domingo, maio 30, 2021

Nova época, velhos desafios!

 

Antes de entrar no assunto quero valorizar o grupo de trabalho pela época que agora termina. Toda a gente, SAD incluída. Foi uma época de muito sofrimento, uma primeira volta sofrível, mas que felizmente acabou bem. Aliás e sem saber ainda o destino do Rio Ave, podemos no entanto tomar boa nota dos perigos que representa uma Liga tão equilibrada... por baixo.


Passemos à frente. Boas notícias: - Petit renovou, a maioria dos jogadores vai manter-se, e há boas perspectivas para que Chima Akas renove. Trata-se de um jogador que sempre elogiei e que faz falta ao flanco esquerdo da defesa azul. Dá-lhe maior poder no jogo aéreo e mais velocidade.

Outra boa notícia é a contratação de Pedro Nuno, assim esteja recuperado da grave lesão que sofreu. É um jogador (medio ala) de categoria. E tem golo.


E já que falo em golo, o futebol actual aproxima-se cada vez mais do futsal no sentido de que o campo é cada vez mais pequeno e assim todos têm que saber marcar. Isto vale para as futuras contratações, sejam defesas, medios, ou avançados.


No capítulo das carências falta claramente um central destro da categoria do Henrique. E falta um guarda redes da categoria do Krichiuc. O Petit deve saber isto melhor do que eu.

Quanto a possíveis regressos de emprestados já uma vez abordei o assunto. E nessa altura escrevi que Zidane Banjaqui tem condições para regressar. Continuo sem saber é se ainda nos pertence.


E não posso terminar sem uma mensagem de esperança: - sabemos que a situação não é fácil e que encerra tremendos desafios! Desde logo o campo onde jogar na condição de visitado e que à falta de melhor, não havendo um estádio municipal em Lisboa, penso que devemos insistir no estádio nacional.

Já quanto aos treinos as opções podem ser mais variadas. O concelho de Almada terá fracas condições mas não deve ser descartado. Ainda tem laivos de azul.



Saudações azuis



Nota básica: Tencionava escrever alguma coisa sobre o 'Movimento associativo' e a 'indústria do futebol', as suas relações mais saudáveis, mas também as linhas vermelhas que as separam. O postal já vai longo, fica para a próxima.

quarta-feira, maio 26, 2021

Leitão à Bairrada ou ensopado de borrego?!

 

As sociedades desportivas (eram 18) reuniram-se na Mealhada e o comunicado final é bastante vago e evasivo. Omite o leitão, não fala no espumante, e quando se lê nas entrelinhas, Deus me perdoe a descrença, aquilo lembra-me outra vez um rebanho conduzido pelos habituais pastorinhos. O preâmbulo reza assim:


'É chegado o momento das sociedades desportivas se entenderem em matérias estruturantes e que afectam todo o sector, sem intermediários e sem a intervenção de entidades que ultrapassam os seus desígnios e que, por vezes, contra elas concorrem'.


O comunicado detalha em seguida as prioridades que são básicamente as seguintes:


Acesso de público aos recintos desportivos;

Quadros competitivos;

Centralização da comercialização dos direitos televisivos;


Então o que é que me leva a desconfiar?!


Comecemos pelo acesso do público ao futebol, que não é matéria estruturante na medida em que é uma situação excepcional provocada por uma pandemia. É verdade que tem causado prejuízos de bilheteira a todos, em especial a Benfica, Sporting e Porto e também é verdade que o futebol tem sido discriminado negativamente se o compararmos a outros espectáculos. Aqui percebem-se as dificuldades financeiras e algum pedido de ajuda ao governo.


O segundo ponto refere-se aos 'quadros competitivos' e tenho naturalmente que me lembrar da proposta de redução para dezasseis clubes que está em cima da mesa. Ora bem, já o escrevi, esta proposta destina-se a favorecer uma pequena elite de clubes, quase sempre os mesmos, e assenta numa filosofia errada. Uma filosofia que não valoriza o campeonato nacional e o transforma em mero trampolim para as provas europeias. Não sei o que pensa a maioria das sociedades representadas na Mealhada, mas eu sei que quanto menos jogos fizerem menos receitas televisivas vão ter. E como as despesas são as mesmas e as receitas televisivas são o essencial das receitas da maioria das sociedades ali presentes...


E entramos no último ponto recordando que a centralização dos direitos televisivos já tem data marcada.


O Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que visa impedir que os clubes das competições profissionais de futebol comercializem individualmente os direitos dos seus jogos relativos às épocas 2028/29 e seguintes, cabendo à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) a apresentação do modelo do negócio até ao final da época desportiva de 2025/26.


Face a esta realidade e a esta:


Em comunicado, a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto assinalou que, atualmente, com a comercialização individual, “a diferença entre a sociedade desportiva que mais recebe e a que menos recebe é de aproximadamente 15 vezes”, contrastando com outros países com os direitos centralizados, como Espanha e Itália, três vezes mais, Alemanha, 2,5 vezes mais, e Inglaterra, 1,3 vezes mais.


O que é que as sociedades presentes na Mealhada querem dizer com: - 'sem intermediação e sem a intervenção de entidades que ultrapassam os seus desígnios'!


Pois é, sou um descrente.


Saudações azuis


Post scriptum: A alimentar a minha descrença li hoje um curioso depoimento de Rui Gomes da Silva, opositor de Vieira nas últimas eleições do Benfica, e que sustenta a tese que na hora de distribuir as receitas televisivas elas devem ser feitas de acordo com a grandeza do Benfica e não com a sua classificação! Depoimento ridículo mas que se enquadra no espírito anti competitivo de muitos dos nossos dirigentes.


Outra declaração ridícula de Gomes da Silva e que seria melhor não a ter feito, tem a ver com a importância do clube ainda deter a maioria das acções na SAD! Até podia ter todas que não alterava o que ouvimos na comissão de inquérito ao Novo Banco: - quem escolheu o presidente do Benfica não foram os sócios, foi o banco.


segunda-feira, maio 24, 2021

Fim de festa... ou reconciliação!

 

Com a conquista da Taça pelo Braga caiu o pano sobre mais uma época desportiva. É a terceira que vai para a cidade dos arcebispos e só este simples facto deveria provocar um sobressalto em Belém! Se a isto juntarmos os seis clubes do distrito de Braga que irão participar no próximo campeonato da primeira Liga então o sobressalto alarga-se a todo o sul do país! Não há aqui inveja ou outro sentimento menor, apenas lástima pelo estado a que chegámos. E há também uma conclusão a tirar: - o grande Belenenses faz falta ao futebol português.


Para que isso aconteça é imperioso baixar bandeiras e procurar uma solução que coloque o Belenenses no seu lugar. Quem está em condições de dar esse passo decisivo são o actual presidente do Clube e o actual presidente da SAD, mais ninguém. Por muito que lhes custe não há solução fora de um entendimento. E eles sabem-no. 'O caminho das pedras' não leva a lado nenhum. E o 'solitário caminho da SAD' também não.


As pessoas passam mas as instituições ficam. Não vamos pois perder mais tempo com esse tipo de discussões. Acima de qualquer discussão deverá estar a equipa de futebol profissional a quem seria difícil nas actuais circunstâncias pedir um melhor desempenho. O Belenenses mantém-se há dez anos na primeira Liga, e é a partir daqui que temos todos que seguir. Porque é isso que verdadeiramente interessa aos adeptos (ainda há muitos) e porque é isso que ficará na história do clube.


Dado este passo, urgente e imprescindível, fica por fazer tudo aquilo que nunca se fez. O Belenenses a partir de certa altura parou no tempo. Atrasou-se em relação aos seus rivais de sempre. Para se ter uma ideia, aquando da última grande conquista, a taça de Portugal de 1989, o plantel do Belenenses treinava num campo secundário do Jamor!


Como se vê não há tempo a perder com querelas inúteis. Não tenho procuração de ninguém, nunca falei com o presidente do Clube nem com o presidente da SAD, e o único interesse que me norteia é a sobrevivência do Clube de Futebol 'Os Belenenses'. Todos somos poucos para recuperar o tempo perdido.


Saudações azuis

quinta-feira, maio 20, 2021

Erros, brindes e bom futebol!

 

Se há coisa que um adepto do Belenenses nunca vai suportar são as goleadas infringidas pelos seus antigos rivais. É uma questão de cultura e a SAD tem que perceber isto. E tudo se torna ainda mais irritante quando o Belenenses até realizou uma exibição interessante criando inúmeros oportunidades de golo! A eficácia é outra história e já lá vamos.


