quinta-feira, janeiro 31, 2019

Há erros e erros


O discurso de Silas desta vez pareceu-me que escondia alguma mágoa. Não seriam Fredy ou Reinildo que alterariam as coisas. Ao segundo minuto, na tentativa de meter a bola em André Santos, já Zacarya anunciava o erro. O árbitro providencialmente marcou falta a nosso favor. Passaram mais dois minutos e Sasso, quem haveria de ser, repete o erro, tinha Zacarya junto à lateral mas resolve fazer novo passe de risco para André Santos que, apertado, não consegue receber a bola. O resto já nós conhecemos, foi o primeiro golo do Porto. E ficar a perder contra o Porto, no Dragão, logo aos cinco minutos é um grande handicap. Dir-se-á que eles tinham a lição bem estudada. Claro que tinham. E nós?! Somos burros?!

Só por volta dos quinze minutos é que recuperámos a consciência. A partir daí criámos algumas dificuldades e até podíamos ter chegado ao golo. Não quero com isto dizer que a superioridade do Porto estivesse posta em causa, mas nós sabemos como é, se não marcassem cedo podiam-se enervar, e nós acalmávamos. Sérgio Conceição não teve pejo em afirmar depois da vitória que este jogo continha muitos perigos e ameaças.

Mas enfim alguma coisa se aproveitou. Viram-se transições interessantes, em especial na segunda parte. Muriel continua a ser fundamental; Cleylton, no seu estilo um tanto atabalhoado surpreendeu-me pela positiva. E até deve ter surpreendido Marega e Soares! Eduardo fez um grande jogo, pena que não tivesse tentado rematar no lance em que parece ter havido penalty. Se fosse ao contrário não se falava noutra coisa. Henrique não jogou mal mas tem que ser menos egoísta,. Ou seja, tem que levantar os olhos. E precisamos de ter defesas/alas que saibam, não apenas cruzar, mas rematar à baliza. Há quanto tempo é que Diogo Viana não marca um golo?!
Para além destas perguntas retóricas, o Porto está muito forte, nomeadamente no jogo aéreo. Quer a atacar, quer a defender.

Resultado final: Porto 3 – Belenenses 0


Saudações azuis



terça-feira, janeiro 29, 2019

Está cada vez mais difícil ser belenense...


Não sou o único a queixar-me e o teor das queixas vai aumentando. Ainda hoje quando me aproximava do café onde costumo tomar o pequeno almoço fui abordado sobre se era do Belenenses Clube ou do Belenenses SAD! À pergunta insidiosa respondi que eu sou do Belenenses que disputa o campeonato profissional de futebol e que não há outro nessas condições. Expliquei também que no ano passado já era assim. E como não desceu de divisão nem foi irradiado o Belenenses é o mesmo. O interlocutor matreiro fez então o seu número – disse que estava ao lado do Clube. Só que eu já o conhecia e despachei rápidamente o assunto. Mas tu agora és do Belenenses?! Curioso porque eu sempre pensei que eras do Benfica! O indivíduo resmungou qualquer coisa e desapareceu. E eu fiquei a pensar como é que de repente surgiram tantos belenenses do nada! E invariavelmente com o jornal A Bola debaixo do braço!

Mas para lá deste episódio não há que escamotear a questão – vivemos um momento muito perigoso e que em última análise pode ditar uma separação definitiva. A não ser que... parem os insultos por parte dos sócios do Restelo, que enquanto confundirem o investidor (hoje a Codecity, amanhã outro qualquer) com a equipa, não passam disso mesmo – sócios do Restelo! Do qual se apropriaram e se acham donos ou senhorios.

O Belenenses, felizmente, é muito mais do que o Restelo. A mim o Restelo não me faz falta para continuar a ser do Belenenses.

E termino relembrando uma pequena história, que faz parte da história e é elucidativa: - mostra como aquilo que julgamos seguro e eterno afinal pode não ser:

O meu pai jogou nos juniores do União de Santo Amaro, clube que mais tarde se fundiu com o Carcavelinhos dando origem ao Atlético. Nunca lhe perguntei porque é que se fez Belenenses em vez de seguir o Atlético. Vivia no princípio da Junqueira (junto à Carris) e a verdade é que a distância dali às Salésias seria idêntica à que vai até à Tapadinha. Embora para a Tapadinha tivesse que subir mais. Sou belenense porque passei a ir com ele às Salésias, não por causa das Salésias, mas por causa dos jogadores vestidos de azul e com a Cruz ao peito que eu mal distinguia naquele peão de terra batida. Mas soube mais tarde que houve alguns unionistas que nem foram para o Atlético nem foram para o Belenenses. Ficaram sem clube. Dá que pensar.

