terça-feira, outubro 30, 2018

Um insulto gratuito!


Sofri como todos os adeptos sofreram por esse país fora, desde o início até ao fim do encontro, e no dia seguinte aparece o presidente da Direcção do Clube a insultar-me, a insultar os meus sentimentos, pespegando nos jornais que aquela vitória não tinha sido do Belenenses! Há limites para tudo e eles foram claramente ultrapassados. Uma coisa são diferendos internos entre o Clube e a SAD, acordos de regime, preços de aluguer, outra coisa é brincar com os sentimentos dos adeptos, dos jogadores, dos técnicos, seja de quem for.

O presidente da Direcção sabe, assim como todos sabemos, que o Clube de Futebol 'Os Belenenses' é accionista da SAD e como tal a única equipa profissional que pode representar o Clube é aquela que jogou sábado passado no Jamor contra o Benfica. E sabe também que face à legislação em vigor a equipa que foi inscrita nos distritais nunca poderá participar nos campeonatos do futebol profissional É a lei que o diz. Então pergunta-se: - qual a razão de tamanho destempero?!
E mesmo perante uma suposta 'vitória judicial' (uma sentença claramente desfasada da realidade futebolística) não teria sido mais avisado remeter-se ao silêncio em lugar de tentar desvalorizar uma grande vitória, dividindo ainda mais os adeptos?!

Porque uma coisa posso afirmar do alto dos meus mais de sessenta anos de belenense (adepto e sócio) – esta vitória sobre o Benfica fez mais pelo clube e pela memória dos seus fundadores, que toda a caterva de providências cautelares que ameaçam a sua existência. E não se engane, o universo azul não se esgota naqueles que frequentam regularmente as assembleias ou o Restelo. Há muito adepto que nunca precisou de ir a Belém para ser um indefectível belenense. As suas infelizes declarações mancham o seu mandato e dividem de forma quase irreversível a família azul. Era esse o objectivo?! A pergunta fica no ar e espero, esperamos todos, por um rebate de consciência, uma resposta à altura do grande Belenenses.

Saudações azuis



segunda-feira, outubro 29, 2018

Dois tiros no porta aviões!


Meu Deus, o que para aí vai! Bastaram dois golos e uma derrota sem apelo nem agravo para pôr o Benfica de cabeça perdida! Os 'adeptos' das vitórias debandaram ao intervalo, o país quer despedir o Vitória e o Vieira dos camarotes abandonou o camarote! Faltava o ex-árbitro Jorge Coroado, pelos vistos rendido ao futebol amador, alcunhar o Belenenses SAD de Codecity!* O nacional benfiquismo é uma doença que afecta até aqueles que se dizem adeptos de outros clubes.

Noutro plano e porque o VAR se está a transformar num autêntico laboratório de resultados em especial nos jogos em que intervêm os grandes, deixo aqui um alerta: - se o futebol deixar de ser analisado à luz da sua dinâmica própria, que só os árbitros de campo podem aferir, e passar essas funções para o VAR, então o melhor é acabar já com o futebol. E vemos no dia seguinte qual foi o resultado apurado pelo vídeo árbitro. A ver se nos entendemos, não me refiro ao apuramento dos foras de jogo onde a tecnologia existente me parece um bom auxiliar para defender a verdade desportiva, mas sim aos lances de contacto próprios de um jogo como o futebol. Nesses casos é importante que prevaleça a opinião do árbitro de campo e que o VAR, a ter opinião diferente, a sustente em imagens apuradas na sua velocidade normal e não em câmara lenta ou decompostas em frames. Por exemplo na grande penalidade assinalada contra o Belenenses deveria ter prevalecido a opinião inicial de Soares Dias. E não pode demorar-se tanto tempo entre o lance em questão e a interrupção do jogo. A regra actual já se viu que é absurda.

E termino com uma pergunta azul: - que é feito de Tandjigora que nem nos convocados aparece?! Ressentiu-se da lesão?! Ou o seu desaparecimento deve-se a outros motivos?!