O futebol é um jogo de erros e costuma ganhar quem erra menos. Mas há uma grande diferença entre erros e brindes, ou seja, entre erros e ofertas ao adversário. E mesmo dentro das ofertas ainda podemos ser mais minuciosos: - há as que resultam de uma infelicidade, a escorregadela de um defesa ou um ricochete imprevisto, e aquelas que resultam de más abordagens ao lance. Abordagens que se não forem corrigidas irão repetir-se mais á frente. Ora bem, o brinde do Varela tem na sua génese a tentativa de ficar com a bola em vez de a despachar dali para fora! O que de resto seria a abordagem correcta naquela situação em que só tem atrás de si o nosso guarda redes! Varela, recorde-se, é um dos elementos mais experientes do plantel e tem que saber isto.


Outro brinde/golo aconteceu logo a seguir ao intervalo, um lance saído do nada e que surpreendeu toda a gente. É mais uma abordagem deficiente neste caso de Cafu, um 'central' que continua a pensar como medio! Aliás, parecia a reprise de outro lance que aconteceu na primeira parte e que só não deu golo porque o árbitro resolveu marcar uma falta beneficiando o infractor. Escrevi sobre isto no meu último postal e infelizmente o jogo de ontem veio dar-me razão. Cafu é um excelente jogador, teve excelentes intervenções durante o jogo, mas falta-lhe a consistência necessária para comandar a defesa do Belenenses. Eu teria colocado Gonçalo Silva no eixo e Cafu na direita.


Depois dos brindes olhemos ainda para o lance do segundo golo onde já não existe brinde mas uma situação técnica que já tinha acontecido frente ao Santa Clara e que por isso terá de ser resolvida no futuro. Reporto-me à velocidade do defesa direito adversário que ganha facilmente a linha de fundo ao Ruben Lima e cruza atrasado para um remate frontal. Ou temos um pronto socorro na linha média ou então o central do lado esquerdo terá de fazer a dobra.*


Falemos por fim no bom jogo da equipa que não merecia nem os brindes nem um resultado tão desnivelado. Um bom jogo alicerçado na grande exibição de Taira que não me lembro de ter perdido uma bola! Coadjuvado por Sousa movimentou todo o processo ofensivo desde os laterais (Calila e Ruben Lima) até aos avançados (Miguel Cardoso e Cassierra) a quem só falta um melhor entendimento na hora de finalizar.


Registo ainda para o regresso de Chima Akas, depois de uma estranha e prolongada lesão, o que é sem dúvida uma boa notícia e uma mais valia neste plantel do Belenenses. Mostrou que tem lugar na equipa.


Saudações azuis



* Carlos Brito, que comentou o jogo na Sport Tv disse uma grande verdade sobre os laterais ofensivos – em primeiro lugar têm que saber defender!


Adenda: 

1. Nota positiva para a SAD que continua a honrar a tradição assegurando que a equipa do Belenenses entra em campo com a bandeira do Porto. Ontem também foram relembrados Reinaldo Teles e Quintana, ambos falecidos durante este ano.


2. Por curiosidade e já depois de ter escrito a crónica comprei o jornal A Bola para conferir a apreciação individual que o referido jornal faz aos jogadores do Belenenses. Pois bem, sem surpresa, Varela foi o melhor do Belenenses e Taira foi dos piores! Eu imagino que o cronista , um tal Francisco Vaz de Miranda, nem sequer tenha visto o jogo. Ou se viu estava distraído com o assunto do momento, a saber: - o duelo Benfica/Sporting para a bola de prata. Assim, à boleia de um slogan da segunda circular repito o seguinte: - só eu sei porque não compro o jornal A Bola. 

segunda-feira, maio 17, 2021

Era uma pequena alegria...

 

De facto era uma pequena alegria para os adeptos que andaram com o credo na boca durante toda a época, adeptos cansados de esperar por um salto em frente, algo que esteja mais de acordo com a história centenária do Belenenses. Não foi possível, a manta é curta, os jogadores sentiram a pressão e os braços do Esgaio são afinal maiores do que pensávamos! Ainda por cima o sistema defensivo, a nossa maior arma, voltou a tremer. Não apenas no início mas noutras ocasiões como foi o caso do segundo golo onde os erros defensivos se sucederam.


Muitas coisas ao mesmo tempo e para um só jogo, às quais me atrevo a acrescentar a falta que Taira fez (desde o início) naquele meio campo. Está em grande forma, sabe defender e assegura uma transição com outra qualidade e segurança. É claro que todas as previsões (e opiniões) se podiam ter alterado se por acaso temos chegado ao empate ainda na primeira parte. E tivemos ocasiões para isso.