Saudações azuis

domingo, janeiro 27, 2019

Os trabalhos de Silas


O futebol do VAR

Os lances dissecados até ao último frame, as imagens em slow motion que distorcem a realidade que é visualizada pelos espectadores (e pelo próprio árbitro de campo), as análises parciais dos árbitros avençados, os painéis de comentadores onde o nacional benfiquismo impera, e por fim a mentalidade obscura de um povo infantilizado, que espera do futebol aquilo que ele não lhe pode dar – liberdade e esperança numa vida melhor! Tudo isso se conjuga para aniquilar a ideia de que o resultado é construído dentro das quatro linhas. Já não é. Faltou-me falar do dinheiro que hoje tudo comanda e que no futebol alimenta uma legião de gafanhotos e vampiros que lhe sugam o sangue. Ainda vale a pena ir ao futebol e ser o falso testemunho de um golo que afinal não é golo?! De um lance onde só o VAR descortina um penalty?! Não vale. E as fracas assistências da 'final four' da Taça da Liga, assim o comprovam. As pessoas começam a deixar de acreditar naquilo que vão ver.

Quem vai pagar o pato?

É o Belenenses e já esta quarta-feira. A famosa lei da compensação, uma especialidade lusitana, vai naturalmente funcionar. A não ser que os jogadores do Belenenses consigam o milagre de desarmar os jogadores do Porto sem lhes tocar e simultaneamente marcar um ou dois golos. É este prenúncio que afasta o público do futebol. E sem público, as bancadas ficarão apenas para os fanáticos. Que nunca pagam o espectáculo. Antes pelo contrário, destroem-no.

O 'pirata' informático que não é bem pirata!

Com pompa e circunstância foi notícia que a PJ nacional prendeu (em Budapeste) um perigoso pirata informático! Os media ao serviço do nacional benfiquismo regozijaram-se com o facto e farejaram vingança! O rapaz é de Gaia, adepto do Porto, e iria certamente confessar tudo e mais alguma coisa. Umas horas depois desta aparente vitória contra o crime organizado ficou a saber-se que afinal o hacker é quem tem andado a denunciar o crime organizado, sendo colaborador de várias polícias na investigação da corrupção que grassa no futebol internacional , etc. etc.! A PJ meteu a viola no saco, os media nacionais deixaram de se interessar pelo assunto e há muita gente a rezar para que o Rui Pinto, assim se chama o hacker, não revele mais nada que possa comprometer o já comprometido futebol português. Entretanto e à cautela o Ministério Público recorreu da decisão da juíza de não levar a SAD do Benfica a julgamento no processo E.Toupeira.

Saudações azuis

domingo, janeiro 20, 2019

Foi pena...


A sonhar com os trinta e um pontos, mesmo engripado, a verdade é que quer Pepa, um excelente treinador, quer Xavier e companhia não estiveram pelos ajustes. E durante toda a primeira parte andámos a correr atrás da bola. A cheirar a bola. Sinais de deslumbramento?! Mérito do adversário?! Ambos com certeza porque dentro de campo tem que haver alguém que faça tocar os sinos a rebate e mude a forma de jogar. E estou obviamente a pensar em André Santos e Fredy. Aliás a transfiguração que surgiu na segunda parte vem dar-me razão. E pela importância que está a assumir na equipa, pela antiguidade em termos de filiação azul, deixo aqui mais uns recados para Fredy: - tem que se capacitar que não é um goleador e que em condições normais deve ceder essa tarefa a quem é. Ontem quis marcar golo de um ângulo impossível quando tinha alguém melhor colocado. E no próprio penalty, que não deveria ser ele a marcar, mas sim Eduardo, revelou pouco discernimento. Marcar um penalty da forma habitual ignorando que a bola estava poisada num monte de lama... não lembra ao careca. Podia ter entrado?! Era difícil. Naquelas condições teria de ser batido em força, não em jeito.

O relvado do estádio nacional!

Como ficou explícito acima não foi por causa do lamaçal que não ganhámos o jogo. Um jogo que todos reconhecem ter sido bem disputado e em que se marcaram quatro golos. O que espanta naquilo que todos viram é que bastou uma chuvada forte para transformar o relvado num batatal. O relvado que é suposto ser da responsabilidade da FPF e onde é suposto jogar-se a final da Taça de Portugal. E onde seria suposto jogarem-se os jogos da selecção nacional. Mas não é.


