quarta-feira, dezembro 30, 2015

Futebol - o retrato do país!

As notícias sobre os grandes negócios do futebol estão a enlouquecer o país! As operadoras de telecomunicações atropelam-se num entusiástico leilão e vão licitando a favor dos três grandes clubes que temos! Clubes únicos, enormes, maiores do que a Pátria, e a quem a Pátria tanto deve! Até porque dívidas é com eles.

Voltando às transmissões televisivas parece que desta vez é certo, os três grandes vão jogar sozinhos. O barulho da comunicação social por um lado, e o silêncio do governo, por outro, confirmam esta tese. A tecnologia avançou muito portanto já é possível desfocar os jogadores adversários nas suas tentativas de tocar na bola. Aliás o processo de eliminação dos outros clubes continua em marcha uma vez que os bons jogadores disponíveis são, desde que nascem, propriedade de Benfica, Sporting e Porto!

A partir daqui todos os sonhos são possíveis: - a Federação passa entreter-se exclusivamente com a selecção. A Liga passa a organizar campeonatos com três clubes e respectivos satélites! E o Governo continuará a fugir, repetindo que não se intromete no movimento associativo!



Saudações azuis 

terça-feira, dezembro 29, 2015

Mais audazes!

Do que vi, (não vi os primeiros vinte minutos da segunda parte) deu para ver que jogámos mais encostados ao meio campo contrário, com mais vontade de tirar a bola ao adversário, com mais capacidade de a segurar, embora neste aspecto ainda estejamos muito longe dos mínimos exigíveis. O jovem treinador ficou contente com a atitude do colectivo e tem uma certa razão. No entanto, a seguir ao dois a zero, dois golos nascidos do nada, temi o pior! Uma nova goleada. Mas a equipa reagiu, aguentou-se e na segunda parte, pelo menos na parte final (aquela que eu vi) até deu um ar da sua graça! Alguns movimentos atacantes bem explanados, até perigosos, que puseram a defesa bracarense em sentido.

Novidades: Traquina irreverente no lado direito do ataque; Fábio Nunes pouco confiante no lado esquerdo: o regresso de Miguel Rosa ao jogo e ao meio campo! Algumas aberturas bem gizadas; Tiago Caeiro não é novidade, entrou bem no jogo e marcou o golo de honra; Dias lutou muito mas perde bolas que não se podem perder; o guarda-redes nervoso e infeliz; a defesa não está habituada a jogar tão adiantada e por isso atrapalha-se; e fico-me por aqui. Confiança, muita confiança, precisa-se!
E alguns reforços.

Taça da Liga – Braga 2 – Belenenses 1


Saudações azuis

domingo, dezembro 27, 2015

Natal Azul, claro!

Um Natal azul clarinho já não é mau. Uma vitória para nos aquecer nas frias noites de Dezembro, melhor ainda! A esperança de um novo ano, com mais golos marcados e menos sofridos, são os meus votos. Uma SAD e um Clube mais azul são os meus desejos. Não sentir no Restelo o cheiro a tripas e a segunda circular, é a minha ambição! Para a que a brisa que vem do Tejo empolgue de novo as velas da Cruz de Cristo prontas para novas façanhas! É com este desígnio que me despeço de 2015 desejando as Boas Festas a todos os que visitam esta página.

Boas Festas

terça-feira, dezembro 22, 2015

Vitória sem sofrer golos!

Foi assim que se expressou o novo treinador do Belenenses, um jovem, tão jovem que só pode ser um predestinado para a função! Veremos. Para já ganhou, embalado pela chicotada psicológica e com pequenos retoques na equipa que foi derrotada em Coimbra.

Assim, numa primeira análise parece um adepto do futebol linear, clássico, sem grandes fantasias e uma grande preocupação em por toda a gente a correr. Correr bem isso já é outra questão e ainda é cedo para tirar conclusões. Há jogadores que estão irreconhecíveis para pior, caso de Kuca, e há outros em nítida melhoria, caso de Filipe Ferreira. André Sousa já se percebeu que tem que jogar sempre mas há ali muito trabalhinho psicológico a fazer. Desde logo precisa de ganhar confiança e ser mais mandão. E mais curiácio, evitando cair ao mais pequeno toque. Rúben Pinto que neste jogo foi perseguido pelo árbitro deverá aprender a lição – após o desarme deve evitar enrodilhar-se nos adversários. E por falar em faltas desnecessárias, atenção a Geraldes (muito precipitado) e a João Afonso. É que os livres laterais são demasiado perigosos para a nossa defesa anti-aérea.

Passemos ao ataque e às célebres transições, que acabam por decidir os golos que se marcam, ou não. Não é preciso ser grande treinador para perceber que o ataque do Belenenses vive ou tem que viver dos golos de Luís Leal. Caeiro também marca mas não em contra ataque. Ora Luís Leal só pode marcar se for lançado por forma a aproveitar a sua explosão e o forte remate que possui. Um trabalho simples, objectivo, que fica a cargo do meio campo e das assistências de Sturgeon e Kuca. Pois se eu vos disser que ontem só por uma vez se vislumbrou essa possibilidade fica tudo dito sobre o magro resultado final.

Resultado final: Belenenses 1 - Boavista 0
Marcador: Filipe Ferreira


Saudações azuis

quinta-feira, dezembro 17, 2015

O fim anunciado

Depois de Alvalade, e tal como escrevi, o Belenenses iria ressentir-se daquele inexplicável desaire. Pondo agora de parte o jogo europeu com a Fiorentina, um duelo atípico que não serve de modelo, a verdade é que as duas últimas derrotas no campeonato não têm uma explicação puramente futebolística. A equipa sempre sofreu muitos golos mas funcionava. Em Coimbra deixou de funcionar como equipa. Sá Pinto terá percebido isso e apresentou a sua demissão. Fica a marca europeia na memória.

A rapidez da substituição, que se elogia, não deixa de ser um sinal de que a SAD já adivinhava este desfecho. É espanhol e ainda bem. Atendendo ao clima de subserviência que se vive no futebol português pelo menos não ouvirei os comentadores a dizer que foi formado no Benfica, que nasceu em Alvalade ou que passa férias no Dragão. Conhece o Lopetegui, é normal. Mas que não lhe siga a estratégia.

Saudações azuis

quinta-feira, dezembro 10, 2015

Boa imagem em Florença!

Num jogo contra um adversário com outros argumentos, o Belenenses deixou uma boa imagem em Florença. Correu muito, lutou muito, esteve muito bem tácticamente, e foi uma equipa disciplinada. Sem cometer grandes erros, sem abrir brechas na defesa, conseguindo sair a jogar, faltou-lhe apenas algum poder de fogo. Mas na segunda parte e já a perder ainda teve forças para obrigar a Fiorentina a recuar no terreno. Ficámos pelo caminho mas a equipa sai de cabeça erguida.

Numa breve análise, pareceu-me que Sá Pinto acertou na escolha do onze inicial, e também acertou nas substituições. Na baliza Ventura esteve seguro e no quarteto mais recuado, uma nova dupla de centrais (João Afonso e Gonçalo Silva) que deu boa conta de si. Na lateral direita a aposta em João Amorim resultou em pleno. E quanto a Filipe Ferreira foi para mim o melhor do Belenenses neste jogo! No meio campo Dias esteve incansável melhorando com o decorrer da partida. André Sousa e Rúben Pinto impecáveis na cobertura e com naturais dificuldades na transição. Mas gostei de ambos, embora André Sousa tenha que ter mais critério na sequência a dar aos lances. Carlos Martins desta vez esteve mais rápido, mais concentrado e com isso lucra a equipa. Pena que uma pequena displicência no passe, já quase no fim, não tenha permitido que a bola chegasse ao seu destino - um companheiro desmarcado e pronto  rematar à baliza. Pormenores que fazem a diferença. Quanto o ataque, Luís Leal e Sturgeon estiveram sempre muito marcados. Na segunda parte Kuca entrou bem e ainda deu trabalho à defensiva italiana. Caeiro e Fábio Nunes só jogaram uns minutos.
Em suma,  Liga Europa acabou, o balanço acaba por ser positivo, mas agora há que virar a página e pensar no campeonato.

Saudações azuis

domingo, dezembro 06, 2015

Uma tarefa penosa

Revisitar um jogo em que fomos vencidos sem apelo nem agravo não é fácil. Em especial depois de tudo o que rodeou a inconcebível derrota de Alvalade. Mas é por aqui que devo começar. O empate em casa do líder, empate que esteve à vista, daria outro conforto e outro estímulo para o resto do campeonato. Não aconteceu e a verdade é que o jogo do Restelo contra o Vitória de Setúbal teve sempre essa sombra, essa necessidade de reabilitação, e isso normalmente pesa na cabeça e nas pernas dos jogadores. Que estavam nervosos, trapalhões, lentos a reagir, e assim abriram-se espaços inexplicáveis, vidé segundo golo dos setubalenses. Aliás só no último quarto de hora da primeira parte é que demos algum sinal de perigo.

