sexta-feira, dezembro 30, 2016

Os ‘passa culpas’ e o Belenenses!

Mais um episódio lamentável, não tanto a saída de um jovem jogador para os rivais, já estamos habituados, mas a vinda para a praça pública sacudir a água do capote! E tentar colher dividendos com a desgraça do Clube! Isso é que é verdadeiramente lamentável. A direcção, que chegou finalmente à conclusão que não tem razão de existir sem o futebol profissional e a SAD que se comporta como um corpo estranho dentro do Clube. Há muito que este cenário era previsível e não vale a pena estarmos agora a culpar o passado pelos erros cometidos. Teríamos que ir muito longe. Teríamos que convocar muitas direcções do clube, incluindo a actual que se fez eleger com a promessa de regularizar as relações com a SAD! E para sermos justos nestas culpas todas esta SAD é a menos culpada. Foi uma direcção que a escolheu, foram os sócios que a caucionaram e em termos puramente desportivos, melhor ou pior tem vindo a cumprir. Evitou uma desastrosa inscrição nos distritais e levou-nos da segunda Liga para a primeira. Uma verdade indiscutível.

Mas como eu dizia mais do que culpar o passado interessa olharmos para o futuro e resolvermos de vez esta situação que só penaliza o C.F. “Os Belenenses”. Já se percebeu que esta Direcção quer recuperar o futebol profissional e em princípio estamos todos de acordo. Existem porém algumas dúvidas que conviria esclarecer. A primeira e desde logo a mais importante é a seguinte: - com que meios é que esta direcção pretende substituir a SAD?! Tem algum investidor em carteira?! E se tem quem nos garante que será melhor do que este?! Ou está a contar com as rendas de colégios e outras da mesma espécie?! Se é este o caminho para gerir o futebol profissional, se vamos embarcar numa aventura imobiliária para gerir uma realidade que é tudo menos imóvel, então deveriam ser convocadas eleições para que os sócios se pronunciem sobre essa utopia. Em Portugal, na república portuguesa, as rendas imobiliárias empobrecem sempre os senhorios e enriquecem os inquilinos ou rendeiros. É uma lei de ferro. As tais rendas talvez agradem aos sócios do Restelo mas não aos sócios do Belenenses. Eu sou sócio do Belenenses. E o único benefício que exijo é uma equipa de futebol que honre a antiga grandeza do clube. Para bom entendedor…



Saudações azuis

quinta-feira, dezembro 29, 2016

Recuperação inglória

Não vou falar dos árbitros, prefiro falar das falhas da nossa defesa. Ai Hanin, Hanin, em vez de despachares a bola quando ela esteve ao teu alcance, quiseste continuar com ela só que o Boateng é mais rápido (e mais rato) e cavou um penalty. Faltavam dez minutos, não podias facilitar. Depois temos os Xistras que marcam tudo quando é contra o Belenenses. Também já devias saber isto. E até o livre de que resultou o empate era desnecessário. Talvez não fosse livre e o avançado do Moreirense que cabeceou talvez estivesse em posição irregular, mas que interessa isso se o Domingos Duarte passou o jogo todo à procura desse avançado! E nunca o encontrou! Há jogos assim, para esquecer. Se o Jesus viu este jogo o rapaz não volta tão cedo a Alvalade! Mas comecemos pelo princípio pelos primeiros vinte minutos em que tomámos conta da bola e em que ensaiámos três ou quatro lances envolventes, bem desenhados e prometedores. Mas aquilo foi esmorecendo, percebeu-se que aquele pressing inicial não iria durar muito. Na luta de meio campo o Moreirense estava a ganhar terreno e alguns lançamentos compridos começaram a causar perigo. Até que veio o golo dos cónegos! Um golo de certo modo contra a corrente do jogo. Um cruzamento largo em que Domingos Duarte se ausentou, e João Diogo se baixou. Ventura esticou-se mas não chegou! E Roberto, o avançado centro do Moreirense, marcou! A partir daí e até ao intervalo o Belenenses oscilou bastante e eu pensei: - estamos feitos!

Portanto foi com alguma surpresa e muita satisfação que assisti à reviravolta no marcador. A entrada de Palhinha deu músculo ao meio campo e Miguel Rosa agitou o ataque. Duas substituições fundamentais que tiveram o condão de acordar Vítor Gomes e dar outra dimensão ao jogo de Sousa. E jogámos bem, merecemos chegar ao 1-3, merecíamos ter saído de Moreira de Cónegos com uma vitória, mas aqueles dez minutos finais... não podem voltar a acontecer. Temos que ser mais fortes psicologicamente, temos de saber jogar contra tudo e contra todos.
Sobre as actuações individuais já disse quase tudo: -  Palhinha e Miguel Rosa revolucionaram a equipa mas seria injusto não destacar o central Gonçalo Silva que no meio do desacerto defensivo manteve um nível exibicional muito alto!

Resultado final: - Moreirense 3 - Belenenses 3

Com este resultado e devido ao empate do Porto frente ao Feirense ainda temos algumas hipóteses de passarmos à fase seguinte.


Saudações azuis 

quarta-feira, dezembro 28, 2016

O ‘fair play’ no futebol português!

Os altos responsáveis pelo futebol português, federação e afins, têm o peito curvado de medalhas! No pescoço não cabem mais colares por serviços prestados à pátria. Então agora que conseguiram um título europeu, igualzinho ao da Grécia, subiram ao Olimpo, tornaram-se deuses! E não olham para as pequenas coisas do dia-a-dia, como por exemplo para a farsa que é o futebol nacional! Estou a falar do futebol profissional, obviamente. Estou a falar do fair play e do seu contrário que é a batota! E a batota podia ser combatida se houvesse a coragem para mudar o que está mal, para mudar o que é vergonhoso.

Por exemplo, como é possível que existam três clubes que têm sempre dinheiro para comprar todos os jogadores promissores do nosso futebol, a maior parte para serem depois emprestados, quando esses mesmos clubes devem somas astronómicas aos bancos, bancos públicos ou semipúblicos, dívidas que o mais certo é serem os contribuintes a pagar?! Sim, como é possível que a federação portuguesa de futebol não intervenha em nome do fair play, já não digo desportivo, porque isso parece não lhe interessar, mas ao menos financeiro! Seguindo aliás as directivas da UEFA!

Havia uma maneira de acabar com este regabofe ou pelo menos de reduzir os seus nefastos efeitos. Bastava querer. Já o sugeri - bastava uma norma que limitasse o número de jogadores que cada clube, em cada época, podia inscrever como sua propriedade. Era simples. Mas depois era preciso fiscalizar as fraudes e os truques que inevitávelmente surgiriam.
É claro que assim os outros clubes, os chamados pequenos, estariam mais protegidos, e talvez fosse possível aumentar a competitividade* do nosso futebol! Mas se calhar é isso que os altos responsáveis não querem.

Saudações azuis


*Competitividade para lutar pelos lugares cimeiros e não a actual onde quase todos lutam para não descer. 

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Um certo equilíbrio!

Vi o jogo hoje na TV,  com calma, e esta calma é o melhor elogio que posso fazer à exibição do Belenenses! É certo que demorámos algum tempo a ter capacidade para sair para o ataque, mas quando serenámos, quando perdemos o medo, o Sporting começou a sentir dificuldades. A grande oportunidade da primeira parte é nossa, uma perdida de bradar aos céus! Além disso secámos completamente os dois pilares do jogo ofensivo dos leões - Adrien e William  Carvalho - e sem eles pode dizer-se que só Gelson incomodou um bocadinho! Isto explica a minha calma. A segunda parte foi mais rasgada, com o jogo mais partido e apesar do Sporting ter atacado mais vezes, conseguimos sempre responder com perigo. O golo que ditou as nossa derrota acabou por acontecer já nos descontos mas o Belém também podia ter marcado. Não marcou e é isso que fica para a história. Concordo com o Quim Machado - não levar pontos deste jogo foi uma injustiça.
Mas o futebol não é para os justos mas para quem sabe marcar golos e nessa arte ainda temos muito para aprender.

