quarta-feira, janeiro 31, 2018

Eu trafico, tu corrompes, ele branqueia… e ela investiga!

Verbo frequente nesta terceira república, sofreu agora um pequeno revés ou acrescento desde que a Procuradoria-Geral da república está entregue a Joana Marques Vidal. Procuradora que a nomenclatura pretende ver pelas costas no fim do respectivo mandato. E percebe-se porquê. Habituados à impunidade, à queima das escutas e a outros artifícios processuais os arguidos confrontam-se agora com outra atitude por parte da Procuradoria que, imagine-se, quer levar os processos até ao fim!

É dentro desta linha de actuação que chega até nós a ‘Rota do Atlântico’, nome de código de uma investigação que apanhou nas suas redes, peixe graúdo. Estamos a falar de juízes desembargadores, da Relação, e do incontornável presidente do Benfica! Aliás a maior parte dos arguidos tem ou teve fortes ligações ao Benfica. Um clube, pelos vistos, demasiado grande para o pequeno país que somos pois não existe investigação que não termine em buscas ao estádio da Luz! Isto dá que pensar! Mas faz um certo sentido se conjugarmos este processo com o dos emails a paixão é a mesma: - tudo o que seja árbitro, desde o juiz do Supremo ao fiscal de linha, o Benfica está na jogada!

Outra conclusão, esta mais séria, que o governo deveria tirar, seria proibir os clubes de futebol profissional, de se espraiarem por outras actividades que nada têm a ver com a indústria do futebol. Fundações, colégios, creches, universidades, rendas disto e daquilo, tudo isso só serve para mais tarde dar trabalho à polícia e aos tribunais. Em Inglaterra não me consta que o Arsenal ou o Manchester United tenham fundações ou pensem abrir universidades. Pelo contrário, concentram-se na indústria do futebol, que é pujante e todos os clubes ganham com isso.


Saudações azuis  

terça-feira, janeiro 30, 2018

Futebol nas quatro linhas…

Escrevo esta crónica com um zumbido nos ouvidos. Dizem as últimas que o presidente do Benfica, mais um juiz desembargador, foram constituídos arguidos e que para já há cinco detidos. Tráfico de influências parece ser a suspeita número um, mas é claro que por enquanto toda a gente é inocente. Eu é que não sou. E como não sou gostava que o meu clube, o Belenenses, se afastasse um pouco dos locais (e das pessoas) onde as suspeitas ganham asas e podem transformar-se em certezas. Para bom entendedor…

E passemos ao Jorge Silas e ao Zé Pedro, homens que não me parece que sejam suspeitos de nada a não ser de quererem ajudar o Belém a ser grande outra vez. Ainda há muitos erros não forçados, a cabeça dos jogadores ainda é pequenina e por isso ainda sofremos golos na última jogada do desafio! E assim passámos do céu ao purgatório e a felicidade plena vai ter que esperar. Pelo que vi e por mais voltas que se dê ao texto bastou entrar um jogador com a cabeça no lugar e com a baliza nos olhos para marcarmos um golo! Falta um dia para fechar a janela de transferências de Janeiro.

Rui Pedro Soares fez questão de falar no fim do jogo para desabafar e lançou mais uma farpa ao director de comunicação do FC Porto. Compreendo-o em parte. Mas teria sido mais sagaz se mantivesse o silêncio. Francisco J. Marques, como já escrevi, errou ao tentar instrumentalizar o Belenenses para acusar o Benfica de práticas duvidosas. Mas não está a mais no futebol. Pelo menos naquele que é jogado dentro das quatro linhas. E fico-me por aqui.

Parabéns ao Belenenses pela forma briosa e competente como se bateu emperrando a ‘equipa maravilha’ no dizer dos ‘jornalistas’ avençados. Parabéns aos homens valentes que não aceitam ser vassalos de ninguém.

Resultado final: Belenenses 1 – Benfica 1


Saudações azuis



domingo, janeiro 28, 2018

A mesma guerra, novos episódios!