Naturalmente que o treinador não escapou a esta onda de desacerto. Em lugar de adoptar o mesmo sistema (4-4-2) e colocar em campo o mesmo onze que tão boa conta deu em Alvalade, não, fez alterações e curiosamente todas elas foram um fiasco. A começar em Geraldes e a acabar em Carlos Martins. E como nestas coisas um azar nunca vem só, a entrada de Traquina coincidiu com o terceiro golo do Vitória, que arrumou definitivamente a questão.

Este jogo já faz parte da história e por isso há que olhar em frente. Mas olhar em frente com os números em frente dos olhos. Refiro-me naturalmente ao sistema defensivo que não pode continuar a sofrer golos como vem sofrendo! Somos a pior defesa do campeonato (mesmo sem contar com a goleada da Luz) e esta média de golos sofridos costuma dar descida de divisão. É preciso alterar isto e depressa.


Saudações azuis

sexta-feira, dezembro 04, 2015

A centralização dos direitos televisivos, uma novela portuguesa!

O enredo é sempre o mesmo: - três comparsas que se detestam têm no entanto uma paixão comum – gostam muito do bolo! O bolo é realmente bom e é dali que vem o músculo que faz a diferença. Não o podendo comer todo sozinhos, são obrigados a reparti-lo entre eles. Depois de muito regateio, o bolo é dividido em partes mais ou menos iguais pelos três. 

A assistir ao repasto e com direito às migalhas estão dois grupos de anões - um grupo de quinze mais à frente e um grupo um pouco maior mais atrás. Os anões observam em silêncio a comezaina até que entram em cena três sujeitos bem constituídos, aparentemente com poder e força, mas com voz muito fininha. O primeiro a falar é da FPF, dá as boas vindas a todos e vai-se embora! O segundo sujeito é da Liga, vira-se para os três comparsas e diz muito baixinho: - não foi isto que combinámos! Dá meia volta e sai também. O terceiro sujeito é do governo, diz que veio à boleia e não tem nada a ver com aquilo. Despede-se proclamando a igualdade! Os três comparsas aplaudem considerando que de facto a divisão foi justa.
O repasto termina e vai tudo para suas casas.

No dia seguinte um anão azul reúne-se com os outros anões e todos decidem fazer greve aos jogos enquanto não houver bolo para os anões!
Este capítulo da novela ainda não foi escrito.




Saudações azuis  

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Quem defende o Belenenses?!

Não me revejo nas declarações do presidente da SAD, nem enfio a carapuça, acho até que são despropositadas pois não atendem às legítimas inquietações, e porque não dizê-lo, suspeitas, de muitos adeptos azuis, entre os quais me incluo. Uma palavra de compreensão neste aspecto defenderia mais o jogador do que as parábolas que escolheu para justificar um lance, no mínimo, insólito!
E o insólito não pode ser tratado como se fosse a coisa mais natural deste mundo!
Aliás sabe tão bem como eu que o Tonel, jogador do Belenenses, nunca mais deverá defrontar o Sporting, quanto mais não seja para o proteger de futuros insólitos. E com isto não estou a dizer que Tonel fez de propósito porque isso seria ser tão abusivo como aqueles que têm a certeza do contrário.
E chegamos às declarações do treinador Sá Pinto que aceito na exacta medida em que pretende proteger o seu atleta. Mas daí a colocar Tonel acima de qualquer suspeita como se a honestidade nele fosse congénita e nos restantes mortais meramente adquirida, isso acho um exagero! Acima de qualquer suspeita estamos todos nós.
Estou eu, está um ex-primeiro ministro que vive da generosidade alheia, está o actual primeiro-ministro que perdeu as eleições mas afinal ganhou o governo e está o mundo do futebol, nomeadamente a segunda circular, com acusações mútuas de corrupção. Crime que como se sabe é muito difícil de provar em Portugal!


Saudações azuis 

terça-feira, dezembro 01, 2015

O dia seguinte…

A comunicação social branqueou o assunto, diz que foi um penalty claro, normal, embora tivesse passado despercebido a muita gente! Sobre o jogo diz que o Sporting fez uma das piores exibições da época mas não relaciona esse facto com o mérito do Belenenses! Enfim, a nossa comunicação social no seu melhor.

Tenho outra visão do lance e do jogo.
Sobre o lance fatal há que dizer que a grande penalidade foi indiscutível, mas não foi um lance normal.
Comecemos pelo árbitro, demasiado lesto a assinalar a marca dos onze metros! Olho de lince sem dúvida num árbitro que sempre me suscitou muitas dúvidas.
Passemos a Tonel caído no chão, agarrado a um dos pés, e sem esboçar qualquer reacção! O normal nestes casos é o jogador faltoso protestar com o árbitro mas nada disso aconteceu!
Da parte do Belenenses, quer nos restantes jogadores, quer no banco, não senti a revolta habitual, mas uma grande compreensão pelo sucedido! Não é normal.

Sobre o jogo reafirmo algumas das ideias que ontem aqui alinhavei com os nervos à flor da pele. Foi excelente o comportamento táctico e estratégico da equipa num esquema muito bem montado por Sá Pinto. Um 4-4-2 utilizando os jogadores apropriados e pena foi que mais uma vez Sturgeon não tenha tido o golpe de asa que poderia fazer a diferença. Continua timorato, pouco intenso, e sem conseguir impor o seu futebol. A transição ofensiva, viu-se, é o nosso calcanhar de Aquiles. Luís Leal e Kuca correram e lutaram muito mas falta sempre alguém no apoio vindo de trás.
O sistema defensivo esteve quase perfeito com Dias a destacar-se nas alturas. Em terra firme é mais problemático. Atenção às faltas escusadas quando o adversário está de costas para a baliza.
Os centrais (Tonel e Gonçalo Brandão) exibiram-se bem até ao minuto fatal.
Os laterais fecharam caminhos e tentaram sempre subir no terreno. Neste aspecto é justo destacar o labor de Filipe Ferreira que juntamente com Ventura foram as exibições mais conseguidas. Mas a equipa valeu pelo seu todo, pelo espírito solidário!

Quanto ao resultado foi pena. Poderíamos estar hoje mais fortes em termos psicológicos afastando de vez o fantasma dos pontos (e dos jogos) perdidos nos últimos minutos.


Saudações azuis

segunda-feira, novembro 30, 2015

Um estranho penalty e a infelicidade do costume!

Tonel já se explicou - foi a infelicidade! A infelicidade de um jogador experiente que cometeu um penalty infantil! Práticamente num dos últimos lances do jogo! Um lance sem perigo aparente. Sá Pinto já proclamou a injustiça do resultado. A infelicidade que nos persegue! Às vezes chego a pensar se não existimos apenas para que o Benfica e o Sporting possam ganhar. Ou folgadamente ou por um triz... mas ganhar! E depois ainda temos que 'gramar' as imensas saudades que todos os jogadores sentem por Alvalade ou pela Luz! Únicas maternidades deste país! Já chega. Recrutem brasileiros, sauditas, chineses, coreanos. espero que esses não estejam tão divididos!

Noutro registo até fizemos um jogo muito razoável em termos tácticos! Sá Pinto pôs a equipa a jogar num 4-4-2, com Sturgeon a incorporar-se no meio campo e esse esquema ia resultando em pleno. Faltou é certo mais presença ofensiva mas o adversário é forte, muito pressionante e está num bom momento. As substituições finais é que não me fazem sentido! Carlos Martins não defende e espera pela bola. Ora nós nessa altura precisávamos de um jogador com pulmão que fosse à procura dela. A entrada de Tiago Caeiro, um avançado posicional para substituir Luís Leal também me pareceu errada. Precisávamos nessa altura de um 'ciclista'. Mas se calhar não temos.
Hoje fico-me por aqui. É difícil ser do Belenenses. E não ter saudades nenhumas do Sporting nem do Benfica. Não falo do Porto porque nasci em Lisboa. Perto das Salésias.


Saudações azuis

quinta-feira, novembro 26, 2015

Pronto, está bem!