Sobre os jogadores direi alguma coisa uma vez que já elogiei a postura da equipa, a sua organização, e a sua solidariedade. Em termos de ficha de jogo, estranhei a ausência de Miguel Rosa (terá algum impedimento?!) e gostei de ver o miúdo Bernardo. Foi melhorando com o decorrer da partida e só precisa de jogar mais para ganhar confiança e intensidade. Sousa desta vez fez um grande jogo e caiu menos. Tem que melhorar na marcação de livres onde temos um grau de aproveitamento próximo do zero! Camará sofreu muitas faltas mas só se compreende o seu jogo de sacrifício se outros se libertarem para marcar golos. E não é isso que acontece. Sendo assim talvez seja preferível alinhar com um ponta de lança mais efectivo na arte do remate. Aliás Caeiro em cinco minutos conseguiu logo enquadrar um remate na baliza! E por fim as substituições: - nestes jogos contra os chamados grandes não me parece útil mexer na equipa quando o desafio já se encaminha para o fim. Se os jogadores estão a dar boa conta do recado que aguentem mais um bocado. Estas alterações acabam muitas vezes por confundir as marcações e lá aparece um golo ao cair do pano. Não estou a dizer que foi isso que aconteceu neste jogo com o Sporting, mas costuma acontecer. E termino com os desejos de um Bom Natal à família belenense.


Resultado final: - Belenenses 0 - Sporting 1




Saudações azuis 

quinta-feira, dezembro 22, 2016

Novelas mexicanas!

Ainda bem que o Sturgeon fica! Ainda bem que o Jorge Simão não alinha em negócios da treta! E já gora, digo eu, o melhor é construirmos um plantel com jogadores emprestados pelos grandes clubes europeus. Explico: - tem logo duas vantagens. A primeira é que pode o jogador fazer uma grande exibição, marcar três golos num jogo, que nada muda no contrato de empréstimo. Tomemos como exemplo o caso do Jorginho emprestado pelo City ao Arouca. Acham que lá pelo rapaz estar a fazer grandes exibições que o Manchester City vai alterar aquilo com que se comprometeu com o clube do Lito. Penso que não.
A segunda vantagem prende-se com a primeira e vou dar novamente o exemplo do Jorginho: - imaginemos por um instante que o dito jogador era do Belenenses! E tinha conseguido chegar à nossa equipa principal sem estar hipotecado a nenhum dos tubarões da nossa praça! Imaginem por fim que ele tinha marcado três golos num desafio da Liga NOS! O que é que acham que acontecia?! O mais certo era sair já em Janeiro vendido  a preço de saldo. É triste dizer isto mas mais triste é poder ser verdade. O Belenenses, hoje, de seu, tem meia dúzia de adeptos que não desistem, e pouco mais.

Um parágrafo para falar do jogo de logo à noite contra o Sporting: - em nossa casa mandamos nós e ponto final. E faço daqui uma sugestão ao Quim Machado: - renove a confiança nos novos que lá estão - Diniz Almeida e Bernardo - e ponha-os a jogar. Quem sabe se não arrancam grandes exibições e nos dão a vitória!


Saudações azuis


Nota: O Andric também precisa de jogar mais tempo.  

domingo, dezembro 18, 2016

Omeletas sem ovos!

Mas afinal qual é o projecto para o futebol do Belenenses?! É ficar no primeiro terço da tabela?! É lutar para não descer?! Ou é tentar alcandorar-se aos lugares compatíveis com a sua antiga grandeza?! O problema aqui é que nada sabemos e a SAD também nada nos diz! É tudo navegação á vista! O próprio Quim Machado não fazia parte do projecto para esta época e no entanto é sobre ele que repousam as poucas esperanças dos adeptos! Esperanças que se alicerçam na dimensão do futebol praticado e no espírito que transparece nos jogadores. Mas já dizia o outro – ninguém consegue fazer omeletas sem ovos! A coisa disfarça-se durante algum tempo mas chega a altura em que olhamos para os números e eles não mentem: - dez golos em quatorze jogos são muito curtos. Não dá um golo por jogo e sendo assim é difícil ganhar. E se sofremos um golo o mais natural é perdermos. Não há como fugir a esta realidade. E mais uma vez se prova que esta época foi mal programada.

E volto às perguntas: - temos algum jogador no plantel que já tenha feito dez golos numa época?! E estou a referir-me à primeira Liga. Ou a Ligas similares de outros países. Outra pergunta: - o Abel Camará, naqueles remates que ensaia à entrada da área, costuma marcar golos nos treinos?! Eu acho que não. Mais, de todos aqueles avançados, tirando o caso do Caeiro, por já acusar alguma veterania e pelas muitas lesões que padece, e o Andric, por acusar muita inexperiência, não vejo ninguém para marcar cinco ou seis golos por época! Talvez o Miguel Rosa se jogasse mais perto da área…

Passemos ao meio campo onde poderia estar a solução para um último passe mortífero! Quem é que lá temos para fazer isso?! Só se for o Yebda que pouco joga ou o Bernardo que ainda está a dar os primeiros passos. O resto do pessoal que lá temos sabe defender e já não é mau.

E por fim temos os extremos e afins: Sturgeon é bom jogador e tem cumprido. Miguel Rosa está muito melhor fisicamente e poderá fazer uma boa segunda volta. O Gerso que era suposto ser um ciclista vai ter que dar mais ao pedal. E para furar uma defesa pelas costuras não temos mais ninguém.

Está explicada a dieta de golos.

Saudações azuis



Nota: Não me referi ao André Sousa, um bom jogador e peça chave no esquema de Quim Machado porque o rapaz precisa de ter outra atitude competitiva. Cair ao mínimo toque e esperar que o árbitro marque falta não é bom para ele nem para a equipa. E viu-se isso em Paços de Ferreira. Há que mudar.


Comentário do dia seguinte: - Os resultados verificados este fim de semana podem servir para criticar este postal ou então para o enaltecer. Os que se agarram à mediocridade dirão que os outros também têm dificuldades em marcar golos. É verdade e isso vai ser uma constante no nosso campeonato. Por isso mesmo é que a questão do homem golo é cada vez mais importante. Já dei o exemplo do Guimarães que em futebol jogado é uma equipa mediana mas que pelo facto de ter um goleador anda na parte de cima da tabela. Goleador é aquele que precisa de poucas oportunidades para marcar um golo.

sábado, dezembro 17, 2016

A história não se apaga!

Era com este título que que eu tencionava começar a minha crónica. O Sporting antecipou-se e fez bem. Estranho é o silêncio do Futebol Clube do Porto! E já agora do Belenenses perante a atitude da Federação Portuguesa de Futebol que à revelia da verdade desportiva pretende reescrever a história do futebol em Portugal! Querem transformar (retroactivamente) os campeonatos de Portugal em Taças de Portugal!!! Além de idiotas são alquimistas da treta  - transformam o ouro dos outros em chumbo, ou seja, querem  tirar-nos a glória  de termos sido campeões de Portugal dando-nos em troca mais três taças de Portugal. Não quero, não queremos! O Sporting através do seu presidente reagiu e fez muito bem. O Belenenses só tem que fazer o mesmo. Eu não pratico o nacional benfiquismo, não digo mal do presidente do Sporting só por dizer, e nesta guerra só posso dizer bem. São os interesses do Belenenses que estão em causa! É a sua história! A honra dos seus atletas! Não troco os meus valores por um prato de lentilhas.

Tudo isto porém arrefeceu com a derrota do Belenenses em Paços de Ferreira. Não retiro uma virgula ao que escrevi mas a verdade é que a história de hoje é escrita por nós e essa falha sempre o golpe de asa! Controlámos o jogo é certo, mas não chega. Quando sofremos um golo tudo se complica. Os adversários recuam, fazem anti-jogo, o árbitro contemporiza. A luta neste campeonato é pelo  pontinho. Há uma razão para isso: - descer à segunda Liga é descer aos infernos, é a falência completa. A Federação em lugar de andar a fazer fretes ao Benfica (e pelos vistos ao Porto) devia olhar para isto. Mas voltando ao problema da eficácia, dos golos, a verdade é que jogamos como uma equipa grande mas temos um ataque pequeno. O Belenenses para marcar um golo tem que repetir muitas jogadas envolventes, e contra adversários fechados é mais difícil. Faltou-nos também alguma qualidade no passe. Yebda entrou bem e podia ter empatado o jogo. Foi pena, era um bom presente de Natal!


Saudações azuis  

terça-feira, dezembro 13, 2016

Em Roma, sê romano!

É um ditado muito antigo que aplicado ao futebol indígena nos aconselha a dançar consoante a música. Assim e face aos previsíveis desenvolvimentos o Belenenses há-de precisar de um médio defensivo no caso de Palhinha regressar ao Sporting já em Janeiro. O Belém tem nos seus quadros um jogador com as mesmas características, chama-se Ricardo Dias e está emprestado ao Feirense. O único óbice reside na falta de maturidade que revela (ou revelava) quando aborda determinados lances. O que lhe tem valido um rol de cartões de várias cores. A dificuldade maior é a irregular utilização dos braços, quer nas tentativas de desarme quer quando salta. Mas isso treina-se, aprende-se e o rapaz está em muito boa idade de aprender. Digo isto porque acho que ele tem muitas qualidades e pode vir a ser útil ao clube. Outra hipótese seria pedir outro jogador emprestado ao Sporting. Mas médio defensivo não estou a ver quem?!

