidade!

A entrevista, três meses de presidência, o discurso recorrente, os cofres vazios, o futuro hipotecado, ‘atados de pés e mãos’!
As parcerias falharam, o general não apareceu, ainda assim conseguimos reunir 1,3 milhões de euros para inscrever a equipa na Liga Sagres!
O passivo do clube e da SAD - ‘segundo as estimativas que temos, poderá rondar os 12 milhões de euros…’! ‘O problema não é deste ano, é uma questão estrutural…’!
‘O volume de dívidas (na SAD) é tão grande que as verbas que vão surgindo são rápidamente absorvidas pelos pagamentos dos compromissos fiscais e de segurança social, dos salários e aos fornecedores…’!
Sobre os recentes encaixes…‘os 500 mil euros que vão entrar pela venda do Júlio César, vão ser utilizados nas prioridades que temos, sendo que nos abre possibilidades de reforçar a nossa equipa de futebol’!
.Emprestados pelos grandes - 'estamos abertos a isso mas queremos privilegiar as nossas escolas de formação...'. 'Quanto ao FC Porto, mantemos o diálogo, mas acabou por não ser possível a cedência dos jogadores nos quais demonstrámos interesse, como por exemplo, o João Paulo e o Varela'!
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Entre tanta despesa para tão pouca receita, uma tímida ameaça – ‘se for necessário não hesitarei em acabar com alguma modalidade’!
Promessas para o futuro – ‘penso estar no bom caminho, e quando terminar o meu mandato, daqui a dois anos, muitas coisas terão mudado para melhor’!
A entrevista poderia ter ficado por aqui mas Viana de Carvalho ainda achou útil falar nas ‘comemorações dos 90 anos’: - mais um prémio (!) e a inevitável mascote!

Fonte: Jornal Record.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Recomeçar

Eu quero um clube dirigido de cima para baixo, por quem foi eleito para tal, um clube onde todos os sócios sejam iguais face aos Estatutos. Um clube a recomeçar do zero, do zero onde estamos, do zero onde nos colocaram toda uma série de factos e factores que já nem interessa relembrar ou discutir, porque foram tantos os erros e tantos os implicados que os poucos sócios que restam não poderiam, mesmo que quisessem, arcar com as culpas! Nem esse julgamento serviria para nos retirar do zero que padecemos.
Um clube centrado no futebol, sem modalidades, sem claques, sem núcleos, que nem sei o que seja, sem heróis e heroínas a quem tenhamos de render permanente homenagem, ou ficarmos eternamente gratos pelo zero a que chegámos.
Respeitaremos os Fundadores. O símbolo é a Cruz de Cristo e ponto final. Do passado, que nos sirva de guia o último campeonato que ganhámos. Já que as taças de Portugal (exceptuando a primeira) foram momentos felizes mas passageiros. O resto é para esquecer.
Eu quero, em suma, um clube democrático, com todas as contingências que a palavra (e a ideia) possa ter sofrido. Com os órgãos legítimos, sem invenções, sem o ‘assembleísmo permanente’, que é a doença da democracia.
A Direcção que governe como entender, sem comprometer o património que recebeu (e para fiscalizar existe um órgão próprio) e será julgada no fim do mandato. Terá de ser assim, porque quem vota são sócios, e a direcção (qualquer que seja) é o resultado dessa vontade.
Reconstruamos um clube onde caibam todos os belenenses, onde todos se possam expressar livremente, mas sem pôr em causa os direitos dos outros.
E que haja diálogo aberto, franco, sem constrangimentos ou tabus, para isso serve o convívio associativo, servem os blogues, cada qual com as suas características, porque não existem duas coisas iguais neste mundo.
E, claro, sempre haverá espaço para a intriga, é humano, a velha oliveira foi arrancada, mas não a má-língua.

Saudações azuis.