Saudações azuis

segunda-feira, janeiro 14, 2019

Uma equipa que merece mais apoio!


Já começam a faltar adjectivos para classificar a prestação do actual Belenenses cuja consistência e cujos resultados só são comparáveis aos tempos de Marinho Peres. No tempo em que chegámos ao pódio! Lembram-se?! E tudo isto sem nunca jogar em casa própria e com um orçamento dos mais baixos da primeira Liga. E se a baixeza do orçamento não me entusiasma já a questão da competência é algo a que não posso ser indiferente. E há competência na SAD azul. Desde a administração aos jogadores. Mas não estaria a ser justo se não destacasse a equipa técnica e naturalmente o seu principal rosto – Silas. Ainda está a aprender (aprende-se toda a vida) mas a verdade é que já oiço o seu nome naqueles programas que só costumam falar nos 'clubes do estado'.

Para quem (ainda) não esteja familiarizado com a minha linguagem, 'clubes do estado' são aqueles três ou quatro em que as respectivas SAD ainda são detidas maioritáriamente pelos clubes graças à intervenção do próprio estado. Intervenção sob as mais variadas formas e feitios desde aquela senhora ministra das finanças que um dia aceitou acções de um um clube para regularização de dívidas fiscais, até aos bancos nacionalizados por falência, ao próprio banco do estado, são tudo histórias de uma história sinistra em que não se percebe onde acaba o estado e começa o clube e vice versa. Com camarote incluído. Mas para melhores esclarecimentos consultar os grandes credores/patrocinadores dos tais clubes. Isto é em Portugal. Não é na união soviética.

Sobre o jogo própriamente dito nem eu acreditava que fosse possível sair da Choupana com três merecidos pontos! É um campo difícil mesmo sem o habitual nevoeiro. Mas o Belenenses acabou por ganhar bem. Havia o senão da entrada de Cleylton a substituir Sasso, ao que suponho lesionado. Com mais ou menos dificuldade, com uma precipitação ou outra, o rapaz lá foi dando conta do recado. Para o melhor em campo a escolha é entre André Santos e Fredy. Mas como sempre tenho dito - a equipa acima de tudo e a Cruz de Cristo acima de todos. Qualquer semelhança com outras paragens, não é pura coincidência.

Resultado final: Nacional 0 – Belenenses 1


Saudações azuis

Nota: O aproveitamento do valor que exista na equipa de sub 23 é obviamente um bom acto de gestão. Pedro* e Calila são dois nomes que aprovo. O que eu não aprovo são proximidades exageradas aos nossos rivais seja empréstimos ou passes partilhados. Quando digo nossos rivais não me refiro ao velho Atlético cujo rivalidade territorial acho saudável nem ao Estrela da Amadora, que nunca foi rival.

*Quis dizer Gonçalo Tavares.

quarta-feira, janeiro 09, 2019

Lavandaria república – novos episódios


Depois das toupeiras, depois da juíza, temos agora o nacional benfiquismo em telenovela! No último episódio o presidente Vieira aparece sob a forma de anjinho e só faltou (mais) um telefonema do professor Marcelo para completar a beatificação.

Falando claro, o espaço radio-eléctrico não é ilimitado e por isso compete ao estado conceder as respectivas licenças de acordo com critérios que respeitem a diversidade e o pluralismo pois só assim se cumpre o serviço público a que todos os concessionários estão obrigados. Mas não é isso a que assistimos na televisão. Pelo contrário, desde manhã até à noite somos massacrados, em todos os canais com notícias sobre o Benfica! Melhor dito, com 'notícias' que interessam ao Benfica. O que é isto?!

Outra interrogação que continua por responder diz respeito à excentricidade que constitui o facto de haver um clube que, nos jogos disputados em casa, é o responsável pela respectiva transmissão televisiva. Com tudo o que isso implica em termos de realização, produção e selecção de imagens. Um caso único na Europa! A Federação e o VAR não têm nada a dizer sobre isto?! A Liga também não?! E o governo, para que serve?! Já não falo nos clubes concorrentes que pelos vistos, com excepção do Porto*, gostam de ser prejudicados!

E houve uma reunião de treinadores sob os auspícios da Federação e com Couceiro a coordenar. Parece-me útil mas desconfio sempre de quem pensa primeiro na Europa e depois em Portugal.