Outra saída, ao que tudo indica inevitável, é a de Sturgeon. Já escrevi sobre o assunto e não me vou repetir. É um dos jogadores fundamentais na actual manobra da equipa e arranjar alguém com o mesmo nível será muito difícil. Sturgeon funciona em ambas as alas, segura a bola na frente, acomete os defesas no um para um, ás vezes exagera, mas também sabe defender quando é preciso. Muito evoluído tácticamente peca apenas na finalização. Mas mesmo aí notam-se progressos! Calar-me-ia imediatamente se a SAD conseguisse convencer o Sporting a ceder-nos Podence* até ao fim da época. Quem não havia de gostar era o Moreirense. Nem o Moreirense nem o Inácio que foi para Moreira de Cónegos fazer crescer as duas pérolas que o Sporting lá tem.  

E temos ainda a possível saída de Gerso! O que a ser verdade obriga à contratação de um extremo.

Depois temos os problemas iniciais relativos à constituição do plantel e que não estão resolvidos. Falta um defesa direito que Rosell não é. Falta um centro campista que Bernardo pode vir a ser mas ainda não é. E falta um avançado com curriculum de goleador. Estou a falar de uma média de golos aceitável. E não me esqueço dos que lá estão, em especial de Andric, um jovem com grande margem de progressão. Estou convencido que Quim Machado é capaz de fazer dele um goleador. Sim, porque há treinadores que sabem fabricar bons jogadores e há outros que só sabem treinar com bons jogadores. É diferente.

Saudações azuis


*Daniel Podence iniciou-se no Belenenses em 2004, tinha sete anos. Se nada de anormal acontecer será um grande jogador muito em breve. Já é um jogador extraordinário. 

segunda-feira, dezembro 12, 2016

O campeonato dos emprestados!

Havia um filme do meu tempo chamado ‘os insaciáveis’ e lembrei-me deste título porque ele traduz de certa maneira o que se passa em Portugal em termos de organização do futebol. Parece um funil! Condicionado apenas aos interesses de três entidades – Benfica, Sporting e FC Porto, e por esta ordem. É assim que o campeonato da primeira Liga caminha a passos largos para se tornar num mero instrumento ao serviço dos ‘grandes’. Um circulo vicioso, um nó que ninguém desata nem quer desatar! Já tínhamos a Liga de Honra com as equipas B, mas pelos vistos não chega! E aquilo a que assistimos hoje na Liga NOS é um corrupio de emprestados que, dentro da mesma época desportiva, saem de uns clubes e vão para outros como se fosse a coisa mais natural deste mundo. Até já se mobilizam treinadores da ‘casa mãe’ para acompanharem os jovens emprestados no seu crescimento e regresso ao lar! Não admira portanto que a maior parte dos jogadores a actuar em Portugal, os mais prometedores, claro, sejam propriedade de Benfica, Sporting ou Porto! E os que ainda não são para lá caminham. Na verdade basta alguém dar nas vistas e é logo vinculado ao cartel! Uma espécie de monopólio que corta a possibilidade a qualquer outro clube (que não tenha crédito ilimitado nos bancos falidos) de rentabilizar a respectiva formação ou pensar sequer em aproximar-se dos donos da bola! Isto é rigorosamente o que se passa e tem pouco a ver com sociedades ditas democráticas ou evoluídas. Aqui são sempre os mesmos a ganhar e são sempre os mesmos a perder. Por isso temos aquilo que temos – um campeonato subsidiado, impossível de rentabilizar, ou seja, falido. Mas atenção, há muita gente (importante!) a viver disto! Daí ser muito difícil mudar alguma coisa.

Saudações azuis


Nota. Voltarei ao assunto analisando-o na perspectiva dos interesses do Belenenses.

Adenda: Em tempos sugeri que a FPF faça o mesmo que se faz nos campeonatos evoluídos e rentáveis. Que limite o numero de jogadores que cada clube pode vincular. E que fiscalize e puna as aldrabices nesta matéria.

domingo, dezembro 11, 2016

O melhor jogo da época!

É sinal de progresso quando as exibições vão em crescendo e na verdade este jogo com o Marítimo foi melhor que o anterior. Que já tinha sido bom. Foi melhor em primeiro lugar porque jogámos em casa onde há a obrigação de vencer. E sabemos como esta obrigação é sempre uma arma de dois gumes. Foi melhor porque não sofremos golos. Foi melhor porque defrontámos uma equipa em alta, que já nos tinha ultrapassado na tabela e vinha de uma vitória contra o Benfica. E foi melhor porque objectivamente jogámos melhor. É esta a parte que interessa. Interessa porque demonstrámos que, seja qual for ao adversário, a equipa não se desune, continua concentrada e sabe a cada momento o que tem que fazer. Há efectivamente como já tinha salientado, um enorme crescimento mental da maioria dos jogadores e assim vão entrando e saindo sem que a equipa sofra com isso. Portanto, se é indiscutível que o mérito maior é do treinador, também é verdade que os jogadores têm sido bons alunos. Acima de tudo estão muito melhor fisicamente, o que lhes permite cumprir à risca todas as funções tácticas exigidas. Quer a tapar os caminhos da nossa baliza, quer a recuperar a bola, caindo imediatamente sobre o adversário. E assim tomámos conta do jogo!
É claro que se notaram insuficiências, desde logo na finalização, uma pecha que teremos que debelar. O nosso goal-average diz tudo sobre esse assunto.

Falemos agora de ‘revoluções no plantel’! E baseio-me nas notícias que circulam na comunicação social. Costuma dizer-se que em equipa que está bem, e que ganha, não se mexe! E eu concordo. Até porque não é a mesma coisa introduzir três ou quatro jogadores no plantel e pensar que a equipa continuaria a funcionar da mesma maneira. Há todo um período de adaptação dos novos jogadores aos métodos do treinador e ao clube onde chegam. Especialmente se estamos a falar de jogadores chave. Atenção ao que aconteceu o ano passado em Setúbal.


Saudações azuis

segunda-feira, dezembro 05, 2016

O empate e a esperança!

Não quero desvalorizar o excelente trabalho que Quim Machado está a fazer no Belenenses mas empatar não chega para dar descanso aos pobres adeptos azuis. Pobres adeptos, com uma resistência infinita, adeptos a quem têm tirado tudo menos a esperança! E o futebol de Quim Machado que ontem se apresentou no Estoril já é um futebol de esperança! Futebol de equipa grande, que pressiona alto, com muitos jogadores no campo adversário, que impede a outra de sair a jogar, reduzindo o opositor à insignificância de um ou dois remates de longe! E mesmo o golo do empate só foi possível porque houve muito demérito da nossa parte. Mas como vinha dizendo, se a ideia é boa alguns dos intérpretes não estão à altura do esquema montado. E ainda assim reconheço que a maioria dos jogadores têm vindo a subir de rendimento e são hoje melhores jogadores do que eram! Apesar desse pequeno milagre foi visível a dificuldade em marcar um golo! E lembrei-me da ‘doença do Porto’ cujo diagnóstico é atribuído erradamente ao ataque mas que em minha opinião se situa no meio campo. É nesta zona que tudo se decide, para o bem e para o mal. E a conclusão que retiramos é que o Belenenses tem muitas carências nesta zona. Carências técnicas que se reflectem no último passe para os avançados ou em perdas de bola inadmissíveis. Lembro-me de duas - a que deu origem ao golo do empate; e um livre muito mal marcado que deu origem a um contra ataque perigoso. Mas na questão das bolas paradas ainda há muita coisa a melhorar. E se a isto associarmos alguns excessos de vedetismo encontraremos a explicação para o empate. Não vou particularizar mas todos sabem a quem me refiro.
O que fica dito é sobretudo um alerta para a SAD que precisa de compreender que o Belenenses não pode ter apenas quatorze pontos ao fim de doze jornadas. Estar a cinco pontos da linha de água e com a única ambição de não descer!*

Resultado final: - Estoril 1 - Belenenses 1 (marcou Abel Camará)


Saudações azuis



*Se for preciso faço um desenho mas já expliquei que em Portugal não há classe média. Quer na vida social quer no futebol. Na vida social há os ricos (onde se incluem os administradores da Caixa Geral de Depósitos e todo o alto funcionalismo público) e há os outros. No futebol há os que vivem da Caixa Geral de Depósitos e dos outros bancos falidos e também há os outros. Estes lutam todos para não descer salvo se têm alguma autarquia ou região autónoma por trás. E que ainda não esteja falida. É neste quadro que o Belenenses tem que fazer pela vida.

quarta-feira, novembro 30, 2016

Não desvalorizem o Belenenses

Eu quero lá saber do número de minutos que o Porto leva sem marcar um golo, tão pouco me interessam os sucessivos recordes que a idiotice jornalística vai desencantando para entreter as criancinhas adultas deste país! O que me interessa é o futebol jogado nas quatro linhas e nesse aspecto quer no Restelo quer no Dragão o Belenenses esteve à altura dos acontecimentos! Depois, se quiser analisar os méritos e deméritos dos dois antagonistas tenho que recorrer ao senhor de La Palice: - uma equipa joga aquilo que a outra a deixa jogar! 

