sexta-feira, dezembro 16, 2011

As vitórias dão dinheiro

Quando se trata de jogo, a única fonte de receita fiável são as vitórias. Por muito que se poupe nisto e naquilo, nem que venha o melhor gestor do planeta, não havendo vitórias no campo, qualquer clube de futebol entra em crise e só de lá sai quando voltar a ganhar. Esta é uma lei inflexível a que nem o azar de uma bola na trave, ou um penalty falhado, conseguem pôr termo. Vou mais longe, pode um clube estar completamente falido, pode não ter campo, os equipamentos serem emprestados, mas se comandar a respectiva Liga, se a equipa continuar a ganhar, haverá sempre uma solução para a crise. O público acorre, os credores confiam, a comunicação social enaltece. E dentro do clube, o obreiro de tais vitórias, há-de saber manter o grupo unido e mobilizado.
Isto vem a propósito do Belenenses, clube que se habituou a sobreviver sem ter a necessidade de ganhar no campo, bastava-lhe a receita do Bingo, e com essa receita (e com essa mentalidade) transformou-se num coito de actividades/modalidades não lucrativas, e respectivo cortejo de colaboradores. Um cenário completamente desligado da realidade do que foi o Clube de Futebol ‘Os Belenenses’… quando ganhava. Aliás, o Belenenses parece ter hoje os mesmos problemas que o Estado português, é gordo em lugar de ser forte. E essa gordura não sai fácilmente. E a força só se adquire com as vitórias. Ora aqui está um dilema, e um contributo para a próxima AG.

Saudações azuis

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Apoiar o quê?!

Eu também acho boa ideia reunir a tribo azul, ou melhor, as várias (e minúsculas) tribos, que somadas e subtraídas, compõem o que é hoje o Belenenses. Seria uma espécie de ‘assembleia afegã’, com imensos chefes e poucos súbditos, todos sentados na areia do deserto a dar palpites sobre uma coisa que entra pelos olhos dentro, a saber: - a actual equipa do Belenenses dificilmente escapará a mais uma descida de divisão. E o maior problema é que houve (e há) gente que acredita no contrário, ou seja, acredita que é possível subir de divisão! E se por fim pensarmos que estamos a falar de pessoas com capacidade de decisão dentro do clube, então o cenário torna-se ainda menos azul.
Não se trata de dizer mal, eu também vi o jogo na televisão, as virtudes e os defeitos estão lá e não mudam: – a equipa é ingénua, não tem mordente, não tem uma referência dentro de campo, parece sempre mais cansada que o adversário, e se é verdade que muitas vezes equilibra o jogo, ou ganha algum ascendente territorial, trata-se de um falso equilíbrio, pois de repente sofre golos inexplicáveis e passa a vida a correr atrás do prejuizo.
Não vou ‘bater mais no ceguinho’ porque senão ainda me convidam para treinar a equipa, e eu não sou capaz. E não sou capaz (ninguém é capaz) porque o clube adquiriu uma doença terrível, a doença dos vencidos, dos resignados. Falta alma ao Belenenses. E claro, alguém (com ratice) que perceba e domine (um bocadinho) este futebol lusitano.

Saudações azuis muito desmaiadas

terça-feira, dezembro 06, 2011

Já vi este filme

Mota engendrou uma táctica que bloqueou o ataque leonino, os jogadores (durante a primeira parte) cumpriram, e existiram até dois ou três momentos que poderiam ter mudado a história desta eliminatória. Simplesmente, o Belenenses como tem sido notório na Liga Orangina, não consegue marcar golos. E sem marcar golos as equipas afundam-se na tabela e nos jogos a eliminar acabam também por ser afastadas. Curioso que o Sporting, acabou por resolver o desafio em contra ataque, com a diferença que nessa primeira ocasião de que dispôs, não falhou.


E pouco há para acrescentar, a não ser duas ou três curiosidades: - a certa altura entrou na equipa do Sporting o miúdo André Martins e eu lembrei-me que na altura em que esteve emprestado ao Belenenses era pouco utilizado acabando por regressar a Alvalade. Porquê?! Porque tem pés e sabe meter as bolas?! Outra curiosidade, que me irrita solenemente, é o Miguel Rosa armado em Hulk! Quase ao fim, houve um livre a favor do Belenenses, um livre que pedia um pé esquerdo.Mas não, lá foi o Miguel Rosa marcar o livre com o seu pé direito! Para quê?! Porquê?!


Enfim, fiquemos por aqui. Eu já vi este filme tantas vezes...


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Saudações azuis

segunda-feira, novembro 28, 2011

Que raio de fado!

Um estádio grande de mais para o público presente, uma equipa pequena demais para o estádio presente, adversários poderosos demais para um futebolzinho impotente. Aliás estou convencido que se estivéssemos na divisão inferior também estaríamos a lutar para não descer! E assim sucessivamente. Dizer mal é fácil, difícil mesmo, é ir ao estádio ver aquilo. Uma novidade, não havia luz nas casas de banho, provávelmente para desincentivar o público das primeiras necessidades, porque a maior necessidade ainda está para vir. Passando ao futebol (não) jogado, uma coisa que não percebo, ou percebo, tem a ver com as aquisições para esta época: - não jogam e os que jogam, jogam cada vez menos, e daqui resulta que o Belenenses está reduzido aos seus ex-juniores, o que é louvável, mas bastante perigoso em termos classificativos. Digo isto porque as equipas que defrontamos me parecem muito mais adultas e com outra ratice, que como sabemos são condições indispensáveis para singrar na Liga de Honra.



Adiante, gostei novamente do Zázá e foi pena ter sido substituído, pois admito que poderia estar naquele flanco direito o segredo para a reviravolta. Mas saíu, o Duarte Machado regressou ao seu lugar e quem entrou para o lado esquerdo foi o Sidnei, bom rapaz mas que também não tem pé esquerdo, logo, cruzamentos é mentira.



O guarda- redes Coelho safou algumas bolas de golo, o Camará falhou algumas bolas de golo e o Miguel Rosa está em toda a parte menos no sítio onde deveria estar, ou seja, perto da baliza adversária.



Fim do jogo, assobios merecidos perante tanta pasmaceira, e para a semana há mais. Espero que não seja mais do mesmo.



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Saudações azuis

segunda-feira, novembro 21, 2011

Janelas que se fecham, persianas que se abrem!

Esta Taça de Portugal de futebol, para quem gosta de se pôr a adivinhar, parece revelar uma fotografia do futuro. Desde logo a queda dos principais clubes do norte, até há pouco dominantes, porque apoiados numa economia mais produtiva, mas actualmente em crise. As empresas fecham, o desemprego aumenta, as autarquias estão sem dinheiro, e assim impossibilitadas de apoiar as colectividades das respectivas regiões. Tudo se conjugando para um inevitável empobrecimento. Enquanto isto, a sul, as coisas não mudam tanto. Com uma estrutura sócio-produtiva muito dependente do estado, continua a viver-se mais ou menos da mesma maneira, confirmando uma velha regra da economia - em alturas de crise os que produzem baixam de nível e são ultrapassados pelos que mantém uma renda fixa. Renda fixa, registe-se, proveniente de dinheiro emprestado pelo estrangeiro.
Acresce que o caldo de cultura centralista, fortemente enraizado no cérebro indígena, aproveita todas as oportunidades para se reforçar, reforçando a ajuda aos clubes do regime, ou seja, ao casalinho verde rubro. A comprová-lo basta ver ou ler a comunicação social.
Portanto, tudo se encaminha para uma suave sucessão republicana, e desta vez nem será necessária nenhuma demonstração de força atendendo ao grau de dependência exterior a que chegámos. Basta que o ministro das finanças (e de Bruxelas) diga o que paga e a quem paga e ponto final. É a quarta república a começar a dar as suas ordens. São os partidos únicos a serem exigidos pelos mais jovens! É o Atlético (que não tem nada a ver com este filme) a comandar a Liga de Honra! É o facto de, acima de Coimbra, já não haver nenhum clube da primeira Liga nos oitavos de final da Taça.
Convenhamos que são muitos sinais.