Saudações azuis


* No Porto Canal este assunto já tem sido ventilado.

Nota: Para a próxima vou dar a minha opinião sobre os reforços de Janeiro.

segunda-feira, janeiro 07, 2019

Bela vitória num bom jogo de campeonato!


Valorizo muito estas vitórias porque são elas que solidificam projectos, sistemas de jogo, moralizam jogadores, e sossegam os adeptos. Num campeonato onde é difícil ganhar impusémo-nos a uma equipa que se reforçou imenso na tentativa de se aproximar do seu grande rival minhoto. E a melhor prova do que aconteceu foi ver Luís Castro, um treinador habitualmente sereno, a gritar durante o jogo todo para dentro do campo!

Diz-se por vezes que a melhor defesa é o ataque mas também não é menos verdade que as equipas começam a construir-se de trás para a frente. Em minha opinião é entre estas duas realidades que deve assentar a prestação de uma equipa. No Belenenses, este último jogo mostrou que estamos a dar passos seguros em direcção àqueles objectivos. Não sofremos golos e o sistema defensivo (que no futebol moderno inclui os onze jogadores) deu um verdadeiro recital de bem defender! O Vitória de Guimarães só em bolas paradas levou algum perigo à nossa baliza. Aliás se olharmos para o goal-average só o Porto sofre menos golos do que nós.

Já no que toca à primeira parte do ditado (a melhor defesa é o ataque) embora tenhamos melhorado muito em relação às primeiras jornadas ainda temos problemas na transição. Isto apesar da visível subida de forma de André Santos e Fredy, por um lado, e Licá e Henrique, por outro. E sem falar na escassez de alternativas para substituir os atacantes exaustos. Também é verdade que se tivéssemos tudo o que precisamos estávamos em primeiro e não em quinto.

Para o fim fica a análise do momento Zen quando Silas, por volta dos sessenta minutos, quis responder às substituições de Luís Castro, substituições que, felizmente, não trouxeram nada de novo à prestação dos vimaranenses. Pelo contrário fomos nós que ainda dispusemos de duas oportunidades claras para sentenciar o desafio. Mas vou imaginar o diálogo entre a dupla Silas/Zé Pedro:

Silas - O Nuno Coelho não está a fazer tudo o que lhe pedi. Vou chamar o Cleylton.
Zé Pedro – esquece o Nuno Coelho, o melhor é não mexeres na defesa porque já deu mau resultado duas vezes seguidas. Além disso o Guimarães continua a jogar só com o Guedes e enquanto dura... vida doçura.
Silas – o quê?!
Zé Pedro – é um ditado.
Silas- Ok. Vou refrescar o meio campo. Os treinadores de bancada são uma praga do futebol.
Zé Pedro – Óbvio, caro Silas.


Saudações azuis


Nota: a bola rematada por Fredy encaminha-se para a baliza de Douglas e seria o nosso segundo golo. Mas Soares Dias já tinha apitado para o fim do jogo.

sexta-feira, janeiro 04, 2019

Análise do dia seguinte


Mais calmo mas ainda inconformado revi o jogo, em especial a segunda parte, e infelizmente confirmei a primeira impressão. A mudança para quatro defesas contra equipas fortes como o Sporting é sempre de alto risco. Para além das perturbações que acontecem com qualquer mudança em termos de marcações, (vidé Fredy no primeiro golo) aquilo que se ganhou no meio campo (e por consequência no ataque) foi muito pouco comparado com aquilo que se perdeu. Os laterais leoninos avançaram logo alguns metros no terreno, a nossa defesa recuou outros tantos metros, e com os riscos inerentes. Como se viu no segundo golo. Por outro lado não sendo crível que a batalha do meio campo se inclinasse a nosso favor as recuperações de bola que eventualmente conseguíssemos eram-no mais longe da área adversária. Mas isto sabe Silas. O que não se compreende é porque é que insiste nestas alterações com o resultado empatado?! Ambição é uma coisa, noção das realidades é outra. Quando tivermos mais alguém no meio campo que não perca a bola e a saiba direccionar de imediato para o ataque, e quando tivermos um goleador na lista dos melhores marcadores, então poderemos ensaiar outros esquemas em Alvalade. Quer isto dizer que não jogámos de igual para igual com o Sporting?! Jogámos mas só na primeira parte. Como se queria demonstrar.