A partir daqui podemos inventar o que quisermos mas aquilo que toda a gente viu neste segundo jogo foi um Belenenses a defender com classe, sempre organizado, e sem arriscar jogadas duvidosas dentro da área! Isto é muito importante sabendo-se como trabalha o subconsciente (e o inconsciente) dos árbitros nestes jogos que metem os clubes do estado. Mérito azul! Outro dos méritos que não vi realçado por quase ninguém teve a ver com o dispositivo táctico que Quim Machado (mais uma vez) implementou e que baralhou de novo os azuis e brancos! Mesmo com dez jogadores o Belenenses conseguiu durante a maior parte do tempo impedir que a defensiva nortenha se adiantasse muito no terreno! Isso foi fundamental para criar os espaços para a transição, para sairmos a jogar. Para respirarmos. É claro que na parte final as coisas se tornaram mais difíceis. Mas tivéssemos nós, nessa altura, um ‘ciclista’ a sério, com físico (e arte) para aguentar a primeira carga, e talvez fosse possível mais qualquer coisa…

Sobre os comentadores e comentários a seguir ao jogo a ideia com que fiquei foi a que exprimi inicialmente, ou seja, que o Porto jogou sozinho contra os seus fantasmas! É uma tristeza mas é verdade. O fora de jogo que o fiscal de linha corajosamente assinalou foi posto em causa! Foi um fora de jogo no limite, disseram! Como se existissem dois tipos de fora de jogo! E quanto à expulsão que o árbitro (pouco corajoso) decretou, todos concordaram que estávamos perante um acto criminoso! Afinal o que é que aconteceu?! Uma pisadela, sem maldade, igual a tantas outras que ficam impunes! Mas pronto, desta vez era preciso que o castigo ao jogador do Belenenses fosse exemplar. Veremos daqui para a frente o que acontece e qual o critério adoptado.

 Falemos agora dos jogadores azuis que bem merecem! Em primeiro lugar e repetindo a ideia que exprimi a seguir ao jogo de sábado confirma-se que os jogadores melhoram de forma a olhos vistos! Não apenas na componente físico-técnica, mas sobretudo na sua componente mental! A mais importante. Estão mais adultos mais serenos e isso permite-lhes optar em cada momento pelas melhores soluções. E estou a falar de jogadores que têm menos minutos como por exemplo Mica Pinto que me surpreendeu com as suas arrancadas! Ventura também surgiu em grande forma! João Diogo está mais calmo, menos quezilento e com isso o seu futebol melhora. Defrontou Brahimi sem problemas! A dupla central manteve-se imperturbável e só nas bolas paradas consentiu algum perigo. É preciso notar que não é fácil defrontar (nas bolas paradas) um dos melhores cabeceadores que está actualmente no futebol português – o central Filipe!
Mas voltando aos destaques do nosso time também é justo salientar Miguel Rosa que me pareceu em excelente condição! Yebda precisa de mais jogos e Palhinha de mais qualquer coisa. 
Mas repito, todos cumpriram, em especial a equipa, um conjunto solidário que soube defender com classe o resultado possível face às circunstâncias. Uma exibição que traz esperança aos adeptos.



Saudações azuis

segunda-feira, novembro 28, 2016

Exibição interessante, mas …

Há que reconhecê-lo o Belenenses realizou uma excelente exibição impondo um nulo no Restelo ao Futebol Clube do Porto! Podíamos até ter ganho e não seria nenhum escândalo para quem viu o jogo. Isto quer dizer que Quim Machado está a conseguir tirar rendimento dos jogadores que tem à sua disposição, dando-lhes confiança (e serenidade) e isso nota-se em campo. Essa foi a primeira boa surpresa da noite chuvosa. A segunda surpresa residiu na capacidade para discutir o jogo em todo o campo nunca perdendo o sentido da baliza contrária. Houve é certo, períodos, nomeadamente na segunda parte, em que alguns jogadores pareciam vacilar mas a equipa manteve-se organizada e sem abdicar dos seus princípios de jogo. Bola na relva, espaços para onde os jogadores se desmarcavam com naturalidade e desenvoltura. Sim senhor, há progressos!
A terceira grande surpresa da noite foi a lição de táctica que Quim Machado deu no seu opositor! Ao colocar André Sousa adiantado e sempre em perseguição de Danilo, secou uma das fontes do ataque tripeiro! Confinado ao tricot de dois jogadores de futebol de salão (Oliver e Octávio) o Porto pouco incomodou o último reduto azul. E ainda bem.

Destaques individuais: - é um lugar-comum dizer que o Belenenses valeu como um todo, no entanto houve algumas exibições individuais que não passaram despercebidas! Comecemos pelo guarda-redes Joel, um jovem que tem que ser associado ao melhor desempenho defensivo da equipa nestes últimos jogos. Depois tivemos uma dupla de centrais em grande plano! O bem reaparecido Gonçalo Silva e Domingos Duarte. Dispensável apenas o imprudente encosto em André Silva.  
Os laterais também contribuíram bastante para a boa exibição azul! Seguros na defesa, incorporando-se com a propósito no ataque anularam quaisquer veleidades portistas. Um destaque especial para Florient, que revelou estar em grande forma. Até safou um golo certo graças ao seu sentido de oportunidade e colocação!
O meio campo foi um muro abnegado onde esbarravam as curiosas tentativas dos homens do norte! Neste aspecto Rosel merece uma palavra. De salientar também o papel de Sousa, na dupla missão de apoio ao meio campo e ao ponta de lança. Uma tarefa esgotante que Sousa realizou com brilho!
No ataque devo registar a melhoria de forma dos três arietes – Sturgeon a confirmar o estatuto de craque; Gerso mais confiante e mais sólido; e Camará, um poço de energia a defrontar ( e a fixar) os dois centrais portistas! Merecia um golo.
Quanto ás substituições pareceu-me que Miguel Rosa poderia ter entrado mais cedo mas entendo que mexer numa equipa que está a jogar bem poderia ser prejudicial. Yebda também regressou para jogar uns minutos mas desta vez não se lesionou nem houve golpe de asa. Mica Pinto também entrou para render o esgotado Florient.


Nota final:

Na conferência de imprensa após o jogo Quim Machado deu a entender que o estilo de jogo que implanta nas suas equipas acaba por valorizar os jogadores. E deu o exemplo do que aconteceu no Vitória de Setúbal com André Horta que foi para o Benfica, Rúben Semedo para o Sporting e Suk que seguiu para o Porto. Estes dois logo em Janeiro. É verdade. O problema é que o Vitória de Setúbal esteve à beira de descer o ano passado!

Podíamos dizer que nada disto tem a ver com o Belenenses não fosse o caso de na mesma conferência Quim Machado ter desvendado a hipótese da saída de um jogador do actual plantel. Adivinhamos que se trata de Sturgeon, ele que faz a diferença, como ontem se viu no Restelo. Mesmo atirando um pontapé para as nuvens. Não é isso que interessa aqui. A verdade é que a SAD se prepara para fazer mais um encaixe à conta de um jogador que foi fabricado em Belém. Tal como já tinha acontecido com Fredy, e provávelmente com Dálcio. É claro que a vida de qualquer SAD é isto - comprar barato, valorizar, para depois vender mais caro. Subentende-se, no entanto, que só se podem valorizar jogadores se a equipa onde actuam estiver também ela a valorizar-se. Não me parece que tenha sucedido isso no Vitória de Setúbal. E entramos naquilo a que se pode chamar, sem ofensa a ninguém, a ‘setubalização ‘ do futebol azul! Lá como cá não estamos a falar de vendas de jogadores adquiridos pela SAD, mas sim, ou de produtos da cantera (no caso André Horta) ou então, emprestados (Rúben Semedo e Suk). Pois bem, é disto que eu tenho medo. Vende-se o Sturgeon, que é nosso, e vai-se pedir emprestado um jogador qualquer a um dos grandes e assim se vai descapitalizando o Clube de Futebol “Os Belenenses”.
Estarei a ser pessimista?! Velho do Restelo?!