Saudações azuis

segunda-feira, novembro 07, 2011

Sessenta milhões de chineses!

Um lampião a sonhar é pior que dois lagartos a delirar e muito pior que três andrades a chorar! Ao lampião já não lhe chega o orçamento de estado, o orçamento da Câmara, o perdão da dívida, quer mais, quer mais dinheiro da televisão, mesmo que para isso tenha que jogar de madrugada, sim, porque o dinheirinho é tudo na vida! Pois bem, entusiasmado com a sua actual condição de clube mais ibérico de Portugal (ironias do destino e da propaganda republicana) o lampião olha com inveja para o Real Madrid e já se imagina a jogar para a diáspora, para os PALOP, seja a que horas for, e com cachets a condizer. Quem sabe se não será serviço público de televisão, com direito a hino e içar da bandeira?! Tudo é possível neste sítio à beira mar plantado. Pelo menos até ao dia em que os adversários se revoltem e lhe expliquem que ninguém joga sozinho e exijam a metade dos… sessenta milhões de chineses!
Já gora e por curiosidade gostava de saber duas coisas: - em primeiro lugar quanto é que lucrou o Real Madrid e quanto é lucrou o Osasuna; em segundo lugar, se os adeptos de um e outro clube gostaram do novo horário dos jogos!

Saudações ‘desportivas’

quinta-feira, novembro 03, 2011

Pão e circo republicano...

O futebol não conta para os apertos de cinto, não conta para os sacrifícios, ou talvez conte mas apenas para aqueles clubes que não recebem do orçamento de estado, ou vamos lá, porque todos acabam por receber, para os que recebem pouco. Pelo contrário os que recebem muito (eu quando escrevia assíduamente até lhes chamava 'clubes do estado'), para esses, não há dieta, a folha salarial do respectivo plantel é de clube de país rico, repleto de internacionais brasileiros, etc., e com toda a gente a achar isso perfeitamente normal! Vou mais longe, o estado de intoxicação é tão grande que mesmo aqueles que vão ficar sem subsídio de férias e Natal no próximo ano, não lhes passa pela cabeça questionar o escândalo nacional que é este futebol milionário em terra de tesos! Bem dir-me-ão que o futebol é tão bem gerido, tão bem gerido, que consegue resultados enquanto os patrocinadores, estilo Caixa Geral de Depósitos, BES, PT, andam de mão estendida à espera dos empréstimos da troika!!! É aí que eu não acredito, e é aí que me apetece pensar que merecia viver num país com outro regime. Um país onde não houvesse necessidade de distribuir tanto pão e tanto circo para que a população ande iludida mas contentinha.



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Saudações azuis

sexta-feira, outubro 21, 2011

Eleições

Eu prezo a estabilidade, seja onde for, numa associação recreativa, num clube de futebol, no País. Penso inclusivé que nos clubes de futebol essa estabilidade directiva é essencial, ainda para mais em tempos de crise geral como a que vivemos. Dir-se-á que a estabilidade só por si não é suficiente, será preciso ter um rumo, e capacidades para lá chegar. Sem dúvida, mas o que sabemos de ciência exacta é que as sucessivas eleições apenas produziram crise a somar à crise, com as habituais acusações ao passado. Em suma, uma instabilidade constante, onde não é possível construir nada de duradouro. Por isso, repito, eu que prezo a estabilidade, irei votar na continuidade... de uma politica de rotura com o passado recente! Parece um paradoxo, mas se pensarmos bem, não é.


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Saudações azuis

segunda-feira, outubro 10, 2011

Eliseu, etc e tal…

Rompendo um longo silêncio venho a terreiro escrever qualquer coisa que ainda me lembre o Belenenses. Por exemplo, a incapacidade para tirar partido daquilo que temos, daquilo que se construiu, seja em que modalidade for, seja em que sector for. Mete dó. O elenco é vasto pois todos os dias aparecem (na televisão) atletas que já jogaram no Belenenses e são hoje cabeça de cartaz em casa alheia, sejam antigos rivais ou não. O caso de Eliseu é sintomático, desprezado no Belenenses, foi atirado borda fora por qualquer motivo fútil e é hoje um jogador feito e cobiçado. Mas temos o Rolando, o Ruben Amorim, o Baiano (um dos pernas de pau, lembram-se!) e temos a equipa toda de futsal do Sporting, campeão nacional, e temos o guarda-redes Marcão no Benfica, fora o resto, o que quer dizer que não vale a pena ter modalidades para sustentar as modalidades dos supostos rivais. Só se for por masoquismo! Ainda por cima sem ganhar um tostão… pelo frete!
É claro que tudo isto revela a ausência de um projecto credível para o clube, situação que se arrasta há longos anos, através de direcções incapazes de mudar o rumo dos acontecimentos. E a saga continua. Bem, dir-se-á que esta direcção recebeu uma pesada herança, e que só existem dívidas. Será verdade, mas esse será por certo o discurso da próxima direcção e daqui não saímos enquanto não aparecer alguém não apenas com projectos mas com dinheiro para os levar à prática. Dinheiro que é fonte de força para afastar de vez os empecilhos que é coisa que não falta no Restelo. Se não for assim, a cepa torta vai continuar.
Portanto, não vale a pena aparecerem candidaturas, ainda para mais cromos repetidos, se não trouxerem dinheiro, muito dinheiro, para inverter o plano inclinado em que gravitamos. Não sendo assim, o melhor é ficarem em casa como eu. Entretidos a ver o Eliseu na televisão.

Saudações azuis

segunda-feira, setembro 05, 2011

Zero a zero

Um Belenenses diferente, com um trinco apenas e uma série de avançados, todos semelhantes, à espera de receberem bolas jogáveis, o que raramente aconteceu. A bola viajava por alto e Camará repetia o filme trapalhão da época passada. Miguel Rosa não existia, Valdir também não. O Aves, em superioridade numérica no meio campo, manobrava o jogo e só teve que se preocupar com as bolas paradas. Dois ou três cantos foram as jogadas mais perigosas na primeira parte. É curto.
No segundo tempo, idem, salvo nos últimos minutos, em que nos instalámos no meio campo adversário, mas nunca saberemos se foram eles que recuaram ostensivamente ou se fomos nós que conquistámos terreno! Vou mais pela primeira hipótese.
Assim, com futebol ‘tipo distrital’, será difícil marcarmos em casa. Talvez fora, quem sabe.
Breve análise individual:
- Ferreira jogou excessivamente recuado, pareceu-me mais lento e menos concentrado. Seria preferível jogar com mais um trinco possibilitando o adiantamento de Ferreira, de forma a aproveitarmos o seu sentido de passe. Aliás, se tivéssemos jogado com mais peso no meio campo, teria sido possível fazer subir os laterais, especialmente Zaza, uma promessa, que espero não tenham posto a jogar sem acautelar primeiro os direitos do Clube em futura e inevitável transferência.
- Coelho também esteve bem, o mesmo acontecendo com Victor Lemos, embora mais intermitente. Melhora no lado direito mas tem que treinar o passe. O passe é a grande pecha da equipa, e a ideia que dá é que quando recebem a bola a primeira coisa que pensam é em driblar, e só depois levantam a cabeça. Deveria ser ao contrário, ou seja, o drible em última análise, primeiro há que passar a bola ao companheiro melhor colocado para dar seguimento ao lance. O objectivo final, será marcar golo, naturalmente. Repito isto porque os golos tardam no Restelo. E marcar de cabeça vai ser mais difícil pela simples razão que não temos grandes cabeceadores na linha avançada. Nada de desânimos, vamos melhorar concerteza.
No próximo fim-de-semana há mais.