Há quem fique satisfeito com o empate, temos de compreender a situação, eram os campeões polacos que por acaso não estão em grande forma, mas pronto. Não sofremos golos o que é bom! Mas se não marcarmos, as hipóteses de sofrer golos e perder aumentam exponencialmente. Houve coisas que gostei e outras que não gostei. Não gostei dos extremos, embora Kuca tenha estado mais mexido do que Sturgeon. Mas aquele posicionamento, encostados às linhas, meio escondidos atrás dos defesas, não gostei. Mas fundamentalmente não gostei e não gosto daquele meio campo onde só Rúben Pinto sabe construir. Tiago Silva esforça-se, corre muito, mas não tem o tempo de soltar a bola ou de a reter, e muitas vezes perde-a em condições perigosas. Carlos Martins que o substituiu, também não acrescentou fluidez ao jogo. E como são raras as oportunidades para aplicar o contra golpe, no fundo, para surpreender o adversário, se perdemos essas oportunidades na transição, então é impossível criar situações de golo. Dir-me-ão que não temos o Maradona, ok, compreendi.
Gostei obviamente da equipa em fase defensiva mas isso não chega. Também gostei dos laterais. E até o Tiago Caeiro cumpriu embora muito desacompanhado. Com a entrada de Luís Leal o ataque do Belenenses animou um bocadinho e conseguimos então chegar mais vezes ao último reduto dos polacos. O pressing que tentámos manter durante todo o jogo é um crédito a nosso favor. E é verdade que atrapalhou o adversário que perdeu algumas bolas e errou alguns passes. Aproveitar isto depois é que é o nosso grande problema.
Ainda há uma hipótese em aberto em Florença. Uma vitória! Porque não ?!

Resultado final: Belenenses 0 Lech Poznam 0


Saudações azuis

quarta-feira, novembro 25, 2015

Os ares do Restelo…

Os ares do Restelo fazem mal aos ossos, aos tendões, aos músculos, às articulações, e quando há lesão a cura é longa. Não brinco com o sofrimento alheio mas são as notícias que me chegam! Perante tal adversidade teremos que nos precaver. Mais jogadores e mais alternativas, não vejo outro caminho. A propósito, que é feito de Meira?! Um jogador rijo que pouco se lesiona. Fui sempre contra a sua saída, por isso, se estiver livre deve regressar. É polivalente, tanto joga a central como a trinco, posição onde mais gosto de o ver actuar.

Fala-se agora em Nuno André Coelho, um jogador credenciado mas que não vingou inteiramente nos clubes portugueses (também credenciados) por onde passou. Lembro-me de o ver jogar nesses vários clubes e fiquei com a impressão que para central, para comandar a defesa, lhe falta qualquer coisa. É óbvio que se vier a ser jogador do Belenenses será para mim o melhor central do mundo.

Do meio campo também gostava de ouvir novidades. Tem que haver ali uma revolução porque é uma zona critica em qualquer equipa de futebol. Centro campista que perde a bola em zonas proibidas por demorar a pensar ou a executar não é centro campista. Talvez venha a ser, ou já terá sido, mas neste momento não é.

Amanhã, segundo as declarações de Sá Pinto, os polacos têm a vantagem da experiência. É possível. Espero no entanto que o factor casa sirva para alguma coisa. Em lugar de nos posicionarmos na expectativa, com linhas muito recuadas, talvez seguirmos o aforismo popular – a melhor defesa é o ataque!



Saudações azuis

sábado, novembro 21, 2015

Não há uma alegria!

Na política é o que se vê, na justiça é o que se adivinha, e no futebol este sabor amargo para o fim de semana, golos sofridos atrás de golos sofridos, nos últimos instantes, já não há pachorra! Bem sei que o objectivo é cimentar a equipa na primeira Liga e concordo. O que vier por acréscimo é sempre bom. Mas desconfio que este cimento tem mais areia que cimento, a ver vamos se não será preciso já em Janeiro reforçar alguns sectores claramente carenciados. A defesa já se viu que é um deles. O meio campo que não segura a bola e faz recair sobre a defesa trabalho extra, será outro. Recordemos que contra o Tondela (no Restelo) consentimos dez cantos e uma imensidade de cruzamentos que só não deram golo porque era o Tondela. Depois temos os lesionados crónicos. E por fim temos alguns jogadores que tardam em afirmar-se preferindo continuar no lote das promessas adiadas. Refiro-me, por exemplo, a Sturgeon que tem que render muito mais do que rende actualmente. E tem que marcar golos.
Hoje não tenho muito mais a dizer e a não ser uma nota, para variar, também negativa: - É que não percebi a saída para o Benfica de um dos juniores mais brilhantes que temos! Será que esta pequena alegria (que há muito não sentíamos) de estarmos a lutar pelos primeiros lugares naquela categoria, já nem isso nos é permitido?! Também aqui funciona o projecto de clube satélite?!
Espero bem que não.


Saudações azuis



Resultado do jogo da Taça de Portugal: O Belenenses foi eliminado em Portimão por 3-2 sendo que o último golo dos portimonenses foi marcado na última jogada do desafio. Não houve portanto direito a prolongamento.

sexta-feira, novembro 06, 2015

Um jogo esforçado e os detalhes

Estávamos empatados a zero, faltavam quatro ou cinco minutos para o intervalo, e juro que gritei para os meus botões – por amor de Deus, aguentem esse resultado! Veio-me à lembrança o jogo com a Fiorentina!

Pois nem dois minutos eram passados e zás, uma enorme asneira de um jogador do Belenenses (não sei quem é, nem quero saber) deitou tudo a perder. Não, não foi o penalty que nos penalizou. Foi antes, quando o tal jogador recuperou a bola junto à grande área, e em lugar de a despachar imediatamente para longe, resolveu sair a jogar, e claro, foi desarmado. A partir daí Filipe Ferreira viu-se forçado a esbracejar de mais e o árbitro apontou (naturalmente) o castigo máximo.

A história do jogo é esta – um detalhe que fez a diferença.

Faltava a segunda parte, mas como se viu o Basileia é equipa poderosa e não está, por enquanto, ao nosso alcance. Ir mantendo o empate e espreitar uma oportunidade é uma coisa. Ir à procura do prejuízo, avançar no terreno, é outra. Ainda por cima com centrais presos por arame!

De qualquer modo foi uma exibição esforçada, meritória, muito colectiva, e com poucos erros!


Saudações azuis

domingo, novembro 01, 2015

Fragilidades e muita paciência…

Fragilidades naturais perante um adversário mais forte mas também fragilidades acrescidas com lesões inoportunas, com lesões que se eternizam! Fragilidades habituais no meio campo, sector chave em qualquer equipa, e fragilidades de alguns jogadores a quem parece faltar temperamento (um certo conformismo!) quando as dificuldades aumentam. Atenção, temperamento dentro das leis de jogo.

Muita paciência para determinadas atitudes (conversas infelizes com os árbitros) e outras infantilidades que só prejudicam a equipa. Paciência enfim para esperar que melhores dias virão, que daqui para a frente vamos sofrer menos golos e não vamos ouvir falar mais em cansaço. Cansados andamos todos nós. Uns por isto outros por aquilo.

Saudações azuis


Nota: Ficha do jogo contra o Braga: - Vinte minutos razoáveis na primeira parte e boa estreia apesar de tudo de Gonçalo Silva. 

quinta-feira, outubro 29, 2015

É bom pagar as dívidas

Ao contrário dos que perfilham a ideia de que as dívidas não são para pagar, mas para gerir, eu gosto de pagar as minhas dívidas. Não vale a pena abordar aqui as dívidas dos clubes de futebol em Portugal. Não há espaço, seria um romance! Interessa apenas salientar que os tempos não estão para dívidas, os credores apertam, e a não ser que seja dinheiro contaminado, já há pouco quem empreste.

Louva-se assim a boa gestão da SAD que pelos vistos tem conseguido cumprir os objectivos a que se propôs. Aliás nunca tive dúvidas sobre a capacidade de gestão de Rui Pedro Soares. As minhas dúvidas são outras. Mas como ficou claro no comunicado, isto foi pago com o pêlo do cão. Como deve ser.

Saudações azuis

terça-feira, outubro 27, 2015

Difícil ganhar em casa!

Como realçou Sá Pinto fomos a única equipa que, nesta ronda, obteve uma vitória caseira. Em dias de chuva o factor casa conta pouco, a vantagem é das defesas. Acresce que o União da Madeira sofre muito poucos golos e além disso, como se viu, é uma equipa com argumentos! Pelo nosso lado, valeu o espírito de combate para conquistarmos uma vitória feliz.

Sá Pinto manteve o onze que defrontou o Basileia mas o que não se manteve foi índice competitivo de jogadores fundamentais. Tiago Silva, por exemplo, esteve uns furos abaixo do esperado. Sabemos que não é fácil assumir as despesas do jogo e também sabemos que alguns jogadores estavam menos frescos que o habitual. Pareceu-me por isso que a equipa estava um pouco estática. Ao contrário dos madeirenses, sempre muito activos. Nestas condições, valeu o acreditar até ao fim!