Saudações azuis

sexta-feira, novembro 25, 2016

Nem só de campeonatos vive o Belenenses!

Enquanto andei entretido a ganhar quatro campeonatos nacionais para o Belenenses, faltando apenas inscrever o facto (a letras garrafais) no site do Clube – desliguei-me por completo das notícias sobre o mesmo, ou seja, desliguei-me das lesões do Yebda e da querela que promete eternizar-se entre o Clube e a SAD!
Mas houve outras novidades e uma delas merece destaque por se tratar de mais uma homenagem ao Vicente Lucas glória do passado mas sobretudo fasquia de exigência para o futuro, um repto para todos os belenenses. O evento ocorreu na Trafaria terra onde ainda permanecem (firmes) algumas Torres de Belém!
Sobre a guerra surda que vai dividindo a comunidade azul quero que fique bem claro que sou e serei sempre do Clube de Futebol “Os Belenenses” e esgotadas que estão todas as tentativas de conciliação há que partir para a unificação do clube acabando de vez com esta estrutura bicéfala, que sempre critiquei e está a dar cabo do Belenenses.



Saudações azuis

sexta-feira, novembro 18, 2016

Também no ‘Observador’!

Não há dúvida que o assunto anda a incomodar muita gente! E já chegou ao jornal digital ‘Observador’! Com efeito lá aparece um artigo de Rui Miguel Tovar, com um título sugestivo: - ‘E que tal honrar os campeões do passado?’!*

Lido e relido no entanto é só fumaça! É uma descrição parola de factos conhecidos onde o autor embora considere que existe matéria para polémica acaba por concordar com a situação criada, com o erro federativo e a maquilhagem que mais tarde se fez no troféu da Taça de Portugal – as tais placas a assinalar os campeões de Portugal como se tivessem ganho a taça de Portugal! É óbvio que deixei lá os meus comentários na linha do que venho defendendo nos postais já escritos. Mas para não ser o dono da verdade transcrevo os outros comentários que lá estão. Com a devida vénia:

Luis Vaz
·          
Há aqui alguns equívocos, por exemplo, o Campeonato de Portugal era a única competição a nível nacional, e por exemplo crónicas e relatos da época dizem que o vencedor é o campeão da modalidade em Portugal, o formato de campeonato em Portugal foi uma imitação das melhores praticas da altura, ou seja a Liga Inglesa ou seja, primeiro uma liguilha regional e depois a eliminar até encontrar um vencedor e no entanto eles não deixam de contabilizar os títulos como campeões. E deixo outra questão, os Mundiais, Europeus, Competições Europeias de Clubes não mudaram muitas vezes de formato? O Campeonato de Portugal era a única competição de clubes a nível nacional, a única! E Durante mais de 30 anos foi referenciada como tal, só na década de 60 é que alteraram essa situação.


Rui Martins – Luís Vaz
·    
Não, não foi nos anos 60. Foi em 1938!!!


Luis Vaz – Rui Martins
Não Rui não foi, eu não falei da reforma das competições, falei da contabilização dos títulos e basta ver por exemplo o DVD oficial do Sport Lisboa e Benfica chamado "Benfica a História" do ano de 2001 cujos autores Manuel Arouca e Miguel Arouca, cujo prefácio é feito pelo então presidente Manuel Vilarinho Nº de Registo 7970/2001 para perceber que os Campeonatos Experimentais não eram sequer referenciados, eram antes os 3 Campeonatos de Portugal  30, 31 e 35. Efectivamente estes deveriam contar, e dou-lhe um exemplo os campeonatos experimentais tinham tanto valor que sempre se falou que Mário Coluna foi o primeiro treinador português a ser campeão nacional pelo Benfica, no entanto os campeonatos experimentais do Benfica foram ganhos por um português, e esta hein? Isso sim é muito mais pernicioso e nunca ninguém questionou, o mal do Sporting foi ter reclamado estes títulos, apresentando jornais de época e crónicas da época, mas bastaria ver a legenda que a federação portuguesa de futebol ainda tem sobre os campeonatos de Portugal para perceber que de facto estes devem ser validos.

 http://atascadocherba.com/wp-content/uploads/2016/11/22titulos.png 


E pronto. É só mais uma achega para que a ignorância e o facciosismo não triunfem. E devolvo a pergunta ao 'especialista' Rui Miguel Tovar - E que tal honrar os campeões do passado?


Saudações azuis


* Jornal digital 'Observador' de 16/11/2016. 

quinta-feira, novembro 17, 2016

Os erros corrigem-se!

Cabe portanto à Federação Portuguesa de Futebol corrigir o seu próprio erro reconhecendo os campeões excluídos desde 1922 até 1934. Assim como cabe aos clubes prejudicados, nomeadamente Olhanense, Marítimo, Carcavelinhos (por quem o represente) e Belenenses, reivindicarem a reposição da verdade desportiva. Todos eles foram campeões nacionais e não vencedores de Taças de Portugal que ainda não existiam.

O erro aconteceu em 1938 (data do último campeonato de Portugal) quando a Federação resolveu atirar para o limbo do esquecimento os campeões de Portugal dando-lhes em troca uma plaqueta com o respectivo nome no troféu ‘Taça de Portugal”! Taça de Portugal que só se começou a disputar no ano seguinte! Portanto aqui o que há a fazer é retirar a dita placa do dito troféu e acrescentar aqueles clubes ao ‘Galarim dos campeões nacionais’.

O problema mais bicudo diz respeito como já referi ao período em que ainda houve Campeonato de Portugal e começou a disputar-se, a título experimental, o Campeonato da Liga (1935,1936,1937 e 1938). Mas aqui também terá que haver uma solução. E essa solução nunca pode pôr em causa o prestígio do campeonato de Portugal que continuou a ser até à sua última edição a prova mais importante do calendário futebolístico. Sugiro que os clubes em causa se entendam com a Federação mas não vai ser fácil. Estamos a falar de Benfica, Sporting e Porto pois foram estes clubes que ganharam naqueles quatro anos os campeonatos de Portugal e os campeonatos da Liga.


Saudações azuis



Nota básica: Espero bem que a Direcção do Clube de Futebol “Os Belenenses” agarre esta causa em nome dos campeões de Portugal que naqueles tempos (sem polémicas) usavam a Cruz de Cristo nas camisolas! Eles foram campeões nacionais!

terça-feira, novembro 15, 2016

Os oito campeões nacionais!

Concluindo a exposição anterior está na hora de repor a verdade e fazer justiça aos oito campeões nacionais nomeadamente àqueles que o sistema excluiu. Assim, contrariando teses e pareceres, que vêm sempre do mesmo lado, entendo que os campeonatos de Portugal, e até à sua extinção em 1938, foram os legítimos antecessores dos campeonatos nacionais da actualidade. Quer isto dizer que não há nem pode haver diferença entre a alegria sentida por um jogador do Olhanense que em 1924 ergueu o troféu de campeão de Portugal e a mesma alegria sentida pelos jogadores benfiquistas que exultaram com a conquista do campeonato de 2015! Dito isto ficam aqui registados os oito campeões e os respectivos campeonatos!

São eles o Olhanense (1924), o Marítimo (1926) o Carcavelinhos (1928), o Boavista (2001), o Belenenses (1927, 1929, 1933 e 1946), o Sporting (22 títulos/inclui 4 campeonatos de Portugal), o Porto (30 títulos/inclui 4 campeonatos de Portugal) * e o Benfica (35 títulos/inclui 3 campeonatos de Portugal).**


*O Porto que actualmente ostenta 27 campeonatos na verdade ganhou 30! E as contas são boas de fazer: neutralizado um campeonato da Liga experimental (1935) e adicionados os 4 campeonatos de Portugal que ganhou o somatório perfaz os 30 títulos.

** Para o Benfica o critério é idêntico: - ostenta actualmente 35 campeonatos nacionais, ora neutralizando os três campeonatos da Liga experimental (1936,1937,1938) e acrescentando os três campeonatos de Portugal que ganhou tudo somado e subtraído mantém os 35 títulos de campeão nacional.

É provável que o Benfica não goste destas contas nem deste critério, já que vê aproximar-se Porto e Sporting. Paciência, é o meu critério que, modéstia à parte assenta numa lógica insofismável: - na mesma época não podem coexistir dois campeões nacionais! Havendo que decidir só o campeonato de Portugal poderia gerar o campeão português! Fazer confusões com a Taça de Portugal, cuja primeira final só aconteceu em 1939*** (depois de extinto o campeonato de Portugal) é raciocínio enviesado e suspeito. **** 



Saudações azuis


*** Esta final foi jogada nas Salésias (único campo relvado de Lisboa) entre a Académica e o Benfica. Os estudantes ganharam por 4-3.