Saudações azuis

domingo, agosto 21, 2011

Mais Ferreira e menos Ferreira!

Com os ventos desnorteados e o tempo a ameaçar ciclone, assistimos (ainda assim) a um jogo interessante no Restelo. Gostei mais da primeira parte, houve mais futebol, houve mais Ferreira. Pelo contrário, na etapa complementar preferiu-se o futebol directo, a bola não circulava pelo meio campo e o jogo perdeu clareza. Foi altura de me enervar, as más recepções tornaram-se frequentes, surgiram também alguns individualismos escusados (à atenção de Miguel Rosa, armado em faz tudo, como por exemplo marcar cantos do lado direito com aquela ventosga!) e por isto ou por aquilo as oportunidades perdiam-se inglóriamente. Cruzamentos houve muitos, mas nós não temos cabeceadores (puros) naquele ataque. E o Atlético que se fechou sempre bem, resolveu apertar no final do jogo e ganhou uma série de cantos que poderiam ter causado perigo. Num jogo onde desfrutámos de poucas oportunidades de golo, terá ficado uma grande penalidade por marcar a nosso favor, falta sobre Waldir, quando o desafio já se encaminhava para o fim. De resto, e que me lembre, o Atlético também não dispôs de grandes oportunidades, a não ser num alívio infeliz de Ferreira, ainda na primeira parte, com a bola (empurrada pelo vento) a beijar o poste direito da nossa baliza.
Em resumo, um jogo em que tivemos ascendente claro durante a primeira parte, mas que não conseguimos materializar em oportunidades de golo. Na segunda parte e como já referi houve mais equilíbrio pelo que o empate não escandaliza.

Figuras e factos relevantes:

- O árbitro Olegário Benquerença errou ao não assinalar uma grande penalidade a nosso favor. A contrastar com a largueza de critério que revelou naquele lance, foi excessivamente rigoroso noutros, o que passa por ser uma característica dos árbitros portugueses.




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A nossa equipa:
- Gostei da exibição da dupla de centrais especialmente Pedro Ribeiro que teve que se haver com um calmeirão do Atlético; os laterais não destoaram, e pode dizer-se que Pires esteve mais calmo e menos precipitado; na linha média existe Ferreira que dá o tom e o risco ao futebol azul e quando não dá, porque se esconde do jogo, ou porque a bola viaja por alto da defesa para a frente de ataque, a equipa ressente-se, perde clareza e intencionalidade; depois existem os dois Victor – Lemos e Silva – um mais recuado, o Silva, com um bom pontapé de meia distância, mas ontem pouco influente no jogo; e existe o Lemos, esquerdino, que tinha deixado excelente impressão, e que desta vez escorregou muito, e acabou por ser inconsequente; no ataque, onde pontificam Miguel Rosa e Camará, afinal a dupla do ano passado, registamos as mesmas virtudes e os mesmos defeitos: - Rosa é perigoso, mas agarra-se muito à bola e pensa pouco no colectivo; Camará aguenta bem as cargas dos adversários na recepção às bolas altas, mas quando se vira ainda ainda está verde. Acresce que continuamos sem cabeceadores puros. E com tantos cruzamentos… não sei! Falta falar de Sidnei onde se notou muito a falta de pé esquerdo, especialmente na hora de decidir se vai ladear ou centrar; os últimos são os primeiros – apesar de baixote, o guarda-redes Coelho esteve bem e não comprometeu.

Resultado final: Belenenses 0 – Atlético 0

segunda-feira, agosto 08, 2011

Vitória no Restelo!

Cinco a três, uma fartura de golos! E ainda falhámos um penalty! Há quanto tempo não criávamos tantas oportunidades de golo?! O que é que mudou se os avançados são os mesmos? Bem, eu explico: - o que mudou foi o meio campo. Agora temos um Ferreira que sabe jogar à bola e um esquerdino brasileiro (não me lembro o nome) que sabe dar sequência aos lances. E o médio Victor (que já lá estava o ano passado) completa bem o sector. No ataque, Sidnei, do lado esquerdo, não jogou mal e os dois restantes, Varela e Miguel Rosa fizeram o que sabem fazer. O primeiro, é lutador mas não consegue marcar golos. O segundo agarra-se muito à bola mas é um rato da área! Marcou dois, que me lembre. Quanto à defesa, parece mais arrumada, fruto talvez do novo defesa central que veio do Trofense (eu hoje não me sai um nome!), mas é preciso rever o posicionamento nos passes em profundidade pela zona central. Especialmente na segunda parte (admito que a saída de Ferreira tenha desiquilibrado o sector) demos algumas abébias (que resultaram em golos) que não se podem dar.


E não me adianto mais, porque preciso de mais um ou dois jogos para aquilatar sobre a equipa. Que me pareceu muito melhor que a do ano passado... isso pareceu.


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Resultado final - Belenenses 5 - Leixões 3 (Taça da Liga)




. Saudações azuis.




Provocação: - Então o André Martins foi dispensado, o ano passado não servia, e este ano já o vi jogar na primeira equipa do Sporting?! E se eu falei nisto! O meio campo, lembram-se?!

domingo, maio 29, 2011

Belenenses 0 - Estoril 1

Nova derrota no Restelo, esta para despedida, naquela que terá sido a pior época desportiva de sempre do Clube de Futebol “Os Belenenses”! Haverá imensas justificações para tal ter acontecido, agora o que não pode, é voltar a acontecer.



Saudações azuis

sexta-feira, maio 27, 2011

Não investiguem que não é preciso

O eco de uma nova investigação judiciária entra-me pelos ouvidos, tinge de emoção os escaparates, e eu grito, não, não investiguem mais nada, estejam quietos, não me andem a gastar o (que resta) do dinheiro de todos nós em - denúncias, pistas, escutas, meios de prova, audições, inquéritos, advogados, procuradores, juízes, polícias, fardados, à paisana, quilos de papel (de jornal), toneladas de noticiários televisivos, e o corrupio incessante de jornalistas, de declarações, de desmentidos, mais os processos, os arguidos, as testemunhas, os recursos, os incidentes e as nulidades, para recomeçar tudo de novo… para dar tudo em nada decorrido o tempo necessário!
Há uma lista da república, eu já expliquei isto, uma lista que deve ser consultada antes de qualquer mega operação judiciária. É uma lista elementar, baseada na experiência centenária do regime, lista essa composta por um conjunto de pessoas e instituições inimputáveis, e que não devem ser incomodadas. Porque jamais se sentarão no banco dos réus! A justiça portuguesa tem essa lista, eu por acaso conheço-a, portanto, se quiserem poupar dinheiro ao erário público, consultem a lista, ou perguntem-me. Por exemplo, neste caso dos guarda-redes do Benfica, eu digo já que não vale a pena aprofundar o assunto. Faz parte da lista. Está tudo inocente concerteza. Ainda se fosse algum clube dos regionais, desses que movimentam milhões de euros, então está bem, compreende-se o sentido da investigação. Agora o Benfica… nem pensar. E o Estado ainda se arrisca a ter que pagar uma indemnização por ofensa à honra e ao bom nome. Isto é só um exemplo.


Saudações azuis

segunda-feira, maio 23, 2011

Segundo milagre!

Depois da bonita festa de beatificação da Madre Clara, que decorreu pela manhã no estádio do Restelo, esperava-se outro milagre desta vez na Póvoa de Varzim, onde a nau azul corria o risco de naufrágio! E fosse ou não pela intercessão da Santa, e eu creio que foi, a verdade é que acabou o suplício, vencemos o Varzim adquirindo de imediato o direito desportivo a permanecermos na Liga Orangina. O resto é com a Direcção. E mais não digo, a não ser aquilo que há muito guardo para mim, e a ‘mãe Clara’ (nome por que era conhecida a ilustre franciscana) não há-de levar a mal se disser: – existem alguns sócios e adeptos do Belenenses que já merecem a beatificação ou mesmo a santidade pela Cruz do martírio!