Referências individuais: destaco a boa entrada de Carlos Martins, mexeu com o nosso ataque; André Sousa esteve muito em jogo e foram dele alguns remates perigosos; João Afonso brilhou num corte milagroso, a defesa cumpriu, e foi importante não sofrermos golos; Sturgeon teve alguns apontamentos mas tem que melhorar no capítulo da finalização; finalmente Tiago Caeiro, que entrou já perto do fim, fez um golo pleno de oportunidade! Um golo precioso.

Resultado final: Belenenses 1 – União da Madeira 0



Saudações azuis

segunda-feira, outubro 26, 2015

Humildade e raça

Para logo á noite (Belenenses- União da Madeira) Sá Pinto deve fazer jus ao que disse – aqui não se fazem poupanças, os jogadores são todos titulares – portanto, a única regra que conheço é esta: - em equipa que ganha, não se mexe. Veremos se será assim.
O título que escolhi tem a ver com isto. Não quero vedetismos, quero humildade e raça.

Mudando de assunto: já perceberam porque é que não tenho escrito muito sobre o Belenenses?! Não vale a pena estar a sobrepor-me aos jornais de grande circulação. Nesses jornais, todos os dias, há referências ao nosso clube. Referências dispensáveis.

Sobre este tema, já uma vez sugeri que as ligações perigosas do presidente da SAD quer com os socretinos (discípulos de Sócrates) quer com o nacional-benfiquismo (discípulos de Vieira) podem prejudicar o Belenenses. Espero que tenha isso em consideração. 

E também não gosto da expressão – ‘este clube esteve para acabar’! Nem que recomeçasse do zero o Belenenses só acaba quando os seus associados quiserem. Podemos sempre recomeçar. Obviamente com uma limpeza prévia às ‘quintinhas’ que persistem no Restelo.

Por fim, um aviso á navegação: - Existe a convicção (idiótica) de que o regime, e a impunidade que lhe anda associada, são eternos. Não são. Vão cair mais depressa do que se julga. Logo, há que arrepiar caminho o quanto antes.



Saudações azuis

sexta-feira, outubro 23, 2015

Grande vitória!

No meio de tantas notícias azaradas, nos escombros de um regime político nefasto, a Cruz de Cristo sofre mas reergue-se, e surpreende os helvéticos! Organização, entreajuda, humildade, três requisitos que garantiram a vitória perante o Basileia, que não é uma equipa qualquer. Estamos a falar do hexacampeão suíço! Eu próprio fiquei surpreendido com a capacidade para sairmos a jogar quando recuperávamos a bola! Subimos um degrau importante em termos de construção de jogo. Tiago Silva merece neste aspecto os parabéns! O primeiro toque na bola é mais perfeito, está mais rápido a discernir e a dar sequência aos lances! Mas não vou individualizar. Todos estiveram fantásticos!

Saudações azuis

segunda-feira, outubro 19, 2015

Descubra as diferenças (segunda parte)

O presidente do Sporting denunciou publicamente que o Benfica dava um presente aos árbitros (delegados e observador) quando estes se deslocavam ao estádio Luz e à Caixa Campus do Seixal. Naturalmente para apitar, delegar e observar. O respectivo presente incluía jantar para mais que uma pessoa. Para cortesia, ao presidente do Sporting, pareceu-lhe excessivo. Está no seu direito.

Pois bem, comprovado que o presente existia e existe, o que fez a Federação?!

Em vez de averiguar se tal procedimento violava o direito desportivo de que ela própria é garante, resolveu o assunto mandando o Ministério Público investigar!

E confesso a minha perplexidade - não se percebe bem o que é que o Ministério Público tem para investigar, uma vez que já se sabe que houve quem jantasse. A não ser que se pretenda saber se os presenteados beberam Sagres ou Superbock! Se comeram tremoços ou lavagante! Quanto ao inquérito desportivo, esse, segundo consta, ainda não saiu da gaveta!

Aqui as diferenças são fáceis de descobrir. Não há diferenças, é o nacional-benfiquismo no seu melhor.


Saudações azuis

Nota básica: Ao inquérito desportivo não interessa saber se jantaram ou não jantaram. Interessa apenas saber se os árbitros, delegados e observador aceitaram ou não o presente. E se o podiam aceitar à luz das normas desportivas vigentes. É tão simples. 

Descubra as diferenças

Notícias de hoje:

A UEFA aplica um castigo ao Benfica - um jogo da Champions à porta fechada, medida suspensa no caso de não ocorrerem outros incidentes semelhantes no prazo de dois anos. O castigo deveu-se ao comportamento dos adeptos benfiquistas no Vicente Calderón, estádio do Atlético de Madrid. A UEFA nem demorou um mês a tomar a decisão!

Por cá, o Ministério Público arquivou a investigação aos incidentes ocorridos no Marquez de Pombal por ocasião da festa do título. Incidentes protagonizados pelos adeptos do Benfica no dia 18 de Maio do corrente ano.

A justificação do MP é a seguinte: - ‘Foi determinado o arquivamento por insuficiência de indícios probatórios quanto à autoria dos crimes, resistência e coacção contra agentes da autoridade…’.

Para quem se lembra estamos a falar do lançamento de artefactos pirotécnicos, de garrafas e pedras da calçada contra a polícia. Ficaram feridos 16 agentes.

Descobriram as diferenças?


Saudações azuis

terça-feira, outubro 06, 2015

Depois do prolongamento…

Bem andou o Belém Integral em desconfiar dos ‘leaks’. Dos ‘leaks’ e do resto. Bastou um frente a frente, um Benfica – Sporting um bocadinho mais renhido e lá ficámos a saber o que já sabíamos – que o futebol português é um pântano, onde os grandes manobram, fazem falcatruas, arruínam bancos, incentivam à violência, fazem o que lhes apetece perante o olhar complacente da comunicação social, da federação e dos poderes públicos. Dir-me-ão que foi sempre assim, claro, mas agora as coisas pioraram! E pioraram por duas razões – em primeiro lugar o bolo, por causa da crise, é cada vez mais pequeno; em segundo o Sporting apareceu mais reivindicativo, quer tratamento igual à dos outros dois concorrentes. E nessa lógica tem razão.

Costuma dizer-se – ‘zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades’! Foi o que Bruno de Carvalho fez ontem no programa da TVI 24. E goste-se ou não da figura, do estilo, temos que reconhecer que o presidente do Sporting deu um baile ao opinador que ali estava a defender os interesses do Benfica! Deu um baile e revelou aquilo que o Belém Integral também tem vindo a revelar, infelizmente com menos audiência.

A procissão ainda vai no adro mas desta vez será mais difícil abafá-la. A não ser que os restantes clubes, Belenenses incluído, continuem a prestar vassalagem aos três eucaliptos. Não ganham nada com isso.
Um exemplo: a centralização dos direitos televisivos num operador independente, e a distribuição equitativa das respectivas receitas é o caminho que está ser seguido nos países que têm um futebol competitivo e por consequência, rentável. É por isso que qualquer clube inglês ou espanhol do meio da tabela pode comprar jogadores que não estão ao alcance dos clubes portugueses. Incluindo os grandes. Se isto é assim, pergunto: - Para quando a adopção daquele modelo no futebol português?! Ou queremos continuar com a ditadura dos grandes?!


Saudações azuis

segunda-feira, outubro 05, 2015

Crónica ausente

Vi e revi e não sei o que dizer. Posso falar dos juniores porque finalmente são competitivos. Também posso escrever sobre iniciados, mas do primeiro team já falei demais. Também gostei da primeira parte, jogada em ritmo lento. É verdade, não sofremos golos. Brahimi, pois, deu muito trabalho, mas a verdade é que os golos aconteceram do outro lado! Mas como digo, não vou especular. Aguardemos por melhores dias. Com menos golos… sofridos.


Saudações azuis

sábado, outubro 03, 2015

Leaks, petardos, e nacional-benfiquismo

Em dia de reflexão, reflictamos sobre ‘leaks’. Desconfio dos ‘leaks’! O director do jornal ‘A Bola’, acha que são isentos. Eu acho que não e pelo que tem vindo a público o alvo parece bem definido. Além do mais, isenção é coisa rara no nosso jornalismo. Por exemplo, o que lhe parece esta legenda sobre os graves incidentes no Vicente Calderón provocados por adeptos benfiquistas, e que o jornal que V. Exa. dirige publica hoje, e cito: - ‘Atlético de Madrid arrisca multa de 40 mil euros por ter permitido a entrada de material proibido nas bancadas’! Fim de citação. Acha que isto é uma notícia construtiva, objectiva?! Ou pretende apenas isentar o Benfica de qualquer responsabilidade?! Não vale a pena responder.