Enfim, foi o que foi, e não é uma derrota que apaga o que de bom tem sido feito por esta equipa técnica, num campeonato muito difícil e nas condições que sabemos. Condições que terão de ser revistas pois não me parece possível subir a outro patamar enquanto permancer o actual impasse entre Clube e SAD. A isso voltarei em melhor oportunidade.


Entretanto deixo aqui algumas notas individuais:


Krichiuc – mais nervoso que o habitual, o tal nervosismo que venho notando numa defesa remendada desde a saída de Henrique. Uma defesa à zona não se remenda facilmente. Faltam rotinas. E isso transmite-se para a frente (médios) e para trás, ou seja, para o guarda-redes.


Esgaio – embora tenha sido o causador do penalty prematuro, um penalty que alterou os planos que tinhamos para este jogo, a verdade é que não foi pelo seu lado que o Santa Clara criou verdadeiro perigo. Foi pelo flanco esquerdo que a nossa defesa foi ultrapassada diversas vezes. Flanco esquerdo onde existe um conhecido déficit de velocidade, sendo que o Santa Clara se preparou muito bem para as nossas perdas de bola.


Gonçalo Silva – o mais pendular dos três centrais embora no segundo golo se tenha esquecido do avançado açoreano plantado na nossa área.


Cafu – tem grande poder de elevação e é rápido mas não é um central de origem. Poderá vir a sê-lo?! Para já falta-lhe a segurança e a serenidade que o lugar exige. Está a fazer as vezes de Henrique o melhor que pode e sabe. Não foi por ele que passaram mas ás vezes precipita-se e desposiciona-se. É diferente ser comandante da defesa ou ocupar um dos lados do trio defensivo.


Tomás Ribeiro – não está em forma e vão aparecendo alguns erros que não eram habituais. Fica ligado a uma perda de bola infantil que deu origem ao segundo golo. Segundo golo que matou qualquer hipótese de reviravolta.


Ruben Lima – a sua experiência é importante nesta equipa. Precisa no entanto de cobertura quando avança no terreno e tem que recuar rápidamente. Contra esta equipa açoreana a velocidade e acutilância do respectivo defesa direito pregaram-nos alguns sustos.


Shitolle – médio defensivo com potencial mas que por enquanto só se destaca nos aspectos defensivos. Transformar as suas intervenções em transições ofensivas é uma fase que ainda não atingiu. Nem sei se a equipa principal do Belenenses é o lugar indicado para fazer esse up grade. Estou a pensar em Palhinha que teve que rodar noutros emblemas.


Afonso Sousa – o crescimento de Afonso Sousa coincide com o crescimento do Belenenses durante toda a segunda volta. Um jovem cujo talento abre caminhos para ferir o adversário. Ainda tem algumas intermitências mas o seu remate pode resolver um desafio. Ontem esteve perto de mudar a história do jogo.


Francisco Teixeira – surpreendeu-me a sua inclusão de início, na minha opinião não era o jogo indicado, mas não posso dizer que tenha jogado mal. Sempre muito solidário, batalhou tal como o resto da equipa por um resultado melhor. Simplesmente o Santa Clara viu-se a ganhar desde muito cedo e fechou-se bem dando poucas hipóteses ao ataque do Belenenses.


Miguel Cardoso e Cassierra – tal como o jogo decorreu os dois homens mais adiantados do Belenenses tiveram naturalmente prestações discretas. Chegava-lhes pouco jogo e o Santa Clara fez-lhes uma marcação cerrada não lhes permitindo grandes veleidades. Só através de cruzamentos (ou bolas paradas) era possível criar algum perigo. Foi aliás num desses lances que Cassierra esteve muito perto do golo.


Taira, Calila e Bruno Ramires – a entrada deste trio coincidiu com o segundo golo do Santa Clara. Mas nada tiveram a ver com isso. No entanto a partir daí o jogo complicou-se definitivamente.


Edgar Pacheco – pouco tempo em campo.


Resultado final: - Belenenses 0 – Santa Clara 2


Saudações azuis



Notas finais: Em primeiro lugar constatar mais uma vez a facilidade com que se marcam penalties em Portugal! Se a bola toca na mão de um jogador, a não ser que o jogador esteja na posição de sentido, é logo penalty. Alvalade, Paços de Ferreira e ontem no Jamor fizemos penalties que não prenunciavam jogadas de golo iminente e perdemos pontos por causa disso. Contabilizo mais de três pontos o que é muito ponto.