Saudações azuis


Nota Básica: A Madre Clara, fundadora da Ordem franciscana da Imaculada Conceição e agora justamente beatificada construiu, numa época muito difícil, uma obra social de grande envergadura! Sistemáticamente confrontada com um poder político hostil à Igreja (a maçonaria afrancesada que percorreu todo o século dezanove… e percorre os nossos dias) nunca se atemorizou conseguindo fazer chegar a sua ajuda aos mais necessitados. A título de exemplo, relembremos a instituição das ‘cozinhas económicas’ que mataram a fome a muita gente.
Numa época em que tanto se fala de ‘estado social’ convém, de vez em quando, lembrar quem verdadeiramente o construiu e quem o viveu. Mas que nunca se chegou aos microfones para dele se vangloriar!

segunda-feira, maio 16, 2011

Belém, Belém…

Se me dissessem aqui há uns anos que uma vitória em Oliveira de Azeméis era fundamental para manter viva a esperança… eu não acreditava! Mas é verdade, esta terá sido uma das vitórias mais importantes do Belenenses porque ela pode significar a diferença entre haver futuro ou só haver passado. Por isso mesmo, por estes dias, nem quero ouvir falar do passado. Falar muito do passado é sempre um sinal de impotência. Pois bem, quanto ao jogo contra a Oliveirense, ganhámos, marcámos um golo nos descontos finais, mas também soubemos sofrer! Falta mais qualquer coisa, faltam duas finais, e é assim que teremos de encarar os dois últimos jogos.
Nunca fiando, porque o Varzim também joga a permanência. O melhor é ganharmos e ponto final.
Depois… quando estivermos a salvo, falaremos. Mas o Belenenses vai ter que mudar muito.

Resultado final: Oliveirense 0 – Belenenses 1


Saudações azuis

sexta-feira, maio 13, 2011

Afinal...

Quando cheguei ao café que frequento, um encarniçado benfiquista disparou - afinal é tudo mentira! Eu limitei-me a responder - afinal é tudo verdade! E demos o assunto por encerrado. Qual assunto?! Pois não sei, é o país que somos, talvez estivesse a pensar no último debate televisivo, ou nas últimas decisões judiciais! Francamente não sei. O que sei é que finalmente estamos de acordo!




Outra questão similar, mas essa não a discuti com o meu companheiro de bica, tem a ver com a última (ou penúltima) declaração de Gilberto Madaíl. Versava sobre o estádio nacional e a ameaça de que pode fechar portas. Curiosa intervenção, a fazer lembrar Sócrates! Madaíl dá a sensação que nunca cá esteve, que chegou agora de Marte, e só agora reparou que o estádio nacional não é utilizado a não ser para a final da Taça de Portugal. Esqueceu-se que a selecção nunca lá joga! Porque era preciso dar dinheiro aos clubes (e quais são eles, quais são?!) que assim alugam 'os seus estádios do Euro'. Pois é, doutor Gilberto, a vida é feita de opções. Em Inglaterra, como sabe, a selecção joga sempre em Wembley. A diferença de investimento é essa.




E hoje não falo no Belenenses. Não gosto de me repetir.




Saudações azuis

quinta-feira, maio 12, 2011

Revista da semana

Com o Belenenses na situação em que está, e não podendo eu fazer grande coisa para a resolver, nestas circunstâncias dizia eu, não me apetece muito escrever sobre o futebol que se vai jogando por aí, quer nos relvados, quer nas secretarias. Abro hoje uma excepção para comentar duas notícias publicadas esta semana:


A primeira notícia, reveladora do estado em que se encontra o país, diz respeito à anulação de uma decisão judicial que já cumpriu os seus efeitos práticos - castigo de dois anos a Pinto da Costa! Nada de novo, na altura também tive a noção que se tratava de um golpe tentacular para defender os interesses do nacional-benfiquismo contra o regional-portismo, se assim posso expressar-me. A decisão do Tribunal Admnistrativo de Lisboa ainda é passível de recurso mas não acredito que depois do que aconteceu, haja coragem por parte da federação para recorrer seja do que for.


A segunda notícia tem a ver com o estádio nacional e o desencanto manifestado por Gilberto Madaíl sobre o respectivo futuro. Ora bem, este Madaíl parece o Sócrates, quem o ouvir pode pensar que o presidente (quase vitalício) da federação não tem nada a ver com o abandono a que foi votado o estádio nacional! Então não foi para dar dinheiro aos clubes (pelo aluguer dos estádios do Euro) que a selecção deixou de utilizar o Jamor?! Se não foi assim, parece.

Nota básica: Wembley é um estadio valorizado porque a selecção inglesa joga lá... sempre.


Saudações azuis

segunda-feira, maio 09, 2011

Empate perigoso

Mais um empate no Restelo e assim se vai fazendo a nossa vida. É triste, impensável, mas sem vitórias em casa onde vamos nós arranjar os pontos necessários para nos mantermos? E não adianta marcar primeiro porque acabamos (sempre) por sofrer o golito da ordem! Belenenses, Belenenses, quem te viu e quem te vê! Mas já que tem que ser assim, ao menos joguem à bola, sem medo, sem complexos pois quem os tiver não vale a pena alinhar nestes últimos três jogos.




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Alterações que se impôem: - Tiago Gomes no meio campo, estou a repetir-me, mas resolvem-se dois problemas - deixamos de apanhar sustos na defesa e ficamos a contar com um centro campista codicioso, que arranca bem e pode assim descobrir linhas de passe, que é o que não temos para alimentar o ataque. Quem é que vai para defesa esquerdo? O Sidney. se não houver outro. Mas há mais, o Miguel Rosa passa a ser o avançado centro fixo e aqui resolvem-se três problemas: - o rapaz joga de olhos no chão portanto não pode jogar tão recuado; mas tem sentido do golo, uma razão para jogar perto da área adversária; por fim resolve o problema das bolas bombeadas para a frente obrigando-se a equipa a jogar de outra maneira. E não se perde muito com a mudança porque o actual sistema não funciona e os actuais pontas de lança também não têm funcionado. De resto joga o Calé na faixa direita, (hoje, na primeira parte, não jogou mal) e o Elton (que entrou bem na segunda) joga na faixa esquerda. Como vamos jogar fora sai o Celestino e entra o Pelé, que é mais rápido e mais defensivo.




E boa sorte para Oliveira de Azemeis.




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Saudações azuis




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Post-Scriptum: E como é que se evita o golito da ordem? Com concentração, com alma, e com sorte.

segunda-feira, maio 02, 2011

Empate em Barcelos!

Um ponto fora de casa, frente a um dos candidatos à subida acaba por ser um ponto ganho, e deixa uma aberta para o próximo jogo com o Moreirense. Será uma das quatro finais que restam, e porque jogamos no Restelo, só a vitória nos interessa.

Sobre o jogo com o Gil Vicente não posso adiantar muito mais, vi apenas o resumo, a grande penalidade não parece existir, mas atendendo ao número de ocasiões criadas pelos galos de Barcelos o resultado até pode considerar-se feliz.

Mas como disse, este jogo já pertence ao passado, vamos preparar a vitória que nos falta. Depois é só mais um cheirinho...

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Saudações azuis

domingo, abril 17, 2011

Então e o meio campo, Zé Mota?!