Também o Belenenses (pobre Belenenses) reduzido a pouco mais de dois mil sócios irá sofrer as consequências pelos actos de meia dúzia de irresponsáveis que se acham donos do clube! Aliás este tipo comportamental já foi erradicado dos países civilizados. De facto, os países que têm uma indústria de futebol rentável, e não falida como acontece em Portugal, já resolveram este problema há muito tempo. Veja-se o caso de Inglaterra. Por cá, a Liga, a Federação e os governos da república tardam em pôr o futebol português nos eixos. Talvez tenham medo ou não lhes interesse!
Fez bem a SAD em vir rápidamente a terreiro condenar e responsabilizar os autores da ’brincadeira’.

E termino com mais uma pitada de ‘leaks’ e nacional-benfiquismo. Muito curioso estou em saber se o ‘Football leaks’ sabe alguma coisa, alguma fuga de informação, sobre as investigações da PJ ao caso do ‘Zé do Benfica’ e da respectiva cocaína apreendida numa viatura do mesmo clube! (CM de 28/8/2015)


Saudações azuis

quinta-feira, outubro 01, 2015

Golos a mais...

A Fiorentina é de outro campeonato, vê-se que está em grande forma, moralizada, mas apesar do domínio exercido não criou oportunidades para uma goleada. O Belenenses, de facto, facilitou. E isso vem ao encontro do que nos interessa reter e que é o seguinte: - o sistema defensivo não está a funcionar. Neste aspecto aquele segundo golo é inadmissível - nos descontos para o intervalo, com a Fiorentina num pressing terrível, tentar fazer um passe para a zona frontal (julgo que foi Rúben Pinto) é um suicídio. E foi. Nova investida dos italianos, remate forte, e o já 'habitual' desvio a trair Ventura. Que das duas uma, ou se lança sempre cedo demais, ou então tem que ir à bruxa! Depois temos um segundo problema - temos um meio campo demasiado ofensivo. Carlos Martins não defende, Sousa defende assim assim, e Rúben Pinto é um trinco adaptado. Sturgeon esforça-se mas não tem o sentido do desarme. Nem da posição. Resumindo, avancemos o Rúben Pinto para o meio campo e façamos entrar o Dias ou outro trinco de raiz. E perguntarão os entendidos - e então o Carlos Martins, o nosso melhor jogador não joga?! Pode jogar mas não naquele lugar. Neste jogos contra equipas muito fortes, como há-de ser o próximo contra o Porto, precisamos de ter um meio campo defensivo a sério.
Hoje fico-me por aqui até porque não vale a pena bater mais na mesma tecla. Já basta a goleada.

Saudações azuis

terça-feira, setembro 29, 2015

Arouca dois dias depois…

Conformado com o resultado, numa análise mais serena, vejamos os prós e os contras do jogo de domingo passado:

Não é fácil ganhar neste princípio de campeonato, muito equilibrado, e que já trouxe dissabores a todas as equipas. É natural que lá mais para a frente, com a inevitável erosão da prova, as coisas se modifiquem. Por enquanto, não. Por enquanto é uma tremenda luta pelos pontos com toda a gente a querer chegar depressa á zona de conforto.

Dito isto, saudemos a dinâmica atacante do Belenenses, efectivamente reforçado com Kuca e Luís Leal, dinâmica que vem criando oportunidades de golo, uma boa novidade para as hostes do Restelo! Com efeito não estávamos habituados a tanta fartura de oportunidades, umas falhadas, outras concretizadas. A questão que nos incomoda e já a referi no postal anterior é o excesso de golos sofridos, especialmente a incapacidade para segurar resultados que nos são favoráveis. Isso deve-se a outras razões que tentarei decifrar neste espaço.

Em primeiro lugar há que dizer que os jogos europeus que realizámos criaram a falsa expectativa de que tínhamos um sistema defensivo á prova de bala! Não é bem assim, até porque os jogos europeus são muito diferentes dos jogos do nosso campeonato. Não há qualquer comparação. Portanto, há que olhar melhor para as nossas debilidades nesse sector. Em Arouca, por exemplo, quando vivíamos o sufoco dos últimos minutos, tínhamos os centrais enfiados na nossa área, e não havia ninguém com capacidade para sair com bola sem a perder de imediato. Seja porque demora a dar-lhe um destino conveniente, seja porque não tem essa visão periférica, seja porque não tem qualidade para resistir à pressão do primeiro adversário que lhe apareça pela frente. Eu sei que temos os jogadores que temos e ponto final. Mas também costuma dizer-se que ‘quem não tem cão, caça com gato’.

Portanto, voltando às duas primeiras substituições em Arouca, e olhando para o banco, hoje pode dizer-se que teria sido preferível fazer outro tipo de alterações.
Por exemplo, deveriam ter saído ao mesmo tempo Miguel Rosa (este por lesão) e Carlos Martins (por esgotamento) fazendo entrar Ricardo Dias e Tiago Silva. Tiago tentaria fechar o flanco direito auxiliando Geraldes, enquanto Dias tomava o lugar de Rúben Pinto que entretanto devia adiantar-se no terreno. E por duas razões: - é um dos poucos jogadores com as características que atrás apontei, capaz de segurar a bola e endereçá-la em condições quer a Kuca quer a Luís Leal, para assim podermos respirar um pouco; e em segundo lugar porque com o decorrer do jogo perde alguma lucidez na posição de trinco.

É a minha opinião, opinião de um treinador de sofá, vale o que vale.


Saudações azuis

segunda-feira, setembro 28, 2015

Sofre coração!

Já tinha acontecido no Restelo contra o Rio Ave, voltou a acontecer agora em Arouca – alcançada uma vantagem de dois golos o Belenenses deixa-se empatar e as causas não devem ser diferentes. Já lá iremos.
O jogo, desde o início equilibrado, começou a pender para os homens de Lito Vidigal uma vez que o meio campo azul, em desvantagem numérica não funcionava. O ataque vivia nessa altura de lançamentos compridos a solicitar a velocidade de Luís Leal e pouco mais. Kuca mudou então para o flanco esquerdo, onde facto rende muito mais, Miguel Rosa fechou no meio e pode dizer-se que a partir daí o Belenenses tomou conta do jogo. Um primeiro aviso de Miguel Rosa a cabecear isolado para boa defesa do guarda-redes do Arouca e logo a seguir o golo de Sousa em pontapé de ressaca na sequência de um canto.

Na segunda parte mais se acentuou a superioridade azul, Luís Leal teve duas perdidas escandalosas até que chegou o inevitável segundo golo numa boa jogada entre Miguel Rosa e Luís Leal e que este concretizou superiormente. Ainda faltava algum tempo para o fim (cerca de vinte minutos) mas ficámos, fiquei convencido que o jogo estava práticamente decidido. Puro engano. Uma falta desnecessária de Rúben Pinto, um livre perto da área, em posição frontal, a bola desvia na barreira e trai Ventura. O Arouca reduzia, ganhava nova alma e fazia jogo directo, começando a martelar a defensiva azul. E nós recuámos. Não conseguíamos ter bola. Por outro lado, as substituições entretanto operadas, revelaram-se completamente infrutíferas. Já perto do fim, um remate feliz, sem a devida oposição, resultou num grande golo e no inacreditável empate. E se o jogo não acabasse tão depressa ainda perdíamos…

Percebo a frustração de Sá Pinto porque percebo a minha, mas o que interessa, e volto ao princípio da crónica, é perceber porque é que isto nos está a acontecer!
Sem dúvida que o Arouca, à semelhança do seu treinador, é uma equipa raçuda, que nunca desiste, além de que teve alguma felicidade nos dois golos que marcou. Mas isso não explica tudo. Não podemos sofrer tantos golos, e em vantagem, não podemos recuar tanto no terreno. Quanto às substituições há que rever o assunto uma vez que não funcionaram.

Quinta-feira é outro jogo, mas estou mais preocupado com o campeonato.


Saudações azuis

sexta-feira, setembro 25, 2015

Frases feitas em contraciclo!