Em segundo lugar reconhecer que o Santa Clara mereceu ganhar, em especial pelo que fez na segunda parte, e tem caminho aberto para ocupar o sexto lugar no fim do campeonato. Aliás é uma das cinco equipas que tem goal average positivo.


quinta-feira, maio 13, 2021

Público na última jornada! Que vergonha é esta?

 

Quando pensamos que já descemos tudo o que havia para descer ainda aparece um último degrau para nos lançar definitivamente no abismo! É por causa do dinheiro que envolve a final da Champions? É para mostrarmos ao mundo que somos um país seguro em termos de pandemia? Ou é para justificar os festejos de Alvalade?

Seja como for, nem que houvesse mil outros motivos mais justos, porque aqueles que enunciei são falsos como Judas, a verdade desportiva nunca poderia servir de moeda de troca. Que isto tenha sido decidido precisamente por quem tem a obrigação de a defender diz tudo sobre o país em que nos transformámos – moço de fretes sempre à espreita de agradar ao patrão! Uma vergonha! Aposto que nenhum outro país na Europa se prestaria a fazer tal serviço nestas condições. Resumindo, depois das providências cautelares só nos faltava mais isto!

quarta-feira, maio 12, 2021

Sonhar alto em Tondela!

 

Carlos Brito viu Cafu adiantar-se e com grande elegância comentou que talvez fosse um erro... Eu dei um salto na cadeira e amaldiçoei a prematura saída do Henrique! Tal como no Jamor começávamos mal e não se pode estar sempre a trocar peças fundamentais. Petit com trabalhos de Hércules! Recompus-me, a equipa parecia determinada confirmando que está em grande forma. Primeiro o empate e depois a remontada ainda na primeira parte. Por fim uma vitória categórica a fazer sonhar os adeptos! Seria realmente extraordinário chegar ao sexto lugar! É difícil, mas sonhar ainda não paga imposto.


Escolhi para imagem deste postal o grande obreiro desta difícil caminhada! Um homem simples, um treinador sagaz como poucos! Faz pena vê-lo ali na bancada a cumprir um castigo injusto. Que fique no Belém por muitos e bons anos.


Resultado final: Tondela 1 – Belenenses 3



Saudações azuis



sexta-feira, maio 07, 2021

Ora bem!...

 

Este ano em Portugal é assim: - se perdemos um jogo podemos descer, mas se o ganharmos podemos sonhar com a Europa! E também é verdade que somar três pontos neste momento é quase um milagre! Ainda faltam dois jogos para completar a jornada e o que se vê são empates. As honrosas excepções somos nós e o Gil Vicente! O Sporting pertence a outro campeonato, uma prova para olímpica onde os jogadores das equipas adversárias não podem ter braços.


Voltando ao nosso jogo, talvez o jogo mais importante da época, quero reafirmar aquilo que venho dizendo: - somos uma equipa com grande dignidade, lutadora e muito bem orientada. E como agora está na moda dizer que 'os avançados ganham jogos e os defesas ganham campeonatos' podemos concluir que temos defesas para sonhar com o título. Falta depois o resto. E o resto passa pelo meio campo e pelo golo. E por falar em golo, ontem tivemos bem a noção da incapacidade e do desperdício frente á baliza do Portimonense.


No entanto o mais importante foi conseguido! O próximo passo será uma vitória em Tondela que julgo estar ao nosso alcance. Já não vamos jogar sobre brasas.


Saudações azuis


  • O Sporting vai ser um justo campeão com uma equipa relativamente modesta e uma filosofia de jogo parecida com a do Belenenses. Ataca com poucos mas são muito eficazes. E depois têm o Coates, as providências cautelares e os penaltis.

  • E não posso terminar sem referir o escândalo, mais um, de ver Petit cumprir uma pena disciplinar enquanto alguns colegas de profissão não as cumprem ou só as cumprem quando dá jeito!

  • Fica a pergunta: - quem é que investe numa indústria do futebol onde não há justiça ou quando finge que existe não é igual para todos?!

Adenda: Já depois de ter visionado novamente o jogo há duas notas técnicas que gostava de deixar: - a primeira é que Henrique no comando do trio defensivo fez muita falta em especial no período inicial da partida em que apanhámos alguns sustos. A segunda nota tem a ver com aquilo que venho dizendo há muito tempo - não é fadista quem quer mas sim quem nasceu fadista. Quero dizer com isto o seguinte: - naquelas inúmeras oportunidades que criámos e desperdiçámos (a partir da entrada de Taira e Bruno Ramires) convinha retirar uma lição para o futuro - em caso de dúvida a conclusão da jogada deve ser entregue ao Afonso Sousa. Ou então ao Francisco Teixeira se for para servir o seu pé esquerdo. Se tivéssemos feito isso tínhamos matado o jogo rápidamente e escusávamos de sofrer tanto. 

segunda-feira, maio 03, 2021

Sofrer até ao fim!