Nestas alturas só vale mesmo a pena falar de futebol. Outro caminho, fazer agora o balanço dos culpados, é fugir à realidade, é desviar as atenções para assuntos que não se resolvem dentro de campo, pois é dentro do campo que se vai jogar a permanência ou a despromoção. É lá que se marcam e sofrem os golos. Por isso, começo pelos golos que não se marcam! E vai ser muito difícil marcá-los enquanto insistirmos no futebol directo, uma pecha que se arrasta desde o início da época sem quaisquer resultados práticos. Aliás, o futebol directo só resulta, ou na terceira divisão, com jogadores ‘ratos’ e trafulhas, ou nas equipas de topo com jogadores de classe extra que sabem receber a bola em condições desfavoráveis. Ora o Belenenses não corresponde a nenhuma destas alternativas, pelo menos por enquanto.

Sendo assim há que investir no meio campo, fazer a bola passar por aquela zona, e para isso o treinador terá que ‘descobrir’ (rápidamente) dentro do plantel, jogadores que façam esse serviço. Nem que tenha que desmantelar toda a equipa. É isto… ou a actual situação em que marcar um golo será sempre obra do acaso.

Uma sugestão: - Porque não aproveitar um daqueles laterais, o Tiago Gomes, por exemplo, e colocá-lo no meio campo! O rapaz é um defesa sofrível, não tem velocidade de pernas para longos sprints, perde muito terreno em compita com os extremos contrários, mas é rápido e decidido a arrancar, o que ajuda a criar desequilíbrios, e por consequência, linhas de passe. E até tem um bom pontapé de meia distância! Como disse, é uma sugestão, já que foi grande asneira a dispensa do miúdo Martins, dos poucos centro campistas do plantel. Uma coisa é certa, com a actual forma de jogar, e com o actual meio campo, lento e previsível, será muito difícil construirmos ocasiões de golo. E se alguma aparece, o nervosismo é tal que o mais certo é falharmos.

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Hoje fico-me por aqui, o meu contributo de treinador de bancada está dado. E que mais posso eu fazer?! Não escrever nada?!

Uma hipótese que estou a considerar ao fim de um percurso de seis anos de desilusões. E pelos vistos, de escritos inúteis ou errados. A (impensável) segunda B está à vista, o que a acontecer, marcará o (meu) ponto final.

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Saudações azuis

quarta-feira, abril 13, 2011

Do fundo da alma…

Bem ao fundo vou buscar reservas para escrever qualquer coisa sobre o Belenenses, mas não é fácil. Sobre o futebol, falta qualquer coisa quando jogamos fora de casa! Talvez falte personalidade à equipa, talvez falte um ‘capitão’ dentro de campo, porque fora de campo é o que sabemos. Claro que compreendo, há coisas mais importantes que o Belenenses para governar! Talvez o governo da nação! E logo agora que não precisamos de governo, uma vez que vamos ser governados de fora para dentro!


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Sobre as vendas dos nossos ex-juniores, vendas que se saúdam no caso de serem bons negócios, fica-me sempre uma sensação desagradável de que continuamos fora do negócio do futebol. Ou seja, a parte de leão não é o Belenenses que a come. Se calhar é o meu desconhecimento a falar! Ou o meu pessimismo!


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Sobre as cenas contra os jogadores, a lembrar outras, anteriores, contra a direcção eleita, contra os treinadores contratados, contra os treinos, contra o Janela, contra os árbitros, contra a polícia, contra tudo e contra todos, confesso que já estou um bocadinho farto. Eu sei que há quem veja nisto um sinal de vitalidade do Clube, mas eu não tenho essa opinião. Para mim, a imagem que transparece, repetitiva, é de um clube sem rei nem roque.


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Sobre a ideia de novas eleições, antecipadas, também discordo. As eleições só por si não resolvem nada, antes pelo contrário. Mal acomparado é o mesmo que esperar das próximas eleições legislativas algo de positivo para Portugal. Para além das sobras do FMI os portugueses pouco têm a escolher. E enquanto permanecer a actual constituição… a caminho do socialismo, o país não consegue mudar! Mudar para melhor, evidentemente. Com o Belenenses passa-se precisamente o mesmo, enquanto os Estatutos permitirem que meia dúzia de sócios (sempre os mesmos) decidam (nas chamadas AGs) sobre os destinos de uma colectividade com milhares de adeptos e simpatizantes, não sairemos da cepa torta. Dir-me-ão - é a lei que autoriza tal procedimento. Eu respondo: - pois sim, também foi esta constituição de Abril que autorizou Portugal a chegar à banca rota. E daí?!


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E vem aí mais um jogo decisivo, em casa, uma vantagem que teremos de capitalizar, para chegarmos aos trinta pontos. Ficando assim com a meta à vista. Pobre meta, diga-se, mas infinitamente melhor que uma absurda descida, talvez fatal, à segunda B!


. Saudações azuis

quinta-feira, abril 07, 2011

Não gostei e gostei

Votei na direcção de João Almeida e continuo convicto que vem realizando, a contento, o trabalho de bombeiro que está reservado às próximas futuras direcções que venham a tomar conta do Clube. Trabalho de bombeiro, sim, sem deixar de olhar para a inevitável reestruturação (eu prefiro chamar-lhe restauração) que o Belenenses tem que realizar. Isto, se quiser chegar ao centenário. Porém, e para que conste, não gostei da suspensão de mandato que João Almeida decidiu propor-se, porque, pese embora as razões alegadas, fica sempre a sensação de que algo de mais importante se interpôs entre ele e o clube. Este é um juízo que não posso deixar de fazer. E o juízo prossegue: - se fosse o Benfica ou o Porto, pelo mesmo tipo de razões, duvido que houvesse vacatura do cargo.

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Gostei da postura do Vice António Soares ao decidir dar explicações aos sócios antes de assumir a presidência do Belenenses. Fê-lo com humildade, mas também com clareza, e é de clareza, sinónimo de verdade, que estamos todos precisados. Como de pão para a boca.

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Também não desgostei de saber que os nossos jovens jogadores se têm vindo a valorizar, ao ponto de serem pretendidos pelos maiores emblemas nacionais. Quando assim escrevo lembro-me sempre que houve tempos em que também fomos compradores… Adiante, espero apenas que os negócios se realizem como é timbre em qualquer negócio – que ambas as partes ganhem o que têm a ganhar.

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Saudações azuis

terça-feira, abril 05, 2011

Última hora

'Benfica celebra protocolo com o Ministério da Defesa' - na base do acordo a encorporação da 'brigada de pedreiros livres' (e respectivo material) nas forças de intervenção rápida a operar nos vários teatros de guerra. Este acordo vem na sequência do último exercício de pedradas (muito bem sucedido, diga-se) e que teve como alvo a PSP.

Também foi esclarecido pelo DIAP que o apagão da Luz se deveu ao corte de electricidade efectuado pela EDP por falta de pagamento. Não existiram portanto quaisquer outros problemas, nomeadamente de segurança.

Em compensação a factura da água está em dia.

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Saudações desportivas

segunda-feira, abril 04, 2011

Flashes do fim-de-semana

Em primeiro lugar a vitória do Belenenses, e logo por três bolas a zero! Vitória alicerçada numa exibição segura, numa linha defensiva consistente, um meio campo mais activo, e um ataque mais rápido. Um onze base para continuar e se afirmar, finalmente. Realce para a subida de forma de dois dos nossos jovens jogadores, Freddy e Camará.

Para lá do desafio, duas interessantes iniciativas: - a distribuição de bilhetes (entradas gratuitas) em cafés e outros locais públicos da zona de Belém, bilhetes que dão acesso à bancada central nascente, que estava ontem mais composta que o costume. A outra iniciativa prende-se com a inauguração do Quiosque Azul junto ao bloco quinhentista, no local onde em tempos o Belenenses jogou - o chamado ‘campo do pau de fio’. Iniciativa que contou com a colaboração da Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém e vem dar algum sentido à relação entre o poder local e o clube da terra.