Isto aqui não é o bota abaixo, nem sequer é uma oposição porque para haver oposição tem que haver uma situação, que é o que não há. A ver se nos entendemos, eu também gosto de frases do tipo – requalificação, piscinas, ginásios, escolas, centros de estágio, Salésias, bifanas, cerveja Sagres, etc. Também gosto. Estou é um bocadinho farto do discurso, como estou farto de presidentes da Câmara de Lisboa (no caso, sociais benfiquistas) que quando prometem umas migalhas ao Belenenses (em vésperas de eleições!) já encheram de benesses Benfica e Sporting. Disso estou farto, desculpem lá o mau jeito. E já que falamos de projectos, nada melhor que avançar com o indispensável anteprojecto, a saber:- acabar de vez com a estrutura bicéfala que faz de nós uma caricatura de clube. Isso, sim, é requalificar o Belenenses. E acabavam-se logo todas estas disfunções e equívocos como por exemplo, e cito – ‘um centro de estágio independentemente de qualquer negociação com a SAD’! O que é que isto quer dizer?! Cada um a puxar para seu lado?! Ou aquela ideia peregrina que os últimos presidentes do clube gostam de repetir - o ‘Belenenses não é só futebol’! Pois não, e pelo caminho que levava, nem futebol…

Saudações azuis


Nota: - Obras?! Agora em austeridade é que vamos fazer obras?! Quando foi o tempo das vacas gordas, quando os outros fizeram estádios com o dinheiro dos contribuintes, não avançámos, e então era agora! Tenham juízo. Olhem à volta, pensem nos refugiados e no eminente desmoronamento da união europeia. Obras agora só na equipa de futebol. Um centro campista a sério. Mais um central. Isso, talvez.

quarta-feira, setembro 23, 2015

Idade para mudar de discurso

Noventa e seis anos, quarenta de grandeza, quarenta de decadência, dezasseis no fio da navalha, é altura para mudar de discurso. É altura para acabar com a conversa de transformar o Restelo nisto e naquilo, saunas, clubes de berlinde, e outros sonhos que viraram pesadelos!

O discurso, sóbrio, só pode ser este: - está na hora de nos reaproximarmos decisivamente dos nossos rivais de Lisboa. O Restelo terá de se reaproximar em termos qualitativos dos estádios da Luz e de Alvalade.

No que toca ao parque desportivo, está mais que na hora de dispormos, tal como dispõem Benfica e Sporting, de um centro de formação para o futebol. Isso sim, são projectos para o futuro do Belenenses. Para ver se no centenário já estamos mais perto do título.


Parabéns ao Clube de Futebol “Os Belenenses”!

terça-feira, setembro 22, 2015

Vitória fundamental!

Gosto destes desafios: - ontem não podíamos falhar e não falhámos! Nem sempre foi assim e a minha memória está repleta de frustrações azuis. Não vi o jogo, não posso portanto pronunciar-me com aquela certeza, mas pelo andar da carruagem, um golo madrugador, outro ainda na primeira parte, percebia-se que o Belém entrou determinado a ganhar. Depois vieram os indícios, as confirmações, Geraldes no seu lugar, Filipe Ferreira também, e aquilo que já sabíamos há muito – há um novo avançado no Restelo, chama-se Luís Leal! E Miguel Rosa quando joga mais perto da área, também marca mais golos. Tudo isto e muito mais, a dinâmica de jogo, devem ter descansado os inquietos adeptos belenenses.
Parabéns!

Resultado final: Belenenses 2 – Moreirense 0

Não posso terminar sem uma menção à vitória dos juniores sobre o Benfica, jogo que teve lugar no Seixal – uma das muitas casas que os encarnados possuem neste pequeno país. Fica a nossa vitória como um sinal do renascimento azul. O caminho é este. Não há outro.



Saudações azuis

quinta-feira, setembro 17, 2015

Belenenses empata na Polónia

No seu primeiro jogo da fase de grupos na Liga Europa o Belenenses empatou a zeros com o Lech Poznam, desafio realizado na Polónia. No outro jogo do grupo o Basileia impôs-se à Fiorentina e passou  comandar o grupo com três pontos. 
São boas notícias e bem precisávamos delas.

Saudações azuis

quarta-feira, setembro 16, 2015

Polacos em crise, má notícia…

Afinal o Astana (do Cazaquistão!) confirmou aquilo que eu escrevi - não mora nenhum colosso na Luz! Defesa à zona, bom preenchimento da zona central, lucidez, entreajuda, mantendo o contra ataque sempre em aberto. Pelo flanco esquerdo. Perdeu, é certo, mas não foi humilhado.

Não era para voltar a este assunto mas depois de ver repetidas vezes o primeiro golo do Benfica contra o Belenenses, fiquei preocupado. Um cruzamento largo, larguíssimo, parecia playstation, toda a gente a ver onde a bola ía parar, e quem estava a marcar o Mitroglu, a fazer-lhe cócegas, já que nem saltou, era o improvisado defesa esquerdo Geraldes! Onde estavam os centrais?!

Passemos adiante. Com Palmeira eternamente ausente, lembrei-me do Meira. Não sei se já tem clube, mas se não tiver que regresse. Não percam tempo. É um polivalente e a sua experiência (em determinados jogos) traria um valor acrescentado ao nosso meio campo defensivo.

Pois que venham os polacos mas nada de aspirinas. Eles têm os seus próprios serviços de recuperação, não precisa o Belenenses de se incomodar. Vamos mas é jogar com personalidade e sem sobranceria.

Deixei para o fim a rábula Miguel Rosa tal como foi ‘explicada’ pelo presidente da SAD. Todos percebemos que Miguel Rosa tinha que jogar uma vez que não estava lesionado. Mais, se não jogasse quer Belenenses quer Benfica seriam desta vez fortemente penalizados (em pontos). A actual lei é clara. Para bom entendedor…



Saudações azuis

domingo, setembro 13, 2015

Moralizar o Benfica, fado que se cumpre!

Em convalescença de uma indisposição, que espero passageira, só hoje tomei conhecimento do resultado (6-0) e de facto já não há pachorra para isto! Aliás atendendo à formação inicial da equipa, a recair em erros que já julgávamos ultrapassados, a goleada seria sempre uma forte hipótese. Para não acontecer o desastre o meio campo teria que ser reforçado, e fortalecido defensivamente, e nesse meio campo Carlos Martins não teria lugar. Hipótese: - Rúben Pinto, Dias, Sousa e Sturgeon. Kuca seria a arma do contra ataque, mas no flanco esquerdo como jogava no Estoril, e Miguel Rosa apareceria no centro do ataque. Geraldes a defesa esquerdo é um erro de palmatória. Assim, não defende nem ataca em condições. No lado direito talvez fosse possível de vez em quando, incorporar-se no ataque e criar desequilíbrios. O defesa esquerdo é naturalmente o Filipe Ferreira. E ponto final. Com esta equipa não levávamos seis e talvez conseguíssemos dar luta. Não gosto da conversa – foi um dia mau. Nós temos um dia para ser goleados todos os anos! Isto não tem nada a ver com a categoria do adversário. O Benfica estava mal e lá vem o Belenenses, armado em enfermeiro, dar-lhe uma aspirina. Uma, não, seis!

Saudações azuis



Notas: 

É fácil falar depois das derrotas, é verdade. Mas isto não foi uma derrota, foi uma humilhação.

Em segundo lugar quero dizer que aprecio a ousadia de Sá Pinto desde que não caia no equívoco de pensar que o Belenenses pode jogar (em todos os jogos) como se fosse uma equipa grande. Ainda não tem meios para isso. 

sexta-feira, agosto 28, 2015

Crónica alternativa

Se quiserem ler sobre recordes, estatísticas, saber quando é que o Afonso Henriques trocou os torneios medievais pela sueca, devem ler os jornais desportivos, ouvir os comentadores da televisão, comoverem-se, chorar um bocadinho, e depois passa. Se não quiserem nada disto, chegaram ao sítio certo. Uma crónica emotiva, elogiosa, mas sem histerismos. E que não compara as pequenas glórias de 2015 com as de anos transactos, pela simples razão de que são incomparáveis.

Dito isto valeu a pena chegarmos a este patamar para vermos o estádio de Restelo com uma moldura humana razoável, uma plateia entusiasmada, valeu a pena ver o esforço dos jogadores a lutarem por um objectivo difícil de alcançar, pois como se previa o Altach não era a pera doce que muitos insistiam em descrever. Rápidos, possantes, com um futebol rectilíneo, em dois passes estavam em cima da nossa baliza. Fez bem Sá Pinto em resguardar-se, em esfriar o jogo, em fechar as alas a sete chaves, o que obrigou a grande esforço de Camará e Sturgeon, esforço de que se ressentiram na segunda parte. Rebentaram e perderam discernimento.