**** Já expliquei que quem argumenta que o campeonato da Liga, naquele quadriénio, gerava o campeão nacional e o campeonato de Portugal gerava um suposto vencedor da 'Taça de Portugal' morre pela base quando se sabe que os campeonatos de Portugal desse período nunca foram adicionados ao número de Taças de Portugal que os respectivos clubes ganharam.

Adenda: Por lapso na primeira versão deste postal atribui 34 títulos ao Benfica pois contabilizei apenas dois campeonatos de Portugal quando na realidade ganharam três. O seu a seu dono e assim as águias ganharam até à data os 35 títulos que ostentam.

segunda-feira, novembro 14, 2016

A polémica dos títulos!

O presidente do Sporting levantou uma questão pertinente a propósito dos campeões nacionais de futebol! Em causa estão os títulos que cabem a cada clube português. E digo que é pertinente porque na origem das dúvidas (e dos esclarecimentos) encontramos sempre dois erros, a saber: - uma desvalorização das conquistas do passado e o disparate (fatal) de alguma luminária (federativa!) que estipulou que o antigo campeonato de Portugal era o antecessor da actual Taça de Portugal! Não é, e vou explicar porquê.

A primeira prova nacional ocorreu na longínqua época de 1921/22 e foi ganha pelo Porto. Era a primeira e a única, no sentido de que não havia outra prova nacional. Chamava-se com toda a propriedade campeonato de Portugal, mas podia chamar-se campeonato nacional. O facto que nos interessa é que era esta a competição que designava o campeão português em cada época. Também não interessa em que moldes se disputava – se era todos contra todos, a uma volta ou duas, se era por eliminatórias, por grupos e a seguir eliminatórias, através de uma finalíssima entre o campeão regional do norte e o do sul, nada disso interessa. Tal como não interessa, por exemplo saber em que moldes se disputa (ou disputava) o campeonato do mundo. Os moldes podem-se alterar (e alteraram-se) mas o campeão do mundo não deixou de ser o campeão do mundo e como tal contabilizado. O mesmo se diga do campeonato de Portugal enquanto foi a única prova de âmbito nacional que existia. Isto aconteceu até 1933/34, pois só na época seguinte, 1934/35/, passaram a coexistir duas provas nacionais – o campeonato da Liga, nos primeiros tempos em fase experimental, e o campeonato de Portugal que entretanto se manteve.

Daqui resulta que os campeonatos de Portugal até 1933/34 devem ser adicionados aos campeonatos nacionais que posteriormente cada clube ganhou, e aqui não pode haver dúvidas. Subsiste depois a questão de saber, daí para a frente, quando é que o campeonato da Liga passou a ser mais importante que o campeonato de Portugal. Ou seja quando é que o campeonato da Liga passou verdadeiramente a designar o campeão português. Este período sim pode ser discutível.* 

Deste modo, e com toda a legitimidade, o Belenenses deve adicionar ao título de campeão nacional ganho em 1945/46, os títulos de campeão de Portugal ganhos em 1926/27, em 1928/29 e em 1932/33! São quatro títulos de campeão nacional!
E o melhor argumento contra quem insiste em subtrair-nos aqueles títulos (de campeão nacional) é o facto de nunca os terem adicionado às três Taças de Portugal que entretanto ganhámos.

Concluindo: - Nada contra a discussão sobre os campeonatos a partir de 1934/35 e até 1938; tudo a favor da reposição da justiça desportiva no período que vai de 1921/22 até 1933/34.
E deixo aqui um aviso: - Quem desvaloriza os feitos do passado está a desvalorizar sem o saber os feitos do presente.

Saudações azuis

* Estamos a falar de quatro épocas, de 1934 a 1938, período em que ainda houve campeões de Portugal mas que já houve campeões da Liga. É esta questão que move, julgo eu, o presidente do Sporting.   


Nota: Ontem num programa televisivo sobre a matéria, o representante do nacional-benfiquismo nesse programa, disse umas piadas idiotas que só revelaram a sua enorme ignorância. Para sua instrução passo a esclarecê-lo: - O Carcavelinhos era um clube de Alcântara (e não de Carcavelos), foi campeão nacional em 1927/28, tendo-se fundido mais tarde com o União, clube de Santo Amaro muito ligado à Carris. Dessa fusão nasceu o Atlético Club de Portugal. Ainda não havia avenidas novas… e havia menos burros

domingo, novembro 13, 2016

Notícias empolgantes!

Avançado precisa-se! Extremo negociado! Está no desemprego (será de longa duração!) e assim pode entrar já! Entretanto correm rumores que em Janeiro se vai vender o Sturgeon, um activo fabricado em Belém e talvez o único que pode render umas lecas! A ser verdade o boato pergunta-se: - e depois quem é que vem para o lugar do Sturgeon?! Mais um emprestado do Sporting para a gente valorizar?!
Falando agora de outros (des) investimentos ainda não percebi porque é que o Juanto se foi embora?! Não era pior do que aqueles que lá estão. Ou não havia dinheiro para dar ao Lagostera?!
Em relação ao meio campo estamos bem – as notícias sobre a recuperação do Yebda dão-nos a garantia de que talvez jogue mais uns minutos daqui por duas semanas. Já não é mau. E quanto a notícias empolgantes hoje ficamos por aqui.



Saudações azuis

segunda-feira, novembro 07, 2016

Oxigénio para três semanas!

O lado positivo: - a vitória, os doze pontos (quatro pontos acima da linha de água que nos garantem que não será na próxima jornada que desceremos ao inferno) e três semanas para preparar o jogo com o Porto! É tempo demais mas o nosso campeonato tem outras prioridades – a selecção, o repouso dos internacionais, etc. Desde que os clubes do estado (do estado e dos bancos) não se queixem, o resto não interessa. Os clubes que não têm internacionais, mas que têm que pagar ordenados todos os meses, e o público que assim vai perdendo o interesse, nada disso têm importância. Bem sei que há uma eliminatória da Taça mas aí já não estamos nós, afastados que fomos pela poderosíssima Académica! A única vantagem que vislumbro neste interregno talvez seja a recuperação do Yebda! Mas neste caso nunca fiando.

Voltando a Santa Maria da Feira e ao jogo própriamente dito já tenho alguma dificuldade em fazer crónicas. Faltam-me as palavras! Não é por acaso que todos os órgãos noticiosos consideram que o melhor jogador do Feirense foi um centro campista (Sérgio Semedo) e que, pelo contrário, os jogadores em menor destaque no Belenenses foram os homens do meio campo! Os titulares e os que entraram a seguir. Depois podemos falar do medo. Do medo de perder. É um facto, o Belenenses não podia perder, o empate era um mal menor. Com um pouco de sorte talvez aguentássemos a vantagem inicial. Tivemos de facto muita sorte e a defesa, especialmente o guarda-redes, exibiram-se muito bem! Lembrei-me do jogo de Chaves e a diferença esteve aí.

De resto as limitações são visíveis e não são só do Belenenses. Este campeonato está muito nivelado. Tirando as três equipas do costume a diferença pontual é mínima. Como venho referindo (e até dei o exemplo do Guimarães) quem consegue marcar golos é rei! Quem não tem goleadores tem que inventar. Quim Machado neste aspecto até tem jeito para a coisa! A posição do André Sousa no meio é bem vista já que é um jogador que pressiona e está perto da área adversária. O problema complica-se porque André Sousa é macio e gosta muito de relva! Mesmo assim teve nos pés duas grandes oportunidades para marcar. Aliás as únicas que tivemos tirando o golo de Sturgeon. E aqui também há alguma novidade. Sturgeon a marcar golos!
O lado negativo é o meio campo. E é caso para dizer, sem meio campo, sem capacidade para reter a bola, vamos sofrer muito na defesa. Seja contra o Feirense seja contra o Arrentela! O medo faz o resto.


Saudações azuis

quarta-feira, novembro 02, 2016

Os milhões da UEFA!

Segundo rezam as crónicas a participação na Taça UEFA na época 2015/2016 rendeu ao Belenenses – SAD uma quantia à volta de quatro milhões de euros. É algum dinheiro e mesmo sem saber das contas ao pormenor qualquer adepto esfrega as mãos de contente e adivinha que uma parte será para reduzir o passivo mas que a outra será para melhorar o activo! E o maior activo, aquele que verdadeiramente interessa nos clubes de futebol profissional são os jogadores. Além de que a lógica deste sucesso, porque se trata obviamente de um sucesso, só pode ser para continuar. Continuar a investir, continuar a ‘requalificar’ a equipa, mantê-la na rota da UEFA. Só assim faz sentido.
No entanto as coisas não correram tão bem como esperávamos. O futebol não é uma ciência exacta e a verdade é que entre os êxitos europeus e as competições internas houve demasiadas oscilações, desde logo a mudança de treinador e acabámos por ficar mal classificados no campeonato, longe dos lugares da UEFA.