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Noutros quadrantes, são notícia, a incontornável vitória do Porto na Luz, luz que se apagou, Jesus que não é electricista, rega que se iniciou para substituir os balneários da equipa visitante, tudo isto precedido de uma sessão de autógrafos, perdão, de pedradas, arremessadas contra a polícia, numa demonstração de fogo amigo, na medida em que o chefe das polícias é o amigo Pereira, ministro que recebe queixas encarnadas por mau comportamento dos adversários! O árbitro jogou bem, e não foi por culpa do árbitro que o Benfica não conseguiu empatar.

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Noutro quadrante, em Guimarães, um penalty duvidoso, para relançar o Sporting pós-eleitoral, e uma reacção vimaranense que chegou ao empate nos últimos segundos.

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Ultimo flash: - as acusações de Queiroz ao governo de Sócrates! Queiroz queixou-se de interferências do primeiro-ministro na trapalhada que foi a sua substituição; queixou-se do fraco carácter de Madaíl, incapaz de resistir a pressões; enfim, queixou-se. Conhecendo as pessoas em causa, Queiroz está ser injusto – Sócrates nunca pressiona e Madaíl não é pressionável. Mais um deslize do professor que tem o péssimo hábito de denunciar polvos e outras espécies tentaculares.

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Saudações azuis

sexta-feira, março 25, 2011

Que título para este drama?!

Hipóteses: - quem nunca lá esteve que atire a primeira pedra! Casa onde não há pão…! Ou outros mais sugestivos: - um batelão em regata contra ágeis veleiros! A estranha coincidência entre a crise da terceira república e o Belenenses! Enfim, uma variedade de hipóteses que davam filmes de curta-metragem com um final infeliz. Há contudo um título que até à data (e contra todas as evidências) me tenho recusado a encarar: - o Belenenses (aquele que conheci durante muito tempo) já morreu mas ninguém diz!
Se não morreu está perto disso.
Para além dos títulos, a verdade é que não está fácil encontrar timoneiro para a nau azul. Nem timoneiro, nem treinador. No Restelo todos falham. Estará aqui porventura o sintoma mais preocupante da doença que vai corroendo o clube. As variadíssimas direcções entram e saem, mas a dívida aumenta. O ressurgimento é uma quimera. Mais, como é que se pode ressurgir dentro do mesmo sistema?! Sem reformar o clube de alto a baixo?! Impossível. Aquilo que vemos são remendos, tapar buracos cada vez maiores, cada vez mais inesperados, cada vez mais difíceis de tapar. Inventar uma estratégia comum? Mas como, se ninguém quer abdicar dos seus interesses particulares?! Não há estratégia que vingue. Por último, a palavra mágica: – investidores!
Mas quem é que quer investir, quando investir significa apenas pagar as dívidas do passado? Ainda por cima nesta altura. Há sítios melhores para torrar dinheiro, hão-de pensar os potenciais investidores. A não ser que tenham em vista transformar o Restelo num parque imobiliário. Mas isso a Câmara (ainda) não deixa. Felizmente.
Concluindo, resta dizer a verdade aos sócios, porque a verdade acaba por ser o ultimo direito que nos assiste. E que reclamo.

Saudações azuis

terça-feira, março 22, 2011

As melhoras Zé António

Os campeões também se aleijam. Num mesmo jogo dois jovens jogadores, um de cada equipa, em lances diferentes, tiveram que receber tratamento hospitalar. O Belém Integral deseja-lhes rápidas melhoras.
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Saudações azuis

domingo, março 20, 2011

Fim de semana para esquecer

O sol, pois claro que brilhou, e a lua, dizem que foi a maior, nunca vista, só o Belenenses é que continua minguante! Perdeu na Feira, por um a zero, um resultado habitual fora de casa, que em casa andamos pelos empates. Que clube! Que equipa! Que falta de entusiasmo! Que adeptos... há quem conclua! Se calhar está tudo ligado. No entanto, ainda penso que as tarefas são bastantes diferentes: - quem manda, tem que dar a volta a esta situação; quem treina, tem que pôr a equipa a jogar bem; quem joga, tem mesmo que jogar e marcar golos. Os adeptos apoiam, mas com franqueza, alguns já estão um bocadinho fartos de apoiar... derrotas e mais derrotas. Já chega.
Por causa disso, assim como nunca me verão assobiar os nossos jogadores, também não gosto de os apludir quando empatam ou perdem. Feitios.
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Saudações azuis... minguantes

segunda-feira, março 14, 2011

Lentos, pesados e precipitados

Lentos sim, com reacções lentas quer na discussão dos lances, quer noutros momentos do jogo. Pesados sim, alguns jogadores parecem ter peso a mais, engordaram, e por isso estão ainda mais lentos. Precipitados sim, e nervosos, a bola queima, despacham-na de qualquer maneira, rematam à baliza de muito longe, quando se aconselhava outro tipo de jogada, e para cúmulo, estatelam-se no chão sozinhos, sem explicação! Em lances que poderiam levar perigo à baliza do Santa Clara. Na retina ficou-me a queda do nosso lateral direito, sem que ninguém lhe tocasse, e o descontrole do Freddy perante o guarda-redes adversário, sem a serenidade para o ultrapassar e fazer golo.
Precipitados também na forma como abordam as disputas de bola, quer ofensivas quer defensivas, fazendo faltas desnecessárias, sujeitando a equipa a livres perigosos, cartões amarelos, ou interrompendo jogadas promissoras. Claro que o árbitro se engana muitas vezes, mas muitas vezes somos nós que damos azo a esses enganos.
E já que falamos em árbitros quero já dizer que não dou esmolas para esse peditório. De facto, se empatámos hoje no Restelo não foi por culpa do árbitro, nem é por culpa dos árbitros que estamos no lugar onde estamos. Estamos onde estamos porque jogamos pouco, e porque temos imensa dificuldade em marcar golos. Aliás, nem goleador temos, se atentarmos na lista dos melhores marcadores da Oranjina. Os números não mentem.

Duas notas: A primeira para condenar a agressão policial de que foi vítima um dos nossos vice-presidentes! Faço fé nos relatos vindos a público, uma vez que não presenciei os factos.
A segunda nota tem a ver novamente com os árbitros e com a tendência para responsabilizar as arbitragens pelos maus resultados que vimos obtendo. Ora bem, além de não ser verdade, estas justificativas são música para os ouvidos de alguns jogadores que assim acham que jogaram bem e para a próxima jogarão igualmente… mal. Se houver dúvidas o Freud explica.

Saudações azuis

quarta-feira, março 09, 2011

O país miserável

Sulista, nordestino, minhoto, algarvio, alentejano, etc., nascido na Junqueira, Alcântara, em casa de avós, não tenho nada a ver com estes emigrantes de Lisboa, carimbados na maternidade Alfredo da Costa, lisboetas de última hora, com sotaque, e também não me revejo, como bastas vezes afirmei no nacional-benfiquismo vigente, herança bastarda da salazarenta união nacional. Estou identificado. O futebol não é tudo, mas serve de pão e circo, e não havendo, para já, a possibilidade de feras e gladiadores, ou cristãos massacrados, vai cumprindo a sua missão, vai embrutecendo eficazmente o povo. Aquele ‘povo’ que o pateta do megafone invoca, sabe-se lá ao serviço de quem… lhe paga! Lá iremos, que as bestas multiplicam-se e passam por cordeiros em toda a parte. Menos aqui, neste espaço, que já os topo há muito.
Dito isto, tinha razão quando desconfiei que houve mesmo agressão do Javi Garcia. Portanto, bem expulso. E custa a crer que não houvesse na comunicação social NINGUÉM com a coragem suficiente para o afirmar. Sem meias tintas. Ao contrário desataram a esconder e a desviar as atenções, que o Alan fez falta, etc., uma tristeza. Ainda hoje o Record abre com a insinuação de que Xistra terá sido castigado! E que dizer daquele realizador de cinema, comentador benfiquista, que nem perante as evidências, se rende! Que exemplo! Que deseducação permanente! Na televisão pública, paga com os impostos dos portugueses! Sim, na RTPN, que eu vi, e mais, quando chegou a vez do Sporting, o Beira-Mar deixou de existir! Talvez seja altura de alguém de Aveiro, que seja só do Beira-Mar, chegar-se à frente, fazer prova de vida. Não há?! Eu sei que não há ninguém nessas condições. Mas Senhor, a televisão pública não poderia... Não. A televisão pública só serve para falar nos três clubes do estado. Falta apenas rebaptizá-los – Dínamo da PT; Torpedo da Caixa Geral dos Depósitos; Lokomotiv da Sagres.
Boa ideia. E se quiserem, troquem.