Estive a ler a conferência de imprensa do presidente do CF Belenenses, Patrick Moraes de Carvalho, conferência que se seguiu à sessão de esclarecimento realizada ontem no Restelo. Está em causa um novo protocolo que regule as relações entre o Clube e a SAD uma vez que se considera que o anterior foi automaticamente revogado pela decisão arbitral que impediu a recompra da maioria da SAD por parte do Clube. Um argumento que me parece legítimo. O que eu já não acho legítimo é trazer para a praça pública esta questão, seja com sessões de esclarecimento que nada esclarecem, seja com assembleias que em última análise podem (com as suas ‘decisões’) atirar o clube para os distritais. Porque se, em teoria, não é isso que se pretende, na prática (e veja-se o exemplo do Atlético) é isso que vai acontecer. Que eu saiba nenhuma assembleia (com umas centenas de sócios, se tanto) tem poderes para acabar com o Belenenses. Esta é a minha opinião. Naturalmente que o Clube e a SAD devem entender-se e para isso o estádio do Restelo tem muito espaço para pôr uma mesa e duas cadeiras. Porque a falar é que as pessoas se entendem. Assembleias e jornais, para assuntos tão delicados, não me parece.

Uma última nota mas que poderia ser a primeira: - o Atlético também já foi campeão nacional na medida em que é o herdeiro legítimo do Carcavelinhos. A taça está lá, na sua sala de troféus. Estas confusões são de evitar quando estão em causa três títulos de campeão nacional que nos foram sonegados.


Saudações azuis

sexta-feira, janeiro 26, 2018

A verdade de cada um!

Sobre a troca de acusações entre o presidente da SAD do Belenenses (Rui Pedro Soares) e o director de informação do FC Porto (Francisco J. Marques) posso e devo fazer um comentário. Para o efeito vou cingir-me ao último comunicado de Rui Pedro Soares em que pretende encerrar o assunto. Mas o assunto está longe de estar encerrado.

Trata-se de um esclarecimento interessante, em que o autor dá o peito às balas em defesa do Belenenses, tocando ainda em alguns pontos cruciais para o desenvolvimento da modalidade. Pode dizer-se que subscrevo quase tudo, para não dizer que já escrevi sobre quase tudo. Evita no entanto falar no (indispensável) saneamento do mesmo futebol hoje ferido por uma série de revelações que põem em causa a integridade dos campeonatos. Campeonatos em que o Belenenses também participou e participa. Percebo que lhe custe referir-se ao passado, nomeadamente ao passado socrático de que fez parte, mas neste caso a verdade desportiva é um valor maior.

O director de comunicação do FC Porto no entanto ultrapassou limites que não podia ultrapassar para além de imprecisões e erros que não devia ter cometido. Nesse sentido Rui Pedro Soares fez bem em avisá-lo. Lembrando que os clubes mais pequenos sempre foram as grandes vítimas desta ‘oligarquia a três’ que há longos anos fazem o que lhes apetece ignorando tudo á sua volta. Ora é isto que tem que acabar.

Mas só acaba quando for resolvida a verdadeira raiz da querela: - de um lado estão aqueles que querem cortar a cabeça do polvo; do outro, os que pensam ser possível reformar o futebol português sem tocar no polvo!


Saudações azuis 

quarta-feira, janeiro 24, 2018

Os banqueiros do povo!

É fácil ser generoso com o dinheiro dos outros! E ainda é mais fácil quando esse dinheiro é dos bancos e pode ser usado à discrição, sem limite de crédito, até á insolvência! Insolvência do banco e do cliente! E uma vez falidos nem interessa indagar se o banco é público ou privado porque quem acaba por pagar a conta é sempre o público, ou seja, o contribuinte. Pelo menos em Portugal tem sido assim.
Estava eu a pensar nestes negócios da China quando oiço falar no nome do Belenenses! Ouvidos à escuta e lá aparecia, com prova exibida, o clube do costume a fazer de banqueiro, casa da sorte, ou santa casa, distribuindo benesses aos mais necessitados. E neste clima ‘soviético’, os mais necessitados são todos, menos o clube eleito! Que é o clube do regime, do partido e do raio que o parta.
Isto pode ser novidade para muitos mas não é novidade para mim. O regime é este, o sistema é este, a batota é esta, e há sempre uma desculpa para continuar tudo na mesma. Desculpa que não aceito. E por isso espero (ainda não perdi a esperança!) pelo dia da decência. Esse dia há-de chegar e talvez os estádios voltem a ter público. Agora aquilo que lá vai é outra coisa. Uma massa informe com controle remoto.  