Saudações azuis


*Um tribunal proibiu entretanto a SAD azul de usar os símbolos do Clube de Futebol 'Os Belenenses' e deverá ter sido por isso que Coroado resolveu insultar os adeptos que apoiam a equipa profissional do Belenenses (a única que existe e pode existir legalmente) confundindo-a com o seu principal investidor, a Codecity! Mal acomparado seria o mesmo que chamar ao Chelsea - Abramovich futebol clube, ou ao Benfica - Sport Caixa Campus, atendendo ao peso da dívida dos encarnados face ao banco público. Mas este é o problema de meter os tribunais a resolver os assuntos do futebol quando deveriam ser resolvidos pelas entidades que existem para o efeito – Liga, Federação e Tutela.
Quanto ao fundo da questão o Belenenses que joga no Jamor é o mesmo que subiu à primeira divisão e por lá se tem tem mantido com o apoio dos mesmos adeptos que também o apoiavam no Restelo. O resto são papéis e sede de protagonismo.

domingo, outubro 28, 2018

O azul das tempestades!


O Belenenses parece dar-se bem com os furacões que nos últimos tempos arribaram à costa lusitana. Alma de marinheiro é assim. Sentiu-se na reviravolta operada na Medideira, fez faísca no Seixal com os sub-23 a imporem um saboroso empate e ontem com dois golos de rajada assolou as águias no estádio nacional! Campo neutro para os nossos adversários e para todos os adversários. Há dez anos que não ganhávamos ao Benfica, embora o ano passado estivesse por um triz, e por isso hoje é dia de festa para todos os adeptos azuis. Pelo menos para aqueles que ainda sabem quem são os nossos verdadeiros rivais. E estou certo que muitos dos que neste Domingo vão ao Restelo, em busca do paraíso perdido, hão-de sentir o mesmo do que eu. Embora não o confessem. Belenenses do Pau de fio, das Salésias, do Restelo, do Jamor... é sempre o mesmo Belenenses.

Quanto ao jogo que silenciou o país, foi uma vitória contra tudo e contra todos. A começar pelo comentador benfiquista da Sport TV, actualmente uma filial da BTV, a continuar com o VAR que analisou ao microscópio uma grande penalidade que mesmo assim deixa dúvidas, dúvidas reais, atendendo ao tempo que Soares Dias demorou a visionar o lance, e acabando no inefável Pedro Henriques, ex-árbitro que descortinou uma falta na bonita jogada que deu o segundo golo! Tudo serviu para desvalorizar a exibição do Belenenses. O costume quando o Benfica perde.

Salientar no lado do Belenenses as exibições de Muriel, finalmente a perceber que tem que despachar bola para a frente e rápidamente. Embora Silas ainda pense que um guarda redes com trinta anos vai aprender a jogar com os pés! Lirismos. Outra grande exibição de Eduardo sem temores reverenciais ou complexos de inferioridade. É destes jogadores que precisamos. Uma palavra para o esforço de Lucca mas que não pode falhar passes de morte que acabariam com as veleidades encarnadas. E Licá também esforçado mas que precisa de ganhar mais confiança.

Do lado encarnado abro uma excepção para 'elogiar' a substituição de Salvio que é sempre um perigo à solta.

Resultado final: Belenenses 2 – Benfica 0 (golos de Eduardo/g.p. e Keita)


Saudações azuis

terça-feira, outubro 16, 2018

A destruição dos campeonatos nacionais!

Como diriam os mais velhos - isto já não é para mim - mas quem cá ficar deve preparar-se para a abolição dos campeonatos nacionais. Em favor, é claro, das provas uefeiras ou de outras entidades supra nacionais que definitivamente tomaram conta do negócio do futebol. Mas afinal a quem servem estas longuíssimas interrupções do campeonato nacional?! Aos clubes mais pequenos, que são a esmagadora maioria, não servem concerteza. Não têm internacionais para valorizar nas selecções, estão parados, e têm de continuar a pagar os ordenados aos seus atletas. 

Mas já agora que raio de prova é esta da Liga das Nações?! Já não tínhamos o campeonato do mundo?! E o campeonato da Europa?! E até os jogos olímpicos! Sem falar nas inúmeras provas que a UEFA organiza para as camadas jovens! Enfim, alguém há-de lucrar, e muito, com isto. Mas já começam a ouvir-se algumas criticas perante tal exagero. Criticas provenientes dos campeonatos mais competitivos e cujo interesse é manifestamente afectado por todas estas interrupções. E com reflexos negativos quer na perfomance dos atletas quer na bilheteira.

Em Portugal pelo contrário, ninguém protesta, a bilheteira não conta, e o povo alimenta-se da selecção. Próprio de órfãos e alienados. Quanto aos três grandes sempre ganham algum com a valorização dos seus inúmeros internacionais. E se pudessem, acabavam com o campeonato nacional desde que lhes fossem garantidos os milhões da UEFA. 


 Saudações azuis

quinta-feira, outubro 11, 2018

Presidentes, palmadinhas nas costas e greves!