Análise individual:

Muriel – Salvou a fífia de Gonçalo Silva (remate de Acunha), salvou a meia fífia de Nuno Coelho que isolou Diaby, uma estirada de alto risco sem fazer penalty e deu como é costume segurança à equipa. Na segunda parte e depois das mudanças ainda teve a tentação de entrar naquele joguinho dos atrasos de bola de antigamente. Mas foi só tentação.

Diogo Viana – está um bocadinho inseguro e seu futebol ressente-se disso. Adiantou-se algumas vezes com a propósito mas confesso que esperava mais. Fruto daquela insegurança foi atrás das provocações de Acunha e lá se foram os quatro minutos de compensação. Mas os árbitros não podem continuar a proteger as arruaças de Acunha.

Nuno Coelho – para além da falha de cabeceamento, o tal lance que isolou Diaby, fez um excelente jogo e a prova é que Bas Dost ficou em branco. Acabou por se lesionar e essa terá sido a razão, penso eu, para a substituição.

Sasso – central sobre o lado esquerdo da defesa teve uma exibição pautada pela regularidade. Costuma oferecer bem o corpo à bola, desta vez saiu-se mal no lance que deu o primeiro golo mas já se tinha saído bem num remate de Nani que desviou para a trave.

Gonçalo Silva – um atraso que ficou a meio caminho e que ia dando golo não fosse a grande defesa de Muriel, é um pecado que contra as grandes equipas não pode acontecer. No mais contribuiu para a boa perfomance defensiva.

Zacarya – peça chave na transição ofensiva, correu imenso e manteve um padrão de jogo muito aceitável.

André Santos – é a placa giratória do meio campo e fez uma boa exibição embora com um ou outro individualismo dispensável. Mas é indiscutivelmente um jogador importante naquele meio campo.

Eduardo – ainda não tem o estofo físico que o lugar exige. Acabou quase a passo. E a equipa precisa do seu futebol o tempo inteiro.

Lucca – jogou mais adiantado e apareceu por duas vezes em boa posição para criar perigo. Na bola ao poste de Fredy tinha que recargar de qualquer maneira. Em vez disso tentou contornar Acunha pelo lado esquerdo. Má opção. No cômputo geral esteve bem.

Fredy – talvez o melhor com o senão da dobra no primeiro golo do Sporting. Na retina ficam a arrancada para um inglório remate ao poste e a recarga para o golo de consolação.

Licá – um belo jogo a revelar que se lhe meterem a bola na frente pode fazer estragos. Muito bem na assistência para o nosso golo.

Henrique – entrou quando Nuno Coelho saiu e entrou bem. Vê-se que está a subir de forma. E nada disto invalida a opinião que tenho sobre as alterações tácticas operadas por Silas. Em termos de análise individual esteve no lance do nosso golo e foi travado em falta numa jogada perigosa a que o árbitro fez vista grossa.

Dálcio – entrou para o meio campo com vontade de levar a equipa para a frente mas falta-lhe qualquer coisa. Explosão?! Será?!

Dramé – pouco tempo em campo.

Nota final – o árbitro Capela quis levar as coisas sem grandes ondas e conseguiu. Esqueceu-se foi do tempo de compensação.

Saudações azuis

quinta-feira, janeiro 03, 2019

O mesmo erro o mesmo resultado

Desta vez foi por lesão que Nuno Coelho teve que sair e o que eu esperava era que Gonçalo Silva tomasse o seu lugar no centro da defesa e que Cleylton entrasse para o lado direito mantendo-se assim o sistema de três centrais. Mas não Silas resolveu de outra maneira e comete o mesmo erro do fim de semana: - passa para uma defesa a quatro e não foi preciso esperar muito para sofrermos dois golos. A diferença é que o Sporting não tem a mesma pedalada do Porto. Ou seja, não falhou tantos golos. E a não ser na parte final nunca mais tivemos bola em condições de ameaçar seriamente a baliza de Renan. Então pergunta-se: - mas para quê mudar para um sistema que nos traz desvantagens comparativas.?! Não temos laterais de cariz defensivo e também não temos (para já) jogadores  (médios e avançados) com as capacidades que o 4-3-3 exige. Por isso não se percebe. 
Enfim, mais uma boa primeira parte estragada pelas mudanças operadas na segunda. A fazer lembrar os primórdios de Silas com a bola a girar perigosamente em frente da baliza de Muriel e sem qualquer progressão da nossa parte. Uma oportunidade perdida para pontuar em Alvalade. Até conseguimos secar o Bas Dost...


Saudações azuis 


Nota: Eu sei que posso estar a ser exigente de mais. Mas ser belenense é isto.