Saudações azuis

terça-feira, janeiro 23, 2018

Golos na janela de Janeiro...

Entre o rol de incertezas em que o futebol é fértil, o estádio dos Barreiros deixou uma certeza - não basta dominar, ou ter ocasiões para marcar, para os golos aparecerem.É preciso mais qualquer coisa. Qualquer coisa que no Belenenses, ou não existe, ou existe pouco. Já uma vez escrevi que no actual plantel, se olharmos para o seu curriculum goleador, deve ser dos menos eficazes da primeira Liga. E não estou a falar de avançados, médios ou defesas, estou a referir-me a todos.Com a excepção óbvia dos guarda redes. Temos bons jogadores, alguns tecnicamente evoluídos mas com um histórico de poucos golos. São factos. E quando os goleadores de profissão que lá existem (Maurides e Caeiro) entram em jejum, então estamos perdidos.

Eu sei que é cada vez mais difícil marcar golos nesta primeira Liga, e mesmo para os três clubes do estado, a vida também não está fácil. E não está fácil porque o preço dos grandes goleadores é incomportável para o campeonato português. A solução é descobrir um 'Mapuata' qualquer e extrair dele o máximo (em golos) antes que o mercado nos obrigue a vendê-lo. É disso que estou à espera nestes últimos dias de Janeiro.


Saudações azuis


Nota: Vi na televisão um jogo do Real Massamá e fiquei impressionado com a qualidade de um jovem avançado de seu nome Vinicius! É brasileiro, proveniente de um clube pouco conhecido, e é apenas o melhor marcador da Liga de Honra! Isso não tem impedido o Real de ocupar o último lugar na classificação! Daqui podemos tirar imensas ilações. Eu tiro uma: - que pena não ter sido o Belenenses a ir buscar esta promessa. Que ao que parece está de malas aviadas para Itália.  

domingo, janeiro 21, 2018

Quero jogadores valentes!

Fazendo justiça ao trabalho realizado pelo antigo treinador, pois não é em quatro dias que se criam automatismos, a verdade é que este Belenenses apareceu na Madeira transfigurado! E não creio que tenham sido apenas os aspectos psicológicos que algumas chicotadas sempre provocam. Havia ali mais qualquer coisa. Quem sabe o orgulho de ser belenense! Por isso vou centrar-me nas palavras finais de Silas e naquilo que elas podem querer significar. Quem quiser jogar no Belenenses tem que ser valente, tem que perceber que há ali muita história para cumprir. Nem todos os antigos jogadores interiorizam a grandeza de um clube, apenas alguns o fazem e esses devem ser aproveitados para a transmitir. Posso estar a ser optimista mas a forma como se expressou, a desvalorização da sorte e do azar, e mesmo no banco, a calma e a determinação que passou para a equipa, manteve-a unida até ao fim. Não houve individualismos escusados, nem outras vaidades, apenas uma equipa! Também não inventou! A formação inicial e a disposição dos jogadores pareceu-me lógica e as substituições, com excepção da saída do Pereirinha, talvez por cansaço, também me pareceram as possíveis face ao plantel que existe. Reduzidos a dez a entrada de Sasso era obrigatória. O futuro?! Não sei. Mas gostava que o próximo jogo fosse de redenção. Algo que varresse a imagem negativa que anda colada aos jogos com o Benfica. Mas uma coisa de cada vez.

Resultado: Marítimo 0 - Belenenses 0


Saudações azuis

quarta-feira, janeiro 17, 2018

Hora da verdade

Para a SAD que faz a sua última aposta. Uma aposta de alto risco que a ser perdida significa que não precisamos de uma SAD que nos devolve à segunda divisão. Mas pode também ser altamente compensatória no caso de ter êxito! A boa notícia é que os homens do leme são belenenses e os belenenses gostam disso. Vão precisar de alguma sorte porque o apoio está garantido. 
Mas o momento que atravessamos é também um enorme desafio para os adeptos. Teremos que estar mais unidos do que nunca se não quisermos ser o elo mais fraco desta Liga NOS. Quanto à Direcção do Clube, espera-se que seja isso mesmo, a direcção e o exemplo. No fim do campeonato logo se verá. Nesta altura a equipa só precisa que a apoiem.