Não sei o que se passou na 'reunião dos presidentes', nem preciso de saber, basta-me ouvir a declaração final, desta vez a cargo do presidente do Marítimo.
Tal como previa as reivindicações apresentadas nada têm a ver com o essencial, o básico que assinalei no postal anterior. Portanto o Benfica vai continuar a produzir as transmissões televisivas quando joga no estádio da Luz, e o VAR formará o seu juízo com as imagens produzidas pelos encarnados. A aberração vai manter-se e o grau de suspeição também. Nada que incomode os presidentes dos clubes, muito menos os presidentes da Liga e da Federação. Tutela idem. Está tudo preocupado com a violência no desporto, só que a violência nasce e alimenta-se de alguma coisa. Normalmente é da suspeição e da batota.

Sobre a centralização dos direitos televisivos nem uma palavra. Sinal de que está tudo contente, os grandes com a carne, os pequenos com os ossos. A justificação esfarrapada de que há contratos a cumprir (leia-se recebimentos antecipados) é uma espécie de cheque perpétuo, uma desculpa sem fim à vista. E mais uma vez o silêncio da parte dos organismos que mandam no futebol. O único comentário ao caderno reivindicativo veio do presidente da Liga, avisando o governo (e o país) que a indústria do futebol movimenta muito dinheiro. Talvez movimente mas em circuitos errados. Não existe indústria numa sociedade de senhores e de escravos. A não ser nos regimes totalitários.

Mas quais são afinal as reivindicações dos presidentes?! Reivindicações dirigidas à tutela e com ameaça de greve?!

Acabar com a violência no futebol, dinheiro das apostas desportivas, redução das taxas no seguro dos jogadores. Além duma critica directa à tutela que se tem revelado incapaz e ausente. De acordo e parecem-me justas. Mas convinha fazer primeiro o trabalho de casa. Em especial no caso da violência. Se ela tem a ver com a batota o melhor é acabar primeiro com a batota. E se a batota tem a ver com a enorme desigualdade e a inerente dependência (satelização) dos clubes, o melhor é combater aquela desigualdade e fiscalizar as dependências. Não é preciso inventar nada basta copiar o que fazem os campeonatos mais competitivos. E já estou careca de repetir: – centralização e distribuição equitativa das receitas televisivas e proibir empréstimos (ou falsos empréstimos) de jogadores entre clubes que participam no mesmo campeonato. Proibir e fiscalizar. O resto há-de vir por acréscimo.

Era isto que eu queria ver no caderno reivindicativo. Porque é disto que o futebol português precisa para sair do atoleiro onde está metido. Isto, sim, merece uma greve. O resto são palmadinhas nas costas.


Saudações azuis


Nota básica: Faltou falar das claques e suas variantes, aparentemente a face mais visível da violência no futebol. Repito, aparentemente. No entanto a estratégia tem que ser igual. Trabalho de casa por parte dos clubes e posterior intervenção do governo que se tem alheado das suas funções com medo de perder votos. E aqui não há claques boas e claques más. Há claques à rédea solta. Por isso as coisas chegaram ao ponto a que chegaram. Assim, se querem a minha opinião, o melhor é suspender temporariamente todas as claques e grupos organizados de adeptos devolvendo o futebol ao público que é afinal quem paga o espectáculo. E tem direito a ver o jogo sem ser incomodado. E sabendo que os clubes não conseguem assegurar a lei e a ordem dentro dos seus recintos também não é justo que sejam os contribuintes a pagar uma espécie de tributo de guerra... quando ainda não chegámos lá.

quarta-feira, outubro 10, 2018

Os jogos da corrupção


Em Portugal deve morar o campeonato mais corrupto da Europa! E não vou mais longe para não me envergonhar. Baseio aquela afirmação em factos que entram pelos olhos dentro. Vou enumerar alguns:

Somos o único país da Europa onde se permite que um dos concorrentes (o Benfica, claro) produza as imagens dos jogos realizados em sua casa; 

Somos o único país da Europa (com excepção da Ucrânia, suponho) onde os direitos televisivos não estão centralizados numa única entidade que depois os divide segundo critérios conhecidos e justos; ao contrário, em Portugal reina a anarquia, cada qual negoceia como quer, ou como pode, e no fim o resultado acentua, a cada época que passa, o fosso entre clubes grandes e pequenos. Nesta matéria somos campeões europeus crónicos. Nem precisamos de golos do Éder.