Saudações azuis


Post-Scriptum: ‘Então e o Belenenses, pá?!’
O Belenenses há muito que perdeu o pio, está infestado de megafones do ‘povo’, ou seja, do Dínamo, do Torpedo e do Lokomotiv. Alguns… nem dão que são! Nem dão por isso.

segunda-feira, março 07, 2011

Motor de arranque, precisa-se!

Já se sabia que disputar uma Liga Orangina praticamente a norte não seria tarefa fácil. O pendor, o bairrismo, outro território, tudo são dificuldades. Os árbitros tendem para o caseirismo, sempre assim foi, se fosse a sul era igual, por isso quem quiser ganhar nestas condições, não pode deslocar-se com pouca margem de manobra, tem que ir forte, muito forte. É aqui que bate o ponto, nós não somos muito fortes, não conseguimos impor o nosso futebol, as camisolas, só por si, não ganham jogos. Se ao menos houvesse um jogador de classe, daqueles que os adversários respeitam e temem, e não havendo, se emergisse um outro, inesperado, que fizesse desta época a sua grande época, como acontece nalgumas equipas concorrentes… então ainda seria possível sonhar com qualquer coisa mais. Não sendo assim devemos evitar o pesadelo de qualquer coisa a menos.
Vamos retirar pressão de cima da equipa, vamos concentrar-nos em cada jogo, como se de uma final se tratasse, e depois logo se vê.

Paralelamente, mas ao contrário, os nossos antigos rivais lisboetas, continuam a viver a sua saga arbitral. Comecemos pelo Benfica, pelo luto pesado que caiu sobre a nação encarnada, aqui e ali entrecortado com gemidos que apontam o dedo à arbitragem de Xistra. Sem querer imiscuir-me demasiado no assunto, sempre gostava de saber se o punho esquerdo de Javi Garcia atingiu ou não o bracarense Alan. O gesto e a intenção estão lá, disso não temos dúvidas. Quanto ao choradinho de concluir que um livre marcado perto do meio campo (lateral) ser o grande momento do jogo… a isso já nem lhe chamo bilhar às três tabelas, é puro jogo imaginativo para confundir os adeptos, e pior do que isso, para desvalorizar a vitória do Braga.

Quanto ao Sporting, até ontem (segundo Couceiro) a grande vítima do sistema, reconciliou-se de imediato com o mesmo… à custa do Beira-Mar. Em Alvalade é assim. Sempre foi.

Saudações azuis

terça-feira, março 01, 2011

A vitória do povo!

Era este o título do jornal ‘A Bola’ como se o povo fosse o Benfica e o Benfica fosse o povo! Se calhar é verdade e no outro lado estava o Marítimo, um clube que não é do povo, pertencerá possivelmente ao clero ou à nobreza, adjacente, se seguirmos o alto raciocínio daquele popular jornal.
Pela mesma ordem de ideias os fiscais de linha também eram do povo atendendo aos ‘empurrões’ que iam dando ao povo equipado de encarnado. Empurrões importantes na reviravolta do resultado. Mas acabou tudo em bem, o Benfica lá ganhou e se tudo continuar como até aqui será (para o jornal ‘A Bola’) campeão nacional ainda que fique em segundo lugar e a uns quantos pontos do primeiro. Quem é o primeiro? Um usurpador qualquer, inimigo do povo, a precisar de ser severamente punido... imagino eu.
Porque o povo unido jamais será vencido, aqui, nesta soviética praia à beira mar plantada.

Mudando de assunto mas continuando nos ‘empurrões’, vale a pena estudar as coincidências entre os cargos públicos e as subidas de divisão dos clubes da Liga Orangina. E dei por mim a seguir o percurso da Oliveirense e dos sucessivos ‘empurrões’ que as arbitragens vão dando ao emblema onde é autarca o sportinguista (e ex-presidente da Liga) Hermínio Loureiro. Nada de suspeitas, curiosidade apenas.
Uma explicação plausível, é que provávelmente haverá mais povo em Oliveira de Azeméis do que noutras paragens.

Finalmente um último caso em que o povo está a sofrer: - refiro-me à crise de resultados que afecta o clube leonino, situação que pode pôr em causa o equilibrio de poderes, a separação dos mesmos, ou até a própria constituição da república verde rubra! Só assim se explica a abertura dos telejornais informando a população: - Couceiro é o novo treinador do Sporting.
Isto sim, são notícias importantes e o povo merece.

Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Antes do Requiem

Antes de entrar em campo estive a apanhar sol numa bilheteira, por causa das quotas. Com paciência, esperei a minha vez enquanto observava aquele ritual único, uma única bilheteira a dar despacho, despacho que consiste em todos aqueles gestos antigos, corta o papel, passa recibo, mais um carimbo, um filme para um Óscar. Título já tem: - a evolução da repartição pública em Portugal.
Mas que importa, o Belenenses estava a ganhar por um a zero, e pelo ruído de fundo, as coisas mantinham-se. Entretanto, escrupulosamente cumpridas as minhas obrigações associativas, subi a rampa. A primeira parte estava quase no fim, mas o Fátima já estava por cima.
Começa a segunda parte e o Fátima empata. Depois, o futebol aos repelões, a incapacidade de ligar dois passes seguidos, que o vento não desculpa tudo. Até porque os forasteiros tratavam melhor a bola nas mesmas condições. E lá venho eu com aquela conversa, também antiga, que tem a ver com a irregularidade de alguns dos nossos jogadores, especialmente os mais jovens, o que é perfeitamente natural, mas que tem custos para o rendimento da equipa. Por outro lado, continuo sem vislumbrar uma construção de jogo assente em jogadores fiáveis! É que estamos a caminhar para o fim da época, e nada.
Quanto aos novos jogadores, e reporto-me apenas à segunda parte, não desgostei do central Alberto, o Varela tem bons pés, e Sidney entrou bem no jogo. O resto, em termos de futebol, deixou muito a desejar. E atenção, os empates não nos servem. Nós precisamos de ganhar para nos afastarmos definitivamente da zona perigosa.
Para que o Hino que fiz não se transforme em Requiem.

Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Depois do hino

Depois do hino empatámos. Faltam vitórias, eu sei que faltam, a ver se nos erguemos de vez na tabela classificativa e na auto-estima. Porém, os ecos que nos chegam de Arouca não são negativos, pois fomos mais fortes na primeira metade, existe fio de jogo, há outra determinação, fundamental nos jogos fora. E lendo o que escreve 'Crónicas Azuis' (azul presente onde a equipa se desloca) parece que acertámos nalgumas contratações em lugares importantes – trinco e avançado centro. Aguardemos pelo próximo jogo em casa para confirmarmos as expectativas.

Voltando ao hino (‘ser belenense’) peço que o aceitem com a benevolência possível na certeza de que pode melhorar (pois ainda está na fase artesanal) e com outra certeza (maior) de que o havemos de entoar, todos, naqueles dias de glória que nos esperam.