Enfim, acontece, os adeptos azuis não desarmam, é da sua índole, e renovaram-se as esperanças para esta época! Esperanças, diga-se, que cedo morreram na praia. Muitas caras novas, muita parra, pouca uva, muitos empréstimos, estranhos empréstimos, jogadores muito jovens, de equipas B, ou então jogadores em fim de carreira, lesionados, nenhuma contratação para alimentar o projecto europeu! A SAD nunca mais falou na Europa e Velasquez, perdido nas suas tácticas, só pensava em não sofrer muitos golos. Ele já sabia do que a casa gasta. A verdade é que temos menos pontos que o ano passado, já mudámos de treinador e o que se pede a Quim Machado é o milagre de pôr a equipa a jogar como se fosse o Belenenses do Matateu! No futebol há milagres, mas a pergunta impõe-se – onde estão afinal os milhões da UEFA?!


Saudações azuis 

segunda-feira, outubro 31, 2016

Uma exibição interessante!

É verdade, em Braga jogámos melhor do que eu esperava, fruto de um trabalho colectivo exemplar e o melhor elogio ao Quim Machado veio do treinador adversário! Um elogio sincero. Mas é o resultado que interessa e nesse aspecto ainda temos muito caminho para percorrer.

Este campeonato, como já se percebeu, é essencialmente defensivo, vive de empates e quem tenha algum poder de fogo acaba por fazer a diferença. Que o diga o Guimarães que mesmo dominado em Vila do Conde goleou o Rio Ave graças ao poder dos seus avançados. Marega marcou os três golos!

Ora um dos problemas do Belenenses nesta época tem sido precisamente a ineficácia ofensiva. Sete golos marcados em nove jogos é pouco. Se a este pouco juntarmos alguns erros defensivos o panorama complica-se. O filme do jogo em Braga foi esse. Sofremos um golo inicial que não se pode sofrer, fruto de uma desatenção defensiva, e mais tarde quando tivemos oportunidades para empatar, falhámos.

Vamos aos falhanços: - falhar penalties todos falham mas ter apenas Abel Camará para os marcar isso é mais grave. Sturgeon é outro caso de ineficácia crónica. Sendo um dos melhores jogadores do plantel, terá inevitávelmente de melhorar o seu poder de remate. Isto se quiser progredir na carreira. Aqueles dois lances a papel químico ilustram, para além da incapacidade, a persistência no erro.

E não vou alongar-me. O encontro foi visto e revisto na televisão, devidamente dissecado nos vários órgãos da especialidade, por isso deixo apenas duas notas ao treinador do Belenenses:

A primeira tem a ver com as substituições. Não foram felizes, acontece, é um risco que é preciso correr quando andamos atrás do resultado. No entanto desmantelar o meio campo naquela altura não foi boa ideia. É fácil falar depois do jogo, mas teria sido preferível substituir apenas o esgotado Camará por Tiago Caeiro. Jogador por jogador sem alterar o desenho táctico. A equipa estava equilibrada e com iniciativa de jogo. Sem o trinco sofremos logo o segundo golo.

A outra nota diz respeito às declarações do treinador sobre as responsabilidades competitivas do Belenenses. Quim Machado falou bem - o Belenenses é um grande clube. Hoje como ontem tem que jogar sempre para ganhar. Seja em que campo for. Eu aplaudo, é esse o discurso, não pode haver outro. E acrescento – para ganhar, por muito que o treinador invente, é preciso marcar golos. E para os marcar é preciso quem saiba.*

Resultado final: Braga 2 – Belenenses 1 (Tiago Caeiro)


Saudações azuis



*À atenção da SAD. 

segunda-feira, outubro 24, 2016

Sem argumentos

É verdade, nem um Benfica eufórico e cheio de saúde consegue encher o estádio do Restelo! Há duas razões para tal e ambas más para o Belenenses: - aquele jogo, outrora terrível para as águias, transformou-se num passeio e já nem os adeptos encarnados se dão ao incómodo de uma deslocação a Belém. Quanto aos adeptos azuis, esses heróis, são cada vez menos, porque há cada vez menos heróis. O semblante e as palavras de Quim Machado resumem o jogo: - ‘fizemos o mais difícil que foi chegar à baliza do Benfica. Merecíamos pelo menos um golo’!

Sim, é verdade e o resultado em vez dos lisonjeiros 0-2 poderia ter sido 1-5! E o que é que o Belenenses ganhava com isso?! O problema quanto a mim nem foi este jogo mas o que se espera para além dele. Uma defesa inexperiente, tenrinha, que aquele primeiro golo sofrido ilustra bem, um meio campo lento e que espera por Yebda como quem espera por Dom Sebastião, e finalmente um ataque sem poder de fogo. Como eu venho denunciando e só agora se vai descobrindo.
Portanto a SAD que se ponha ao alto porque com esta equipa vamos lutar para não descer. E podemos perder essa luta se não nos reforçarmos convenientemente em Janeiro.

Destaques:

O guarda-redes Joel, apesar de ter ficado nas covas no lance do primeiro golo, revelou ainda assim que não é por ali que o gato vai às filhoses! João Diogo foi o mais inconformado e o mais raçudo dos jogadores de campo. Dos poucos que conseguiu acompanhar o ritmo dos adversários! O segundo golo foi pelo seu lado mas a responsabilidade maior vai para aquela saída precipitada de Sturgeon. Ou quem sabe, para a falta de Luizão sobre Camará! Não desgostei do Hanin, um jogador com planta e bom desdobramento ofensivo. De Yebda já disse tudo. Mesmo em serviços mínimos a sua presença equilibra a equipa. Durou meia parte. De resto o Belenenses bateu-se o melhor que podia (e sabia) mas não tem argumentos para contrariar o Benfica.


Saudações azuis



Nota: Não percebo porque é que o Andric não foi convocado. Este era um jogo para as suas características.

sábado, outubro 22, 2016

O nacional-benfiquismo e o raio que os parta!

Vejamos alguns títulos elucidativos. Comecemos pela própria 'Comunidade Azul', órgão digital supostamente vocacionado para dar notícias sobre o Belenenses. Dizia ela, a comunidade: - "Benfica começou a preparar o jogo com o Belenenses ainda em Kiev". Fui lá, não a Kiev, tentei postar um comentário, identifiquei-me, mas as novas tecnologias não gostam dos meus desabafos.

Continuando pelos media, Yebda, actual jogador do Belenenses, confessa-se ao jornal A Bola: - "Errei ao forçar a saída do Benfica". E eu acrescento: - se estivesses mais calado e menos lesionado talvez fosse melhor para todos.

Ao Record,  o mesmo Yebda, antecipa golos: - "Se marcar ao Benfica não vou festejar". Se fosse verdade até eu te isentava de festejos. Eternamente.

Resumindo e concluindo: - pobre Belenenses que qualquer dia não tens quem festeje os teus golos!


Saudações azuis

segunda-feira, outubro 17, 2016

Verduras da mocidade e não só…

Este jogo com a Académica tem muito que se lhe diga! Antes do mais foi um bom jogo de futebol e sendo uma prova a eliminar revelou tudo o que cada equipa podia dar, de acordo com o plantel disponível. Não acredito que quer a Académica quer o Belenenses tenham poupado jogadores. E com os jogadores disponíveis os estudantes superiorizaram-se, marcaram e souberam defender a vantagem. Pelo contrário, o Belenenses revelou lacunas a meio campo (saudades de Yebda!) alguma imaturidade em momentos importantes do jogo, e o já tradicional fraco poder de fogo. É certo que na segunda parte reagiu á desvantagem, pressionou, mas nunca mostrou ser capaz de traduzir em golos o domínio exercido.

Fora da Taça de Portugal portanto e mais uma vez prematuramente.