Saudações azuis

segunda-feira, janeiro 15, 2018

Ainda as omeletes!

Mas afinal de quem é a culpa?!
É do cozinheiro?! É do dono do restaurante?! Ou é dos ovos?!
Costuma dizer-se – ‘casa onde não há pão’, todos ralham e ninguém tem razão’! Uma grande verdade bastando traduzir pão por vitórias.

Mas voltando à omelete, pois se ela não sai a contento, a culpa é em primeiro lugar de quem manda, e quem manda é o dono do restaurante. Pode a seguir questionar-se se a culpa não é também do cozinheiro! Porque afinal é ele que cozinha os produtos postos à sua disposição. E se continua agarrado aos tachos é porque acredita que consegue fazer a omelete. Finalmente a culpa, ainda que mais visível, mas menor, está sempre relacionada com a qualidade dos ovos. Mas aí voltamos ao princípio e se há culpa, ela é de quem os comprou ou de quem os cozinhou.
Duma coisa estou certo, em relação a esta última omelete, a culpa não foi do árbitro que aliás me surpreendeu pela positiva.

Mas chega de omeletes e vamos ao futebol e ao precipício que temos à nossa frente. Um futebol aberto na primeira parte, demasiado aberto para as nossas possibilidades, com o Rio Ave a acercar-se com perigo da nossa grande área. A defesa foi-se aguentando, começámos a ripostar e também criámos dificuldades ao último reduto adversário. E não fora um erro não forçado de Florent e o intervalo daria um empate. Mas os erros pagam-se caro especialmente quando temos pela frente jogadores acima da média.

A segunda parte mostrou um Belenenses determinado e num lance em que o Rio facilitou  conseguimos chegar ao empate. Fredy trabalhou bem o lance e Bakic apareceu no sítio certo! Nesse preciso momento e sem nenhuma razão aparente Pereirinha (que fez uma boa primeira parte) é substituído por Tiago Caeiro recuando Diogo Viana para defesa direito. O Belenenses continuou a insistir por esse lado, nem sempre com grande lucidez, mas a verdade é que o jogo estava equilibrado. Bakic entretanto lesiona-se e é substituído por Maurides. E o Belenenses, que na primeira parte não apresentou nenhum ponta de lança de raiz, passou a jogar com dois! Uma aposta perigosa e que não tem resultado. Maurides ainda introduziu a bola na baliza mas estava deslocado. E o jogo tornou-se de repente muito quezilento. Faltava pouco para acabar e nos bancos o empate era um dado adquirido. Mas os últimos minutos têm sido dramáticos. Neste tempo Yebda ainda conseguiu ser expulso e depois, já nos descontos, veio o livre fatal! A história repetiu-se, mas desta vez nem um pontinho!

Falta falar do precipício! Mas do precipício não se fala, cai-se. Há seis/sete equipas a lutar para não descer e uma delas é o Belenenses.


Saudações azuis

sexta-feira, janeiro 12, 2018

VAR – omelete sem ovos!

É difícil fazer uma omeleta sem ovos, assim como é difícil arbitrar se não houver árbitros competentes. E o vídeo árbitro, porque depende da competência dos árbitros, torna-se assim num instrumento inútil e até prejudicial. E não vem ao caso a desculpa de que estamos no ano zero e há-que ter alguma tolerância em relação aos erros. Isso seria um bom argumento não fosse a constatação geral de que ao fim de dezassete jornadas o vídeo árbitro em lugar de melhorar as suas prestações, tem vindo a piorar.

Mas analisemos o assunto com mais detalhe. Finda a primeira volta do campeonato ficámos a saber que as intervenções do VAR corrigiram 28 decisões inicialmente tomadas pelos árbitros de campo. Parece muito e parece que afinal o VAR é um instrumento útil pois, pelo menos naquelas situações, terá garantido a verdade desportiva. Não sou tão optimista, nem vou por aí.