Este conjunto de aberrações, e não se vislumbra quem lhe ponha a mão, teria que desembocar numa caricatura de campeonato, completamente artificial, inviável, e que só não abre falência porque o estado e os bancos do regime são os seus principais credores. E também estão falidos. Neste ambiente floresce a corrupção, uma corrupção generalizada, que vai ensaiando fugas para a frente... a ver se pega! E pega mesmo com o inestimável contributo de uma comunicação social rasteira e conivente. Para fingir que não é, 'desvenda' casos de lana caprina, omite casos importantes e ressuscita convenientemente os bodes expiatórios do costume. Tenta assim baralhar a opinião pública. A tutela faz o mesmo. Ou seja, quando o Benfica está apertado isto parece uma orquestra!

Reaparece Vale e Azevedo o 'único criminoso nacional'! Pede-se a captura imediata! E talvez prisão perpétua!

Reaparece Bruno de Carvalho porque há setecentos mil euros sem facturas! Sem esquecer o caso de Alcochete! Desígnio nacional: - prender este Bruno que tanto mal nos fez!

Vieira não é arguido no caso dos emails! E provávelmente nunca será! Isso também vai para a conta do Paulo Gonçalves!

Outras notícias importantes:

Para compensar o Sporting pela derrota a justiça desportiva aplica uma multa ao corte da relva em Portimão!

Para compensar o Porto pela derrota a justiça desportiva aplica uma multa ao paso doble tocado na Luz. Estava desafinado. Pegar o toiro (da corrupção) pelos cornos, isso está quieto!

Um procurador afecto ao FC Porto foi condenado por pressionar uma testemunha. A Tânia Laranjo anda em cima disto. Cuidado.


Um dia talvez tenhamos que fazer como no Brasil. Dar uma varridela nisto tudo.


Saudações desportivas


Nota: Taça de Portugal – sorteio: Amora-Belenenses


segunda-feira, outubro 08, 2018

Lições de ataque


Quem tenha visto o jogo de ontem em Portimão ficou esclarecido sobre as virtualidades atacantes dos algarvios ou de qualquer equipa que pretenda marcar golos com regularidade. Seja a que adversário for. Precisa de ter bola a meio campo e precisa de um municiador que para além das suas capacidades técnicas individuais decida cada lance a pensar no colectivo! Esta é a grande qualidade de Nakajima. Uma qualidade rara que define os grandes jogadores tenham eles o tamanho que tiverem. O quarto golo do Portimonense ilustra bem o que quero dizer. O passe era óbvio mas quantos jogadores decidiriam tão depressa e tão bem?!

Mas o jogo de Portimão ensinou outra coisa. O futebol actual, cada vez mais fechado, a equipa que defende com onze jogadores atrás da linha da bola, para furar aquilo são precisos extremos. Fortes no um para um e com a velocidade que se exige a um extremo. O que é diferente de defesas laterais que avançam no terreno. Manafá, por exemplo, marcou aquele golo porque era um extremo embora estivesse a jogar a defesa. Um lateral de raiz podia chegar à área mas duvido que marcasse. É a minha opinião. Sem falar em Tabata que, no outro lado do campo, semeava o pânico na defesa leonina.

Olhemos agora para o Belenenses. É verdade, não temos um Nakajima mas isso nem o Porto tem. Herrera demoraria uma eternidade a soltar a bola, Octávio tentaria driblar alguém antes do passe e Sérgio Oliveira nem veria o companheiro desmarcado. No Benfica admito que Pizzi pudesse igualar o japonês e Bruno Fernandes no Sporting talvez fizesse o mesmo. Portanto isto só vem provar que há muitos jogadores com técnica mas poucos com cabeça e técnica ao mesmo tempo. O desafio é apostar em jogadores que compensem em inteligência (humildade e sentido colectivo) o que lhes falta em técnica. E esses jogadores que antigamente chamávamos de 'operários', por oposição aos artistas, também levam a carta a Garcia.

E precisamos pelo menos de um extremo. Licá é um ponta de lança que cai nas alas e Diogo Viana embora saiba jogar nas faixas não tem a velocidade indispensável a um extremo. Os laterais que temos, que até são bons, não resolvem esta lacuna.*

Saudações azuis

*Esqueci-me de Dálcio que é de facto um extremo embora esteja a jogar no meio campo. Silas procura tirar partido do seu sentido de passe e visão de jogo, que os tem, mas ainda em fase de aprendizagem. 

domingo, outubro 07, 2018

Futebol sem balizas


A crónica deste jogo é simples de escrever. Basta usar a lógica. O Feirense explicou a sua invencibilidade no Marcolino de Castro. O Belenenses explicou a sua invencibilidade fora de casa. E ambas as equipas explicaram a sua aversão às balizas adversárias. Em sete jogos Belenenses e Feirense marcaram apenas quatro golos! Um bocadinho mais que meio golo por jogo. Assim torna-se difícil conquistar os três pontos em disputa. Interessa agora analisar as razões de tudo isto no que se refere obviamente ao Belenenses.