As ilacções a tirar são as mesmas: - falta-nos um jogador de meio campo que assuma as despesas do jogo e falta-nos alguém que no ataque faça a diferença… em golos. Quanto à imaturidade de alguns jogadores e aos deslizes que ela provoca, esse é um problema da SAD. Não são jogadores da nossa formação e assim não ganhamos nada com os erros cometidos. Sofremos apenas a respectiva inexperiência. Isto para ser sincero. No entanto não crucifico ninguém e até acrescento: - Gosto do guarda-redes Joel Pereira e da forma resoluta como domina toda a grande área. No penalty fez penalty porque a jogada da Académica foi letal! E continuo a gostar do Diniz Almeida apesar da precipitação que deu o autogolo. São coisas que acontecem no futebol. Não vou portanto por aqui. Porque se fosse teria que comparar o desempenho de Marinho com o de Gerso* e concluir que o extremo da Académica ficou largos furos acima do nosso flanqueador. Foi só isso que determinou o nosso afastamento?! Não, não foi, o que (em minha opinião) determinou o nosso afastamento está escrito no início da crónica. Não vou repetir-me. Até porque o que interessa é o próximo jogo e esse será para o campeonato no Restelo e contra o Benfica.
Aí só me ocorre uma palavra: - superação. Se o conseguirmos é meio caminho andado.

Saudações azuis



*Apesar do grande passe que fez para Abel Camará e que na altura poderia ter dado o empate. 

quinta-feira, outubro 13, 2016

Velasquez com dignidade!

Independentemente do juízo que se faça sobre o treinador espanhol temos que reconhecer que serviu o clube o melhor que podia e soube sair com dignidade. As declarações que fez na hora da despedida revelam o seu carácter. Sem faltar ao respeito à entidade patronal disse o que lhe vai na alma, que gosta do clube, que agradece a oportunidade que lhe deram, mas que não abdica de um conjunto de regras (ou princípios) que pelos vistos a SAD não pratica. Era o mínimo que podia dizer para explicar a sua demissão. E porque não há contraditório não devo especular mais sobre este assunto.

Ficam assim guardadas para melhor oportunidade, as questões que aqui suscitei sobre o real projecto da SAD. Mas que não estão esquecidas. Não estão esquecidas nem dependem de vitórias ou derrotas pontuais. Como então afirmei é o futuro do C.F. 'Os Belenenses' que está em jogo. E para não ficarmos sempre por generalidades concretizo: - tem a ver com uma classificação no primeiro terço do campeonato; e para que isso aconteça tem a ver com o reforço da equipa em Janeiro. Ou não! A verdade é que depois deste caso que envolveu o Sturgeon fiquei, como diz o povo, com 'a pulga atrás da orelha'. É verdade que os jogadores entram e saem mas Sturgeon é neste momento o maior activo do clube. A sua hipotética saída em Janeiro enfraquece a equipa. A não ser... Bem, Deus queira que não seja nada de grave.


Saudações azuis

quarta-feira, outubro 12, 2016

Massacre!

Se era este o objectivo da democracia, reduzir o espaço e o tempo noticioso a apenas três clubes de futebol - Benfica, Sporting e Porto, então podemos dizer que o objectivo foi plenamente atingido! Fica assim a democracia a perder para a ditadura, que de facto tinha uma informação mais plural. Desde logo porque havia mais um grande clube, o Belenenses, na altura um candidato crónico ao título nacional. Mas a pluralidade não se ficava por aqui. Pois sendo certo que também existia um fosso entre os quatro grandes e os restantes clubes a verdade é que estes eram tratados de uma maneira, digamos assim, mais democrática! Basta compulsar os jornais desportivos da época, A Bola e O Mundo Desportivo por exemplo e comparar com os actuais. Hoje são páginas e páginas dedicadas aos três grandes sendo que o espaço que é reservado aos outros se resume a uma pequena coluna, se tanto! Estamos a falar de jornais porque é impossível comparar com a televisão que naquele tempo dava os primeiros passos.

Mas o que temos hoje em termos televisivos só tem um nome - massacre! Notícias a toda a hora sobre Benfica, Sporting e Porto, mesmo que não sejam notícias! E não fora a SportTV (um canal de acesso reservado) transmitir (agora) todos os jogos da primeira Liga (e alguns da segunda) muito boa gente poderia ficar convencida que aqueles três clubes jogam sozinhos! Pois bem não é preciso ser profeta para adivinhar o futuro deste futebol português. A continuarmos assim os outros clubes não irão sobreviver. E sem adeptos também não têm nenhuma razão para sobreviver! Nestas condições organizar um campeonato puramente artificial, que no fundo já é aquilo que temos, parece-me inútil e dispendioso. E com o estado falido mais dispendioso será. Portanto a  solução, que já muitos avançaram, passa por competir no campeonato espanhol. O problema é que então talvez não seja preciso ser país! Uma região e um presidente da Junta devem bastar.


Saudações azuis

domingo, outubro 09, 2016

O futebol ainda é o que era!

Por mais palavras que invente o futebol é um jogo simples e normalmente ganha quem o sabe simplificar ainda mais. Foi o que aconteceu ontem no Bessa. O Belenenses ganhou sempre todos os duelos, especialmente aqueles que se travam a meio campo e que são decisivos! Para tal muito contribuiu a surpreendente aparição de Yebda, um jogador que tem andado lesionado mas que cumpriu perfeitamente todas as tarefas que um jogo exige. Trata-se de um jogador de alta craveira, que sabe posicionar-se, orientar os companheiros e fá-lo sem exibicionismos inúteis. A seu lado Palhinha cresceu, Sousa esteve mais concentrado, a linha defensiva também se apresentou mais subida, única maneira de recuperar a bola e encostar o adversário à sua área. Mérito de Quim Machado?! Uma equipa não se faz em dois dias mas dois dias chegam para mudar algumas coisas, especialmente o seu centro de gravidade. Está na moda falar agora dos momentos do jogo! Descodifiquemos a questão: - na primeira parte o Boavista nunca conseguiu ganhar o meio campo pois nas tentativas de transição era muito pressionado e perdia rápidamente a bola; na segunda parte, embora mais afoito devido à acção do excelente jogador que é Fábio Espinho, também não conseguiu reagir como queria ao golo sofrido. A chave foi a entrada de Andric que substituiu o apagado Betinho. Com outra desenvoltura, prendeu os centrais boavisteiros abrindo ao mesmo tempo os espaços por onde entravam os nossos flanqueadores. Foi nesta altura que dispusemos das melhores oportunidades para matar o jogo e a eliminatória. Não o fazendo acabámos por sofrer o jogo directo habitual na tentativa desesperada de levar a decisão para os penalties. Valeu-nos entretanto a grande exibição do guarda-redes Joel Pereira, imperial nas alturas e sem medo de sair até aos limites da área! Estão explicados os momentos do jogo.

Melhores em campo: o já citado Yebda, o guarda-redes Joel Pereira, a segunda parte de João Diogo, e os vinte minutos de Andric. Mas todos jogaram com enorme espírito de equipa e grande intensidade.

Uma vitória importante num campo sempre difícil e ainda por cima num jogo a eliminar.

Resultado final: Boavista 0 - Belenenses 1



Saudações azuis 

sexta-feira, outubro 07, 2016

Onde está o problema afinal?!

O problema não deve ser dos treinadores porque exceptuando Sá Pinto (uma escolha pessoal da SAD e nada consensual entre os adeptos) quer Lito Vidigal quer Jorge Simão são hoje treinadores de sucesso. O caso de Velasquez é diferente e deve ser analisado a outra luz. Foi também uma escolha da SAD, aliás em termos teóricos quem escolhe os treinadores é sempre a SAD, mas atenção, há escolhas e escolhas. A escolha de treinadores que ninguém conhece, sem curriculum visível, "escolhas à Pinto da Costa da última fase", essas escolhas o Porto pode fazê-las mas o Belenenses não tem arcaboiço para tanto erro. Note-se no entanto que apesar da sua inexperiência, bem patente nalguns jogos e nalgumas goleadas, Velasquez conseguiu inverter a situação colocando o Belenenses a salvo da descida. E mostrou com a contratação de Juanto que sabia comprar bom e barato. Falhou no entanto o acesso a outro patamar no jogo com o Arouca onde veio ao de cima a experiência e matreirice de Lito Vidigal. Este é o retrato que guardo do treinador espanhol. E confesso que esperava uma época melhor e uma equipa melhor apetrechada. Mas não foi isso que se viu na pré-época. Vieram emprestados, jogadores jovens que dão poucas garantias, vieram também jogadores a custo zero, o caso de Gerso, e a fechar o mercado, em desespero de causa, veio o Vítor Gomes para ficarmos com o meio campo do Moreirense da época passada! Moreirense que ficou atrás de nós. Os jogadores que tinham vindo por causa do treinador espanhol foram-se embora (a saída de Juanto foi para mim uma surpresa) e temos esperança que o lesionado Yebda venha a jogar um dia! E são estes os grandes investimentos da SAD!
Depois disto, sem avançados que se vejam, e na iminência de ficar sem o Sturgeon, o melhor activo que possuímos, é natural que Velasquez tenha dito... adiós!
O problema não está nos treinadores.


Saudações azuis