Já não gostei tanto das últimas substituições, excessivamente defensivas, mas compreende-se o estado de nervosismo geral, no entanto foi por um triz que não nos suicidámos.
Não tencionava fazer uma análise individual na medida em que houve grande mérito colectivo no feito alcançado, mas também aqui esta crónica é alternativa e afasta-se do padrão habitual. Assim, os meus destaques vão para:

Ventura, uma exibição importante, sem falhas; João Amorim fez um bom jogo! Trata-se de um defesa direito com personalidade; os centrais foram práticamente intransponíveis. Ainda assim gostei mais de Tonel do que Brandão; Geraldes a jogar no lado esquerdo perde muito da sua eficácia e não consegue ensaiar as suas descidas pelo corredor. Fez uma durante o jogo todo e depois centrou mal porque não tem pé esquerdo; Rúben Pinto esforçado mas cuidado com as faltas desnecessárias; André Sousa esteve quase mas ainda falta o quase; Abel Camará e Sturgeon tentaram mas as tarefas defensivas foram demasiado absorventes. Além de que Camará não sabe jogar de costas para a baliza, precisa ser bem lançado; Miguel Rosa foi talvez o jogador mais equilibrado durante o jogo todo; está mais vivo e levanta mais a cabeça; Tiago Caeiro esforçado, bateu-se bem nas alturas com as torres austríacas, mas terá de ter atenção aos braços e possíveis cartões por causa disso; Tiago Silva entrou com energia mas eu teria preferido um ala (Fábio Nunes) passando Miguel Rosa para o centro do ataque; isto não tem nada a ver com o jogador que até cumpriu. O que perdemos foi comprimento atacante e no fim o chuveirinho constante podia ter sido fatal. Dias e João Afonso entraram nos últimos minutos para defender e fizeram por isso.

Saudações azuis


Nota: À margem do desafio, no fim do mesmo, Rui Pedro Soares realçou o esforço e a dignidade do caminho percorrido, salientando a falta de meios desportivos, inclusivé, um campo de treinos! É caso para dizer: - Belenenses, como pudeste chegar a este estado?! Para mim, esta é a única comparação/estatística que me interessa.

terça-feira, agosto 25, 2015

O funil

Este país parece um funil, toda a gente fala no mesmo, toda gente fala nos mesmos! Aqui a liberdade de expressão é uma conquista desnecessária, não a utilizamos, falamos todos em coro. Lá aparece de vez em quando, como acontece nos coros, uma voz mais esganiçada, mas vai-se a ver… e é para cantar a mesma coisa!

Portanto, também não precisamos de democracia, como aliás se comprova fácilmente. Se a única coisa que nos divide, que nos separa, é uma segunda circular e um comboio para o Porto, não vale a pena tanto partido, tanto voto, tanto estardalhaço eleitoral.

Assim, ontem, sem possibilidade de escolha, preferi a Sport TV para ouvir falar sobre a jornada do fim-de-semana. Preferi por causa dos interlocutores. Eram pessoas ligadas ao futebol, não estavam ali na qualidade de advogados, médicos conhecidos, deputados, ou candidatos a cargos públicos. Eu, para ouvir gente que não percebe nada de bola já me chega ouvir-me a mim.

Mas então o que disse a Sport TV?!
Disse, pela voz de José Peseiro, aquilo que eu ando a dizer há séculos – que estes resultados mais ou menos surpreendentes, com os três eucaliptos a perderem pontos, são enganadores. Revelam uma competitividade que não existe, tal é a diferença de meios (a começar e a acabar na comunicação social) entre os chamados três grandes e os restantes clubes. O que aconteceu este fim-de-semana foi uma excepção, no final do campeonato o fosso entre grandes e pequenos continuará a aumentar, e ninguém se há-de importar com isso.

Nesta vertigem chegaremos a um campeonato virtual, artificial, onde só três clubes têm adeptos funcionando os outros como satélites, aliados servis e pontuais consoante as necessidades dos patrões.
Deste cenário, desta servidão, excluem-se os clubes das regiões autónomas, em especial da Madeira, e graças ao respectivo estatuto político! O que diz bem da necessidade de aplicar ao continente remédio semelhante.

Uma última nota que corresponde a uma pergunta crucial: - mas a que se deveu então esta maré de resultados que colocaram o Arouca na liderança da primeira Liga?!
Há duas explicações: – a globalização dos métodos de treino; e a natural sagacidade dos treinadores portugueses especialmente aqueles que passaram pelo Belenenses e se habituaram a fazer omeletes sem ovos!


Saudações azuis

segunda-feira, agosto 24, 2015

Segunda parte à antiga!

No tempo em que jogávamos para o título (da primeira divisão) assumíamos as despesas do jogo, avançávamos pelo meio campo adversário e criávamos oportunidades de golo. Não havia jogos fora e em casa. Era igual. Ontem, com Tiago Caeiro e Camará quase lado a lado, vislumbrei esse Belenenses! E empatámos, sim senhor! Faltou depois alguma frescura uma vez que recuperar um resultado negativo, cansa o dobro. Foi meio presente para quem fez anos nesse dia. Mas se acrescentarmos os resultados dos nossos eternos rivais, houve presente inteiro.

Mas o meio campo… Essa zona onde normalmente tudo se decide, não vi, se calhar não temos, o Rúben Pinto não sei se chega para as encomendas… Alguém que filtre, que consiga segurar a bola, ou então enviá-la rápidamente com destino certo. Sem esse aconchego, o ataque viveu do surpreendente (não para mim) jogo de Abel Camará, e da entrada também forte de Miguel Rosa.
Defensivamente estivemos bem com o senão daqueles segundos de desconcentração que deram origem ao golo do Guimarães. E também não sei se Geraldes do lado esquerdo será a melhor solução!
Mas enfim, vamos ver.

Saudações azuis


Nota: Sturgeon e Abel Camará saíram lesionados mas espero que estejam aptos para defrontar o Altach.

sábado, agosto 22, 2015

Entre dois jogos…

Uma vitória fora (0-1) é uma vantagem preciosa mas na segunda mão os austríacos serão mais perigosos. É uma equipa estranha, aparentemente tosca, mas defende bem e tem gente rápida e alta que disputa a bola nas alturas sem complexos. Nada de livres infantis, com o adversário de costas, nada disso.
Entrámos bem no jogo, instalá-mo-nos no meio campo adversário, marcámos um golo e não fora um certo nervoso miudinho, que nos levou a abdicar do ataque e talvez tivéssemos resolvido a eliminatória. Mas não, e lembrei-me do Rio Ave, o Tiago Caeiro com a nossa defensiva lá atrás não consegue ter bola, nem cruzamentos, a situação arrastava-se perigosamente até que Sá Pinto fez entrar Camará obrigando ao recuo dos centrais austríacos. A partir daqui o Belém conseguiu accionar o contra ataque, e o ímpeto do Altach ficou controlado. Íamos a meio da segunda parte.

Referências individuais: Miguel Rosa voltou a evidenciar-se; Rúben Pinto merecia adiantar-se no terreno; Abel Camará entrou bem, segurando os centrais adversários; e uma menção para os protagonistas do golo – excelente passe de Tiago Silva, oportuna conclusão de Tiago Caeiro.

Saudações azuis



Nota: Amanhã, em Guimarães, jogo difícil, mas que devemos encarar com serenidade e classe.

segunda-feira, agosto 17, 2015

Crónica adiada

Escrevo, não escrevo, hesitante, acabei por deixar passar o prazo e fiz bem. O jogo com o Rio Ave resume-se a um momento – tínhamos feito a remontada, ganhávamos por 3-1, e num golpe de sorte, infelicidade absoluta de Gonçalo Brandão, os vila condenses reduzem para diferença mínima. Nada o fazia prever, mas faltava ainda muito tempo para jogar! O futebol tem destas coisas. O Rio Ave moralizou-se, o Belenenses atemorizou-se. Baixámos (ou fomos forçados a baixar) as linhas, perdemos a referência no ataque e é justo que se diga, o adversário também teve os seus méritos. Seja como for gostei do Belenenses.

Referências individuais – André Sousa, Rúben Pinto, Carlos Martins e Miguel Rosa destacaram-se. Também gostei de Sturgeon na primeira parte, mas todos deram o máximo, incluindo os estreantes Traquina e Vilela. Quanto a Ventura, não esteve nos seus dias, acontece aos grandes guarda-redes.

Fui ao Restelo ver o jogo e notei que havia mais público e mais entusiasmo.
Quinta-feira há mais … na Áustria!


Saudações azuis

quinta-feira, agosto 13, 2015

Claro!

Claro que é preciso apostar no Abel Camará no lugar de ponta de lança!
Apostar nas suas qualidades, corrigir os seus defeitos. Não é um tecnicista, mas a técnica treina-se, melhora-se. Tomara muitos clubes ter um jogador com este potencial.

Claro que é preciso que o Carlos Martins pense menos em si e mais na equipa. Equipa que espera dele aquilo que a sua categoria permite esperar.

Claro que precisamos de jogar sempre com um ciclista nas alas. Em casa, mas sobretudo fora. Um ciclista que no arranque ganhe logo um metro ao defesa. Fábio Nunes, Dálcio…

Claro que gosto de ver os extremos sem os pés trocados. Mas isso sou eu que sou antigo. Quando se marcavam grandes golos enviesados. Golos à Pepe (do Santos de Pelé) ou à Rivelino! Ou à Matateu… descaído sobre a direita, a disparar quase em cima da linha de fundo…

Claro que somos contra jogadores emprestados entre clubes que disputam a mesma competição. Claro que prefiro ter parte de um passe desde que as percentagens se equilibrem. Mas cuidado, não sei se este caminho é o verdadeiro caminho para um futebol com clareza!