Não é uma questão de quantidade. O vídeo árbitro só se justifica se trouxer qualidade e confiança. Não existe para estar sempre a intervir e a interromper a partida. E muito menos existe para só intervir nos jogos entre pequenos. Onde não há pressão da opinião pública e publicada. Numa breve resenha e das 28 intervenções constatamos que só quatro ou cinco dizem respeito aos três grandes e só uma foi desfavorável aos seus interesses. Mas logo compensada, no mesmo jogo, por uma decisão favorável. Nos jogos entre eles o VAR nem se atreve a intervir. E como disse acima, à medida que o campeonato foi decorrendo e a contestação foi aumentando, o VAR hibernou e está cada vez mais silencioso!

Isto não é VAR, é medo. E falta de ovos.


Saudações azuis

quarta-feira, janeiro 10, 2018

Desanimador…

Este jogo desanima qualquer um. E vou usar as palavras do treinador – ‘uma primeira parte equilibrada, sem grandes oportunidades de golo, e uma segunda parte em que não conseguimos ter bola e eu assumo toda a responsabilidade porque as substituições que efectuei falharam’. Foi mais ou menos isto. Fica-lhe bem ter dito o que disse e por essa razão não me vou alongar sobre o assunto. Espero apenas que aquela segunda parte não volte a repetir-se. Pelo menos no Restelo.

Resta acrescentar que a grande e talvez única oportunidade do Boavista nos primeiros quarenta e cinco minutos resulta de uma perda de bola infantil, mais uma, do Yebda. E depois dizem que eu tenho a mania da perseguição. Mas não, não tenho. O que eu quero dizer é que independentemente do esforço do jogador, que é muito, da sua qualidade técnica, Yebda joga numa posição chave e aí não se pode facilitar. São infantilidades, demoras a passar a bola, tiques de vedetismo, que todas somadas, no fim de um jogo, podem fazer diferença. E quando os golos estão pela hora da morte as falhas do meio campo notam-se muito.

O presidente da SAD também veio a terreiro dizer que o Belenenses está a ser empurrado para a segunda divisão. Referia-se à arbitragem de Gonçalo Martins que já nos havia prejudicado em Tondela. É verdade, e também é verdade que o golo foi mal validado. Mas face ao massacre boavisteiro o empate adivinhava-se a qualquer momento. Portanto não nos vamos desculpar com as arbitragens, elas continuarão a prejudicar o Belenenses, pois já perceberam que estamos divididos e por isso somos o elo mais fraco da primeira Liga. Quanto ao VAR confirmou tudo o que tenho escrito sobre ele. Aposto que este golo nunca seria validado se o mesmo fosse sofrido por Sporting ou Benfica. Quanto ao Porto já não estou tão seguro atendendo ao golo marcado pelo Rafinha!

Concluindo, lá teremos que ir ao mercado novamente, e esperar que o mercado nos traga aquilo que nós não temos. Os golos que resolvem quase tudo – os jogos, a vida dos treinadores, e o futuro da SAD.


Saudações azuis     

terça-feira, janeiro 09, 2018

Nervoso miudinho, Var e G-15!

É sempre assim, tento desviar a atenção para outros assuntos mas o jogo de logo à noite reaparece neste dia chuvoso e frio. Eu se fosse o Domingos não mexia na equipa que entrou em Portimão. Já existem algumas rotinas defensivas que convêm manter. Para entrar o Chaby que realmente pode agitar qualquer coisa, tem que sair alguém, e aí só se for um dos extremos (Fredy ou Diogo Viana). Quanto a Bakic não está entrosado e o adversário é perigoso no contra golpe. Com o decorrer da partida, logo se vê. E o que temos visto neste campeonato é que o factor casa conta muito pouco. Só conta para Benfica, Sporting e Porto.

Não tenho falado do VAR porque parece-me que já disse tudo! Se têm lido o que escrevo já sabem que não sou um entusiasta e também sabem o que penso sobre a sua precipitada introdução. Teve a ver, não com a coragem da inovação, mas com a cobardia federativa que assim encontrou uma forma de não enfrentar o clima de suspeição que já se adivinhava. Teve azar, o clima de suspeição não desapareceu e até aumentou e o VAR veio acrescentar outros problemas. Aliás e para ficarmos esclarecidos sobre a realidade do vídeo árbitro, a revista Sábado publica uma interessante entrevista a um apostador profissional português (trader) que sobre o VAR disse o seguinte: -

quando o VAR vai definir se é golo ou fora de jogo, há imenso dinheiro a entrar. E as pessoas apostam a favor do clube grande, porque já se percebeu que o VAR foi criado para beneficiar os clubes grandes.”