Saudações azuis

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Boa, ganhámos!

Não fui, ando entretido a fabricar um hino para o Belenenses, para que a memória não se perca na voragem do tempo. Jogámos melhor do que habitualmente, com mais garra e espírito de entreajuda, dizem-me. A defesa esteve segura, existe um novo trinco (Vítor Silva) que estabelece alguma ordem à sua volta; Celestino e Barge cumpriram (dizem-me) especialmente este último com boas incursões pela direita; os laterais subiram bem com o senão de alguns cruzamentos (menos bem) a cargo de Tiago Gomes; e no ataque, Varela sabe receber a bola (pressionado) e Freddy está mais confiante. Dizem-me que marcou um grande golo! Só espero que não queira transferir-se (já) para o Real Madrid. Uma palavra para o mal amado Camará – entrou e marcou o golo da confirmação. Estava a ouvir o relato nessa altura e pensei: - ora aqui está um rapaz que devemos acarinhar, que é nosso, e joga num daqueles lugares onde há poucos que singram.

Resultado final: Belenenses 2 – Penafiel 0


Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Aceitar a realidade

Aceitar a realidade custa, se custa, ainda por cima aos mais antigos, àqueles que já conheceram outros sóis. Esta lua não me ilumina daí que esteja cada vez mais parco na escrita no que ao Belenenses diz respeito. Travessias do deserto?! Já fiz tantas que o deserto mudou-se cá para casa. Enfim, a título de consolação, ganhámos e ganhámos bem em andebol. Ao Sporting! Um jogo quase azul - uma equipa azul muito jovem de um lado, e do outro lado, uma série de jogadores ex-azuis que ano após ano vamos fornecendo aos nossos principais adversários. No futsal idem. No resto idem. Clube formador (e pequeno) será esse o nosso fado?!
Mas ganhámos.
No futebol perdemos mas segundo rezam as crónicas estamos um bocadinho mais competitivos. Menos mal.

Porque continuo a gostar de futebol e com algumas pretensões de sapiência, recuperei o que escrevi sobre o Porto de Hulk. Mais uma vez acertei e se ao princípio Villas Boas parecia querer construir uma equipa de futebol em que Hulk era apenas mais uma peça, o que aconteceu depois é conhecido. Incapaz de se libertar da memória dos cinco a zero, o treinador do Porto construiu a equipa à volta das iniciativas individuais do brasileiro, iniciativas que têm resolvido (mal) o assunto, até um dia… E esse dia já chegou. Com as consequências que se adivinham… A derrota no Dragão contra o Benfica e o que mais se verá. E não havia necessidade de dar novo alento aos lampiões (também mérito de Jesus) e podia poupar-me, poupar-nos, ao regresso em força do nacional-benfiquismo. O país todo encarniçado, um horror.
A alternativa seria (não sei se ainda vai a tempo!) construir a equipa em torno do raro talento de um dos melhores jogadores portugueses, Ruben Micael. Que joga e faz jogar tudo e todos (quase sempre ao primeiro toque) e que define como ninguém o último passe! Libertando-o é claro de grandes tarefas defensivas. Pelo contrário, alinhando com Hulk, e mais dois avançados (sem classe) que também não defendem, o Porto tem que jogar com uma série de médios recuperadores…das bolas infantilmente perdidas pelo Hulk. A piorar a situação a ausência de uma referência na área que prenda os centrais adversários, que o Hulk também não é, nem prende. Aliás as jogadas do Hulk são cada vez mais previsíveis. Mas há mais, os livres, as bolas paradas, uma das especialidades (europeias) de Micael, não é ele que as marca (pois se nem joga!), é o Hulk, para as nuvens, o Moutinho que marca um golo por época, seja de livre ou não, ou até um rapazinho chamado James!
Entretanto, (e também era previsível), no banco, sem jogar, Ruben Micael está óbviamente menos confiante, mas continua a ser um grande maestro, um exímio (e rápido) pensador do jogo. Um jogador raro que é um crime (de lesa futebol) não ser bem aproveitado.
Crónica longa, eu sei, mas tinha que dizer isto.

Saudações azuis
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.PS: - Aliás, e ainda a propósito de livres e bolas paradas, gostaria de ser esclarecido porque é que o jogador com melhor qualidade de passe no plantel azul e branco, que mete a bola onde quer - Ruben Micael - não é ele a marcar esses lances??? Será porque nos treinos os outros marcam muitos golos desse tipo?! Pois, nos treinos... o problema é nos jogos e nos jogos o Micael marca... já vimos esse filme no Nacional da Madeira. Tem é que ter as mesmas oportunidades que os outros... que falham. A pergunta mantém-se.

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Prova de vida

Um mês é muito tempo para não dar notícias muito embora as notícias não sejam famosas. Mas hoje escrevo para realçar aspectos positivos, não são ainda de esperança, também não são de desespero.
Fico contente por termos participado na final de rugby onde se definia o campeão nacional! Ganhar ou perder, alguém teria de perder. Fico contente por mantermos o nível competitivo no futsal! Apesar da permanente sangria a verdade é que a secção revela capacidades para discutir o primeiro lugar.
Também no que concerne à Direcção, fico contente com a linguagem de verdade que é transmitida a propósito da situação tremenda em que nos encontramos. Eu bem sei que os outros não estarão melhor e que há outros (sempre os mesmos) que podem, tal como o Estado, viver falidos que nada lhes acontece. Mas isso são contas de outro rosário.
E por fim fico contente porque o nosso futebol em termos de organização, visto de fora, parece querer mexer-se, saindo da letargia em que se encontra. São pequenos sinais, mas são sinais.
Porque o Belenenses faz falta ao campeonato português.

Depois de dizer bem, não poderia terminar sem um bocadinho de acidez, que a vesícula é a mesma… assim, reparei que é quase impossível ligar a televisão sem ouvir falar no Benfica milhares de vezes! Em todos os canais. Nos jornais nem falo. Não os compro, não os leio, e se tiver algumas dúvidas sobre a situação basta-me repescar algum pasquim do século passado. Nada mudou. Por exemplo, desaguisados no fim de um jogo do Benfica e nada consta do relatório do árbitro, a polícia não viu, ninguém viu! Outro exemplo, o Benfica precisa de vender o David Luiz e logo toda a comunicação social se transforma em banha da cobra para fazer o serviço ao clube da águia. Incrível a pequenez deste ‘paiz’ com letra pequena! Num paiz tão pequeno, não caibo eu, não cabe ninguém, a não ser os sabujos da situação. Aqueles que andam todos os dias a pedir dinheiro lá fora, ou porque não querem trabalhar ou porque querem viver acima das suas posses.


Saudações azuis

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Azul pálido

A minha cítara calou-se por momentos, ignorei o último resultado, dizem que jogámos razoavelmente, mas perdemos, ignorei a derrota, queria passar bem o ano, sem derrotas, e passei, fiz uns versos, umas cantilenas, diverti-me, já me divirto com pouco, o futebol começa a enjoar-me, deve ser da idade, talvez seja do fosso cada vez maior entre nós e os de cima, não sei. De futebol, nada, apenas uma frase quando o meu companheiro de regatas me informou que tínhamos adquirido um tal de Anselmo… repliquei, qual, o que é suplente no Nacional e que em tempos escrevi que deveria ter transitado do Estrela para o Belenenses! Não é esse, é outro. Dois dias depois, ontem, soube que o Anselmo tinha despachado o Porto no Dragão. Tudo bem, não é a primeira vez que isto acontece, que acontece ter falado aqui em determinado jogador, desses que andam por aí ao desbarato, enquanto andamos a comprar outros tenham ou não o mesmo nome. Lembro-me do Litos, do Pateiro… tantos que nos teriam dado tanto jeito…
Mas a vida é assim, pode ser que melhore em 2011.

Saudações azuis