Claro que vamos fazer tudo para ganhar ao Rio Ave. Primeiro jogo, primeira vitória!
Claro!



Saudações azuis

segunda-feira, agosto 10, 2015

Lamber as feridas, aprender com os erros

Hoje é um bom dia para falar deste assunto – quantos somos, afinal, ao fim de não sei quantos anos de decadência! Na sua última aparição o actual presidente da decadência veio a público mostrar a ferida, revelar os números da realidade: – num universo virtual de cerca de trinta mil que ainda constam dos registos, existem apenas 2.700 (dois mil e setecentos) sócios pagantes! Foi aqui que nos trouxeram as sucessivas direcções, as sucessivas luminárias, as sucessivas incompetências. Falar do passado já é doloroso, falar do último título - a Taça de Portugal ganha por Marinho Peres – quase que tem a idade dos Jerónimos! Não me falem dos títulos da segunda divisão, poupem-me, porque senão não andamos para a frente.
Também não quero pronunciar-me, hoje, sobre a ‘blue box’ e a ambiciosa proposta de chegar aos sete mil sócios pagantes! A única coisa que espero é que nada perturbe esse fio de água que ainda corre no Restelo e que se chama equipa de futebol. Por acaso, ou não, da responsabilidade de quem não é sócio do Belenenses!



Saudações azuis 

quinta-feira, agosto 06, 2015

Sofrer e jogar

Foi um jogo muito difícil, os suecos pressionavam logo na saída de bola e nós não tínhamos alas velozes, nem meio campo expedito. Alas velozes só tivemos na segunda parte com a entrada de Dálcio, até aí nem Miguel Rosa nem Sturgeon se conseguiam virar para o meio campo adversário. Meio campo expedito, base para o contra ataque, tivemos muito pouco - Carlos Martins, muito individualista (é raro soltar a bola ao primeiro toque!) complicou sempre. Rúben Pinto jogou muito recuado, e André Sousa, de quem fui gostando com o decorrer da partida, não é um centro campista puro. Sem bola, haveria então que tapar caminhos, evitar oportunidades e isso foi sendo conseguido através de um enorme espírito de entreajuda, muita serenidade e algum brilhantismo! Tarefa colectiva onde todos cumpriram e por isso estou de acordo com Sá Pinto - a equipa mereceu passar à fase seguinte. E atenção, o Gotemburgo é um adversário forte que só não jogou mais porque o Belenenses não deixou!

Análise individual:

Ventura - a segurança de sempre, um grande guarda-redes, com um jogo de pés fabuloso!
João Amorim - Não o conhecia, joga com grande à vontade, surpreendeu-me pela positiva!
Gonçalo Brandão e Tonel - Os centrais do Belenenses exibiram-se bem conseguindo parar todas as investidas dos nórdicos que ainda por cima dispuseram de um numero assinalável de cantos!
Geraldes - a jogar a defesa esquerdo (ele que é destro) foi a nota maior na defensiva!  A velocidade de base está lá, a iniciativa também.
Rúben Pinto - esperava vê-lo mais adiantado já que se trata de um médio criativo com sentido do passe, mas jogou a trinco. Ajudou a defender o resultado.
André Sousa - subiu de produção com o jogo, aparece em muitos lados, o que é bom, remata com facilidade e perigo, o que ainda é melhor.
Carlos Martins - não precisa de mostrar que é bom jogador e por vezes incorre nessa tentação. Muito marcado, pedia-se outra espontaneidade.
Sturgeon - um tanto inconsequente, melhorou na segunda parte quando passou para o flanco esquerdo.
Miguel Rosa - sem espaço para respirar, teve grandes dificuldades em libertar-se do seu opositor. Penso que se trata de um jogador talhado para jogar na área adversária e não nos flancos.
Abel Camará - missão de sacrifício, no meio dos corpulentos centrais suecos, mesmo assim incomodou. É dele um arranque e cruzamento para Sturgeon, numa das mais perigosas jogadas do Belém.
Dálcio - entrou para substituir Miguel Rosa, foi para o lado direito do ataque e acrescentou algo à equipa, A partir daí o Belenenses mostrou-se capaz de fabricar um golo.
Tiago Silva - entrou para o lugar de Carlos Martins, com grande energia e não fora um certo egoísmo...  
João Afonso - entrou ao fim para aguentar o empate.

Foi a crónica do que vi na televisão, sem desculpas de falta disto e daquilo, o Belenenses pareceu-me no bom caminho, está bem orientado, e que venha então o play off.

Resultado final: - Gotemburgo 0 Belenenses 0

Saudações azuis

quinta-feira, julho 30, 2015

Crónica por correspondência!

O estádio do Restelo é lindo! Não fui, não vi porque estou a trabalhar, falaram-me no fim do jogo, gente que percebe de bola, e tenho agora dez minutos para retransmitir o que ouvi. Pois bem, parece que há muito tempo que não se via uma primeira parte como aquela! Bem jogada, com os suecos sem tocarem práticamente na bola! O futebol azul fluía, assente em dois pilares no meio campo, Rúben Pinto e André Sousa, que tal como previa, libertaram o génio de Carlos Martins! Dois golos construídos no lado direito do ataque, com a colaboração de Sturgeon, também ele em bom plano! Indaguei mais sobre os médios/trincos acima assinalados e a opinião foi unânime, são bons de bola e o esquerdino Sousa tem um pontapé canhão! Quase marcava o terceiro golo de livre!
Na segunda parte a equipa desceu um pouco de rendimento, seja porque ainda não tem ritmo para noventa minutos seja porque o Gotemburgo também tem o seu valor. Acabámos por consentir um golo - uma perda de bola aproveitada para um remate potente, seguido de uma recarga mortífera. Acontece. A eliminatória está agora em aberto mas devo confessar que para primeiro jogo oficial não esperava tanto do Belenenses. E todos sabem que sou ambicioso.
O meu tempo terminou, deixo por isso três apontamentos:
Para o futuro próximo e pelo que me dizem precisamos de um avançado goleador;  que é feito do Vilela que nem no banco estava; e finalmente insisto no mesmo tema - quero extremos sem os pés trocados. Ou seja, quero ver o Fábio Nunes na esquerda.
Despeço-me com os parabéns a todos os jogadores e respectiva equipa técnica. E por uma questão de justiça, à SAD pelas aquisições. Parece que são mesmo bons, mas claro preciso de os ver primeiro.

Resultado final: Belenenses - Gotemburgo (2-1)
Carlos Martins marcou os dois golos do Belenenses.

Saudações azuis

 

quarta-feira, julho 29, 2015

Ganhou o Proença, logo…

Escrevi o meu postal no escuro, ainda não se sabia quem tinha ganho as eleições, mas porque esse facto é irrelevante para a minha tese, não lhe retiro uma vírgula. Vale no entanto a pena acrescentar-lhe algumas reticências…

Então vamos lá – ganhou o Proença, ganhou a Olivedesportos (agora tem outro nome) e ganhou a estratégia de Pinto da Costa que sonha levar Proença à presidência da Federação. PC também sabe aquilo que eu adivinho – que a Liga tem os dias contados e portanto é preciso ter gente de confiança na federação. Até porque quer a justiça quer a arbitragem das competições organizadas pela Liga, já lá estão! É um absurdo, mas estão.

Por sua vez, se ganhasse o Duque, o Benfica ganhava capacidade negocial para impor a sua (falida) BTV no futuro ‘arranjinho’ dos direitos televisivos. Por ora, Vieira contenta-se em ter chumbado o sorteio dos árbitros graças aos apoios que já desfruta na federação. Como se vê, exceptuando a questão dos direitos televisivos, tudo o que de relevante tem a ver com a Liga… passa-se na Federação! Estranho, não acham?!

Entretanto, à frente dos nossos olhos, a batota institucionalizada continua! Fiúza, presidente do Gil Vicente, diz que tem provas mas ninguém o quer ouvir! O secretário de estado do desporto muito menos. Assobia para o lado na esperança de que a Federação (embora seja assunto da Liga) resolva (ou sufoque) o problema!

E assim vai a bola nacional!

Saudações azuis



Nota: Fui tentado a comparar o chumbo do sorteio dos árbitros pela federação ao chumbo do enriquecimento ilícito pelo tribunal constitucional! Fui tentado mas resisti à tentação. De facto o país é o mesmo, o cinzentismo das leis é semelhante, a incapacidade para uma maioria democrática fazer valer os seus pontos de vista também tem parecenças… mas pronto, não vou comparar.