Finalmente uma palavra sobre o G-15 e a suspeita de estar a ser instrumentalizado. Não sou bruxo mas tenho antecipado alguns riscos, reais ou imaginários, e que podem ensombrar um projecto sem dúvida prometedor. Porque promete mudar o futebol português. Mudar para melhor porque não há nada pior que uma ‘competição’ onde uns ganham sempre e comem tudo, e os outros perdem sempre e passam fome! É natural portanto que o G-15 seja hostilizado por Benfica, Sporting e Porto, cada um à sua maneira, uns com cantigas de embalar outros com rugidos de leão. Mas convém esclarecer uma coisa: - quem fabricou de facto o G-15, foi o G-3 desde sempre apadrinhado pela federação, pela ausência da Liga e se quiserem pela complacência de todos os governos. Um dia isto teria que acontecer porque a alternativa a um campeonato fictício, inviável e falido, seria inscrever os três fidalgotes (que os bancos e os contribuintes sustentam) no campeonato espanhol! Esse sim, competitivo e com público.

Dito isto vamos prosseguir com o projecto do G-15 mas focados nos nossos interesses comuns, que infelizmente não são, neste momento, compagináveis com os interesses dos chamados três grandes. E todos sabem, embora não o verbalizem, que o G-18* só será uma realidade quando houver a centralização dos direitos televisivos e a correspondente distribuição da receita segundo critérios equitativos. E havendo dinheiro só não será independente quem  tiver mentalidade de escravo.

*Sem esquecer os interesses legítimos da Liga de Honra.



Saudações azuis

segunda-feira, janeiro 08, 2018

Centeno e os bilhetes da bola

Eu bem gostaria que aquilo que vou transcrever tivesse sido dito ou escrito pelo presidente do Belenenses. Mas assim, à falta de melhor, aqui vai um 'desabafo' que eu subscrevo inteiramente. Não só subscrevo como já o denunciei em postais anteriores. É o presidente de um clube rival?! É, sim senhor. Mas quando se trata de batota, seja política, seja desportiva, não há rivalidades. Há apenas indignação.

Do jornal A Bola, com a devida vénia:


O presidente do Sporting veio a público falar sobre a recente polémica que envolve Mário Centeno, ministro das Finanças, e Luís Filipe Vieira.

Mário Centeno terá pedido bilhetes ao presidente do Benfica, em março do ano passado, para assistir ao jogo entre Benfica e FC Porto na tribuna presidencial do Estádio da Luz. 

Agora, segundo avança o Correio da Manhã, foi conhecido um e-mail enviado a Luís Filipe Vieira pelo seu filho, a agradecer-lhe a sua influência para que fosse reconhecida a isenção de pagamento de IMI a um prédio da família.

Na rede social Facebook, Bruno de Carvalho ataca:

«1. Isenções de impostos com "empurrões"

Afinal devia ser destes impostos, que todos nós pagamos e alguns têm perdão, que devia estar a falar o advogado Pragal Colaço. As tribunas são uma maravilha. Enquanto na do Sporting CP convivemos e eu dou um beijo à minha mulher, noutras "empurram-se" perdões fiscais e já começam a dizer à boca cheia para não se preocuparem com os casos vouchers, emails e pagamentos para se perderem jogos, pois está tudo controlado.... Modernices!

Isto está ao nível das reuniões feitas no estádio de um clube para promover uma determinada pessoa para que ficasse a liderar o Novo Banco após a queda da direcção. Também devia ser para continuar a dar uns "empurrões" na dívida que já andava dispersa, para não ser notada, por obrigações que eram espalhadas por fundos da ESAF, seguradoras, fundos de pensões e outras entidades relacionadas... E a verdade é que os portugueses ainda não sabem quem vai pagar essas dívidas: se o devedor, se eles... Democracia!»