 

Se nos livrarmos desta espero que a vida do Belenenses deixe de marcar passo e caminhe para objectivos desportivos que estejam de acordo com o seu ADN. Que não é lutar pela permanência!


Eu disse, se nos livrarmos desta, pois faltam quatro jornadas e tudo indica que precisamos de somar mais três pontos aos actuais 34 para não corrermos o risco de ir à liguilha. Já no que toca à descida directa penso que trinta e cinco pontos devem chegar.


E no entanto... um grande amigo e grande belenenses fez questão de me recordar uma descida do Belenenses, julgo que a primeira, com trinta e seis pontos! E com a curiosidade de também termos empatado em Alvalade depois de estarmos a ganhar por duas bolas a zero. Longe vá o agoiro, mas que ele há coincidências...


Como sinal de esperança vou acreditar que no próximo jogo vamos conseguir ganhar ao Portimonense. Não vai ser fácil, pois como se tem verificado é mais difícil jogar em casa do que fora e por isso, nestas circunstâncias, não sendo possível ganhar, o que não podemos é perder. Aliás basta ver a quantidade de empates da última jornada para se concluir qual é a filosofia dominante.


Duas notas finais, uma ainda referente ao jogo em Paços de Ferreira e às substituições finais na tentativa, imagino, de ganhar o jogo. Se pudesse voltar atrás estou convencido que Petit teria sido mais prudente e não retiraria Ruben Lima do flanco esquerdo defensivo. Foi por esse lado e através de João Amaral que o Paços criou as únicas jogadas de algum perigo, inclusivé a que deu o penalty.


A outra nota tem a ver com os jogadores que emprestámos para rodar no Penafiel (Robinho) no Casa Pia (Zidane Banjaqui*) e no Mafra (Ely Semedo) e cujos jogos vejo sempre que posso. Robinho tem sido titular o que já é positivo e nota-se alguma evolução. Bom sentido de passe embora mantenha alguma fragilidade nos outros aspectos do jogo. Zidane Banjaqui também é titular e nota-se que tem grande potencial. Técnica e boa definição dos lances, um número oito à antiga, com lugar no plantel do Belenenses! Ely Semedo não é titular no Mafra e poderá sofrer de algum impedimento pois nem na lista de suplentes aparece.


*Espero bem que Zidane Banjaqui tenha sido apenas emprestado ao Casa Pia.


Saudações azuis


sábado, maio 01, 2021

O critério dos árbitros portugueses!

 

Temos em Portugal a tecnologia mais avançada da Europa, temos o record mundial de comentadores de arbitragem per capita (eu sou um deles) e temos o critério/interpretação do árbitro português. Árbitro por natureza temeroso e que por isso se refugia sistemáticamente no vídeo árbitro e vice versa. Não vou afirmar se à luz dos regulamentos aquilo foi penalty ou não. Para mim olhando a imagem corrida não foi. Para o árbitro foi e sem qualquer hesitação. O problema é que em qualquer parte do mundo aquele lance devia suscitar dúvida e portanto revisão. Já sei que a intenção não conta, já sei que a volumetria conta mas também há volumetria inevitável face à distância entre os protagonistas ou ás leis humanas do movimento. Por outro lado é difícil invocar negligência naquele lance em concreto. Henrique de mãos atrás das costas, ali, seria contra natura. Prevaleceu o critério do árbitro. Isto vai ser uma voragem de penaltis até ao fim e por isso aconselho a que tomemos o máximo cuidado dentro da área. Se a bola toca na mão é penalty contra o Belenenses!


Outro lance que deixou a nação azul em estado de choque foi a anulação do golo que restabelecia a igualdade! Um fora de jogo por centímetros que tornaram a derrota ainda mais amarga. Também aqui se exige a máxima concentração nestes quatro jogos que faltam. Sem esquecer os braços e as mãos que tocam na cara dos adversários e depois na revisão podem anular um golo. Teremos que ser impecáveis e determinados. A nós ninguém nos perdoa nada.


Saudações azuis