Ora bem, a equipa que iniciou o jogo foi a mesma que jogou contra o Braga e como bem notou o comentador Luís Freitas Lobo o problema da improdutividade azul está ligado à ausência do meio campo na construção ofensiva. Meio campo que parece reduzido aos aspectos táctico/defensivos. Neste sentido a decantada posse não passa pelo meio campo, fica lá atrás nas trocas de bola entre os defesas ou nos atrasos para Muriel que põem em franja os nervos dos adeptos. A sequência é então um passe longo para os avançados (Licá ou Keita) que assim recebem a bola em condições limite. Uma vez por outra Reinildo consegue arrancar na direcção da baliza adversária. É como se o jogo estivesse partido desde o início. E há uma pergunta que se impõe: - isto é mesmo assim ou é o pessoal do meio campo que não tem capacidade para segurar e transportar a bola para a frente?! Esta resposta vamos tê-la nos próximos jogos. Desta resposta dependem os golos que temos que marcar.

Resultado final: Feirense 0 – Belenenses 0


Saudações azuis

segunda-feira, outubro 01, 2018

As teimosias de Silas


Silas chegou ao Belenenses e começou logo a aprender. Mas cuidado porque no Jamor o Belenenses (e Silas) ou aprendem rápidamente ou temos o caldo entornado.

A primeira lição que aprendemos na vida é o tamanho da nossa ambição! E consequentemente as armas que temos para lá chegar. Silas se não abdica de sair a jogar e se na teimosia desse processo obriga o guarda-redes a intervir permanentemente, então tem que mudar de guarda-redes. E tem que mudar de guarda-redes porque Muriel não é um vulgar esquerdino, é um esquerdino total! E que por isso sente enormes dificuldades quando a bola lhe é passada para o lado direito. Isto vê-se da bancada, não é preciso ser treinador. Apesar destas evidências os companheiros de equipa continuam a atrasar bolas para o lado direito de Muriel e este, sem dar parte de fraco, continua a tentar jogá-las. Acontece que contra um adversário de superior qualidade, que não perdoa determinados erros, as coisas complicam-se. Foi o caso deste jogo com o Braga.
Concluindo este ponto: - para jogar com Muriel tem que alterar o sistema de saída de bola. Até porque os adversários vão aprendendo...

É verdade que também houve displicência defensiva, perdas de bola arriscadas, lentidão a recuperar, além do erro de Sasso que deixou fugir (nas suas costas) o veloz Wilson Eduardo. Aliás já tinha havido uma primeira vez que Muriel conseguiu safar milagrosamente.

Outra das teimosias de Silas tem a ver com o posicionamento e com a forma de jogar de Fredy. Transformado em elemento fulcral da transição ofensiva mas sem a necessária vocação para isso – individualista, sem visão de jogo nem espontaneidade no passe – a maioria das nossas tentativas atacantes não passavam de Fredy! Ainda por cima encostado ao flanco esquerdo foi facilmente anulado pela defensiva do Braga. Na primeira parte contei apenas uma transição bem conseguida pelo lado esquerdo. Muito graças à velocidade de Reinildo. Tentativa que deu canto e daí nasceram duas boas ocasiões para abrirmos o marcador.

Concluindo este ponto: - o lugar de Fredy é no meio e neste jogo só poderia jogar perto de Keita, como segundo avançado. Aliás deveríamos ter jogado apenas com dois avançados próximos um do outro na expectativa dos raides dos nossos laterais. Em especial Reinildo e mais tarde Zacarias.

Adianto ainda uma última teimosia muito embora perceba as condicionantes existentes em termos de lesões. Refiro-me ao meio campo. Aquilo tem que levar uma volta porque senão não conseguimos marcar. O trio (ou quarteto) actual é muito defensivo, lento e previsível. Precisamos de injectar ali mais mordente. 

Saudações azuis

Nota básica: Escrevi isto sabendo que defrontámos uma das melhores (senão a melhor) equipa do campeonato. Uma equipa cujo mérito não depende de factores estranhos ao futebol. Pelo menos por enquanto.