Saudações azuis

sexta-feira, janeiro 05, 2018

Empate a zeros

Mais um jogo sem facturar e a nítida sensação de que o problema não é táctico, nem é do treinador, assim como não é de empenho e esforço dos jogadores. Em minha opinião tem a ver com as limitações técnicas do plantel que se tornam gritantes em determinados momentos do jogo nomeadamente quando a equipa recupera a bola e tem que atacar a baliza adversária. Quando chega esse momento surgem, para além dos problemas que seriam normais, outros que não se esperam de jogadores de uma primeira Liga. Ou é o Diogo Viana que se embrulha com a bola, e cai, ou é o Freddy que ensaia uma jogada sem futuro, ou é o Maurides que se atrasa! E isto de forma repetitiva. Há sempre qualquer coisa que se intromete entre o querer e o fazer.

Os médios/municiadores também têm uma quota-parte importante na ausência de golos. Nomeadamente quando passam mal ou demoram a passar. Neste aspecto Yebda (que correu quilómetros) continua a não saber qual é o timing para soltar a bola. E Sousa precisa de fortalecer os seus níveis de confiança.

Quanto aos outros aspectos do jogo só posso dizer bem. A equipa tinha a lição estudada, defendeu bem em termos colectivos e durante a primeira parte pode dizer-se que tomou conta do jogo. O problema foi sempre o futebol sem balizas.

Já na segunda parte e com a entrada de Paulinho o Portimonense fez estremecer um pouco o centro da nossa defesa em especial Gonçalo Silva que terá de rever as suas saídas de bola para o ataque. Numa delas só não sofremos golo por milagre! Domingos demorou algum tempo a reagir e por fim lá fez entrar Sasso para trinco e as coisas melhoraram. O Belenenses voltou a ter mais bola e Sousa ainda teve tempo para desperdiçar uma boa oportunidade para marcar. Enfim o zero a zero, tal como referiu o treinador do Portimonense, aceita-se.

Mas para lá do resultado temos que nos concentrar no perigoso dilema: - marcámos apenas quatorze golos em dezasseis jogos, uma média que não anuncia vitórias. Acresce que estamos a uma jornada do fim da primeira volta e com apenas dezoito pontos. Uma posição periclitante sabendo que o Belenenses na segunda volta vai receber em sua casa os três candidatos ao título. Três jogos em que será difícil conseguirmos os três pontos. A SAD deve saber destas contas e esperamos todos que tenha uma solução a condizer.



Saudações azuis    

quarta-feira, janeiro 03, 2018

2018 – A operação marquês chegou ao futebol?!

Se chegou é benvinda!

Ora bem, olhando para os indícios que têm vindo a público o Benfica parece ter seguido o padrão comportamental do ex-primeiro ministro José Sócrates criando uma ‘teia de poder’ onde todos (ou quase todos) devem obedecer-lhe e venerar o seu grande líder! Por outras palavras, a dívida que faliu os bancos e o país também serviu para alimentar o sonho de um Benfica extra celeste e imparável! O que é que falhou então neste conto de fadas?!

Tudo começou quando um tal de Passos Coelho disse não ao Salgado e assim estragou o arranjinho a muita gente. Da esquerda à direita e bem à nossa frente descobrimos uma rede de cumplicidades de fazer inveja ao polvo siciliano! Não fora isso e tudo continuaria no melhor dos mundos!

No futebol o grande culpado pelo actual desassossego tem sido indiscutivelmente o presidente do Sporting. Impetuoso e pouco dado a paninhos quentes tratou logo de chamar os bois pelos nomes levando o caso dos vouchers à televisão. Era a ponta do iceberg. Apareceram depois os emails que o homem do Porto (Francisco J. Marques) tem sabido manejar com maestria. E pronto o cheiro a esgoto começou a espalhar-se e agora não há perfume que o desvaneça. 

Se os indícios se confirmarem será difícil não haver consequências. Para o presidente da Federação será o fim da sonhada carreira na UEFA ou na FIFA. Para o Benfica ainda só vamos no tricampeonato de 2015/2016… Para os adeptos em geral e que não gostam de ganhar com batota, pode ser uma esperança.


Saudações azuis